Questões de Concurso
Sobre entrevista em jornalismo
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Cremilda Medina (1995) conceitua entrevista como um meio cujo fim é o inter-relacionamento humano. A entrevista jornalística, em primeira instância, é uma técnica de obtenção de informações que recorre ao particular.
A autora cita a classificação de Edgar Morin para estabelecer as diferenças de cada um dos tipos de entrevistas. Dentre elas, as entrevistas rito e neoconfissões podem ser conceituadas, respectivamente, de acordo com as seguintes formas e temáticas com que são realizadas:
Com relação à pesquisa de opinião, julgue o item seguinte.
Ao se construir um questionário de pesquisa, devem-se observar algumas regras para a escolha das questões, tais como: adicionar somente questões relacionadas ao problema pesquisado; questões com que se possam conhecer o respondente na intimidade e questões com certo grau de dificuldade, para se obterem respostas mais precisas.
Sobre as técnicas de entrevista e reportagem, analise as afirmativas seguintes e aponte a alternativa CORRETA:
I- Quando o jornalista faz uma entrevista não deve cortar as respostas do entrevistado. Espere que cada uma delas termine, antes de formular a próxima pergunta;
II- As fontes de informação podem ser diretas, indiretas e adicionais. Classificam-se diretas as pessoas envolvidas em um fato ou ocorrência e também os comunicados e notas oficiais a respeito;
III- A apuração consiste no levantamento completo dos dados e elementos de um acontecimento, para que se possa escrever uma notícia sobre o mesmo.
Manuel Carlos Chaparro fez uma pesquisa de jornalismo comparado entre a imprensa do Brasil e de Portugal. O resultado desse trabalho permitiu que ele fizesse uma releitura dos gêneros jornalísticos, classificando os textos em dois grandes grupos: relato e comentário. O primeiro reúne matérias que se ocupam basicamente da narrativa dos fatos, e o segundo, de esquemas argumentativos para construir a comunicação das ideias.
Assinale a alternativa que só reúne matérias do gênero comentário.
Leia o trecho a seguir do texto jornalístico publicado pelo Jornal Folha de S.Paulo, em 20.09.2017.
Enfim, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, discursou na tribuna das Nações Unidas, a instituição uma vez definida por ele, ainda candidato, como um clube no qual pessoas conversavam para passar o tempo. (...) Quase ao final do discurso, Trump lançou o que lhe parece a atual ‘verdadeira questão’ à ONU: “Ainda somos patriotas? Amamos nossas nações o bastante para proteger sua soberania?” A argumentação traz uma lógica perigosa. Se os EUA entendem que devem invocar o amor à pátria ao lidar com problemas transnacionais, correm o risco de legitimar a mesma retórica da qual se valem os regimes autoritários para lançar suas ameaças ao mundo.
O gênero jornalístico ao qual o texto pertence é
Quando um repórter usa a entrevista como recurso de apuração, ele busca: i) informações de alguém que presenciou um fato ou vivenciou uma situação; ii) dados e análises de um especialista que possa discorrer com autoridade sobre um determinado tema ou iii) uma declaração, mesmo que irrelevante, mas centrada na importância do entrevistado.
Quanto aos seus objetivos, essas entrevistas são classificadas, respectivamente, como
Quando o jornalista está escrevendo um texto e resolve utilizar citações diretas, ou seja, aspas de um entrevistado, deve ter em mente que “nenhum entrevistado tem obrigação de ser um comunicador. Nem é obrigado a ter raciocínio lógico e linear, ou habilidade natural para falar”. (PEREIRA JUNIOR, L. C., 2010, p. 111). Com base nessa afirmação, analise as afirmativas a seguir:
I. O jornalista não tem a obrigação de ser necessariamente literal no uso das citações, mas deve reconstruir o diálogo, mantendo a fidelidade, o sentido original.
II. O jornalista precisa ser literal na transcrição das citações e é por isso que recomenda-se gravar as entrevistas para depois degravá-las e utilizá-las na matéria.
III. Para que mais pessoas leiam a reportagem, o jornalista deve modificar palavras ditas pelo entrevistado por outras mais fortes, mesmo que descontextualize a fala, pois o intuito é gerar boas manchetes.
IV. O jornalista não deve interromper uma resposta, mesmo que o entrevistado demore para concluí-la ou aparente estar perdido, pois não deve interpretar a declaração da fonte.
Está CORRETO o que se afirma apenas em:
Leia o trecho da matéria a seguir, publicada no portal do Estadão:
Metade dos brasileiros já sofreu preconceito ou discriminação no trabalho, diz pesquisa.
Segundo levantamento do Vagas.com, situações vexatórias ainda são comuns nas empresas, que devem mostrar eficiência na investigação e resolução dos casos
Ana Carolina Neira, O Estado de S.Paulo
24 Julho 2017 | 11h31
Situações de discriminação e preconceito no ambiente de trabalho ainda são algumas das principais queixas do brasileiro, num momento em que as empresas buscam maneiras de coibir esse tipo de comportamento.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo site de empregos Vagas.com, metade dos 1.731 entrevistados afirmam já ter passado por uma situação de discriminação ou preconceito no dia a dia – seja por ocupar um cargo mais baixo na hierarquia empresarial ou por características pessoais, como timidez ou extroversão.
O coordenador nacional da área de Direito do Trabalho do escritório Veirano Advogados, José Carlos Wahle, avalia que garantir um ambiente livre de práticas discriminatórias é uma regra de compliance tão importante quanto qualquer outra.
“Da mesma forma que uma empresa preocupa-se em não estar envolvida em casos de corrupção ou seguir boas práticas de concorrência, ela deve ter atenção ao comportamento de seus funcionários e evitar qualquer tipo de constrangimento”, aponta.
Ele também ressalta que combater o preconceito seja, talvez, um dos itens de governança mais difíceis de ser colocado em prática. “Estamos falando do comportamento humano e de situações que refletem como a nossa sociedade pensa. Então, não basta ter canais de denúncia, mas também cuidar para que todo o sistema seja efetivo”, diz.
O especialista em inteligência de mercado do Vagas.com, Rafael Urbano, concorda. “O que vemos nas empresas é reflexo do que as pessoas são fora dela. A questão é que dentro do mundo corporativo a situação pode, às vezes, tornar-se ainda mais insustentável para quem sofre com isso, porque é no trabalho que passamos boa parte do nosso dia”, reflete.
(TRECHO EXTRAÍDO DO SITE http://economia.estadao.com.br/)
Com base no texto, analise as asserções a seguir.
I. As entrevistas presentes nesta reportagem são de fontes consideradas secundárias.
II. Os entrevistados desta reportagem são considerados, também, fontes oficiais.
III. O texto apresenta diversos verbos declaratórios, comumente utilizados no jornalismo.
IV. O olho da matéria, logo abaixo do título, está no presente mas poderia estar em qualquer tempo verbal.
Está CORRETO apenas o que se afirma em:
Segundo Nilson Lage (2001, p. 73), a entrevista é o procedimento clássico de apuração de informações em jornalismo.
Com base nos tipos de entrevista, relacione a COLUNAII de acordo com a COLUNA I.
COLUNA I
1. Ritual
2. Em profundidade
3. Temática
4. Testemunhal
COLUNA II
( ) Pode servir para ajudar na compreensão de um problema, expor um ponto de vista.
( ) É geralmente breve. O ponto de interesse está mais centrado na exposição do entrevistado do que no que ele tem a dizer.
( ) A reconstituição do evento é feita do ponto de vista particular do entrevistado que, usualmente, acrescenta suas próprias interpretações.
( ) O objetivo da entrevista é a figura do entrevistado.
Assinale a sequência CORRETA.