Por motivos históricos, o assim chamado jornalismo cultural - que trata do cinema, da música, dos discos, dos espetáculos teatrais, de show, de artes plásticas etc. - e as necessidades de marketing da indústria do entretenimento acabaram se embolando. O que não parece incomodar nem público nem os jornalistas. Assim, os imperativos éticos que exigem do jornalista independência e condenam o conflito de interesse, imperativos que são observados quando o assunto é política ou economia, são ignorados nos cadernos culturais, ou naquilo que se veicula em revistas, rádio e televisão sobre artes e espetáculos.
A partir do trecho acima, retirado de A imprensa e o dever da liberdade (São Paulo: Contexto, 2012, p. 29), de Eugênio Bucci, do ponto de vista da ética profissional é correto afirmar que