Questões de Jornalismo - Notícia para Concurso
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I. O texto começa com lead. É necessário achar a novidade. II. O texto deve trazer todos os detalhes, mesmo os insignificantes, para manter o ouvinte atento e trazer o melhor só no fim. III. O texto deve ter uma sequência lógica, na ordem direta – sujeito + verbo + predicado. IV. A pontuação do texto não merece atenção especial é só seguir as mesmas normas gramaticais dos textos de jornais e sites.
Estão corretas:
As transformações vividas pelo Rio de Janeiro na virada do século e, a seguir, o impacto de uma Guerra Mundial e invenção do rádio, vieram abrir espaço para um novo conteúdo jornalístico atual, universal e com significação imediatamente referida a uma massa em formação. A pressa em ficar sabendo o que ocorre em todo o país, no mundo, começa a tomar corpo e cria um universo de leitores até então inexistente. A notícia empurra a opinião de grande parte das páginas de jornal; a necessidade de a cada dia conseguir levantar um novo mar de novidades, via telegrama, vai montar a manifestação-núcleo do jornal-notícia. Internacionalmente formam-se as agências de notícias, o telégrafo encurta as distâncias, o rádio dá informações “em cima da hora”; nas salas de redação uma modificação fundamental: do escritor, figura principal de produção individualizada, chega-se à criação anônima pelo corpo de repórteres. Esta passagem merece destaque especial no jornalismo brasileiro, sobretudo, no Rio de Janeiro, foco principal. O que originou uma pesquisa sobre a origem da reportagem em João do Rio.
MEDINA, Cremilda de Araújo – Notícia, um produto à venda – Ed. Alfa-omega, 1978, São Paulo, p. 61/62
Analise as afirmativas abaixo de acordo com o texto e com seus conhecimentos.
1. A tecnologia impactou o jornalismo, tornando-o, no século XX, cada vez mais um processo industrial.
2. No processo de industrialização do jornalismo, a opinião vai sendo substituída pela notícia, pela pressa da informação.
3. A figura do escritor ganha cada vez mais importância diante do anonimato do repórter.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
“Este artigo destaca aspectos relevantes da trajetória do Diário Carioca, um pequeno jornal que não apenas acompanhou a vida brasileira durante 37 anos, mas influiu de maneira decisiva em episódios políticos que hoje compõem a história do País. Atuante e inovador, foi nele que se processou a primeira experiência de modernização do texto jornalístico (…)
Diário Carioca - O primeiro degrau para a modernidade – Nilson Lage, Tales Faria e Sérgio Rodrigues - Estudos em Jornalismo e Mídia, Vol. I Nº 1 - 1º Semestre de 2004.
Analise as afirmativas abaixo, levando o texto acima apenas como ilustração, dentre as modernizações introduzidas pelo Diário Carioca (DC) em 1950.
1. As inovações trazidas nesta época buscavam um texto mais literário e subjetivo. Essas inovações foram importadas dos Estados Unidos.
2. Naquele momento do jornalismo, surge o lide e as clássicas perguntas: O quê? Quem? Quando? Onde? Como e por quê?
3. Os jornais, naquela época, aboliram o nariz de cera e a adjetivação abundante e buscaram linguagem objetiva.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
1. As aberturas e encerramentos de matérias editadas são materiais produzidos com o objetivo de serem lidos pelos apresentadores no estúdio. Portanto, são textos cuja finalidade é introduzir o assunto e torná-lo mais simples. Por isso, precisam ser mais subjetivos.
2. As notas simples são materiais produzidos a partir de informações recebidas na redação, provindas de agências nacionais ou internacionais, de press-releases ou de outras fontes, cuja característica é não estarem acompanhadas de imagens.
3. As notas cobertas são informações verbais com a inclusão de imagens. São notícias objetivas, no entanto tem de haver sincronização entre texto verbal e imagem.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
“Quando tratamos do papel do telejornalismo, afirmamos que o jornalismo viu nascer, nos últimos tempos, um tipo diferente de profissional. Entretanto, podemos acrescentar que não se trata da aparição de um único tipo, mas sim de duas novas especializações que surgiram com a evolução do jornalismo na televisão.
O primeiro, anteriormente analisado, é o repórter de televisão, profissional que se aperfeiçoou e garantiu lugar na prática do telejornalismo. O segundo, que passamos agora a descrever, é o editor de matéria telejornalística”
SQUIRRA, Sebastião – Aprender Telejornalismo, produção é técnica – ed. Brasiliense, 1993, São Paulo, p. 93
Analise as afirmativas abaixo de acordo com o texto acima e com seus conhecimentos acerca do jornalismo televisivo.
1. É atribuição do editor de matéria jornalística na televisão a produção de matérias e entrevistas para o telejornal.
2. O editor de matéria jornalística televisiva tem como um dos objetivos de sua rotina a responsabilidade de adequar e de equilibrar as informações contidas na reportagem produzida.
3. O editor de matéria jornalística precisa dominar os recursos do texto eletrônico bem como sincronizá-lo ao visual, à imagem.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
1. A seleção de notícias em televisão deve satisfazer também as necessidades audiovisuais na informação, além dos critérios de noticiabilidade que norteiam o trabalho jornalístico em outros veículos. E essa é uma importante diferença entre a televisão e os demais veículos de comunicação.
2. O poder da imagem na televisão é tão grande e abrangente que, na maior parte das vezes, dispensa os critérios de noticiabilidade, mais importantes, portanto, no impresso.
3. O processo de filtrar notícias (valor-notícia) na televisão é muito diferente do que aqueles que são empregados em outros veículos. Um exemplo disso foi o 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos, quando cada veículo fez a cobertura com critérios de noticiabilidade distintos. Jornalismo televisivo não se importa pelo fato.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
Eduardo Faustini, o famoso “repórter sem rosto” da TV Globo, que se notabilizou por assumir diversos personagens para realizar denúncias através de câmera oculta – e que, portanto, não “filma” apenas com o olhar –, desenvolve exatamente esse raciocínio na entrevista a Millos Kaiser (2011) para a revista Trip. Considera-se um sacerdote e diz que gosta de “jogar luz em uma zona que está escura”, mas seu propósito está longe de qualquer projeto iluminista. Pelo contrário: embora afirme admirar os profissionais que trabalham mostrando a cara e investigando documentos, ele prefere “resolver a questão numa filmagem”, porque “no dia seguinte, a casa do cara já caiu”.
É sua forma de compensar “a Justiça lenta, ineficiente” – embora ele mesmo não se considere um justiceiro. Mas, ao mesmo tempo, tampouco acha necessário subordinar-se à lei: “A relevância de um fato é sempre mais importante que a infração que estou cometendo. (…) O interesse público é o meu foco. Pra mim, ele é mais importante que qualquer lei ou regra de etiqueta”. Também considera o segredo de justiça um absurdo, porque “não protege a dona Maria ou o seu João, protege apenas o milionário corrupto.”
O “repórter inflitrado” e a câmera oculta: repensando problemas éticos e epistemológicos para a prática do jornalismo - Sylvia Debossan Moretzsohn -
Professora de Jornalismo no Departamento de Comunicação Social e no Programa de Pós-Graduação em Justiça Administrativa da UFF. Jornalista, mestre em Comunicação e doutora em Serviço Social. Pesquisadora de temas que relacionam mídia, ética, senso comum, cotidiano e rotinas de produção no jornalismo. Colaboradora do Observatório da Imprensa.
Assinale a alternativa correta com base no texto acima e em seus conhecimentos.
“O termo jornalismo de dados se tornou popular desde a última década com a chegada do Datablog do jornal britânico The Guardian. A prática dos dados é vista como um novo método de investigar e contar histórias de maneira a informar e engajar o público em maior escala. Além disso, os jornalistas de dados têm papel importante para ajudar a diminuir as barreiras à compreensão e à imersão em dados e aumentar a alfabetização em dados de seu público em larga escala. A prática utiliza da digitalização para lidar com grande quantidade de dados, que jamais poderiam ter sido imaginados, dando nova ênfase ao uso de ferramentas tecnológicas para o processo de produção de notícias. Jornalismo de dados serve como um lembrete de quão importante a análise de big data (grandes massas de dados) pode ajudar no processo de trabalho de notícias (HAMMOND, 2017).”
Mapeando a presença do jornalismo de dados no Brasil, Mathias Felipe DE LIMA-SANTOS Universidade de Navarra, Pamplona, Espanha - Trabalho apresentado no GP Gêneros Jornalísticos, XIX Encontro dos Grupos de Pesquisas em Comunicação, evento componente do 42º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação.
Assinale a alternativa correta tendo o texto acima como ilustração em relação ao Jornalismo de Dados, ou Reportagem com Auxílio do Computador (RAC).
Assinale a alternativa correta em relação ao assunto.
“A entrevista é, pelo menos para os leigos, uma atividade jornalística, digamos, ‘espontânea’”. Associada à conversa, à convivência, não teria muitos segredos, podendo ser exercida por qualquer um de nós. Este livro especialíssimo de Carla Muhlhaus nos prova o contrário e nos conduz aos bastidores, muitas vezes tumultuados, da entrevista.
A autora começa mostrando uma evidência pouco sinalizada para os estudantes de Jornalismo: não há jornalismo sem entrevista. E isso porque o bom jornalismo praticamente se confunde com a arte de fazer perguntas”.
Heloísa Buarque de Hollanda – apresentação do livro POR TRÁS DA ENTREVISTA, de Carla Muhlhaus, Ed. Record, 2007, Rio de Janeiro.
Assinale a alternativa correta sobre a entrevista jornalística, tendo como base o texto acima e seus conhecimentos.
Sobre as copas do mundo, assinale a alternativa que não está ligada ao conceito de tempo real.
“Parecia ser uma quinta-feira como outra qualquer. Milhares de pessoas seguiam para o trabalho ou para a escola, recheando os vagões do metrô e os conhecidos ônibus vermelhos de dois andares. Em menos de uma hora, quatro explosões atingiram um ônibus e três trens do metrô no centro de Londres, matando 52 pessoas e ferindo outras 700. A agitada manhã de 7 de julho de 2005 entrou para a história como um triste ato terrorista, mas foi também um marco na linha do tempo da mídia britânica. Segundo o jornalista Torin Douglas, foi um ponto de virada no uso de conteúdo não profissional no noticiário. Para o especialista, o 7/7 ‘democratizou’ a mídia. Não foi um exagero. Os atentados provocaram muitas vítimas e uma enxurrada nas redações de material produzido por amadores. Num único dia, a BBC, por exemplo, recebeu 22 mil mensagens de textos e e-mails com relatos e informações, mais de 300 fotos e diversos vídeos feitos com câmeras fotográficas comuns e telefones celulares. Pela primeira vez, a cúpula diretiva da criteriosa e tradicional BBC considerou aqueles vídeos amadores mais jornalisticamente relevantes que o material profissional. O Conteúdo Gerado pelo Usuário (CGU) recebeu um outro tratamento.”
Comunicação e Sociedade, vol. 25, 2014, pp. 267 – 277 - Preocupações éticas no jornalismo feito por não jornalistas Rogério Christofoletti.
Analise as afirmativas abaixo de acordo com o texto acima e com seus conhecimentos.
1. As tecnologias trouxeram a aproximação da audiência, o que pode ser bem empregado na construção do material jornalístico, mas isso gera preocupações com a ética da profissão.
2. A aproximação da audiência na construção da notícia deve ser evitada a todo custo, porque põe em risco a credibilidade dos veículos de comunicação.
3. A participação cada vez maior do público na construção da informação no jornalismo exige maior apuração por parte dos veículos.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
1. O Jornalismo on-line reformatou o tempo da notícia, que era de 24h. Agora passa a ser de minuto em minuto.
2. Essa imediaticidade, instantaneidade, provocou mais ansiedade pelo furo, e isso pode comprometer a qualidade da apuração.
3. As famosas barrigas sempre ocorreram no jornalismo, no entanto a imediaticidade e as possibilidades maiores de apuração, oferecidas pela tecnologia, tendem a diminuir a possiblidade dessas gafes e erros na apuração.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
1. A tecnologia trouxe novas formas de narrativas. Os veículos tradicionais tiveram de se adaptar a essas mudanças. As possibilidades de fundir vários meios de comunicação (hipermídias) tornou-se realidade.
2. As tecnologias aproximaram a audiência: houve uma ampliação cada vez maior da participação do público na construção da notícia, seja por meio de vídeos, seja por áudio.
3. A interatividade, com colaboração dos espectadores na construção do material jornalístico, trouxe também preocupação com a ética no jornalismo, haja vista que muitas pessoas, sem formação profissional, passaram a produzir informação.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
Estão em consonância com os valores e com a ética do Jornalismo:
1. A utilização cada vez maior de trabalhadores que não pertencem ao campo profissional do jornalismo.
2. A divisão entre opinião e informação, a fim de mostrar ao público maior isenção.
3. A apuração da informação e o desenvolvimento de técnicas, como as de entrevista jornalística.
4. A divisão entre redação e departamento comercial – ponto fundamental para gerar a credibilidade.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
1. Todas as fontes merecem ser checadas, no entanto há fontes nas quais o repórter depositará mais confiança. Essa atitude é importante para a precisão da informação.
2. As fontes não autorizadas são aquelas que substituem as oficiais dentro da instituição.
3. O jornalista sempre deverá declarar sua fonte, sob pena de perder credibilidade na informação.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
1. As fake news, ou notícias falsas, são informações deliberadamente fraudulentas, portanto não devem ser confundidas com as barrigas, frutos da falta ou de equívocos na apuração.
2. As fake news contribuem significativamente para o descrédito do jornalismo, dado que o público em geral não consegue diferenciar o trabalho do jornalismo com as informações variadas que circulam na internet.
3. O viés de confirmação é a tendência que as pessoas têm em relação à confirmação de suas crenças, e isso leva ao descrédito do jornalismo.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.