Questões de Concurso Comentadas sobre processo de independência: dos movimentos nativistas à libertação de portugal em história

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Q1957442 História

Mais prudente e refletido do que os seus vizinhos espanhóis, o Brasil mediu a grandeza do objeto: derrubar o antigo edifício e erguer o novo; conheceu-se com forças de o fazer, e assim o tem felizmente executado sem se precipitar na torrente de desgraças que nem os Iturbides, nem os S. Martines, nem os Bolívares, com todos os seus talentos, são capazes de suster. Para nos convencermos, pois, desta verdade, acompanhemos as duas potências na sua revolução, e vejamos o futuro que uma e outra nos promete. [...] Tal tem sido a marcha do Brasil no curso da sua regeneração; marcha que tem constituído das suas diferentes partes um todo colossal, que o torna respeitável aos estranhos, formidável aos inimigos, e afiança para o futuro à perpetuidade do seu sistema.

(Diário do Governo n.28, 05/02/1823, grifos no original). (Fonte: PIMENTA, João Paulo G. A independência do Brasil como uma revolução: história e atualidade de um tema clássico. História da historiografia- Ouro Preto- n. 3, Set. de 2009, p. 52-82.)


Neste ano, estamos comemorando o bicentenário da Independência do Brasil, tema e muitos trabalhos historiográficos no século XX, por sua perspectiva conservadora, levaram a vários questionamentos sobre o nosso rompimento com a metrópole portuguesa. Com relação ao processo de independência da América Latina que foi com o uso da força e da violência, nosso processo pareceu mais pacífico, sendo, por isso, elogiado, nos jornais da época, como nos mostra a citação acima. Nesse sentido, podemos considerar que o processo de Independência foi:


I- Diferente da América Latina pela presença da Família Real que tornou o Brasil a sede do Império, criando uma estrutura de metrópole para comportar a corte que chegou aqui fugida em 1808.

II- Considerado revolucionário hoje porque houve um rompimento do sistema colonial, abrindo as portas para o Capitalismo Industrial do café e da cana-de-açúcar mesmo mantendo o sistema escravista.

III- Mediado pelos fazendeiros e pelos políticos que defendiam a manutenção da escravidão sob o argumento que não saberiam utilizar outra forma de mão de obra que não fosse a escrava, colocando em risco a economia.

IV- Revolucionária, mas não rompeu com o sistema colonial e com a quebra de monopólio comercial que era imposto por Portugal e Espanha, marcando uma transição do Feudalismo para o Capitalismo.

V- Manteve a monarquia e o sistema escravista por causa da política conciliatória entre os fazendeiros de cana-de-açúcar e de café, marcando a permanência feudal no modo de produção.


Estão CORRETAS:

Alternativas
Q1957441 História

Não há sombra de dúvidas sobre o papel central desempenhado pelos mulçumanos na Rebelião de 1835. Os rebeldes - ou uma boa parte deles - foram para as ruas com as roupas usadas na Bahia pelos adeptos do Islamismo. No corpo dos muitos que morreram, a polícia encontrou amuletos mulçumanos e papéis com as rezas e as passagens do Qur’ãn usados para proteção. Essas e outras marcas da revolta levaram o chefe de polícia Francisco Gonçalves Martins a concluir o óbvio: “o certo”, escreveu ele, “é que a religião tinha a sua parte na sublevação”. Seguia a observação que “os chefes faziam persuadir aos miseráveis, que certos papéis os livrariam da morte”. E outro Francisco Martins o presidente: “Parece-me que o fanatismo religioso também entrava nessa conspiração”.

(REIS, João Jose. Rebelião escrava no Brasil: A História do levante dos Malês em 1835. São Paulo; Companhia das Letras. 2003, p. 158.)


O Período Regencial do Brasil foi um momento de muita turbulência diante dos descontentamentos dos três povos: brasileiros, escravos e indígenas, deflagrando várias rebeliões pelo país chamada de movimento nativista. O trecho acima fala da Revolta dos Malês na Bahia. Podemos considerar sobre a Revolta que:


I- Foi um movimento racial religioso, no qual escravos mulçumanos organizaram para reivindicar o fim da escravidão e da imposição do Catolicismo e ter liberdade de culto religioso.

II- Os escravos foram convertidos ao Islamismo já no Brasil e fizeram parte de uma tentativa de fundação de uma república islâmica para aumentar a religião no país.

III- Foi considerado um movimento de fanatismo religioso, pois os malês eram escravos mulçumanos que, por causa dos dogmas do Islamismo, não queriam aceitar a escravidão.

IV- O Brasil era receptivo ao Islamismo, por isso aceitou a entrada de africanos mulçumanos para servirem de escravos, já que eles não tinham alfabetização e não eram ameaça.

V- O dia escolhido da rebelião foi 25 de janeiro, data importante para os mulçumanos, a chamada Noite de Glória, que é o dia em que o Corão foi revelado a Maomé, tornando um marco.


Estão CORRETAS:

Alternativas
Q1945640 História
Entre final do século XVII e início do século XVIII, a história do Brasil foi marcada pelos chamados movimentos nativistas. Sobre tais movimentos, analise as afirmativas a seguir e assinale a CORRETA.
Alternativas
Q1945636 História
O processo de independência foi constituído por um conjunto de movimentos sociais que buscavam conquistar a independência do Brasil relativamente a Portugal. Tais movimentos possuíam organização política e até militar. Sobre tais movimentos, tudo o que se afirma a seguir é correto, EXCETO: 
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Q1945225 História
O Governo Federal já tem uma agenda de atividades para comemorar o bicentenário da Independência do Brasil. Lançamento de publicações, reforma de museus e mobilizações da diplomacia brasileira são algumas das ações para celebrar a data. Há 200 anos, o Brasil se tornava um Estado Nacional.
(Brasil celebra 200 anos de independência com site, livros e exposições. Disponível em: msn.com. Adaptado.)

Além de ser proclamada a independência, era necessário que o nosso país fosse reconhecido, internacionalmente, como nação soberana, o que ocorreu:
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Q1939667 História
A revolução de 1817 iniciou-se com a ocupação do Recife, em 6 de março de 1817, quando, no regimento de artilharia, um capitão reagiu à voz de prisão e matou a golpes de espada o comandante Barbosa de Castro. Esse capitão era:
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Q1935468 História
A Revolução Pernambucana de 1817 foi um movimento que aconteceu na Capitania de Pernambuco durante o período colonial do Brasil.
Acerca desse movimento, é correto afirmar, exceto
Alternativas
Q1929992 História
O Brasil foi colonizado por Portugal no contexto do mercantilismo europeu da Idade Moderna. A colonização das Américas significou a subjugação da população originária (indígena) e a escravidão de povos oriundos da África. As independências latino-americanas ocorreram no cenário histórico da onda revolucionária que, iniciada na América do Norte, varreu boa parte da Europa, entre fins do século XVIII e primeira metade do XIX.

Tendo o texto acima apenas como referência inicial, julgue o item.


A transferência do Estado português para o Brasil, em 1808, decorreu de injunções da política europeia e, ao modificar o status da Colônia, retardou em muito o caminho para a Independência.

Alternativas
Q1929990 História
O Brasil foi colonizado por Portugal no contexto do mercantilismo europeu da Idade Moderna. A colonização das Américas significou a subjugação da população originária (indígena) e a escravidão de povos oriundos da África. As independências latino-americanas ocorreram no cenário histórico da onda revolucionária que, iniciada na América do Norte, varreu boa parte da Europa, entre fins do século XVIII e primeira metade do XIX.

Tendo o texto acima apenas como referência inicial, julgue o item.


O insucesso da Conjuração Mineira de 1789 (“Inconfidência”) deveu-se ao fato de que seus integrantes desconheciam por completo a Era Revolucionária que atingia a América do Norte e convulsionava parte da Europa.

Alternativas
Q1929989 História
O Brasil foi colonizado por Portugal no contexto do mercantilismo europeu da Idade Moderna. A colonização das Américas significou a subjugação da população originária (indígena) e a escravidão de povos oriundos da África. As independências latino-americanas ocorreram no cenário histórico da onda revolucionária que, iniciada na América do Norte, varreu boa parte da Europa, entre fins do século XVIII e primeira metade do XIX.

Tendo o texto acima apenas como referência inicial, julgue o item.


A Revolução do Porto, em 1820, foi essencialmente liberal, tanto para a metrópole portuguesa quanto para sua colônia brasileira.

Alternativas
Q1927905 História

Quanto ao movimento rebelde conhecido como Revolução Pernambucana de 1817, julgue (C ou E) o item a seguir. 


O projeto de Lei Orgânica dos revolucionários de Pernambuco resguardava o catolicismo como religião do Estado, reservando os empregos públicos a reinóis e estrangeiros católicos. Por outro lado, instituía a liberdade de imprensa, revogava o antigo sistema municipal, estabelecia a divisão entre os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e determinava que os governadores e os secretários de Estado poderiam ser processados por crimes de responsabilidade. 

Alternativas
Q1927904 História

Quanto ao movimento rebelde conhecido como Revolução Pernambucana de 1817, julgue (C ou E) o item a seguir. 


No plano político, os rebeldes de 1817 buscaram se vincular à memória da bravura dos pernambucanos que resistiram à invasão holandesa no século 17, o que motivou a autoclassificação do movimento como uma “segunda restauração” de Pernambuco. Nesse sentido, o governo provisório argumentava ter havido uma ruptura do pacto constitucional tradicional firmado entre a capitania e a Coroa no momento da restauração. 

Alternativas
Q1927903 História

Quanto ao movimento rebelde conhecido como Revolução Pernambucana de 1817, julgue (C ou E) o item a seguir. 


A transmigração da Corte portuguesa para o Rio de Janeiro foi um dos fatores que levaram às insatisfações que culminariam na Revolução de 1817. Disseminou-se a perspectiva de que os gastos da família real impactaram excessivamente as contas da Capitania de Pernambuco, que teria chegado a transferir cerca de 30% de sua arrecadação para o Rio de Janeiro em 1816. Entre os tributos exigidos a partir desse momento, incluíam-se cotas para a reconstrução de Portugal, impostos sobre o algodão e taxa relativa à iluminação pública do Rio de Janeiro. Esta última tornou-se um símbolo do descontentamento, ensejando críticas à presença da família real no Brasil. 

Alternativas
Q1927902 História

Quanto ao movimento rebelde conhecido como Revolução Pernambucana de 1817, julgue (C ou E) o item a seguir. 


Atividades sediciosas vinham sendo alimentadas pela circulação de boatos, missivas e panfletos antes de 1817. No bojo de um processo geral de difusão de papéis considerados polêmicos, teve grande importância a presença de impressos trazidos da Europa, o quais eram lidos e discutidos oralmente nos espaços públicos. Murmurações públicas tidas como subversivas eram acompanhadas de perto pelo governo, que introduziu agentes infiltrados entre a população, e eles foram responsáveis por denunciar envolvidos no movimento. 

Alternativas
Q1927875 História

   

      A ruptura política com Portugal e a organização do Estado nacional implicariam a elaboração de um aparato ideológico que deveria dar legitimidade ao próprio processo de construção da Nação. Tratava-se agora de inventar o Brasil, não apenas no plano geopolítico, mas também no plano simbólico, forjando as bases de sua identidade. [...] À organização política do Estado nacional deveria corresponder uma produção simbólica que delineasse os contornos da Nação e a integrasse no mundo civilizado, segundo os parâmetros europeus.



SANTOS, Afonso Carlos Marques dos. A invenção do Brasil: um problema nacional? In: A invenção do Brasil: ensaios de história e cultura. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2007, p. 59-69, p. 60. 

Acerca das diferentes dimensões do processo de independência do Brasil, julgue (C ou E) o item a seguir. 


As festas cívicas organizadas na cidade do Rio de Janeiro para a aclamação de Pedro como imperador constitucional do Brasil, em 12 de outubro de 1822, tiveram como objetivo afirmar o rompimento definitivo com Portugal e a instauração de uma nova soberania; ao mesmo tempo, visavam a fazer reconhecer a representação popular como uma das fontes do poder imperial. 

Alternativas
Q1927874 História

   

      A ruptura política com Portugal e a organização do Estado nacional implicariam a elaboração de um aparato ideológico que deveria dar legitimidade ao próprio processo de construção da Nação. Tratava-se agora de inventar o Brasil, não apenas no plano geopolítico, mas também no plano simbólico, forjando as bases de sua identidade. [...] À organização política do Estado nacional deveria corresponder uma produção simbólica que delineasse os contornos da Nação e a integrasse no mundo civilizado, segundo os parâmetros europeus.



SANTOS, Afonso Carlos Marques dos. A invenção do Brasil: um problema nacional? In: A invenção do Brasil: ensaios de história e cultura. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2007, p. 59-69, p. 60. 

Acerca das diferentes dimensões do processo de independência do Brasil, julgue (C ou E) o item a seguir. 


A contratação de artistas e artífices na França, em 1816, para trabalharem no Brasil foi uma iniciativa oficial do príncipe regente João, que encarregou o embaixador do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves em Paris, o marquês de Marialva, de definir os nomes a contratar e de providenciar o embarque do grupo. 

Alternativas
Q1912059 História
Ainda que sejam nomenclaturas muito contestadas pela historiografia recente, os livros didáticos e outros veículos da educação básica normalmente dividem os movimentos de contestação que ocorreram no período colonial entre: 
Alternativas
Q1911198 História
O processo de independência do Brasil se deu a partir de uma série de circunstâncias. Embora não se pode dizer que a colônia constituía um agrupamento homogêneo e com sentido de nação solidificado, alguns pontos de convergência eram partilhados pela maioria dos membros das elites coloniais, exceto:
Alternativas
Q1904528 História
A apropriação da terra no Brasil, como se apresenta na atualidade, é consequência dos diferentes momentos históricos que foram configurando o espaço geográfico no qual a sociedade brasileira se desenvolve. Sobre o processo de apropriação de terra no Brasil, analise as afirmações abaixo e marque V (verdadeiro) ou F (falso):
( ) A conformação dos arranjos de apropriação de terras no Brasil, que caracterizam os regimes fundiários brasileiros e que marcam o surgimento da questão agrária no país, perpassa pelo regime das sesmarias(1532-1822); regime de posse como prática de apropriação privada da terra (1822-1850); regime de propriedade mercantil da terra – Lei de Terras 1850; regime do Estatuto da Terra de 1964 e, regime de Reforma Agrária e sua implementação (1985-dias atuais).
( ) A implantação do regime das capitanias hereditárias, a partir de 1530, possibilitou a formação dos primeiros núcleos de ocupação e de colonização portuguesa no território brasileiro. Através da carta de doação era concedido ao donatário o direito de administração da capitania.
( ) A partir do fim das concessões de sesmarias, que aconteceu às vésperas da independência, o território brasileiro ficou sem uma legislação referente às terras públicas, durante aproximadamente três décadas. Este período ficou conhecido como a fase de transição entre o regime das sesmarias e o regime da propriedade da terra como mercadoria.
( ) Através da criação da Lei de Terras, as antigas sesmarias foram confirmadas como propriedade pública, bem como as posses conquistadas de forma pacífica foram legitimadas nos termos da nova lei, independentemente de suas extensões.
A sequência CORRETA é:
Alternativas
Q1901889 História

“foi um confronto travado de 1707 a 1709 no século XVIII, pelo direito de exploração das recém-descobertas jazidas de ouro na região do atual estado de Minas Gerais, no Brasil. O conflito contrapôs os desbravadores vicentinos e os forasteiros que vieram depois da descoberta das minas”. O trecho transcrito, descreve qual das guerras abaixo.

Alternativas
Respostas
121: B
122: C
123: A
124: C
125: D
126: D
127: C
128: E
129: E
130: E
131: E
132: C
133: C
134: C
135: C
136: E
137: D
138: D
139: B
140: D