[...] Conforme desenvolveram Ângela de Castro Gomes
e Martha Abreu em dossiê sobre política e cultura na
Primeira República brasileira: “[...] a realização de
eleições cumpria um papel-chave no sistema político
de então. De um lado, porque eram fundamentais para
uma relativa, mas estratégica, circulação de elites,
introduzindo na cena política um mínimo de competição
e renovação. De outro, porque eram responsáveis
por uma incipiente, porém pedagógica, mobilização
dos eleitores, o que ocorria de formas muito diversas,
fundamentando um aprendizado político constante pela
realização sistemática dos pleitos”.
MATTOS, Hebe. “A vida política”. In SCHWARCZ,
Lilia M. (org.) História do Brasil Nação: 1808-2010. Vol. 3,
A abertura para o mundo, 1889-1930, coord. Lilia Moritz
Schwarcz. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012, p. 113.
No cenário descrito, o “discurso da virtude cívica e da
cidadania foi incorporado e utilizado para dar sentido
às disputas políticas pelas elites locais”, sendo um dos
elementos centrais desse cenário: