Questões de Concurso
Sobre arcadismo em literatura
Foram encontradas 104 questões
Associe as colunas 1 e 2 abaixo:
Coluna 1 Escola Literária
1. Barroco
2. Arcadismo
3. Romantismo
4. Modernismo
Coluna 2 Característica
( ) A linguagem quanto ao conteúdo enfatiza o bucolismo, o Carpe Diem e o Fugere urbem.
( ) Há uma idealização, com extrema valorização da subjetividade. A linguagem faz uso de descrições minuciosas, com constantes comparações e ampla metaforização.
( ) Figuras de linguagem que melhor definem o estado de alma do homem é a antítese e o paradoxo.
( ) Surgem os poetas condoreiros que defendem a justiça social e a liberdade.
( ) Fragmentação e flashes cinematográficos. Ironia, humor, piada e paródia com temas extraídos do cotidiano.
( ) O homem sente-se dilacerado e angustiado diante da alteração de valores, dividindo-se entre o mundo espiritual e o mundo material.
( ) Vocabulário e sintaxe mais simples, irregularidade estrófica e gosto por métricas populares.
( ) Quebra de valores artísticos e tradicionais e busca de técnicas e meios de expressão capazes de traduzir a nova realidade. A ordem é: “Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis”; “Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais”.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.
A) Barroco. B) Arcadismo.
C) Simbolismo.
D) Romantismo
E) Parnasianismo.
F) Modernismo.
1 - Regionalismo.
2 - Oposições.
3 - Bucolismo.
4 - Busca da perfeição poética.
5 - Condoreirismo.
6 - Introspecção, mergulho nas profundezas do eu.
Texto 7
INSONE
Noite feia. Estou só. Do meu leito no abrigo
cai a luz amarela e doentia do luar;
tediosa os olhos fecho, a ver, se, assim, consigo,
por momentos sequer, o sono conciliar.
Da janela transpondo o entreaberto postigo
entra um perfume humano impelido pelo ar...
“és tu meu casto Amor? és tu meu doce amigo,
que a minha solidão vens agora povoar?”
A insônia me alucina, ando num passo incerto:
“és tu que vens... és tu! – reconheço esse odor...”
corro à porta, escancaro-a: acho a treva e o Deserto.
E este aroma que é teu, aspirando, suponho
que a essência da tua alma, ó meu divino Amor!
para mim se exalou no transporte de um sonho.
(MACHADO, Gilka. Poesia completa. Prefácio de Maria Lúcia Dal Farra. São Paulo: V. de Mendonça Livros, 2017. p. 128.)
Leia o poema "O prazer", correspondente ao rondó XXIV do livro Glaura, cujo autor é o poeta árcade Manoel Inácio da Silva Alvarenga, mineiro nascido em Vila Rica, capitania de Minas Gerais, em 1749.
O prazer
Sobre o feno recostado
Descansando afino a lira ESTRIBILHO
Que respira com ternura Pouca terra cultivada
Na doçura do prazer Me agrade com seus frutos;
Mas os olhos tenho enxutos,
Amo a simples Natureza: Quanto agrada assim viver!
Busquem outros a vaidade
Nos tumultos da cidade O meu peito só deseja
Na riqueza e no poder. Doce paz neste retiro;
Por delícias não suspiro
Desse pélago furioso Onde a inveja faz tremer!
Não me assustam os perigos, [...]
Nem dos ventos inimigos
O raivoso combater.
[...]
ALVARENGA, Manuel Inácio da. Glaura. Poemas eróticos. Lisboa. Lisboa: Of. Nunesiana,
1799, p. 93.
Nos versos, NÃO se identifica, implícita ou explicitamente, a defesa do ideal arcádico denominado
Considerando o desenvolvimento da literatura no Brasil, bem como os fundamentos de teoria literária, julgue o item.
A utilização de elementos da tradição árcade europeia
na poesia de Cláudio Manuel da Costa – especialmente
a mitologia clássica e a atmosfera bucólica – impediu o
poeta de representar tanto a paisagem rochosa de sua
terra natal, quanto a estrutura econômica do Brasil
colonial, baseada na extração do ouro pelos escravos em
Minas Gerais.
Atente para o que se afirma a seguir sobre o índio no imaginário literário do Brasil, e escreva V para o que for verdadeiro e F para o que for falso.
( ) O indianismo Barroco está presente na carta de Pero Vaz de Caminha, que define os índios como inocentes, curiosos e, até certo ponto, hospitaleiro, por receber os portugueses de modo acolhedor.
( ) O poeta árcade Basílio da Gama, no poema épico “O Uraguai”, compõe a história da resistência dos índios ao ataque português aos Sete Povos das Missões.
( ) No Brasil, os escritores indianistas dos romances românticos têm o interesse de retratar a cultura europeia, buscando resgatar a imagem do índio brasileiro como símbolo de um povo livre e soberano, de uma terra exuberante e incomparável.
( ) A imagem idealizada de pátria e de povo é questionada pelos modernistas, que promovem uma “releitura” dos textos quinhentistas e românticos, para propor uma visão desmistificada do Brasil e dos índios. O exemplo mais célebre dessa nova visão é “Macunaíma”, de Oswald de Andrade, em que Macunaíma é o índio indolente. Preguiçoso, sem caráter, que abre caminho para a desconstrução e dos mitos românticos e exemplifica a visão antropofágica defendida pelos modernistas.
A sequência correta, de cima para baixo, é:
Sabendo que o Romantismo considera a imaginação superior à razão e que a originalidade substitui a imitação dos (neo)clássicos, identifique as características desses estilos a seguir, escrevendo nos parênteses (1) para características do Arcadismo e (2) para características do Romantismo.
( ) exaltação ao racionalismo e ao convencionalismo rígidos da literatura clássica
( ) transposição, para a obra, do amor, paixão, emoção, intuição e alma do artista
( ) consubstanciação da natureza com o escritor
( ) rigor formal
( ) liberdade criadora
( ) nacionalismo
A sequência correta, de cima para baixo, é
Considerando que, durante o Barroco, os poetas escreviam praticamente para si mesmos e que, no Arcadismo, a intenção é divulgar as ideias em textos acessíveis ao maior número de leitores, identifique as características desses estilos, listadas a seguir, escrevendo (1) para as características do Barroco e (2) para as características do Arcadismo.
( ) Volta à Idade Média.
( ) Volta ao Renascimento.
( ) Autêntico, ainda que paradoxal.
( ) Celeste, espiritual, místico.
( ) Campestre, pastoril, bucólico.
( ) Todo conhecimento vem da experiência e da reflexão.
A sequência correta, de cima para baixo, é:
Numere a 2ª coluna de acordo com a 1ª, relacionando o poeta à respectiva Escola Literária. Em seguida, marque a alternativa que contém a sequência CORRETA:
(1) Gonçalves Dias
(2) João Cabral de Melo Neto
(3) Olavo Bilac
(4) Cláudio Manuel da Costa
(5) Cruz e Sousa
( ) Arcadismo
( ) Romantismo
( ) Parnasianismo
( ) Simbolismo
( ) Modernismo
Considere as afirmativas sobre as características das Escolas Literárias e assinale a alternativa CORRETA.
I – Sugestão e musicalidade são características do Simbolismo.
II – Objetividade e culto à forma são características do Romantismo.
III – Subjetividade e sentimentalismo exacerbados constituem as principais características do Parnasianismo.
IV – Bucolismo e imitação dos clássicos são características do Arcadismo.
Texto 10A2BBB
Eu, Marília, não fui nenhum vaqueiro,
fui honrado pastor da tua aldeia;
vestia finas lãs e tinha sempre
a minha choça do preciso cheia.
Tiraram-me o casal e o manso gado,
nem tenho a que me encoste um só cajado.
Para ter que te dar, é que eu queria
de mor rebanho ainda ser o dono;
prezava o teu semblante, os teus cabelos
ainda muito mais que um grande trono.
Agora que te oferte já não vejo,
além de um puro amor, de um são desejo.
Se o rio levantado me causava,
levando a sementeira, prejuízo,
eu alegre ficava, apenas via
na tua breve boca um ar de riso.
Tudo agora perdi; nem tenho o gosto
de ver-te ao menos compassivo o rosto.
Tomás Antônio Gonzaga. Marília de Dirceu. In: A. Candido e A. Castello. Presença da literatura brasileira. Das origens ao Romantismo. São Paulo: Difel, 1976, p. 165-6.
Texto 10A2BBB
Eu, Marília, não fui nenhum vaqueiro,
fui honrado pastor da tua aldeia;
vestia finas lãs e tinha sempre
a minha choça do preciso cheia.
Tiraram-me o casal e o manso gado,
nem tenho a que me encoste um só cajado.
Para ter que te dar, é que eu queria
de mor rebanho ainda ser o dono;
prezava o teu semblante, os teus cabelos
ainda muito mais que um grande trono.
Agora que te oferte já não vejo,
além de um puro amor, de um são desejo.
Se o rio levantado me causava,
levando a sementeira, prejuízo,
eu alegre ficava, apenas via
na tua breve boca um ar de riso.
Tudo agora perdi; nem tenho o gosto
de ver-te ao menos compassivo o rosto.
Tomás Antônio Gonzaga. Marília de Dirceu. In: A. Candido e A. Castello. Presença da literatura brasileira. Das origens ao Romantismo. São Paulo: Difel, 1976, p. 165-6.