Questões de Literatura para Concurso
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I. A exaltação à pátria, à natureza exuberante, a exaltação do ideal nacional e do amor idealizado são características da primeira geração do Romantismo no Brasil.
II. A literatura é necessariamente uma cópia do mundo real e limita-se a um puro exercício de linguagem, com o uso recorrente de figuras de linguagem. Assim, se tomada como uma maneira particular de compor o conhecimento, é necessário reconhecer que sua relação com o real é obrigatoriamente direta.
III. A poesia parnasiana preocupa-se com a forma e a objetividade, com seus sonetos alexandrinos perfeitos. O Parnasianismo é a manifestação poética do Realismo, dizem alguns estudiosos da literatura brasileira, embora ideologicamente não mantenha todos os pontos de contato com os romancistas realistas e naturalistas.
Marque a alternativa CORRETA:
I. Na literatura brasileira, o Modernismo representou um marco importante, pois tolheu as iniciativas de renovação das concepções sobre a produção escrita em nosso país promovidas por grandes autores nacionais.
II. A principal característica da obra de Mário de Andrade é o uso de assuntos coloquiais e o tom irônico em suas obras. Esses recursos foram utilizados por esse autor com o objetivo de aproximá-lo da Literatura acadêmica da sua época.
Marque a alternativa CORRETA:
I. Na obra O Ateneu, de Raul Pompeia, o protagonista Sérgio relata as dificuldades da vida de estivador no Porto de Santos, onde ele, seu pai e seu avô trabalharam durante toda a vida sem nunca conquistar qualquer tipo de riqueza.
II. Raul Pompeia, em sua obra O Ateneu, apresenta ao leitor os intensos conflitos entre as tribos indígenas amazonenses e os garimpeiros que degradam as flores e o meio ambiente em busca do lucro fácil.
Marque a alternativa CORRETA:
O regionalismo é um traço comum entre o romance romântico Inocência, de Visconde Taunay, Os Sertões, de Euclides da Cunha, e Vidas Secas, de Graciliano Ramos, bem como de outras obras da literatura brasileira do segundo momento modernista. Essa tendência relaciona-se a uma tentativa de descobrir o País e revelar sua realidade para os brasileiros, entretanto se pode observar que cabe aos autores do século XX revelar, criticamente, os problemas nacionais.
O obra do poeta Augusto dos Anjos ilustra o fato de a literatura pré-modernista apresentar múltiplas tendências. Não há, entre 1902, início do Pré-Modernismo, e 1922, início do Modernismo, uma unidade estilística como a presente em escolas como o Romantismo ou o Arcadismo. O poeta citado, por exemplo, recorre à ciência, mas não por questões sociais, e sim para definir suas preocupações com a angústia moral, que considera atormentar a humanidade.
Os Sertões é narrado em primeira pessoa, por um narrador personagem, como se observa na linha 1 do trecho apresentado, em que a metaliguagem, recurso estilístico recorrente nos romances da fase realista de Machado de Assis, é utilizada: “Fechemos este livro”.
No início do século XX, o projeto literário do Pré-Modernismo, com autores como Euclides da Cunha e Lima Barreto, por exemplo, antecipa o Modernismo ao apresentar crítica à realidade social, econômica e política do País, mostrando o Brasil real aos brasileiros, mas, ao mesmo tempo, suas obras apresentam características da literatura do século passado, marcando, assim, a transição que configura esta época.
A obra Os Sertões pertence ao Pré-Modernismo, estilo de época caracterizado por narrativas mais históricas, realistas e atuais. Com linguagem mais direta e objetiva, os autores dessa estética, tais como Raquel de Queirós, Graciliano Ramos e Guimarães Rosa, aproximam-se do texto jornalístico, devido à menor distância entre a literatura e a realidade.
Os Sertões é uma obra híbrida que transita entre a literatura, a história e a ciência, ao unir a perspectiva científica, de base naturalista e evolucionista, à construção literária. Euclides da Cunha, entretanto, pretendeu apenas contar o que presenciara no sertão e compreender o fenômeno cientificamente, sem apresentar qualquer conflito interior, como se observa no texto apresentado.
No trecho apresentado, evidencia-se a diferença já reveladora dos contrastes sociais do início do século XX no Brasil. Nesse episódio da luta, o fenômeno de Canudos revela o isolamento político e econômico do sertão brasileiro, em relação ao Brasil cosmopolita, do sul e do litoral.
O texto de Antonio Candido e a tese que defende podem ser considerados como um contraponto às tendências contemporâneas da literatura brasileira, uma vez que os gêneros literários narrativos hoje apresentam uma reinvenção no aspecto formal, com um conceito de literatura mais abrangente e temas que problematizam a nossa diversidade por meio de estruturas, muitas vezes, híbridas. Da mesma forma, essa reinvenção formal também ocorre na poesia, sobretudo desde o Concretismo.
Para provar que a literatura é um direito inalienável, o texto apresenta funções da literatura, como, por exemplo, a de provocar reflexão, em “a literatura pode ser um instrumento consciente de desmascaramento”, e a de construir identidade e humanizar, em “a uma necessidade universal que deve ser satisfeita sob pena de mutilar a personalidade, porque, pelo fato de dar forma aos sentimentos e à visão de mundo, ela nos organiza, nos liberta do caos e, portanto, nos humaniza”.
Nos textos literários, o gênero lírico define-se como aquele em que há uma voz particular, o eu lírico, manifestando a expressão do mundo interior e tratando dos sentimentos, das emoções e dos estados de espírito. O texto de Antonio Candido, portanto, deve ser classificado como pertencente ao gênero lírico, o que se confirma no emprego da primeira pessoa do singular.
Conforme o segundo parágrafo, a literatura, de forma ampla, revela como viveram e o que pensaram as pessoas em diferentes épocas e sociedades. Com base nessa informação, confirma-se que o conceito de estilo de época corresponde à expressão de uma época e de uma cultura; assim como o conceito de estilo do autor corresponde à forma própria de expressão de um determinado artista inserido em determinada cultura.
As criações artísticas a que Antonio Candido faz alusão no segundo parágrafo correspondem aos gêneros clássicos lírico, épico e dramático, manifestações não populares da humanidade em todos os tempos, as quais independem do contexto de criação e da cultura de origem, pois expressam realidades universais por meio de narrativas ficcionais.
No segundo parágrafo, Antonio Candido revela uma concepção canônica de literatura, a qual é privilegiada nos currículos e reflete o espírito libertário dos romances românticos e realistas no Brasil, contemporâneos a movimentos de emancipação, tais como a Inconfidência Mineira e a Independência do Brasil, respectivamente.
Com proximidade tanto cronológica quanto ideológica do projeto estético do Parnasianismo de Olavo Bilac, a linguagem de Antonio Candido, em Direito à Literatura, revela-se erudita e em defesa da fruição da literatura para que todos tenham direito a textos literários bem escritos e, assim, escrevam melhor.
Antonio Candido, no primeiro parágrafo, se utiliza de recurso estilístico recorrente no Barroco: o paradoxo. No texto do teórico, esse recurso contextualiza o ambiente de contradições em que se vive hoje; na lírica amorosa de Gregório de Matos, entretanto, o paradoxo apresenta a dualidade entre ascetismo e sensualismo, espírito e matéria.
I. Na obra Vidas Secas, de Graciliano Ramos, o protagonista Fabiano enfrenta um dilema ao longo da primeira parte do livro: aderir à estabilidade da vida acadêmica e de um emprego na universidade ou casar-se com Cláudia – sua grande paixão de infância – e mudar-se para Portugal.
II. Oswald de Andrade, autor de obras importantes, como “Memórias sentimentais de João Miramar” e “Pau-brasil”, sempre incluía em suas obras um protagonista com características cavalheirescas e com uma moral inabalável, representando, assim, a imagem que a sociedade tinha do tradicional “malandro” dos albergues das grandes cidades.
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I. Na obra Vidas Secas, de Graciliano Ramos, o protagonista Fabiano enfrenta um dilema ao longo da primeira parte do livro: aderir à estabilidade da vida acadêmica e de um emprego na universidade ou casar-se com Cláudia – sua grande paixão de infância – e mudar-se para Portugal.
lI. Oswald de Andrade, autor de obras importantes, como “Memórias sentimentais de João Miramar” e “Pau-brasil”, sempre incluía em suas obras um protagonista com características cavalheirescas e com uma moral inabalável, representando, assim, a imagem que a sociedade tinha do tradicional “malandro” dos albergues das grandes cidades.
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