Questões de Concurso Comentadas sobre romantismo em literatura

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Q3191829 Literatura
Leia o texto abaixo para responder à próxima questão:


Meu Desejo 

 
Meu desejo? era ser a luva branca
Que essa tua gentil mãozinha aperta:
A camélia que murcha no teu seio,
O anjo que por te ver do céu deserta.... 


Meu desejo? era ser o sapatinho
Que teu mimoso pé no baile encerra....
A esperança que sonhas no futuro,
As saudades que tens aqui na terra....


Meu desejo? era ser o cortinado
Que não conta os mistérios do teu leito;
Era de teu colar de negra seda
Ser a cruz com que dormes sobre o peito. 


Meu desejo? era ser o teu espelho
Que mais bela te vê quando deslaças
Do baile as roupas de escomilha e flores
E mira-te amoroso as nuas graças!
Meu desejo? era ser desse teu leito
De cambraia o lençol, o travesseiro
Com que velas o seio, onde repousas,
Solto o cabelo, o rosto feiticeiro....


Meu desejo? era ser a voz da terra
Que da estrela do céu ouvisse amor!
Ser o amante que sonhas, que desejas
Nas cismas encantadas de languor!


Álvares de Azevedo
É típico do Romantismo o abandono à linguagem excessivamente rebuscada e preza pela tentativa de uma abordagem mais próxima das massas. Apesar desse aspecto, um texto que tem a sua produção datada na primeira metade do século XIX, invariavelmente apresentará vocabulário distante do cotidiano no qual a sociedade contemporânea se insere. Dito isso, dê o sinônimo que melhor se adeque ao contexto para o vocábulo que encerra o poema:
Alternativas
Q3191828 Literatura
Leia o texto abaixo para responder à próxima questão:


Meu Desejo 

 
Meu desejo? era ser a luva branca
Que essa tua gentil mãozinha aperta:
A camélia que murcha no teu seio,
O anjo que por te ver do céu deserta.... 


Meu desejo? era ser o sapatinho
Que teu mimoso pé no baile encerra....
A esperança que sonhas no futuro,
As saudades que tens aqui na terra....


Meu desejo? era ser o cortinado
Que não conta os mistérios do teu leito;
Era de teu colar de negra seda
Ser a cruz com que dormes sobre o peito. 


Meu desejo? era ser o teu espelho
Que mais bela te vê quando deslaças
Do baile as roupas de escomilha e flores
E mira-te amoroso as nuas graças!
Meu desejo? era ser desse teu leito
De cambraia o lençol, o travesseiro
Com que velas o seio, onde repousas,
Solto o cabelo, o rosto feiticeiro....


Meu desejo? era ser a voz da terra
Que da estrela do céu ouvisse amor!
Ser o amante que sonhas, que desejas
Nas cismas encantadas de languor!


Álvares de Azevedo
O poema em questão apresentado acima é pertencente à obra do célebre poeta romântico Álvares de Azevedo. A segunda geração do Romantismo, da qual Azevedo é o maior expoente, tem como preceito presente neste poema o(a):
Alternativas
Q3179457 Literatura
A poesia romântica brasileira, fortemente influenciada pelo nacionalismo, emprega uma ampla variedade de figuras de linguagem para exaltar a natureza, a pátria e os sentimentos. Recursos como metáforas e hipérboles são amplamente utilizados para idealizar paisagens, emoções e personagens, contribuindo para o tom grandioso e emotivo característico do Romantismo.
Analise as assertivas abaixo sobre o uso de figuras de linguagem na poesia romântica brasileira e a seguir, assinale a alternativa CORRETA.
I. A metáfora, recurso estilístico frequentemente utilizado pelos poetas românticos, aparece como uma forma de comparar elementos naturais a sentimentos humanos, reforçando o vínculo entre o indivíduo e a pátria.
II. A hipérbole é uma figura de linguagem rara na poesia romântica brasileira, já que esse movimento literário priorizava a simplicidade e a moderação na expressão de ideias.
III. Poetas como Gonçalves Dias usaram figuras de linguagem para idealizar a natureza brasileira, frequentemente associando-a à pureza, à beleza e ao orgulho nacional.
IV. No contexto do nacionalismo romântico, o uso de figuras de linguagem como metáforas e hipérboles era estratégico para criar uma imagem glorificada do Brasil e reforçar o sentimento de pertencimento. 
Alternativas
Q3179452 Literatura
Iracema, de José de Alencar, é uma obra central do Romantismo brasileiro e desempenha um papel importante na construção de um mito fundador da identidade nacional. A personagem Iracema, a "virgem dos lábios de mel", simboliza a união entre o indígena e o europeu, representando a origem do povo brasileiro.
Com base nas características dessa obra, identifique a alternativa INCORRETA
Alternativas
Q3179441 Literatura
O Romantismo brasileiro, iniciado no século XIX, foi fundamental para a construção de uma identidade nacional, destacando elementos culturais e naturais próprios do Brasil. A literatura romântica desse período valorizou a exaltação da natureza, a idealização do indígena como herói nacional e a expressão de sentimentos como o amor puro e idealizado.
Assinale a alternativa CORRETA sobre o nacionalismo e a construção da identidade no Romantismo brasileiro. 
Alternativas
Q3177558 Literatura

Considere o seguinte trecho de Iracema (1865), de José de Alencar:


"Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira."


Com base na análise desse fragmento e nas características do Romantismo brasileiro, assinale a alternativa correta: 

Alternativas
Q3158244 Literatura
Todas as características fazem parte da vida e da obra de Macho de Assis, exceto: 
Alternativas
Q3158227 Literatura
Todas as obras fazem parte do vasto repertório literário de José de Alencar, exceto: 
Alternativas
Q3186829 Literatura
Se eu morresse amanhã
Se eu morresse amanhã, viria ao menos Fechar meus olhos minha triste irmã; Minha mãe de saudades morreria Se eu morresse amanhã! Quanta glória pressinto em meu futuro! Que aurora de porvir e que manhã! Eu perdera chorando essas coroas Se eu morresse amanhã! Que sol! que céu azul! que doce n'alva Acorda a natureza mais louçã! Não me batera tanto amor no peito Se eu morresse amanhã! Mas essa dor da vida que devora A ânsia de glória, o dolorido afã... A dor no peito emudecera ao menos Se eu morresse amanhã!
O poema ilustra o período marcado pela obsessão pela morte, pela melancolia, pela dor dos amores não correspondidos , pela lembrança da infância. A morte é vista, nessa geração, como a única saída para o descontentamento do eu lírico.
Neste texto, o eu lírico fantasia sobre o momento de sua morte, e como seus familiares iriam se comportar diante dessa situação.

A qual escola literária e a qual escritor pertence o poema acima? 
Alternativas
Q3131255 Literatura
        Para os teóricos românticos, o Classicismo (que para eles engloba o que depois se chamou Barroco) teria sido expressão do colonizador português, perturbando o desenvolvimento original da literatura brasileira. Inversamente, o Romantismo representaria o espírito nacional, permitindo com a sua liberdade criadora a manifestação do gênio brasileiro inspirado pelas características da terra, da sociedade, dos ideais. Esta noção nitidamente ideológica correspondia a um estádio da consciência nacional em plena euforia. Historicamente a literatura do período colonial foi algo imposto, inevitavelmente imposto, como o resto do equipamento cultural dos portugueses. E este fato nada tem de negativo em si, desde que focalizemos a colonização, não pelo que poderia ter sido, mas pelo que realmente foi como processo de criação do País, com todas as suas misérias e grandezas. Certos traços que sempre foram censurados no Classicismo tornam-se fatores positivos, como a “artificialidade” das suas tendências. Quando Cláudio Manuel da Costa transforma em Polifemos as rochas da Capitania de Minas, e em Galateias os ribeirões cheios de ouro, está dando nome ao mundo e incorporando a realidade que o cerca a um sistema inteligível para os homens cultos da época, em qualquer país de civilização ocidental. Gregório de Matos pôs nos rigorosos limites convencionais do soneto não apenas a expressão dos padecimentos do amor e toda a inquietação do pecado (isto é, algo normal dentro da tradição), mas os costumes da sociedade em formação, com os seus preconceitos, as suas querelas, a sonoridade dos seus nomes indígenas. O importante é que através dessa convenção livresca manifestaram implicitamente, de maneira original, o contraste entre a civilização da Europa, que os fascinava e na qual se haviam formado intelectualmente, e a rusticidade da terra onde viviam, que amavam e desejavam exprimir. Na sociedade duramente estratificada, submetida à brutalidade de uma dominação baseada na escravidão, se de um lado os escritores e intelectuais reforçaram os valores impostos, puderam muitas vezes, de outro, usar a ambiguidade do seu instrumento e da sua posição para fazer o que é possível nesses casos: dar a sua voz aos que não poderiam nem saberiam falar em tais níveis de expressão. 

Antonio Candido. Literatura de dois gumes. In: A educação pela noite e outros ensaios.
Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2006, p. 212-216 (com adaptações).

Considerando o fragmento de texto precedente e os contextos literários a que ele remete, julgue o item subsequente. 
A ideia central do texto é a de que o Romantismo logrou representar artisticamente a realidade brasileira, o que o Arcadismo, por sua artificialidade, não alcançou em suas obras.
Alternativas
Q3131254 Literatura
        Para os teóricos românticos, o Classicismo (que para eles engloba o que depois se chamou Barroco) teria sido expressão do colonizador português, perturbando o desenvolvimento original da literatura brasileira. Inversamente, o Romantismo representaria o espírito nacional, permitindo com a sua liberdade criadora a manifestação do gênio brasileiro inspirado pelas características da terra, da sociedade, dos ideais. Esta noção nitidamente ideológica correspondia a um estádio da consciência nacional em plena euforia. Historicamente a literatura do período colonial foi algo imposto, inevitavelmente imposto, como o resto do equipamento cultural dos portugueses. E este fato nada tem de negativo em si, desde que focalizemos a colonização, não pelo que poderia ter sido, mas pelo que realmente foi como processo de criação do País, com todas as suas misérias e grandezas. Certos traços que sempre foram censurados no Classicismo tornam-se fatores positivos, como a “artificialidade” das suas tendências. Quando Cláudio Manuel da Costa transforma em Polifemos as rochas da Capitania de Minas, e em Galateias os ribeirões cheios de ouro, está dando nome ao mundo e incorporando a realidade que o cerca a um sistema inteligível para os homens cultos da época, em qualquer país de civilização ocidental. Gregório de Matos pôs nos rigorosos limites convencionais do soneto não apenas a expressão dos padecimentos do amor e toda a inquietação do pecado (isto é, algo normal dentro da tradição), mas os costumes da sociedade em formação, com os seus preconceitos, as suas querelas, a sonoridade dos seus nomes indígenas. O importante é que através dessa convenção livresca manifestaram implicitamente, de maneira original, o contraste entre a civilização da Europa, que os fascinava e na qual se haviam formado intelectualmente, e a rusticidade da terra onde viviam, que amavam e desejavam exprimir. Na sociedade duramente estratificada, submetida à brutalidade de uma dominação baseada na escravidão, se de um lado os escritores e intelectuais reforçaram os valores impostos, puderam muitas vezes, de outro, usar a ambiguidade do seu instrumento e da sua posição para fazer o que é possível nesses casos: dar a sua voz aos que não poderiam nem saberiam falar em tais níveis de expressão. 

Antonio Candido. Literatura de dois gumes. In: A educação pela noite e outros ensaios.
Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2006, p. 212-216 (com adaptações).

Considerando o fragmento de texto precedente e os contextos literários a que ele remete, julgue o item subsequente. 
No primeiro período do texto, a informação entre parênteses indica que, para os teóricos literários do Romantismo, o Barroco integrava o Classicismo.
Alternativas
Q3131253 Literatura
        Para os teóricos românticos, o Classicismo (que para eles engloba o que depois se chamou Barroco) teria sido expressão do colonizador português, perturbando o desenvolvimento original da literatura brasileira. Inversamente, o Romantismo representaria o espírito nacional, permitindo com a sua liberdade criadora a manifestação do gênio brasileiro inspirado pelas características da terra, da sociedade, dos ideais. Esta noção nitidamente ideológica correspondia a um estádio da consciência nacional em plena euforia. Historicamente a literatura do período colonial foi algo imposto, inevitavelmente imposto, como o resto do equipamento cultural dos portugueses. E este fato nada tem de negativo em si, desde que focalizemos a colonização, não pelo que poderia ter sido, mas pelo que realmente foi como processo de criação do País, com todas as suas misérias e grandezas. Certos traços que sempre foram censurados no Classicismo tornam-se fatores positivos, como a “artificialidade” das suas tendências. Quando Cláudio Manuel da Costa transforma em Polifemos as rochas da Capitania de Minas, e em Galateias os ribeirões cheios de ouro, está dando nome ao mundo e incorporando a realidade que o cerca a um sistema inteligível para os homens cultos da época, em qualquer país de civilização ocidental. Gregório de Matos pôs nos rigorosos limites convencionais do soneto não apenas a expressão dos padecimentos do amor e toda a inquietação do pecado (isto é, algo normal dentro da tradição), mas os costumes da sociedade em formação, com os seus preconceitos, as suas querelas, a sonoridade dos seus nomes indígenas. O importante é que através dessa convenção livresca manifestaram implicitamente, de maneira original, o contraste entre a civilização da Europa, que os fascinava e na qual se haviam formado intelectualmente, e a rusticidade da terra onde viviam, que amavam e desejavam exprimir. Na sociedade duramente estratificada, submetida à brutalidade de uma dominação baseada na escravidão, se de um lado os escritores e intelectuais reforçaram os valores impostos, puderam muitas vezes, de outro, usar a ambiguidade do seu instrumento e da sua posição para fazer o que é possível nesses casos: dar a sua voz aos que não poderiam nem saberiam falar em tais níveis de expressão. 

Antonio Candido. Literatura de dois gumes. In: A educação pela noite e outros ensaios.
Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2006, p. 212-216 (com adaptações).

Considerando o fragmento de texto precedente e os contextos literários a que ele remete, julgue o item subsequente. 
Dar “voz aos que não poderiam nem saberiam falar”, tal como mencionado ao final do texto, é tarefa artística que só os poetas românticos, na euforia da pós-independência, puderam cumprir.
Alternativas
Q3131252 Literatura
        Para os teóricos românticos, o Classicismo (que para eles engloba o que depois se chamou Barroco) teria sido expressão do colonizador português, perturbando o desenvolvimento original da literatura brasileira. Inversamente, o Romantismo representaria o espírito nacional, permitindo com a sua liberdade criadora a manifestação do gênio brasileiro inspirado pelas características da terra, da sociedade, dos ideais. Esta noção nitidamente ideológica correspondia a um estádio da consciência nacional em plena euforia. Historicamente a literatura do período colonial foi algo imposto, inevitavelmente imposto, como o resto do equipamento cultural dos portugueses. E este fato nada tem de negativo em si, desde que focalizemos a colonização, não pelo que poderia ter sido, mas pelo que realmente foi como processo de criação do País, com todas as suas misérias e grandezas. Certos traços que sempre foram censurados no Classicismo tornam-se fatores positivos, como a “artificialidade” das suas tendências. Quando Cláudio Manuel da Costa transforma em Polifemos as rochas da Capitania de Minas, e em Galateias os ribeirões cheios de ouro, está dando nome ao mundo e incorporando a realidade que o cerca a um sistema inteligível para os homens cultos da época, em qualquer país de civilização ocidental. Gregório de Matos pôs nos rigorosos limites convencionais do soneto não apenas a expressão dos padecimentos do amor e toda a inquietação do pecado (isto é, algo normal dentro da tradição), mas os costumes da sociedade em formação, com os seus preconceitos, as suas querelas, a sonoridade dos seus nomes indígenas. O importante é que através dessa convenção livresca manifestaram implicitamente, de maneira original, o contraste entre a civilização da Europa, que os fascinava e na qual se haviam formado intelectualmente, e a rusticidade da terra onde viviam, que amavam e desejavam exprimir. Na sociedade duramente estratificada, submetida à brutalidade de uma dominação baseada na escravidão, se de um lado os escritores e intelectuais reforçaram os valores impostos, puderam muitas vezes, de outro, usar a ambiguidade do seu instrumento e da sua posição para fazer o que é possível nesses casos: dar a sua voz aos que não poderiam nem saberiam falar em tais níveis de expressão. 

Antonio Candido. Literatura de dois gumes. In: A educação pela noite e outros ensaios.
Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2006, p. 212-216 (com adaptações).

Considerando o fragmento de texto precedente e os contextos literários a que ele remete, julgue o item subsequente. 
O caráter duplo da literatura brasileira no período de sua formação — Classicismo e Romantismo — expressa-se no fato de que a literatura foi, ao mesmo tempo, imposição do colonizador e expressão nativista e nacional.
Alternativas
Q3128879 Literatura
Dentre os autores e obras representantes da estética romântica no Brasil, NÃO está incluído o indicado em:
Alternativas
Q3119184 Literatura
Marque a alternativa onde temos apenas representantes do Romantismo.
Alternativas
Q3118957 Literatura
O trecho abaixo tem relação com o Romantismo brasileiro. Leia-o.

"Se o problema principal para os brasileiros depois da independência é se pensarem como brasileiros e não mais como portugueses, portugueses-americanos ou mesmo pernambucanos, paulistas, rio-grandenses, etc., o índio ou, ao menos, a ideia que se decide fazer dele, lhes oferece para isso múltiplas possibilidades."
RICUPERO, Bernardo. O Romantismo e a ideia de Nação no Brasil (1830-1870). São Paulo: Martins Fontes, 2004. p. 153.

Qual das obras brasileiras listadas abaixo é representativa da ideia tratada nesse trecho?
Alternativas
Q3108203 Literatura
Leia o fragmento a seguir.
“Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna, e mais longos que seu talhe de palmeira. O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado. Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu, onde campeava sua guerreira tribo, da grande nação tabajara. O pé grácil e nu, mal roçando, alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas.”
ALENCAR, José de. Iracema. 24. ed. São Paulo: Ática, 1991.

A obra Iracema, escrita por José de Alencar, é um dos marcos do romantismo brasileiro e se insere no contexto do Nacionalismo que predominava na época. A relação da obra com o contexto histórico-social do Brasil no século XIX é clara ao retratar a luta pela construção de uma identidade nacional, utilizando-se do indígena como símbolo de pureza e origem da nação. Considerando o contexto histórico e as características do Romantismo, assinale a alternativa CORRETA
Alternativas
Q3090973 Literatura
O crítico literário Antonio Candido, na obra “Formação da Literatura Brasileira” (2000), explica que o nacionalismo, no Brasil, consolidou-se como um conceito de grande relevância na literatura por manifestar a busca pela identidade nacional e por ter ocorrido paralelamente ao surgimento do Romantismo literário e, acima de tudo, ao processo de independência do Brasil. Nesse sentido, o trabalho dos autores românticos resultou
Alternativas
Q3087239 Literatura

Texto 3


Passagem da obra Dom Casmurro (Machado de Assis)


Tinham-me lembrado a definição que José Dias dera deles, “olhos de cigana oblíqua e dissimulada”. Eu não sabia o que era oblíqua, mas dissimulada sabia, e queria ver se se podiam chamar assim. Capitu deixou-se fitar e examinar. Só me perguntava o que era, se nunca os vira; eu nada achei extraordinário; a cor e a doçura eram minhas conhecidas. A demora da contemplação creio que lhe deu outra ideia do meu intento; imaginou que era um pretexto para mirá-los mais de perto, com os meus olhos longos, constantes, enfiados neles, e a isto atribuo que entrassem a ficar crescidos, crescidos e sombrios, com tal expressão que…


Retórica dos namorados, dá-me uma comparação exata e poética para dizer o que foram aqueles olhos de Capitu. Não me acode imagem capaz de dizer, sem quebra da dignidade do estilo, o que eles foram e me fizeram. Olhos de ressaca? Vá, de ressaca. É o que me dá ideia daquela feição nova. Traziam não sei que fluido misterioso e enérgico, uma força que arrastava para dentro, como a vaga que se retira da praia, nos dias de ressaca. Para não ser arrastado, agarrei-me às outras partes vizinhas, às orelhas, aos braços, aos cabelos espalhados pelos ombros; mas tão depressa buscava as pupilas, a onda que saía delas vinha crescendo, cava e escura, ameaçando envolver-me, puxar-me e tragar-me.


Fonte: ASSIS, Machado de. Dom Casmurro.

2ª edição [e-book], Brasília: Edições Câmara, 2019, p. 57-58.


Texto 4


Passagem da obra O cortiço (Aluísio Azevedo)


Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava, abrindo, não os olhos, mas a sua infinidade de portas e janelas alinhadas.

Um acordar alegre e farto de quem dormiu de uma assentada sete horas de chumbo. Como que se sentiam ainda na indolência de neblina as derradeiras notas da última guitarra da noite antecedente, dissolvendo-se à luz loura e tenra da aurora, que nem um suspiro de saudade perdido em terra alheia.

A roupa lavada, que ficara de véspera nos coradouros, umedecia o ar e punha-lhe um farto acre de sabão ordinário. As pedras do chão, esbranquiçadas no lugar da lavagem e em alguns pontos azuladas pelo anil, mostravam uma palidez grisalha e triste, feita de acumulações de espumas secas.


Fonte: AZEVEDO, Aluísio. O cortiço.

30ª ed., São Paulo: Ática, 1997, p. 21.

Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ) considerando os textos 3 e 4 e as características das escolas da Literatura Brasileira.


( ) Dom Casmurro é obra do romantismo, estilo marcado pela análise psicológica e a temática do adultério feminino.


( ) O cortiço apresenta estética naturalista, escola marcada pela objetividade, crítica social e oposição ao romantismo.


( ) Os textos 3 e 4 são passagens tipológicas narrativas desenvolvidas para descrever personagens das duas obras.


( ) Da expressão “olhos de cigana oblíqua e dissimulada” infere-se o preconceito existente no século XIX em relação aos ciganos, tratados como falsos e de má índole.


( ) Em “Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava”, o autor produz uma personificação, figura de linguagem bastante utilizada em textos literários.



Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.

Alternativas
Q3076820 Literatura
Leia a música a seguir.

Você Não Me Ensinou a Te Esquecer
(Caetano Veloso)

Não vejo mais você faz tanto tempo
Que vontade que eu sinto
De olhar em seus olhos, ganhar seus abraços
É verdade, eu não minto

E nesse desespero em que me vejo
Já cheguei a tal ponto
De me trocar diversas vezes por você
Só pra ver se te encontro

Você bem que podia perdoar
E só mais uma vez me aceitar
Prometo, agora vou fazer por onde
Nunca mais perdê-la

Agora
Que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
E te querendo eu vou tentando te encontrar
Vou me perdendo
Buscando em outros braços os seus abraços
Perdido no vazio de outros passos
Do abismo em que você se retirou
E me atirou e me deixou aqui sozinho 

Fonte: https://www.letras.mus.br/caetano-veloso/72788/
A música de Caetano Veloso se encaixa em qual escola literária? 
Alternativas
Respostas
1: A
2: D
3: C
4: C
5: B
6: C
7: A
8: E
9: B
10: E
11: C
12: E
13: C
14: D
15: A
16: B
17: C
18: A
19: D
20: E