Questões de Português - Acentuação Gráfica: Proparoxítonas, Paroxítonas, Oxítonas e Hiatos para Concurso
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Texto para o item.
Considerando as ideias, os sentidos e os aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o item.
O acento agudo em “arco-íris” (linha 6) justifica-se por se tratar de paroxítona terminada em –is.
(1) Oxítona.
(2) Paroxítona.
(3) Proparoxítona.
( ) Espaço.
( ) Está.
( ) Júpiter.
Texto para o item.
Internet:<http://www.drauziovarella.uol.com.br/>
Com relação a aspectos linguísticos do texto, julgue o item.
Os vocábulos “saúde” (linha 5) e “País” (linha 2) são
acentuados graficamente de acordo com a mesma regra
de acentuação gráfica.
Leia atentamente o texto a seguir e responda à questão.
Por um imposto regulador dos preços dos combustíveis
(Julia de Medeiros Braga. Economista e professora da Faculdade de Economia da
UFF (Universidade Federal Fluminense.
https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2022/05/por-um-imposto-regulador-dosprecos-dos-combustiveis.shtml. 19.mai.2022)
Texto para o item.
Internet:<www.gazetadopovo.com.br>
Em relação à ortografia e ao significado das palavras no texto, julgue o item.
As palavras “químicas”, “álcool” e “tóxico” são
acentuadas graficamente de acordo com a regra de
acentuação gráfica dos vocábulos proparoxítonos.
Texto para o item.
A respeito de aspectos linguísticos do texto, julgue o item.
As palavras “saúde”, “países” e “País” são acentuadas
graficamente de acordo com a mesma regra de
acentuação gráfica.
Assinale a afirmativa INCORRETA sobre os acentos em desuso.
Assinale a opção CORRETA quanto às regras de acentuação.
Texto 2 para a questão.
O CAMINHO DA VIDA
O caminho da vida pode ser o da liberdade e o da beleza, porém nos extraviamos.
A cobiça envenenou a alma dos homens, levantou no mundo as muralhas do ódio e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e morticínios.
Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem nos deixado em penúria.
Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco.
Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.
https://www.pensador.com/textos_de_charlie_chaplin/.Acesso em 30/04/2022
Avalie as afirmativas a seguir como verdadeiras (V) ou falsas (F).
( ) No texto “Amor sincero” é possível identificar dois tipos de discurso, o direto e o indireto livre, pois há a presença de orações interrogativas e afirmativas, características dessas estruturas discursivas.
( ) As palavras gravidezes, avestruzes e arrozes recebem a mesma classificação quanto à acentuação tônica.
( ) O vocábulo “amor” tem o mesmo referente, no primeiro e no último parágrafo.
( ) Formam o plural seguindo a mesma regra apresentada no texto as palavras cruzes, refazes e vezes.
A sequência correta, de cima para baixo, está
descrita na alternativa:
A paz do coração é o paraíso dos homens. Platão
Assinale a alternativa que apresenta a regra que justifica a acentuação gráfica da palavra PARAÍSO:
Texto para o item.
Murilo Toretta. Arroz com feijão: perfeitos para a sua saúde.
In: Viva Saúde, ano 15, ed. 209, 2021 (com adaptações).
Quanto às propriedades gramaticais do texto, julgue o item.
É obrigatório o uso do acento agudo nas palavras
“máximo” (linha 9) e “ótima” (linha 24).
Perguntas de criança…
Há muita sabedoria pedagógica nos ditos populares. Como naquele que diz: “É fácil levar a égua até o meio do ribeirão. O difícil é convencer ela a beber a água…” De fato: se a égua não estiver com sede ela não beberá água por mais que o seu dono a surre... Mas, se estiver com sede, ela, por vontade própria, tomará a iniciativa de ir até o ribeirão. Aplicado à educação: “É fácil obrigar o aluno a ir à escola. O difícil é convencê-lo a aprender aquilo que ele não quer aprender…”
Às vezes eu penso que o que as escolas fazem com as crianças é tentar forçá-las a beber a água que elas não querem beber. Brunno Bettelheim, um dos maiores educadores do século passado, dizia que na escola os professores tentaram ensinar-lhe coisas que eles queriam ensinar, mas que ele não queria aprender. Não aprendeu e, ainda por cima, ficou com raiva. Que as crianças querem aprender, disso não tenho a menor dúvida. Vocês devem ser lembrar do que escrevi, corrigindo a afirmação com que Aristóteles começa a sua “Metafísica”: “Todos os homens, enquanto crianças, têm, por natureza, desejo de conhecer…”
Mas, o que é que as crianças querem aprender? Pois, faz uns dias, recebi de uma professora, Edith Chacon Theodoro, uma carta digna de uma educadora e uma lista de perguntas anexada a ela, que seus alunos haviam feito, espontaneamente. “Por que o mundo gira em torno dele e do sol? Por que a vida é justa com poucos e tão injusta com muitos? Por que o céu é azul? Quem foi que inventou o Português? Como foi que os homens e as mulheres chegaram a descobrir as letras e as sílabas? Como a explosão do Big Bang foi originada? Será que existe inferno? Como pode ter alguém que não goste de planta? Quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha? Um cego sabe o que é uma cor? Se na Arca de Noé havia muitos animais selvagens, por que um não comeu o outro? Para onde vou depois de morrer? Por que eu adoro música e instrumentos musicais se ninguém na minha família toca nada? Por que sou nervoso? Por que há vento? Por que as pessoas boas morrem mais cedo? Por que a chuva cai em gotas e não tudo de uma vez?”
José Pacheco é um educador português. Ele é o diretor (embora não aceite ser chamado de diretor, por razões que um dia vou explicar…) da Escola da Ponte, localizada na pequena cidade de Vila das Aves, ao norte de Portugal. É uma das escolas mais inteligentes que já visitei. Ela é inteligente porque leva muito mais a sério as perguntas que as crianças fazem do que as respostas que os programas querem fazê-las aprender. Pois ele me contou que, em tempos idos, quando ainda trabalhava numa outra escola, provocou os alunos a que escrevessem numa folha de papel as perguntas que provocavam a sua curiosidade e ficavam rolando dentro das suas cabeças, sem resposta. O resultado foi parecido com o que transcrevi acima. Entusiasmado com a inteligência das crianças – pois é nas perguntas que a inteligência se revela – resolveu fazer experiência parecida com os professores. Pediu-lhes que colocassem numa folha de papel as perguntas que gostariam de fazer. O resultado foi surpreendente: os professores só fizeram perguntas relativas aos conteúdos dos seus programas. Os professores de geografia fizeram perguntas sobre acidentes geográficos, os professores de português fizeram perguntas sobre gramática, os professores de história fizeram perguntas sobre fatos históricos, os professores de matemática propuseram problemas de matemática a serem resolvidos, e assim por diante.
O filósofo Ludwig Wittgenstein afirmou: “os limites da minha linguagem denotam os limites do meu mundo”. Minha versão popular: “as perguntas que fazemos revelam o ribeirão onde quero beber…” Leia de novo e vagarosamente as perguntas feitas pelos alunos. Você verá que elas revelam uma sede imensa de conhecimento! Os mundos das crianças são imensos! Sua sede não se mata bebendo a água de um mesmo ribeirão! Querem águas de rios, de lagos, de lagoas, de fontes, de minas, de chuva, de poças d’água… Já as perguntas dos professores revelam (Perdão pela palavra que vou usar! É só uma metáfora, para fazer ligação com o ditado popular!) éguas que perderam a curiosidade, felizes com as águas do ribeirão conhecido… Ribeirões diferentes as assustam, por medo de se afogarem… Perguntas falsas: os professores sabiam as respostas… Assim, elas nada revelavam do espanto que se tem quando se olha para o mundo com atenção. Eram apenas a repetição da mesma trilha batida que leva ao mesmo ribeirão…
Eu sempre me preocupei muito com aquilo que as escolas fazem com as crianças. Agora estou me preocupando com aquilo que as escolas fazem com os professores. Os professores que fizeram as perguntas já foram crianças; quando crianças, suas perguntas eram outras, seu mundo era outro…Foi a instituição “escola” que lhes ensinou a maneira certa de beber água: cada um no seu ribeirão… Mas as instituições são criações humanas. Podem ser mudadas. E, se forem mudadas, os professores aprenderão o prazer de beber de águas de outros ribeirões e voltarão a fazer as perguntas que faziam quando eram crianças.
(Adaptado do texto “Perguntas de criança…” de Rubem Alves,
Folha (sinapse) – terça-feira, 24 de setembro de 2002, p.29)