Questões de Concurso
Sobre acentuação gráfica: proparoxítonas, paroxítonas, oxítonas e hiatos em português
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Com relação à correção gramatical e à coerência das substituições propostas para vocábulos e trechos destacados do texto, julgue o item
“têm dificuldade de enxergar” (linha 15) por tem dificuldade de enxergarem
Quanto ao texto e a seus aspectos linguísticos, julgue o item.
Os vocábulos “indústria”, “disponíveis” e “indivíduo” são acentuados graficamente de acordo com a mesma regra de
acentuação gráfica.
I. Trata-se de palavra trissílaba e paroxítona. II. Caso suprimíssemos o acento agudo, a palavra originada seria uma forma verbal. III. Trata-se de substantivo simples, comum e abstrato.
Quais são corretas?
Analise o texto a seguir
Nesse texto, a presença ou ausência do acento agudo altera o sentido do vocábulo.
Tendo em vista a norma-padrão e o efeito decorrente do
uso desse recurso ortográfico, a alternativa em que a
palavra em destaque foi utilizada de maneira incorreta é:
A importância da linguagem
Na abertura da sua obra Política, Aristóteles afirma que somente o homem é um “animal político”, isto é, social e cívico, porque somente ele é dotado de linguagem. Os outros animais, escreve Aristóteles, possuem voz (phone) e com ela exprimem dor e prazer, mas o homem possui a palavra (logos) e, com ela, exprime o bom e o mau, o justo e o injusto. Exprimir e possuir em comum esses valores é o que torna possível a vida social e política e, dela, somente os homens são capazes.
Segue a mesma linha o raciocínio de Rousseau no primeiro capítulo do Ensaio sobre a origem das línguas:
A palavra distingue os homens dos animais; a linguagem distingue as nações entre si. Não se sabe de onde é um homem antes que ele tenha falado.
Escrevendo sobre a teoria da linguagem, o linguista Hjelmslev afirma que “a linguagem é inseparável do homem, segue-o em todos os seus atos”, sendo “o instrumento graças ao qual o homem modela seu pensamento, seus sentimentos, suas emoções, seus esforços, sua vontade e seus atos, o instrumento graças ao qual ele influencia e é influenciado, a base mais profunda da sociedade humana.” Prosseguindo em sua apreciação sobre a importância da linguagem, Rousseau considera que a linguagem nasce de uma profunda necessidade de comunicação: Desde que um homem foi reconhecido por outro como um ser sensível, pensante e semelhante a si próprio, o desejo e a necessidade de comunicar-lhe seus sentimentos e pensamentos fizeram-no buscar meios para isso.
Gestos e vozes, na busca da expressão e da comunicação, fizeram surgir a linguagem.
Por seu turno, Hjelmslev afirma que a linguagem é “o recurso último e indispensável do homem, seu refúgio nas horas solitárias em que o espírito luta contra a existência, e quando o conflito se resolve no monólogo do poeta e na meditação do pensador.”
A linguagem, diz ele, está sempre à nossa volta, sempre pronta a envolver nossos pensamentos e sentimentos, acompanhando-nos em toda a nossa vida. Ela não é um simples acompanhamento do pensamento, “mas sim um fio profundamente tecido na trama do pensamento”, é “o tesouro da memória e a consciência vigilante transmitida de geração a geração”.
A linguagem é, assim, a forma propriamente humana da comunicação, da relação com o mundo e com os outros, da vida social e política, do pensamento e das artes.
No entanto, no diálogo Fedro, Platão dizia que a linguagem é um pharmakon. Esta palavra grega, que em português se traduz por poção, possui três sentidos principais: remédio, veneno e cosmético.
Ou seja, Platão considerava que a linguagem pode ser um medicamento ou um remédio para o conhecimento, pois, pelo diálogo e pela comunicação, conseguimos descobrir nossa ignorância e aprender com os outros. Pode, porém, ser um veneno quando, pela sedução das palavras, nos faz aceitar, fascinados, o que vimos ou lemos, sem que indaguemos se tais palavras são verdadeiras ou falsas. Enfim, a linguagem pode ser cosmético, maquiagem ou máscara para dissimular ou ocultar a verdade sob as palavras. A linguagem pode ser conhecimento-comunicação, mas também pode ser encantamento-sedução.
O fragmento acima foi extraído do livro Convite à Filosofia de Marilena Chauí. CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática,2000.
Texto I
“MÚSICA E(M) SOCIEDADE”, UMA RICA REFLEXÃO SOBRE
O PAPEL DA MÚSICA EM NOSSAS VIDAS
Julinho Bittencourt
O livro de Paulo Roxo Barja, traduz em linguagem simples e rica, relações que você sempre teve com a música e que, feito num sonho, seu texto faz despertar Paulo Roxo Barja é uma pessoa plugada em dois mundos. Por um lado, é pós-doutorado pela USP, doutor em ciências e mestre em física. Por outro, é cordelista e músico, formado em piano e interessado por música, seja ela qual for. Filho de pai maestro com mãe apaixonada por literatura, a despeito da sua atuação como cientista e acadêmico, nunca deixou a sua produção artística de lado.
Na mesma medida em que se aprofunda nos estudos, a sua intenção musical se volta, ironicamente, mais e mais às coisas forjadas pelo povo e para o povo. Autor de extensa obra (só de cordéis, já publicou mais de 70), acaba de lançar “Música e(m) Sociedade – Artigos, Crônicas e Reflexões”, um pequeno e lindo livro onde consegue, ao mesmo tempo, o rigor científico em sua estrutura e uma linguagem surpreendentemente clara no seu conteúdo.
Tudo o que compartilha ao longo de suas pouco mais de 140 páginas são experiências que vivenciou, ouviu e comprovou em vários momentos de sua vida. Parte de coisas prosaicas e cotidianas que qualquer ouvinte de música um pouco mais atento experimenta, mas que o autor traduz com maestria, encaixando peças até então soltas e aleatórias.
Logo de saída, desmistifica o ambiente sagrado da música erudita, mais exatamente o período da renascença. Num capítulo hilário, redime a nossa contemporaneidade desbocada e desbanca falsos moralistas das salas de concerto ao nos mostrar, traduzir e comentar canções do século XVI tão malcriadas que fariam qualquer MC do funk proibidão parecer um ingênuo iniciante.
Dos renascentistas profanos, pula para o urgente e emergente mundo sagrado dos pretos velhos da umbanda, segundo ele, a religião mais genuinamente brasileira de todas. Mais uma vez, corre a buscar exemplos que entrelaçam a trajetória dos negros escravos aos seus cantos, ritmos e origens de suas danças.
Seguir viagem adentro neste “Música e(m) Sociedade” é mergulhar em experiências musicais díspares, algumas delas em artigos divididos com outros autores. Paulo Roxo Barja transita por várias manifestações e se debruça, sobretudo, nas reações humanas que elas desencadeiam, no todo compartilhado. Nos sons forjados por nós e que, consequentemente, nos forjam e assim por diante.
Vai da canção pop brasileira dos anos 50 até 2000 à trilha do filme “O Som do Coração”, imprescindível na construção da narrativa. Relata vivências em comunidades, poesia e canção popular, a paixão por Nara Leão, o papel da música na área da saúde.
Guarda para o final, feito sobremesa, uma deliciosa série de reflexões extremamente pessoais que, talvez por isso mesmo, se revelem estranhamente próximas, irrecusavelmente comuns a muitos de nós. Uma das mais divertidas é quando conta ter colocado a interpretação de Cristiane Jaccottet para o Prelúdio Nº 1, do Cravo Bem Temperado, de Bach, no toque do seu celular. Por conta disto, por diversas vezes, se pegou não atendendo a ligação enlevado com a música.
No final das contas, “Música e(m) Sociedade – Artigos, Crônicas e Reflexões”, de Paulo Roxo Barja, vai te pegar de surpresa, ao traduzir, na sua linguagem simples e rica de professor, relações que você sempre teve com a música e que, feito num sonho, seu texto faz despertar.
Publicado em: 31/01/2018
Texto adaptado. Disponível em: https://www.revistaforum.com.
br/2018/01/31/musica-em-sociedade-uma-rica-reflexao-sobre-o-papel-da-musica-em-nossas-vidas/
Acesso em: 01/02/2018
Texto para o item.
Bárbara Soalheiro e Alceu Chiesorin Nunes. Medicina alternativa.
Internet: <www.super.abril.com.br>(com adaptações).
Em relação ao texto e a seus aspectos linguísticos, julgue o item.
Os vocábulos “só”, “dá”, têm” e “é” são acentuados graficamente de acordo com a mesma regra de acentuação gráfica.
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Em relação ao texto e a seus aspectos linguísticos, julgue o item.
A acentuação gráfica dos vocábulos “saúde” e “óleos” justifica‐se pelo fato de, em ambos, a vogal tônica formar, sozinha, uma sílaba.
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Considerando a tipologia, as ideias e os aspectos linguísticos do texto, julgue o item.
As palavras “saúde” e “útil” são acentuadas graficamente de acordo com a mesma regra de acentuação gráfica.
Texto para o item.
Internet: <https://saude.abril.com.br/>
A respeito do texto e de seus aspectos linguísticos, julgue o item.
Os vocábulos “contém” e “além” são acentuados
graficamente de acordo com a mesma regra de
acentuação gráfica.
(1) Desagradável. (2) Ninguém. (3) Saúde.
( ) Oxítona. ( ) Hiato. ( ) Paroxítona.
Pesquisas fornecem novas evidências para o início da vida na Terra
A origem da vida é um tema que, evidentemente, desperta curiosidade ____ milênios. Os recursos usados para esclarecer o assunto, contudo, mudaram ao longo dos anos. Muitas civilizações passadas, a exemplo da egípcia, usavam ações divinas para explicar o surgimento dos seres vivos. Algo, claro, que permanece até hoje.
Alguns cidadãos da Grécia Antiga, por outro lado, começaram a optar por teorias mais científicas. Hipócrates, o pai da medicina, acreditava que os quatros elementos, reproduzidos no corpo humano, eram responsáveis pela faísca da vida. Já Demócrito, seu __________ filósofo, via na junção de átomos a explicação para o fenômeno.
Desde então, há séculos que a humanidade usa a ciência como ferramenta para tentar compreender suas origens. Dois estudos publicados recentemente forneceram novas evidências que podem nos ajudar nessa longa caminhada em direção à fórmula da vida na Terra.
A primeira pesquisa foi fruto do trabalho de biólogos japoneses de diversos institutos. Pela primeira vez, cientistas conseguiram capturar e desenvolver em laboratório um micróbio semelhante àquele que pode ter dado início à vida complexa na Terra.
Trata-se de uma espécie antiga de arqueas, micro-organismos unicelulares muito parecidos com as bactérias, com um tipo de célula mais simples do que a de animais e plantas. Habitantes do mar profundo, esses seres são difíceis de se manter em um ambiente controlado, o que exigiu dos pesquisadores doze anos de esforços para cultivá-los apropriadamente.
A importância dessas arqueas é gigantesca para entender a origem da vida. Em seu material genético, foram encontrados, além dos genes frequentemente presentes em micróbios, marcadores genéticos típicos de eucariontes (células como as nossas, que possuem núcleo e outras estruturas mais complexas). Essa mistura de informações levou os cientistas a acreditarem que estavam em frente a um ser que pode ter servido de ponte entre as células simples e as mais desenvolvidas.
https://veja.abril.com.br... - adaptado.
Em se tratando das regras de acentuação das palavras, numerar a 2ª coluna de acordo com a 1ª e, após, assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
(1) Difícil.
(2) Público.
(3) Raízes.
( ) Proparoxítona.
( ) Paroxítona.
( ) Hiato.
I. Trata-se de adjetivo comum de dois gêneros que possui apenas um radical. II. Poder-se-ia substituir essa palavra por “justificado” sem prejuízo do significado original do texto. III. Caso o acento da palavra destacada fosse suprimido, teríamos a formação de palavra não existente em Língua Portuguesa.
Quais estão corretas?
A cor amarela é sinônimo de felicidade? Depende de onde
você nasceu
Todos nós associamos emoções a cores: vermelho a amor, amarelo a alegria, azul a tristeza, etc. Mas essas concepções não são fixas: o laranja, por exemplo, é muito associado a calor e vitalidade no Ocidente, mas no Oriente Médio tem um significado extremamente triste – associado à lamentação e ao luto.
Para mapear essas diferenças, pesquisadores suíços da Universidade de Lausanne, perguntaram a indivíduos de diferentes etnias e nacionalidades qual significado eles atribuíam ao amarelo. O amarelo foi escolhido porque “é uma __________ da luz do Sol, que sustenta a vida e o clima agradável”.
Publicado no periódico Journal of Environmental Psychology, o estudo utilizou os dados das primeiras 6.625 pessoas que responderam a uma pesquisa internacional sobre a relação entre cores e emoções, contabilizando voluntários de 55 países. Nesse questionário, os participantes associam 12 cores a gradações de sentimentos como alegria, orgulho, medo e vergonha.
A conclusão dos pesquisadores foi curiosa: o amarelo não é considerado tão alegre em países ensolarados. Depois de analisar diversas variáveis – como média de horas diárias de céu aberto e a duração relativa do dia e da noite, eles perceberam que dois fatores eram determinantes: a quantidade anual de chuva e a distância do Equador.
No geral, as pessoas que associavam amarelo à alegria viviam em países mais chuvosos, localizados longe da linha imaginária. No Egito, apenas 5,7% das pessoas associam a cor à alegria. Já na Finlândia, país frio, com alto índice pluviométrico e distante do equador, 87,7% acham o amarelo alegre. Em países com climas mais amenos e estações do ano mais definidas, como os EUA, esses níveis de associação ficaram entre 60% e 70%.
https://super.abril.com.br/... - adaptado