Questões de Português - Adjetivos para Concurso

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Q2240491 Português
Os adjetivos podem indicar qualidades positivas ou negativas, características, estados ou relações dos substantivos. 

Assinale a frase em que o adjetivo destacado indica uma característica.
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Q2240487 Português
Assinale a frase em que o vocábulo sublinhado pertence à classe dos adjetivos. 
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Q2239481 Português
Identifique a classificação do termo destacado na frase: "Ela comprou uma linda blusa." 
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Q2237985 Português
Assinale a opção em que o adjetivo indicado expressa uma opinião da autora do texto CG2A1-II.
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Q2236380 Português
A enorme extração de água subterrânea desloca o eixo da Terra

A extração e transporte de águas subterrâneas fizeram com que o eixo de rotação da Terra se inclinasse quase 80 centímetros para o leste entre 1993 e 2010.

A conclusão é de um estudo publicado na última edição do periódico Geophysical Research Letters, da União Americana de Geofísica.

Segundo os pesquisadores, o deslocamento de grandes massas de água devido à interferência humana nos aquíferos não só provoca essa mudança no eixo de rotação da Terra, como também, afeta o nível do mar.

"As águas subterrâneas bombeadas evaporam para a atmosfera ou correm para os rios. E elas acabam nos oceanos por meio da precipitação ou do deságue", explicou à BBC Mundo Ki-Weon Seo, professor de Ciências da Terra na Universidade Nacional de Seul, Coreia do Sul, e principal autor do estudo.

Desta forma, "a água se move da terra para os oceanos. É uma grande redistribuição de água."

A capacidade da água de alterar a rotação da Terra já havia sido descoberta em 2016.

Outro estudo de 2021 focou no impacto da perda de água nas regiões polares no eixo de inclinação da Terra, ou seja, no gelo que derreteu e escoou para os oceanos.

Até agora, no entanto, o efeito específico do deslocamento das águas subterrâneas nas mudanças rotacionais não era conhecido.

O eixo de rotação da Terra é o ponto em torno do qual o planeta gira. Esse eixo imaginário liga o Polo Norte ao Polo Sul e, ao fim de 24 horas, a Terra dá uma volta completa sobre si mesma.

A ideia de que os polos geográficos da Terra - ou seja, os pontos por onde o eixo de rotação passa - são ligeiramente móveis já é bastante conhecida. E esse é um processo natural, já que o campo gravitacional terrestre não é perfeitamente igual em todos os pontos da superfície e mudanças na distribuição da massa do planeta fazem com que o eixo se mova.

Mas o tipo de deslocamento que se observa desde os anos 1990 tem marcas profundas da ação humana.

A distribuição da água no planeta afeta ainda mais a forma como a massa é distribuída em nosso planeta. Segundo os cientistas, esse processo é como adicionar mais peso a um pião que não para de girar.

Da mesma forma que acontece com o instrumento, a Terra gira de forma um pouco diferente conforme a água se move.

"O polo de rotação da Terra realmente muda muito", observa Seo. "Nosso estudo mostra que, entre as causas relacionadas ao clima, a redistribuição das águas subterrâneas tem o maior impacto na deriva rotacional dos polos".

Os cientistas determinaram também que a redistribuição da água localizada originalmente nas latitudes médias tem um impacto maior no eixo de rotação.

Durante o período de estudo, a maior parte da água que foi redistribuída estava localizada no oeste da América do Norte e no noroeste da Índia, ambos em latitudes médias.

Os esforços dos países para reduzir a captação de águas subterrâneas, especialmente em regiões tão sensíveis, podem alterar as mudanças na movimentação dos polos geográficos da Terra. Mas isso só acontecerá se esses esforços forem mantidos por décadas, diz Seo.

https://www.bbc.com/portuguese/articles/cge18kxee82o. Adaptado.

O deslocamento de grandes massas de água devido à interferência humana nos aquíferos não só provoca essa mudança no eixo de rotação da Terra, como também, afeta o nível do mar.

Assinale a opção que contenha três substantivos e um adjetivo.

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Q2236092 Português
Leia o texto.
Capítulo V O agregado
      Nem sempre ia naquele passo vagaroso e rígido. Também se descompunha em acionados, era muita vez rápido e lépido nos movimentos, tão natural nesta como naquela maneira. Outrossim, ria largo, se era preciso, de um grande riso sem vontade, mas comunicativo, a tal ponto as bochechas, os dentes, os olhos, toda a cara, toda a pessoa, todo o mundo pareciam rir nele. Nos lances graves, gravíssimo.         Era nosso agregado desde muitos anos; meu pai ainda estava na antiga fazenda de Itaguaí, e eu acabava de nascer. Um dia apareceu ali vendendo-se por médico homeopata; levava um Manual e uma botica. Havia então um andaço de febres; José Dias curou o feitor e uma escrava, e não quis receber nenhuma remuneração. Então meu pai propôs-lhe ficar ali vivendo, com pequeno ordenado. José Dias recusou, dizendo que era justo levar a saúde à casa de sapé do pobre. ASSIS, M. Dom Casmurro.
Observando a relação entre as estruturas morfossintáticas e os sentidos do texto, é possível inferir que 
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Q2235845 Português
A TOMADA DA LIBERDADE EM TERMOS GRAMATICAIS

(1º§) Na correspondência dos jesuítas eram frequentes as referências à dificuldade que certos padres tinham com a gramática no seu trabalho de catequese, nas Missões. Frequentes e obscuras: não se sabia se a dificuldade tão citada era com a gramática que os próprios padres ensinavam ou se era com a gramática dos nativos. Até descobrirem que “gramática” era um código para castidade.
(2º) Todos sabemos que o problema de alguns padres era definitivamente manter seus votos de abstinência em meio aos índios. Ou no caso, às índias.
(3º§) Conscientemente ou não, o código foi bem escolhido. Pecar contra a castidade, se aceitar que a correção gramatical é uma norma de boa conduta e as regras da língua equivalem a parâmetros morais. Fala-se na “pureza” do vernáculo e na sua poluição, ou violentação, vinda de fora e de um jeito ou de outro todo o vocabulário da perdição da língua (seu abastardamento, sua vulgarização, sua entrega a estrangeirismos como prostitutas do cais) tem conotações sexuais.
 (4º§) Tomar liberdade com a língua é uma atividade tão mal vista pelos guardiões da sua virtude como seria tomar liberdade com suas filhas. Que o povo peque contra a linguagem é aceitável, para a moral gramatical, já que ele vive na promiscuidade mesmo.
(5º§) Mas pessoas educadas, que conhecem as regras, dedicarem-se a neologismos exibicionistas, à introdução de pronomes em lugares impróprios e ao uso de academicismos para fins antinaturais é visto como devassidão imperdoável. De escritores profissionais, principalmente, se espera que se mantenham carretos e castos a qualquer custo.
(6º§) Mas vivemos com relação à gramática como viviam os jesuítas com relação à “gramática”, esforçando-nos para cumprir nossa missão – que não deixa de ser uma catequese, mesmo que só se dê o exemplo de como botar uma palavra depois da outra e viver disso com alguma dignidade – sem sucumbir às tentações à nossa volta. Também não conseguimos. O ambiente nos domina, a libertinagem nos chama, e pecamos o tempo todo.
(7º§) Deve-se ter cuidado com o estudo da gramática normativa da língua portuguesa, pois seus preceitos são padronizados. Pense nisso!
(8º§) Estude, valorize sua língua pátria! Imponha-se pela correção dos seus atos comunicativos e vá tomando liberdade de usar corretamente os aspectos linguísticos gramaticais da língua oficial de sua pátria!

(...)
(VERÍSSIMO, Luís Fernando). - (Texto adaptado)
Marque o que se comprova na frase: “A tomada da liberdade em termos gramaticais”.
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Ano: 2023 Banca: IESES Órgão: IBHASES Prova: IESES - 2023 - IBHASES - Auxiliar de Limpeza |
Q2235768 Português
Responda a questão, de interpretação de texto, com base na notícia apresentada a seguir:

São vários os setores de um hospital engajados em levar à comunidade um serviço de excelência, priorizando saúde, acolhimento e bem-estar do paciente. O setor de higienização é um desses pilares necessários para o bom funcionamento de uma instituição. No Hospital São José de Criciúma, cerca de 120 colaboradores estão empenhados 24 horas por dia para dar atenção e entregar um ambiente sadio à comunidade.Os trabalhadores que fazem parte do setor de higienização atuam em todas as alas da instituição fazendo o recolhimento de resíduos, as limpezas do dia a dia e a chamada limpeza terminal, feita em todos os quartos quando o paciente desocupa o leito.Segundo a enfermeira do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) do HSJosé, Rita Lindemann, a higienização é um dos serviços fundamentais para controlar a infecção hospitalar, além de manter o ambiente limpo e confortável.

Adaptado de: https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/especialpublicitario/hospital-sao-jose/noticia/2021/07/02/higienizacaohospitalar-e-fundamental-para-entregar-servico-de-qualidade-aopaciente.ghtml
Considere os vocábulos destacados em ambiente limpo e confortável. Pode-se afirmar que ambos os vocábulos são classificados, gramaticalmente, como: 
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Q2235008 Português
A misteriosa caverna britânica com desenhos que intrigam historiadores há 3 séculos

O administrador da caverna, Nicky Paton, indicou para mim as figuras, uma a uma. “Aquela é Santa Catarina, na roda de execução. […] “E aquele é São Lourenço. Ele foi queimado até a morte sobre uma grelha.” Em meio a essas aterradoras cenas cristãs, havia também imagens pagãs - um grande cavalo entalhado e um símbolo de fertilidade conhecido como sheela na gig - uma mulher com órgãos sexuais exagerados. Outra imagem retratava uma pessoa segurando um crânio na mão direita e uma vela na esquerda, teoricamente representando uma cerimônia de iniciação. […] E, para tornar os entalhes ainda mais assustadores, havia sua execução rudimentar, quase infantil. Imagine qual terá sido a surpresa das pessoas que redescobriram por acaso a caverna de Royston, no verão de 1742. Escavando as fundações para uma nova bancada no mercado de manteiga da cidade, um trabalhador encontrou uma pedra de moinho enterrada e descobriu que ela escondia a entrada de um poço profundo na terra. Como ainda não havia normas de saúde e segurança, um garoto que passava recebeu rapidamente uma vela e foi baixado ao poço em uma corda para investigar. […] O que se descobriu no poço foi menos lucrativo, mas muito mais misterioso: uma xícara quebrada e algumas joias, um crânio, ossos humanos e paredes gravadas, de cima a baixo, com estranhas figuras sem expressão facial. Três séculos depois, a caverna de Royston continua sendo um dos lugares mais misteriosos do Reino Unido. Cada vez surgem mais teorias sobre o seu propósito, sem sequer chegar perto de uma resposta.

O mistério das origens

“O que torna a caverna tão curiosa para os visitantes e historiadores é que ela ainda é um enigma” […] afirma Paton. “Principalmente porque não existe documentação sobre a sua existência antes daquela descoberta acidental. […] Mas existem muitas teorias. Pessoas com tendências esotéricas afirmam que a caverna fica na interseção de duas linhas de ley - caminhos antigos que, segundo se acredita, conectam lugares com poder espiritual. Uma dessas linhas, a chamada Linha de Michael, também atravessa os círculos de pedra de Stonehenge e Avebury. O que se pode verificar com mais facilidade é que a caverna fica exatamente abaixo do entroncamento de duas estradas antigas muito importantes. […] Hoje, uma grande lápide é tudo o que resta de uma cruz que ficava na junção das duas estradas. […] O antiquário William Stukeley […] escreveu um estudo inicial sobre o seu propósito. Ele observou que essas cruzes [...] tinham dois propósitos naquela era de alta religiosidade e baixos índices de alfabetização: “relembrar as pessoas de fazer suas orações e guiá-las para o caminho a que elas queriam ir”. As pessoas religiosas, segundo ele, construíam “celas e grutas em rochas, cavernas e ao lado das estradas” […]. Existe na caverna um grande entalhe ilustrando São Cristóvão, o santo padroeiro dos viajantes, o que dá credibilidade à teoria de que a caverna servia a este tipo de função. Mas a teoria que capturou a imaginação do público, mais do que qualquer outra, é que a caverna de Royston foi um esconderijo subterrâneo dos cavaleiros templários - […] ordem de monges guerreiros que acumulou vasta riqueza e influência em toda a Europa, até ser violentamente eliminada em 1307. Os templários fundaram a cidade próxima de Baldock nos anos 1140 e existem documentos que comprovam que eles faziam comércio semanalmente no mercado de manteiga de Royston entre 1149 e 1254. A historiadora local Sylvia Beamon acredita que [...] “Uma capela templária provavelmente se tornou uma necessidade maior do que qualquer outra coisa […] “Ela fornecia um refúgio noturno para os comerciantes templários e... um armazém para os produtos do mercado.”

Como datar as gravuras?

Beamon interpreta o formato circular da caverna como referência à Igreja do Santo Sepulcro em Jerusalém e sugeriu que os entalhes contêm símbolos da arte templária […]. Embora se acredite que a caverna tenha sido pintada com cores brilhantes, muito pouco pigmento ainda permanece […]. Não existe outro material orgânico na caverna que possa ser datado. Os restos humanos […] foram perdidos há muito tempo. De forma que a maneira mais confiável de datar os entalhes é um exame estilístico, que foi conduzido em 2012 pelo Museu Real de Armas de Leeds, no Reino Unido. A análise concluiu que as roupas curtas dos homens e os penteados e chapéus das mulheres indicam uma época entre 1360 e 1390 e a imagem de São Cristóvão foi datada da mesma época. O relatório concluiu ser improvável que algum dos entalhes tenha sido feito antes de cerca de 1350 - um século depois da atividade dos templários em Royston […]. Além disso, os entalhes apresentam iconografia cristã, sem o simbolismo tipicamente associado aos templários […]. Os cavaleiros templários eram conhecidos pela construção de igrejas redondas, mas a forma circular da caverna não é necessariamente uma ligação com os templários. […] Nem a presença de símbolos pagãos, como a sheela na gig, é tão misteriosa. A mesma imagem aparece em igrejas medievais no Reino Unido e no continente europeu. Então, por que essa suposta conexão com os templários? [...] “O risco é que as pessoas tenham tentado contar histórias desde o primeiro dia” […] afirma Tobit Curteis, responsável pela conservação da caverna. [...] A professora Helen Nicholson, historiadora medieval […] concorda. “As pessoas na Inglaterra são fascinadas pelos templários desde que eles foram proibidos, no século 14”, afirma ela. Os julgamentos dos templários incluíram acusações de que eles conduziam cerimônias ocultas em lugares secretos subterrâneos. “Na verdade, são histórias de terror góticas”, segundo Nicholson. [...]

'Incrivelmente especial'

O fascínio real da caverna, segundo Curteis, é sua sobrevivência e redescoberta. “Nós perdemos 99% das outras obras de arte daquele período, de forma que a caverna é incrivelmente especial”, afirma ele. [...] Alguém, provavelmente em meados ou no final dos anos 1300, fez aquelas inscrições e a mais impressionante delas - a figura que segura um crânio em uma mão e uma vela na outra - permanece sem explicação. Poderíamos facilmente reduzi-la a um grafite mistificador acrescentado pouco depois da descoberta da caverna para atrair turistas, não fosse pela forma como ela se harmoniza com o crânio humano, a cerâmica cerimonial e as joias também encontradas no local. Em uma era em que a maioria dos mistérios é resolvida, a caverna de Royston continua a trazer mais perguntas do que respostas. Isso inclui a questão mais fascinante de todas: o que mais permanece abaixo dos nossos pés, esperando para ser encontrado?

BBC News
Considere o seguinte excerto: “E, para tornar os entalhes ainda mais assustadores, havia sua execução rudimentar, quase infantil.” Em relação às categorias gramaticais, as palavras “para”, “entalhes”, “ainda”, “sua” e “quase” no excerto dado são classificadas, respectivamente, como:
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Ano: 2023 Banca: COPS-UEL Órgão: IPMR - PR Prova: COPS-UEL - 2023 - IPMR - PR - Advogado |
Q2234851 Português
Sobre a função do adjetivo “pobre” em cada uma das frases, relacione a coluna da esquerda com a da direita. 
(I) Ele é um menino pobre. (II) O pobre animal morreu. (III) Ela apresentou os cômodos de sua casa pobre. (IV) Ele foi convincente apesar de sua pobre moral.
(A) O adjetivo POBRE tem a função apreciativa – indica “sem valor”.  (B) O adjetivo POBRE tem a função apreciativa – indica “de baixo custo”. (C) O adjetivo POBRE tem a função descritiva – significa “sem dinheiro”. (D) O adjetivo POBRE tem a função apreciativa – significa “infeliz”.
Assinale a alternativa que contém a associação correta.
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Q2234010 Português
No contexto apresentado, identifique a classe gramatical da palavra destacada: "Aquele rapaz é um excelente pintor." 
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Q2233857 Português
Identifique a classe gramatical da palavra destacada no trecho: "Estudaremos exaustivamente." 
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Q2232646 Português
Assinale a frase em que, ao contrário das demais, os adjetivos sublinhados mostram valores diferentes, mas não opostos.
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Q2230584 Português
Um apólogo

Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:

– Por que est· você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma coisa neste mundo?

– Deixe-me, senhora.

– Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que est· com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.

– Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.

– Mas você é orgulhosa.

– Decerto que sou.

– Mas por quê?

– É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?

– Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu, e muito eu?

– Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados...

– Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás, obedecendo ao que eu faço e mando...

– Também os batedores vão adiante do imperador.

– Você é imperador?

– Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto... Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana – para dar a isto uma cor poética.

E dizia a agulha: 

– Então, senhora linha, ainda teima no que dizia h· pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu È que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima...

A linha não respondia; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte; continuou ainda nessa e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile. Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava de um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha para mofar da agulha, perguntou-lhe:

– Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá.

Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha:

– Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém.

Onde me espetam, fico.

Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça:

– Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!

Machado de Assis

Assinale a alternativa que descreve a função gramatical do adjetivo.


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Q2230088 Português
Se a economia azul - o uso sustentável dos recursos dos oceanos - fosse contada como um país, ela seria a sétima maior economia do mundo.
Assinale a opção CORRETA que contenha dois substantivos e um adjetivo. 
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Q2229502 Português

Imagem associada para resolução da questão


WATTERSON. Bill. Calvin e Haroldo. Acervo O Estado de S. Paulo. Disponível em:<https://cultura.estadao.com.br/galerias> Acesso em: 06 de abril de 2023. (Adaptado).


Na tirinha, o personagem Haroldo diz para Calvin: <Não. Vá fazer algo divertido.=. De acordo com as regras gramaticais, assinale a alternativa que indica corretamente a classe de palavras que pertence o termo <divertido=.

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Q2229496 Português
Leia o texto a seguir para responder à questão.

Mudanças climáticas aumentam incidência de doenças, alerta Fundo Global.

O diretor executivo do Fundo Global de Combate à Aids, Tuberculose e Malária, Peter Sands, alertou na terça-feira (22), em entrevista coletiva à associação de correspondentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que as mudanças climáticas tendem a causar ainda mais mortes do que se imaginava. Isso porque chuvas intensas e o aumento médio da temperatura podem aumentar o número de casos de doenças infecciosas.

De acordo com a Agence France-Presse, o diretor destacou no evento que, além de trazer insegurança alimentar deixando as pessoas mais vulneráveis a doenças, o clima quente e úmido tornou-se um cenário propício para a dengue e a malária aumentarem sua área e grau de incidência.

Embora até o momento o surto de malária tenha sido associado ao aumento da frequência e da devastação das tempestades tropicais, as inundações no Paquistão ajudaram a elevar este número. 

<Partes da África que anteriormente não eram afetadas pela doença agora estão em risco à medida que as temperaturas aumentam e permitem que os mosquitos prosperem=, disse Sands. Ele afirmou que a população nessas áreas não tem tanta imunidade, ou seja, o risco de mortalidade é maior.

Outra ameaça citada é a propagação da tuberculose entre o número crescente de pessoas em deslocamento causado pela mudança climática em todo o mundo.

<A tuberculose é uma doença que prospera com concentrações de pessoas altamente estressadas em confinamento com comida e abrigo inadequados. Quanto mais vemos o deslocamento de pessoas, mais acho que isso se traduzirá em condições favoráveis para a transmissão da doença=, explicou o diretor.

Quando questionado se o mundo estava melhor preparado para a próxima pandemia do que para o Covid-19, Sands disse que sim, mas acrescentou: <Isso não significa que estamos bem preparados, apenas não estamos tão mal preparados quanto estávamos antes do coronavírus".

Em regiões mais pobres o perigo é ainda maior, de acordo com o executivo, já que nesses locais o HIV, tuberculose e malária estão matando muito mais pessoas do que a Covid. <Para as pessoas que ajudamos nas comunidades mais pobres, marginalizadas e vulneráveis do mundo, 2022 foi um ano brutal=, ressaltou.

Revista Galileu Digital. Disponível em: <https://revistagalileu.globo.com/>. Acesso em: 05 de abril de 2023. (Adaptado).
No trecho, "Para as pessoas que ajudamos nas comunidades mais pobres, marginalizadas e vulneráveis do mundo, 2022 foi um ano brutal.", os termos <pobres=, <marginalizados= e <vulneráveis= são classificados como:
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Q2229266 Português
Em relação a pressupostos e subentendidos no texto, analise as assertivas que seguem, assinalando V, se verdadeiras, ou F, se falsas.
( ) O uso do verbo ‘transformaram’ (l. 03) instaura no texto um pressuposto: o de que a criação da empresa foi o primeiro passo para uso da inteligência artificial. ( ) O uso do pronome ‘alguns’ na linha 22 instaura o pressuposto de que no grupo referido havia outros que conseguiram esconder o descontentamento. ( ) O uso do adjetivo ‘novo’ na linha 25 permite afirmar que já havia outro brinquedo.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: 
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Q2227739 Português

O Cântico da Terra


Eu sou a terra, eu sou a vida.

Do meu barro primeiro veio o homem.

De mim veio a mulher e veio o amor.

Veio a árvore, veio a fonte.

Vem o fruto e vem a flor.

Eu sou a fonte original de toda vida.

Sou o chão que se prende à tua casa.

Sou a telha da coberta de teu lar.

A mina constante de teu poço.

Sou a espiga generosa de teu gado

e certeza tranquila ao teu esforço.

Sou a razão de tua vida.

De mim vieste pela mão do Criador,

e a mim tu voltarás no fim da lida.

Só em mim acharás descanso e Paz.

Eu sou a grande Mãe Universal.

Tua filha, tua noiva e desposada.

A mulher e o ventre que fecundas.

Sou a gleba, a gestação, eu sou o amor.

A ti, ó lavrador, tudo quanto é meu.

Teu arado, tua foice, teu machado.

O berço pequenino de teu filho.

O algodão de tua veste

e o pão de tua casa.

E um dia bem distante

a mim tu voltarás.

E no canteiro materno de meu seio

tranquilo dormirás.

Plantemos a roça.

Lavremos a gleba.

Cuidemos do ninho,

do gado e da tulha.

Fartura teremos

e donos de sítio

felizes seremos.

Cora Coralina                                    

Considere o seguinte excerto:
<E um dia bem distante
a mim tu voltarás.=
Na sentença dada, a palavra 8bem9 funciona como advérbio, modificando diretamente:
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Q2227272 Português

TEXTO


Bioeconomia e reindustrialização no Brasil


Maurício Antônio Lopes


         A baixa performance da indústria no Brasil é um problema que vem se arrastando há anos, e os números comprovam isso. Enquanto o país registrou um crescimento de 2,9% em 2022, a indústria de transformação teve uma queda de 0,3%, repetindo o mesmo resultado negativo pela sexta vez em uma década. É preciso reverter essa situação urgentemente, pois, sem uma indústria forte e competitiva, dificilmente conseguiremos estimular a produtividade e o desenvolvimento sustentável de longo prazo no país.

        A reindustrialização do Brasil, tema tão discutido atualmente, é uma empreitada complexa, de acordo com análise recente do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi). Não basta apenas investir em modernização e avanço tecnológico da indústria. É preciso também eduzir custos sistêmicos, melhorar o ambiente de negócios, buscar uma integração mais efetiva com o mercado global e adotar estratégias industriais sustentáveis e atualizadas, algo que é uma realidade em outros países.

       A reinvenção da indústria nacional não pode, portanto, ser um objetivo isolado, mas parte de uma rede complexa de ações, que precisam ser cuidadosamente planejadas e executadas. Se o Brasil realmente deseja se tornar uma potência industrial, é necessário um esforço conjunto, envolvendo governo, empresas e sociedade civil, para atingir esses objetivos e colocar o país na rota da competitividade e do desenvolvimento sustentável.

       As principais economias globais estão enxergando a necessidade de repensar a abordagem industrial tradicional, para não apenas alcançar o crescimento econômico, mas também garantir um desenvolvimento sustentável e uma qualidade de vida mais equilibrada para as gerações presentes e futuras. É hora de o Brasil seguir esse exemplo e incorporar essas práticas em sua economia, levando em consideração o impacto social e ambiental de sua base industrial.

      Mais de 50 países estão trabalhando para substituir gradualmente matérias-primas de origem fóssil por matérias-primas de origem biológica, com o objetivo de fazer a transição para uma economia mais limpa e renovável, que se convencionou chamar bioeconomia. Diferente de transições anteriores, em que a madeira foi substituída pelo carvão e, depois, pelo petróleo, a bioeconomia é uma resposta a desafios complexos, de natureza ambiental e social, que exigem reinvenção dos conceitos de produtividade, crescimento e competitividade.

       É importante destacar que essa transição vai muito além da questão ambiental, sendo também uma oportunidade para a inovação e a criação de novos modelos de negócios. A bioeconomia pode ajudar a reduzir as emissões de gases de efeito estufa, diminuir a dependência de recursos finitos e gerar novos empregos e oportunidades econômicas. É importante que o Brasil, como um dos países mais biodiversos do mundo, se engaje nessa transição e aproveite todo o potencial da bioeconomia para enfrentar os desafios do século 21, promovendo um desenvolvimento mais sustentável e inclusivo para todos.

       Já é consenso que a dependência extrema de recursos fósseis é uma ameaça para o meio ambiente e a saúde pública. Fontes como o vento, o sol e a biomassa estão disponíveis em praticamente todo o planeta, o que torna possível um modelo industrial oposto ao da economia fóssil, baseado em recursos concentrados e controlados por poucos. No entanto, essa transição não é simples nem automática. A adoção de uma economia de base biológica, limpa e renovável requer investimentos em infraestrutura, tecnologia e conhecimento, além de mudanças culturais e políticas.

       O potencial brasileiro é, no entanto, inequívoco e expressivo. Um estudo recente desenvolvido pela Associação Brasileira de Bioinovação (Abbi), em parceria com a Embrapa Agroenergia, Senai, Cetiqt, CNPEM/MCTI e Laboratório Cenergia da UFRJ, revelou que a bioeconomia pode gerar um aumento de quase US$ 290 bilhões ao PIB brasileiro, além de reduzir as emissões de carbono em cerca de 550 milhões de toneladas nos próximos 27 anos. O potencial econômico e ambiental da bioeconomia no Brasil é tão grande que o estudo está sendo aprofundado, com a inclusão de tecnologias emergentes, o que poderá indicar benefícios ainda maiores nos horizontes de 2030 e 2050.

     Outra boa notícia é que o governo brasileiro está criando secretarias e instâncias em vários ministérios, com o objetivo de transversalizar e fortalecer o desenvolvimento da bioeconomia no país. Destaca-se a criação da Secretaria de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria, no Ministério da Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), com a missão de viabilizar uma reindustrialização de baixo carbono, ajudando a projetar o Brasil como líder na produção e exportação de materiais e insumos biológicos estratégicos para a economia do futuro.

     Finalmente, é preciso que líderes e formuladores de políticas não se contentem com a visão equivocada de que a transição para uma economia mais sustentável ocorrerá naturalmente no tempo. As crises econômicas, ambientais e sociais que enfrentamos atualmente são um sinal claro de que precisamos agir com mais urgência e esforços em inteligência estratégica, planejamento e gestão. Essa transição não pode mais ser deixada ao acaso. Precisamos agir agora para que o país possa modernizar seu setor industrial, ganhando capacidade de competir e prosperar em um mundo cada vez mais exigente em responsabilidade socioambiental.


Texto disponível em: <https://www.correiobraziliense.com.br> Acesso em jun. de 2023

 Para responder à questão, considere o trecho abaixo.
    Diferente de transições anteriores, em que [1] a madeira foi substituída pelo carvão e, depois, pelo petróleo, a bioeconomia é uma resposta a desafios complexos, de natureza ambiental e social, que [2] exigem reinvenção dos conceitos de produtividade, crescimento e competitividade. 

Os termos [1] e [2] em destaque constituem uma estrutura de valor
Alternativas
Respostas
381: B
382: D
383: D
384: E
385: B
386: D
387: E
388: A
389: B
390: C
391: A
392: A
393: A
394: D
395: D
396: E
397: E
398: C
399: D
400: A