Questões de Português - Adjetivos para Concurso
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Receita de neurose
Pegam-se quatro idas à cidade todo dia, duas pitadas de monóxido de carbono em cada respirada, sem esquecer da buzinada no trânsito constante.
Juntam-se um terno e uma gravata, para mulheres um vestido justo e um terninho num salto alto apertando os dedinhos, com 40 graus à sombra. E sem protetor solar. Xingam-se uns 3 motoristas, escutam-se uns seis xingamentos.
Atravessa-se a avenida, sem correr, de lá pra cá, na hora do rush. Tropeça numa pedra ou enfia-se num buraco e reza pra não ter torcido o pé ou quebrado o salto. Nisso o celular toca, está no fundo da bolsa ou no bolso da calça e depois de ter feito tanto esforço para atender. Era engano ou alguém de casa ligando a cobrar perguntando-se vai demorar muito pra chegar!
Espera-se uma condução durante duas horas e volta-se pra casa, de preferência em pé, no ônibus cheio. Ou numa Van pirata. Cheia de gente cansada, motorista e trocador estressados. Riocard não passa, o trocador não tem troco a roleta emperra. No corredor, que já não é mais um corredor de tanta agente amontoada, ficamos ali exprimidos pensando:
-- Como vou sair daqui, pela janela? E sacode pra lá e pra cá, lugar pra sentar? Isso é artigo de luxo. De repente uma freada, pra descansar o sacolejo. Nem dá pra sentir é tanta gente que até amortece. Enfim, de volta ao lar.
Depois, é só levar ao divã do analista, quatro vezes por semana, durante quinze anos!
Mas isso se você ganhar na loteria, receber uma herança. Na pior das hipóteses, casar com milionário.
Jô Soares.
A respeito da correção quanto à flexão de gênero e de número dos substantivos e adjetivos apresentados nas sentenças, julgue o item.
A respeito da correção quanto à flexão de gênero e de número dos substantivos e adjetivos apresentados nas sentenças, julgue o item.
A respeito da correção quanto à flexão de gênero e de número dos substantivos e adjetivos apresentados nas sentenças, julgue o item.
A respeito da correção quanto à flexão de gênero e de número dos substantivos e adjetivos apresentados nas sentenças, julgue o item.
A cônjuge de João faleceu.
A respeito da correção quanto à flexão de gênero e de número dos substantivos e adjetivos apresentados nas sentenças, julgue o item.
A respeito da correção quanto à flexão de gênero e de número dos substantivos e adjetivos apresentados nas sentenças, julgue o item.
A respeito da correção quanto à flexão de gênero e de número dos substantivos e adjetivos apresentados nas sentenças, julgue o item.
O jacaré macho e o jacaré fêmea saíram do lago.
A respeito da correção quanto à flexão de gênero e de número dos substantivos e adjetivos apresentados nas sentenças, julgue o item.
Houve uma desavença política‐social no Ministério da Educação.
A qual classe gramatical pertence as palavras em destaque na frase:
“Seria difícil conviver com aquele mundo de emoções novas, jamais experimentadas.”
Sofia passeava com as formosas prima, irmã e tia.
Considerando o contexto acima, observa-se que:
Leia um trecho do poema de Fernando Pessoa a seguir e responda à questão:
Poema em linha reta
Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em
tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas
vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo.
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para
tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos
tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e
arrogante,
[…]
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas
coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste
mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um acto ridículo, nunca sofreu
enxovalho,
Nunca foi senão príncipe – todos eles príncipes –
na vida…
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma
cobardia!
[…]
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Analise as afirmativas a seguir a respeito do termo “sujo”, presente no poema, e assinale a alternativa correta.
I. O adjetivo “sujo” no grau aumentativo pode ser “sujíssimo” ou “sujão”.
II. “Sujinho” é o adjetivo “sujo” no grau diminutivo.
Leia um trecho do poema de Fernando Pessoa a seguir e responda à questão:
Poema em linha reta
Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em
tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas
vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo.
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para
tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos
tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e
arrogante,
[…]
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas
coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste
mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um acto ridículo, nunca sofreu
enxovalho,
Nunca foi senão príncipe – todos eles príncipes –
na vida…
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma
cobardia!
[…]
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
I. conheci, estou, tenho.
II. grotesco, mesquinho, submisso.
III. uma.
A. verbos
B. adjetivos
C. artigo
Releia o fragmento do texto acima:
“Que os braços sentem
E os olhos veem
E os lábios beijam
Dois rios inteiros
Sem direção.”
As palavras destacadas, são, respectivamente:
A TOQUE DE CAIXA
A conhecida expressão significa pressa, ação imediata. Vem de Portugal, onde a tradição mandava que as pessoas indesejáveis fossem expulsas de segmentos da sociedade em cerimônias de humilhação pública, sempre a toque de caixa, ou seja, dos tambores. Elas ocorrem ainda hoje, sobretudo em quartéis. Aquele que denegriu a imagem da corporação é colocado diante da tropa, despido do seu uniforme e escuta o libelo – a proclamação oficial que justifica e determina a expulsão. Tudo executado solenemente enquanto ruflam os tambores. (...) Como seria bom que no Brasil tantos picaretas e notórios ladrões públicos e privados fossem punidos diante de toda a nação, e a toque de caixa! Profilaxia urgente, eis o que reclamam os impacientes e os indignados – nós outros, repletos de razão...
(O pulo do gato 2, Márcio Cotrim)
Assinale a alternativa em que o termo destacado NÃO funciona como adjetivo:
Nátaly Bonato é community manager da WeWork Paulista, um espaço de trabalho compartilhado, na Avenida Paulista, em São Paulo. Para resolver problemas de limpeza da unidade, Nátaly imaginou que um relatório seria o suficiente.
O relatório deveria ser preenchido pelos funcionários da limpeza todos os dias dizendo se a sala do cronograma tinha sido limpa e, caso não, colocar um comentário explicando o porquê.
“O relatório demorou uma semana para chegar e, quando veio, o banheiro virou um caos. Não entendi nada, nos reunimos e a descoberta foi que 50% do time (terceirizado) era iletrado”, escreveu Nátaly no Facebook.
Em vez de trocar a equipe [o que infelizmente é uma prática bastante recorrente], Nátaly teve uma ideia muito melhor: procurar nas escolas que fazem parte da WeWork alguém que pudesse alfabetizar os auxiliares de limpeza. Foi assim que ela conheceu a pedagoga Dani Araujo, da MasterTech, que topou o desafio.
“As pessoas não são descartáveis. Eu não queria que alguém passasse pela minha vida sem ter o meu melhor, sem que eu pudesse tentar. Então, eu não queria que eles saíssem daqui um dia e continuassem tendo aquelas profissões porque eles não tinham escolha”, disse Nátaly em entrevista ao Razões para Acreditar.
As aulas aconteciam às terças e quintas-feiras, no horário de almoço, e duravam 1 hora e meia. “Foi ousado participar desse projeto. Não tinha experiência com letramento para adultos. Vibrei e chorei com cada conquista que fazíamos juntos, me sinto privilegiada pelo aprendizado que eles me proporcionaram”, afirmou a pedagoga, que continuou dando as aulas mesmo depois de se desligar da MasterTech.
Cinco meses depois, Irene, Neuraci e ‘Madruga’ já conseguiam escrever uma carta. Para celebrar essa conquista, Nátaly e seu time organizaram uma formatura surpresa. “Na hora que eu vi eles vindo de beca, eu comecei a desfalecer de chorar e não só eu! Todo mundo. A gente fez na área comum da WeWork”, lembra Nátaly. “Foi muito incrível mesmo. Acho que é a melhor experiência da minha vida”.
E eles tiveram inclusive “formatura” com direito à beca e tudo! Por Redação. Disponível em: https
https://razoesparaacreditar.com.08/01/2018. Acesso em 05/07/2019
Em uma das opções, a classe gramatical da palavra destacada foi corretamente identificada entre parênteses. Assinale-a.
Lya Luft
O ser humano é um animal que deu errado em várias coisas. A maioria das pessoas que conheço, se fizesse uma terapia, ainda que breve, haveria de viver melhor. Os problemas podiam continuar ali, mas elas aprenderiam a lidar com eles. Sem querer fazer uma interpretação barata ou subir além do chinelo: como qualquer pessoa que tenha lido Freud e companhia, não raro penso nas rasteiras que o inconsciente nos passa e em quanto nos atrapalhamos por achar que merecemos pouco. Pessoalmente, acho que merecemos muito: nascemos para ser bem mais felizes do que somos, mas nossa cultura, nossa sociedade, nossa família não nos contaram essa história direito. Fomos onerados com contos de ogros sobre culpa, dívida, deveres e… mais culpa. Um psicanalista me disse um dia: – Minha profissão ajuda as pessoas a manter a cabeça à tona d‟água. Milagres ninguém faz. Nessa tona das águas da vida, por cima da qual nossa cabeça espia – se não naufragamos de vez, somos assediados por pensamentos nem sempre muito inteligentes ou positivos sobre nós mesmos. As armadilhas do inconsciente, que é onde nosso pé derrapa, talvez nos façam vislumbrar nessa fenda obscura um letreiro que diz: “Eu não mereço ser feliz. Quem sou eu para estar bem, ter saúde, ter alguma segurança e alegria? Não mereço uma boa família, afetos razoavelmente seguros, felicidade em meio aos dissabores”. Nada disso. Não nos ensinaram que “Deus faz sofrer a quem ama”? Portanto, se algo começa a ir muito bem, possivelmente daremos um jeito de que desmorone – a não ser que tenhamos aprendido a nos valorizar. Vivemos o efeito de muita raiva acumulada, muito mal-entendido nunca explicado, mágoas infantis, obrigações excessivas e imaginárias. Somos ofuscados pelo danoso mito da mãe santa e da esposa imaculada e do homem poderoso, pela miragem dos filhos mais que perfeitos, do patrão infalível e do governo sempre confiável. Sofremos sob o peso de quanto “devemos” a todas essas entidades inventadas, pois, afinal, por trás delas existe apenas gente, tão frágil quanto nós. Esses fantasmas nos questionam, mãos na cintura, sobrancelhas iradas: – Ué, você está quase se livrando das drogas, está quase conquistando a pessoa amada, está quase equilibrando sua relação com a família, está quase obtendo sucesso, vive com alguma tranquilidade financeira… será que você merece? Veja lá! Ouvindo isso, assustados réus, num ato nada falho tiramos o tapete de nós mesmos e damos um jeito de nos boicotar – coisa que aliás fazemos demais nesta curta vida. Escolhemos a droga em lugar da lucidez e da saúde; nos fechamos para os afetos em lugar de lhes abrir espaço; corremos atarantados em busca de mais dinheiro do que precisaríamos; se vamos bem em uma atividade, ficamos inquietos e queremos trocar; se uma relação floresce, viramos críticos mordazes ou traímos o outro, dando um jeito de podar carinho, confiança ou sensualidade. Se a gente pudesse mudar um pouco essa perspectiva, e não encarar drogas, bebida em excesso, mentira, egoísmo e isolamento como “proibidos”, mas como uma opção burra e destrutiva, quem sabe poderíamos escolher coisas que nos favorecessem. E não passar uma vida inteira afastando o que poderia nos dar alegria, prazer, conforto ou serenidade. No conflitado e obscuro território do inconsciente, que o velho sábio Freud nos ensinaria a arejar e iluminar, ainda nos consideramos maus meninos e meninas, crianças malcomportadas que merecem castigo, privação, desperdício de vida. Bom, isso também somos nós: estranho animal que nasceu precisando urgente de conserto. Alguém sabe o endereço de uma oficina boa, barata, perto de casa – ah, e que não lide com notas frias?
Disponível em: http://reginavolpato.com.br/blog/2008/01/22/quanto-nos-merecemos-texto-lya-luft/. Acesso em: 25 de maio de 2015
Na oração “Não nos ensinaram que Deus faz sofrer a quem ama”? O termo destacado se classifica como: