O texto seguinte servirá de base para responder à questão.
Cientistas descobrem espécie de tartaruga-gigante
que acreditavam estar extinta há mais de 100 anos
Cientistas confirmaram a existência de uma
tartaruga-gigante, espécie que acreditavam estar em
extinção há 116 anos. Na ilha Fernandina, em
Galápagos, foi descoberta uma fêmea, que recebeu o
nome de Fernanda, em homenagem à ilha em que um
exemplar da espécie foi encontrado pela última vez.
Avistaram Fernanda pela primeira vez em 2019, mas
somente agora os especialistas confirmaram que se
tratava de uma tartaruga-gigante ou
tartaruga-gigante-fantástica (Chelonoidis phantasticus).
Os cientistas sequenciaram o DNA de Fernanda e o de
uma tartaruga que estava em um museu, sendo possível fazer uma comparação com outras 13
tartarugas-gigantes.
Os especialistas descobriram que as duas tartarugas são
da mesma espécie e diferentes geneticamente de todas
as outras. "Por muitos anos, pensou-se que o espécime
original coletado em 1906 havia sido transplantado para
a ilha, pois era o único de seu tipo. Agora, parece ser um
dos poucos que estava vivo há um século", diz Peter
Grant, o professor da Universidade de Princeton, ao
jornal britânico The Mirror. Ele estuda a evolução das
espécies nas Ilhas Galápagos há mais de 40 anos.
Quando Fernanda foi descoberta, muitos ecologistas
duvidaram que ela fosse mesmo da espécie de tartaruga
nativa da ilha, já que não possui um casco em um
formato que lembra uma sela. Os cientistas estimam que
a tartaruga tenha muito mais do que 50 anos e explicam
que o fato de ser miúda pode ser devido à escassez de
vegetação durante seu crescimento.
As tartarugas não podem nadar de uma ilha para outra,
mas podem ser transportadas de uma ilha de Galápagos
para outra durante furacões ou outras grandes
tempestades. Registros históricos também mostram que
marinheiros levavam tartarugas de uma ilha para outra.
"A descoberta de um espécime vivo dá esperança e
também abre novas questões, pois muitos mistérios
ainda permanecem", diz a professora Adalgisa Caccone,
da Universidade de Yale, nos EUA, autora sênior do
estudo.
(Disponível em: Cientistas descobrem espécie de tartaruga-gigante que
acreditavam estar extinta há mais de 100 anos; animal foi nomeada
"Fernanda" (msn.com).Adaptado.)