Questões de Português - Adjetivos para Concurso

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Q1694987 Português

Leia o texto para responder a questão.


O poder do “não”


    Pedrinho tinha um sorriso com dentinhos brancos e alinhados e o cabelinho repartido na lateral, inclinado da esquerda para a direita. Vestia uma camisa xadrezinha de vermelho e preto, uma calça jeans com elástico na cintura e não aparentava mais de 4 ou 5 anos. Não fosse pelo comportamento, poderia dizer que era uma graça de criança.

     Numa tarde de domingo, num shopping center, Pedrinho se jogou no chão, fez birra e gritou na porta de uma loja. Queria que a mãe lhe comprasse uma dessas sandalinhas crocs com estampas de uma famosa porquinha dos desenhos animados de tevê.

    A mãe ficou completamente quieta diante da situação. Depois, constrangida, ficou entre ignorar o filho ou pedir a ele, sem nenhuma firmeza, que ficasse quieto. Cara de tacho definiria bem a expressão dela. Aquela era uma criança que cresceria sem limites, alienada de tudo aquilo que signifique cordialidade, adequação, limite e respeito.

     O “não” tem uma força impressionante. Não pela negativa em si, mas pelos limites que impõe. Dizer “sim” é muito mais fácil, o “sim” não machuca, não contraria, não requer explicações. É o “não” que ensina respeito, delimita espaço, dimensiona o mundo. Afinal, não vivemos sozinhos, e viver em sociedade é algo que vai sendo moldado pelo “não”. Deixar de dizer “não” é perder o compromisso com o legado para o futuro, com o respeito e a civilidade.


(Jamil Alves. O anjo Miguel – crônicas da vida que insiste em dar certo. São Paulo: Scortecci, 2018. Adaptado)

A alternativa em que a palavra destacada dá uma qualidade ao vocábulo anterior é:
Alternativas
Q1693639 Português
TEXTO 

Você reconhece quando chega a felicidade?
Ana Paula Padrão

    Tenho uma forte antipatia pela obrigação de ser feliz que acompanha o Carnaval. Quem foge da folia ganha o rótulo de antissocial, depressivo ou chato. Nada contra o Carnaval. Apenas contra essa confusão de conceitos. Uma festa alegre não significa que você esteja plenamente feliz. E forçar uma situação de felicidade tem tudo para terminar em arrependimento e frustração. Aliás, você reconhece a felicidade quando ela chega? Sabe que está sendo feliz naquele momento? Espere um pouco antes de responder. Pense de novo.
     Estamos falando de felicidade! Não de uma alegria qualquer. E qual é a diferença? Bem, descrever a felicidade não é fácil. Ela é muito recatada. Não fica ali, posando para foto, sabe? Mas um Manual de Reconhecimento da Felicidade diria mais ou menos o seguinte: Ela é mansa. Não faz barulho. Ao mesmo tempo é farta. Quando chega, ocupa um espaço danado. Apesar disso, você quase não repara que ela está ali. Se chamar a atenção, não é ela. É euforia. Alegria. A licenciosidade de uma noite de Carnaval. Ou um reles frenesi qualquer, disfarçado de felicidade.
    A dita cuja é discreta. Discretíssima. E muito tranquila. Ela te faz dormir melhor. E olha, vou te contar uma coisa: a felicidade é inimiga da ansiedade. As duas não podem nem se ver. Essa é a melhor pista para o seu Manual de Reconhecimento da Felicidade. Se você se apaixonou e está naquela fase de pura ansiedade, mesmo que esteja superfeliz, não é felicidade. É excitação. Paixonite. Quando a ansiedade for embora, pode ser que a felicidade chegue. Mas ninguém garante.
    É temperamental, a felicidade. Não vem por qualquer coisa. E para ficar então… hi, não conheço nenhum caso de alguém que a tenha tido por perto a vida inteira. Por isso é tão importante reconhecê-la quando ela chega. Entendeu agora por que a minha pergunta? Será que você sabe mesmo quando está feliz? Ou será que você só consegue saber que foi feliz quando a felicidade já passou?
    Eu estudo muito a felicidade. Mas não consigo reconhecê-la. Talvez porque eu seja péssima fisionomista. Ou porque ela seja muito mais esperta do que eu. Mais sábia. Fato é que eu só sei que fui feliz depois. No futuro. Olho para o passado e reconheço: “Nossa, como eu fui feliz naquela época!” Mas no presente ela sempre me dá uma rasteira. Ando por aí, feliz da vida e nem sei que estou nesse estado. Por isso aproveito menos do que poderia a graça que é ter assim, tão pertinho, a tal da felicidade.
    Nos últimos tempos, dei para fazer uma lista de momentos felizes. E aqui é importante deixar claro que esses momentos devem durar um certo período de tempo. Um episódio isolado feliz – como quatro dias de Carnaval, por exemplo – não significa felicidade. A felicidade, quando vem, não vem de passagem. Não dura para sempre, mas dura um tempinho. Gosta de uma certa estabilidade, a danada! O problema é saber que ela está ali na hora em que ela está ali. Mas, voltando à lista, até que ela é longa.
    Já fui bastante feliz. Talvez não na maior parte do tempo. Mas acho que ninguém é. A lista é um grande exercício. Sabendo quando você foi feliz, é mais fácil descobrir por que você foi feliz. Para ser ainda mais funcional, é bom que a lista seja cronológica. Lendo a minha, constato que fico cada vez mais feliz e por mais tempo. Será que ela está aqui agora? Não sei dizer. Mas a paz de que desfruto agora é um sintoma dela.
     E isso não tem nada a ver com a tal obrigação de ser feliz desfilando no Sambódromo. Continuo meus estudos. Já tenho certeza de que hoje sou mais amiga da felicidade do que jamais fui em qualquer tempo. 

Disponível em: https://istoe.com.br/190975_VOCE+RECONHECE+Q UANDO+CHEGA+A+FELICIDADE+/
Das passagens abaixo retiradas do texto, assinale aquela em que NÃO há ideia de intensidade.
Alternativas
Q1692251 Português
Assinale a alternativa em que a descrição entre parênteses designa incorretamente a função da respectiva classe de palavras:
Alternativas
Q1692160 Português
Em: I – “A aluna foi expulsa da escola.” II – “A espinha de peixe foi expulsa com a tosse.” Expulsa é:
Alternativas
Q1692083 Português
Qual é o grau superlativo do vocábulo “preguiçoso”:
Alternativas
Respostas
2056: A
2057: B
2058: A
2059: D
2060: A