Questões de Português - Adjetivos para Concurso
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Julgue o item subsequente.
Alguns adjetivos, a depender da posição em relação ao
substantivo, mudam significativamente o seu sentido,
como nas sentenças: “Era um poema simples” e “Era um
simples poema”.
Julgue o item subsequente.
Adjetivos biformes, quanto à flexão de gênero, são
aqueles que possuem uma única forma para se referir ao
masculino ou feminino, a exemplo de “triste”, “breve” e
“simples”.
Leia atentamente o texto a seguir para responder à questão.
O direito à água e o dever de preservá-la
(Marcia Castro. Professora de demografia e chefe do Departamento
de Saúde Global e População da Escola de Saúde Pública de Harvard.
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/marcia-castro/2023/03/odireito-a-agua-e-o-dever-de-preserva-la.shtml. 26.mar.2023)
Texto 1
Professora e linguista com 70 anos no serviço público vê equívoco em termo 'linguagem neutra'
Maria Helena de Moura Neves, 91, atua como docente da pós-graduação em linguística e língua portuguesa na Unesp e defende linguagem inclusiva
Emerson Vicente
Disponível em https://www1.folha.uol.com.br/
educacao/2022/03/professora-e- linguista-com-70-
anos-no-servico-publico-ve-equivoco-em-termo-linguagem
neutra.shtml Acesso em 27 dez. 2022. Adaptado.
Texto 2
Línguas que não sabemos que sabíamos
Mia Couto
COUTO, Mia. E se Obama fosse africano?: e outras intervenções.
São Paulo: Companhia das Letras, 2011. pp.11-12. Adaptado.
A INACREDITÁVEL HISTÓRIA DO PRIMEIRO CARRO DE SÍLVIO SANTOS
Pela descrição de Carlos Alberto, primeiro carro de Sílvio Santos era como esse modelo Fotos: Richard Spiegelman - Flickr
Esta história foi contada pelo humorista Carlos Alberto da Nóbrega, no Flow Podcast, como o primeiro carro comprado por Silvio Santos. À época, no ano de 1957 ou 1958, o apresentador do humorístico A Praça é Nossa cursava Direito em Santos, cidade onde o Dodge 1939, almejado pelo jovem Senhor Abravanel, estava à venda.
Ao que a história dá a entender, Sílvio Santos não dirigia naquela época, ou não tinha habilitação, já que Carlos Alberto foi solicitado para levar o Dodge 1939 até a cidade de São Paulo. O primeiro fato surreal é que o hoje milionário,dono do SBT, chegou a Santos a bordo de um ônibus da Viação Cometa por volta das 11 horas.
O Dodge 1939 pertencia ao jogador de futebol Del Vechio, do Santos Futebol Clube, que antecedeu Pelé. Carlos Alberto e Sílvio Santos foram até São Vicente, na Baixada Santista, para comprar o carro. “Quando cheguei na casa dele (Del Vechio), vi o carro e falei “Sílvio, você não vai levar esse carro!, porque ele estava um bagaço”, contou o humorista.
Carlos Alberto disse que o Dodge 1939 era um conversível, mas sequer tinha cor definida: “Não era marrom, era ferrugem. Não tinha cor, mas o Sílvio comprou.” O apresentador da “Praça” não se lembra qual era a moeda vigente na época, muito menos quanto Sílvio Santos pagou pelo “possante”, mas garante que foi muito barato, tipo uns 5 mil.
O carro podia estar em um estado deplorável, mas, no auge dos seus 20 anos, Carlos Alberto tratou de abrir a capota do conversível (manualmente!). Se a ideia era “ficar bonito”, o estado do carro não permitiu tal façanha. “O motor estava ruim e eu falei “Sílvio, esse carro não vai subir a serra'”, temeu.
As portas do Dodge 1939 estavam tão bambas, que Sílvio Santos precisava segurá-las com os braços abertos. Para isso, o jovem Abravanel precisava ficar pertinho de Carlos Alberto no banco inteiriço do veículo. O humorista se lembra que estava na Praia do Gonzaga quando, na frente de um bar, um frequentador viu a cena e soltou um palavrão, contou às gargalhadas.
Mas tudo pode piorar. Eis que começou a chover, com a capota do conversível aberta. “Eu falei pro Silvio que, se a gente parasse o carro, não íamos mais sair. Ele foi para o banco de trás, eu diminuí a marcha, e ele conseguiu fechar”. Ao imaginar essa cena envolvendo Sílvio Santos, os apresentadores do podcast, Igor Coelho e Cris Paiva, deram boas risadas.
O melhor é como essa epopeia acabou. Por incrível que pareça, o carro conseguiu chegar em São Paulo. Carlos Alberto explica que, no fim do Largo do Arouche, onde ficava a Rádio Nacional, destino da dupla, existia uma “cena” de compra e venda de carros. Ao passar ali, Sílvio Santos recebeu uma proposta pelo Dodge 1939.
O jovem Abravanel pediu para Carlos Alberto parar o carro. O comprador perguntou quanto ele queria e Sílvio Santos disse algo como R$ 7 mil. “O cara pagou, nós fomos a pé para a Rádio Nacional e ele ganhou R$ 2 mil em duas horas”, concluiu Carlos Alberto.
Disponível em: https://www.vrum.com.br/aceleradas/silvio-santos-primeiro-carro/ Acesso
em: 02 mar. 2023 (Adaptado)
Assinale a expressão que contenha um adjetivo e um substantivo respectivamente.
Assinale a expressão que contenha um adjetivo e um substantivo, nesta ordem.
Leia, com atenção, o texto 04 a seguir para responder à questão que a ele se refere.
I - Na terceira fala da tira, verifica-se, principalmente com o uso do substantivo “sanduba” e o adjetivo “doente”, a construção do recurso da personificação. II - Na segunda fala, o adjetivo “saudáveis” foi usado no sentido de “aquilo que faz bem à saúde”. III - Na terceira fala, a expressão “não parece doente” corresponde semanticamente a “saudáveis”, usado na segunda fala. IV - Pela segunda fala, infere-se que o personagem considera que sanduíche não é um alimento saudável. V - Pela terceira fala, infere-se que o personagem concorda que alguns sanduíches de fato não são saudáveis.
Estão CORRETAS as afirmativas
Assinale a opção que contenha um adjetivo e um substantivo, nesta ordem.
Texto 2
A casa das palavras
Eduardo Galeano
GALEANO, Eduardo. O livro dos abraços. Trad. Eric Nepomuceno.
15. ed. Porto Alegre: L&PM, 2021. p. 19.
TEXTO II
“Não temos mais tempo” é o recado de Txai Paiter
Suruí na abertura da COP-26
Jovem indígena foi a única brasileira a discursar no
palco principal da Conferência do Clima nesta
segunda-feira (01).
1 de novembro de 2021 Giselli Cavalcanti
Observam-se marcas de opinião da autora do artigo no seguinte trecho:
TEXTO 1
MANIFESTO DA ÁRVORE
Jurandir Ferreira
No fim de setembro as árvores ganham mais a atenção da gente e se tornam o assunto do mês, pois entra a primavera em cena e dificilmente se pensaria em uma primavera bem montada e bem aparelhada a não ser com dose certa de árvores. Pode-se pedir à mais capacitada imaginação um quadro de primavera no Himalaia ou no Saara, mas não se terá nada que preste. Esses lugares não dão primavera. Não são lugares dionisíacos onde se encontre o sorriso dos deuses aberto em folhagem, são lugares que não conhecem o milagre subterrâneo chamado raiz, nem o milagre aéreo chamado clorofila. Se todos amam, desejam e dão graças à primavera, que é a mais bela página da história natural, devem ter na maior conta e respeito as árvores, que são as heroínas e dão continuidade, substância e sentido a essa história.
Falar em tais coisas seria de uma arquibocejante e esplendorosa chatice não fora o fato de estarmos trabalhando, no tronco de cada árvore cortada, para espicharmos sobre o mundo os Saaras e os Himalaias. E trabalhamos nisso desimpedidos, irresponsáveis, alegrões e até mesmo pensando fazer um serviço benemérito: Devia existir nos estatutos jurídicos um capítulo que tratasse especificamente dos crimes contra o mundo vegetal, das violências e agressões árvore corno agressões e violências indiretas à pessoa humana. Como não existe esse código civil ou esse código penal da árvore e ela por si mesma não trata de defender-se, imaginei sugerir a fundação de uma Sociedade Protetora da Arvore. Não se vai a ponto de considerar às árvores como os bois e os macacos sagrados da Índia, seres tabus e intocáveis. Está claro também que não se chega à ingenuidade de colocar na árvore a solução de todas as crises ambientais no mundo de hoje. Entretanto a resposta é óbvia quando o Terceiro informe ao Clube de Roma para uma Nova Ordem Internacional pergunta "de que modo o desflorestamento maciço causado pela necessidade de lenha, pelo excesso de pastagens, pela organização e pela exploração comercial da madeira irá afetar o nosso ambiente terrestre e finalmente a atmosfera e o clima de nosso planeta?". É necessário definir quando e como se estabelece o direito de violar a integridade delas.
Proteger a árvore é proteger o homem. Este é um enunciado que deveria ser lido na camiseta dos jovens, no vidro dos automóveis e na bandeira nacional de todos os países. Ao inventar um sítio onde nossos dois avós viveriam uma vida perfeita, veio Deus com o Éden, que era cheio de árvores. Lembrete arcaico, mas em relação ao comportamento humano a palavra bíblica ainda alerta e ainda acerta. E, sem apelar para nenhuma outra sabedoria senão aquela ensinada pelo que acontece diante dos nossos olhos a cada hora, apressemo-nos em lutar pela árvore. A árvore é a mais perfeita obra de arte da natureza e o mais prodigioso aparelho vivo, depois do homem. Sem árvore não haverá água e sem H2O não existe vida.
Uma cronista escreveu há alguns dias que um seu amigo falava num projeto de clube da árvore e o que o amigo falava era exatamente isso que ar está como o "Manifesto da Arvore", pronto a reunir-se a outros esforços no mesmo sentido. O problema da árvore não é um problema de aldeia, desta ou daquela aldeia, mas um problema do mundo, um problema implicado na sobrevivência e salvação da espécie. Fora ele de aldeia e não diria eu uma palavra, porque os problemas de aldeia já têm um grupo de sábios aldeões que deles cuidam com exclusividade e incomparável competência.
Fonte: FERREIRA, Jurandir. Da quieta substância dos dias. Rio
de Janeiro: Instituto Moreira Salles, 1991. (Texto adaptado)