Questões de Português - Artigos para Concurso
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Acabou a graça de dar presentes em situações de comemoração e celebração, não é? Hoje, temos listas para quase todas as ocasiões: casamento, chá de cozinha e seus similares – e há similares espantosos, como chá de lingerie –, nascimento de filho e chá de bebê, e agora até para aniversário.
Presente para os filhos? Tudo eles já pediram e apenas mudam, de vez em quando ou frequentemente, a ordem das suas prioridades. Quem tem filho tem sempre à sua disposição uma lista de pedidos de presentes feita por ele, que pode crescer diariamente, e que tanto pode ser informal quanto formal.
A filha de uma amiga, por exemplo, tem uma lista na bolsa escrita à mão pelo filho, que tem a liberdade de sacá-la a qualquer momento para fazer as mudanças que ele julgar necessárias. Ah! E ela funciona tanto como lista de pedidos como também de “checklist" porque, dessa maneira, o garoto controla o que já recebeu e o que ainda está por vir. Sim: essas listas são quase uma garantia de conseguir ter o pedido atendido.
Ninguém mais precisa ter trabalho ao comprar um presente para um conhecido, para um colega de trabalho, para alguma criança e até amigo. Sabe aquele esforço de pensar na pessoa que vai receber o presente e de imaginar o que ela gostaria de ganhar, o que tem relação com ela e seu modo de ser e de viver? Pois é: agora, basta um telefonema ou uma passada rápida nas lojas físicas ou virtuais em que as listas estão, ou até mesmo pedir para uma outra pessoa realizar tal tarefa, e pronto! Problema resolvido!
Não é preciso mais o investimento pessoal do pensar em algo, de procurar até encontrar, de bater perna e cabeça até sentir-se satisfeito com a escolha feita que, além de tudo, precisaria estar dentro do orçamento disponível para tal. Hoje, o presente custa só o gasto financeiro e nem precisa estar dentro do orçamento porque, para não transgredir a lista, às vezes é preciso parcelar o presente em diversas prestações...
E, assim que os convites chegam, acompanhados sem discrição alguma das listas, é uma correria dos convidados para efetuar sem demora sua compra. É que os presentes menos custosos são os primeiros a serem ticados nas listas, e quem demora para cumprir seu compromisso acaba gastando um pouco mais do que gostaria.
Se, por um lado, dar presentes deixou de dar trabalho, por outro deixou também totalmente excluído do ato de presentear o relacionamento entre as pessoas envolvidas. Ganho para o mercado de consumo, perda para as relações humanas afetivas.
Os presentes se tornaram impessoais, objetos de utilidade ou de luxo desejados. Acabou-se o que era doce no que já foi, num passado recente, uma demonstração pessoal de carinho.
Sabe, caro leitor, aquela expressão de surpresa gostosa, ou de um pequeno susto que insiste em se expressar, apesar da vontade de querer que ele passe despercebido, quando recebíamos um mimo? Ou aquela frase transparente de criança, que nunca deixa por menos: “Eu não quero isso!"? Tudo isso acabou. Hoje, tudo o que ocorre é uma operação mental dupla. Quem recebe apenas tica algum item da lista elaborada, e quem presenteia dá-se por satisfeito por ter cumprido seu compromisso.
Que tempos mais chatos. Resta, a quem tiver coragem, a possibilidade de transgredir essas tais listas. Assim, é possível tornar a vida mais saborosa.
Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/colunas/
roselysayao/2014/07/1489356-a-lista-de-desejos.shtml
Você ainda vai usar uma moeda virtual
Quando a Apple lançou sua nova geração de iPhones, há algumas semanas, muita gente ficou desapontada. A empresa que era líder isolada em inovação dessa vez pareceu estar a reboque. A grande novidade em hardware foi o tamanho dos aparelhos, que cresceram.
Mesmo isso foi "cópia" do que os concorrentes já vinham fazendo. Mas quem olhar com cuidado vai ver que verdadeira novidade estava no software, com o lançamento do Apple Pay, uma entrada de cabeça da empresa no mercado de pagamentos virtuais.
O Apple Pay foi lido como um passo da empresa para se aproximar dos bancos e das empresas de cartão de crédito para resolver um problema que ambos não foram capazes de resolver sozinhos: massificar os celulares como meio de pagamento, transformando-o no novo "cartão de crédito" do futuro.
No entanto, a leitura mais interessante não apareceu em muitos lugares. O Apple Pay é também uma porta de entrada para as chamadas "moedas virtuais", especialmente para o Bitcoin.
Para quem ainda não está familiarizado, o Bitcoin é uma moeda cujo banco central é a própria internet. Ela é gerada por um complexo conjunto de regras definidas por software e está se tornando hoje um ativo cada vez mais importante.
Apesar de a Apple não declarar nada oficialmente sobre a relação entre Bitcoin e ApplePay, uma série de pistas indica que a empresa está de olho nesse campo. Uma dessas é que a companhia eliminou, em junho último, sua proibição para aplicativos que envolvessem unidades monetárias virtuais, que eram banidos até então.
Outra é que o Apple Pay vai ser aberto para o desenvolvimento por terceiros. Em outras palavras, aplicativos que estão experimentando com o uso do Bitcoin (como o Stripe e o PayPal) poderão ser integrados ao sistema Apple Pay.
O elemento mais importante, no entanto, é que, graças ao poder econômico e simbólico da Apple, o lançamento do Apple Pay fará com que a infraestrutura necessária para aceitar pagamentos por meio do celular se espalhe pelo mundo.
Cada vez mais lojas vão aceitar o "smartphone" como meio de pagamento. Uma vez que isso aconteça, Inês é morta. Não importará se você tem no bolso dólares, reais, bitcoins, ou dirhams marroquinos. Qualquer moeda do planeta pode ser usada para qualquer transação.
Nesse momento, o rei do pedaço vira o Bitcoin, moeda "nativa" da internet e que se adapta melhor a ela do que qualquer dinheiro emitido em papel.
[...]
Isso parece ficção científica, mas anote essas palavras: você ainda vai usar uma moeda virtual.
(http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ronaldolemos)
I. Apesar de a Apple não declarar nada oficialmente sobre a relação entre Bitcoin e ApplePay, uma série de pistas indica que a empresa está de olho nesse campo.
II. Uma dessas é que a companhia eliminou, em junho último, sua proibição para aplicativos que envolvessem unidades monetárias virtuais, que eram banidos até então.
III. O elemento mais importante, no entanto, é que, graças ao poder econômico e simbólico da Apple, o lançamento do Apple Pay fará com que a infraestrutura necessária para aceitar pagamentos por meio do celular se espalhe pelo mundo.
Assinale a alternativa correta.
Vítimas de bullying, “cabeças de cenoura” dão a volta por cima.
por Marcela Donini
Duas senhoras morenas flanavam nas imediações da Usina do Gasômetro, em Porto Alegre, numa tarde ensolarada de sábado, quando se depararam com a cena inusitada: um grupo de ruivos sob a sombra de uma árvore. Se já não é usual encontrar um único ruivo pelas ruas da cidade, mais de vinte deles juntos é uma raridade. Intrigadas, perguntaram com ironia se aquilo era alguma manifestação de classe. Obtiveram como resposta que, sim, estava em curso naquele lugar o 2º Encontro de Ruivos da capital gaúcha. [...]
O encontro de Porto Alegre podia chamar a atenção dos incautos, mas não era exatamente uma novidade. Desde 2005, a cidade de Breda, na Holanda, reúne milhares de ruivos todos os anos, no primeiro fim de semana de setembro, batizado de Roodharigendag (Dia dos Ruivos). [...]
Os ruivos de Porto Alegre não estavam, pois, sozinhos. Faziam parte de uma pequena legião, cada vez mais organizada. Alguns se divertiam com o livro Redheads, do fotógrafo Uwe Dietz, uma coletânea de retratos repletos de peles branquinhas, olhos claros, rostos sardentos e cabeleiras que variam entre alaranjadas e avermelhadas. [...]
Num mundo dominado por opressivas cabeleiras pretas, castanhas e loiras, em quase todo lugar não há infância tranquila para quem nasce com o cabelo cor de fogo. Tocha humana, água de salsicha, cabeça de fósforo, crush, lagosta, ferrugem, fofão, foguinho - eis alguns apelidos de que costumam ser vítimas quando crianças. “Na época isso nem se chamava bullying, mas era exatamente o que faziam conosco, os cavalos de fogo, os cabeças de cenoura”, relembrou uma enfermeira que compareceu ao encontro ao lado da irmã gêmea. Um dos rapazes presentes jurou ter catalogado mais de sessenta alcunhas recebidas na infância - mas tratou de esquecê-las após a puberdade.
Na Idade Média, crianças ruivas eram vistas como fruto do sexo proibido e tinham parte com o diabo. A Inquisição perseguiu as mulheres ruivas, condenando-as, quando pôde, à fogueira. A julgar pelo prefácio do livro de Uwe Dietz que os gaúchos consumiam, seria tudo culpa de Judas Iscariotes, frequentemente retratado como ruivo. Contraexemplos não faltam: Cristóvão Colombo, Galileu Galilei, Van Gogh e muitos outros.
(http://revistapiaui.estadao.com.br/edicao-65/esquina/ruivos-uni-vos, texto adaptado)
Obs: O texto apresenta um título e um subtítulo: “Ruivos, uni-vos” e “Vítimas de bullying,
“cabeças de cenoura” dão a volta por cima.
"Pode pensar o que quiser de mim, tinha de dizer. Você jura que não vai contar a ninguém? " Marque a opção que consta respectivamente a classe das palavras sublinhadas.
MOMENTO NUM CAFÉ
Manuel Bandeira
Quando o enterro passou
Os homens que se achavam no café
Tiraram o chapéu maquinalmente
Saudavam o morto distraídos
Estavam todos voltados para a vida
Absortos na vida
Confiantes na vida.
Um no entanto se descobriu num gesto largo e demorado
Olhando o esquife longamente
Este sabia que a vida é uma agitação feroz e sem
[ finalidade
Que a vida é traição
E saudava a matéria que passava
Liberta para sempre da alma extinta.
O fascínio do bom humor
O que a obra de Sérgio Rodrigues nos ensina sobre bem viver
FLÁVIA YURI OSHIMA
O bom humor talvez seja um dos mais democráticos estados de espírito. Ele não exige fatos nem um ponto de vista determinado para existir. Não é preciso ser otimista, nem mesmo ouvir boas notícias, para ter bom humor. Claro que coisas boas e um estado de espírito positivo são terreno fértil para ele. Mas o bom humor é uma entidade independente, que pode ser preservada na adversidade e nos ânimos mais soturnos. O alemão Arthur Schopenhauer, conhecido como o mais pessimista dos flósofos, dizia que o bom humor é a única característica divina que o homem possui. Ele não tem relação com ser extrovertido e não obriga ninguém a dar risadas. Pode residir num espírito sereno, compenetrado. O bom humor está disponível a todos e em qualquer situação.
Junto com o espanto e a saudade, a partida de uma amiga querida e de um ídolo me fzeram pensar no bom humor esta semana. Não é preciso mencionar o quanto estar em volta de pessoas bem humoradas faz bem para o espírito. Quem é vivo e circula entre humanos sabe disso. O flósofo francês Émile-Auguste Chartier escreveu que o bom humor é um ato de generosidade: dá mais do que recebe. Discordo dele. Acho que os bem humorados recebem tanto quanto dão, dos outros e deles mesmo. Para mim, é uma espécie de carinho consigo mesmo. Já tenho tantos pepinos, para que o peso de ter de aguentar meu próprio mau humor? Estou tão cansada, para que ter de carregar ainda esse espírito rabugento? A vida é tão curta, as pessoas são tão frágeis, estamos todos no mesmo barco, de que adianta tanto mau humor? Falar é mais fácil que fazer. Por isso, é tão admirável conhecer pessoas que fazem do bom humor um jeito de encarar a vida, independentemente de como ela se apresente. É digno de menção.
Giovanna tinha 36 anos. Lutava contra um câncer na cabeça há dois. Era jornalista. Ela nos deixou no domingo, dia 31 de agosto. Era minha amiga. Sérgio Rodrigues tinha 87 anos. Perdeu a luta contra um câncer de próstata. Era arquiteto e design. Morreu segunda-feira, dia 1º de setembro. Era um ídolo para mim. Os dois não se conheciam. Mas o bom humor de ambos os tornava parecidos. Passariam por avô e neta ou pai e flha, sem estranhamento.
A morte tem o poder de dar salvo conduto até para os mais insuportáveis, que ganham qualidades variadas depois da partida. Não é o caso desses dois. A gentileza e o bom humor de Giovana sempre foram um ponto fora da curva entre as dezenas de estudantes de comunicação chatonildos da faculdade - me incluo entre eles. A obra de Sérgio Rodrigues fala por si. Mesmo que você não goste de seu estilo, é difícil não esboçar um sorriso ao ver o resultado do seu trabalho. É leve, elegante, criativo e bem humorado. Sérgio Rodrigues tem peças nos acervos do Museu de Arte Moderna, em Nova York, nos museus de Estocolmo, na Suécia, e de Munique, na Bavária (Alemanha). É tido como o mestre do design mobiliário, e tem também casas e brinquedos entre suas obras.
Acho que cultivar o bom humor em situações extremas é uma forma de vitória. Sérgio conseguiu espalhar pelo mundo seu bom ânimo nas peças que criou, perpetuando-o. Giovana e a medicina não tinham mais recursos para combater aquela coisa que crescia em seu cérebro, mas ela o venceu, da maneira que pôde, com seu bom humor até o fm. O céu fcou mais leve com a chegada dos dois. Talvez até chova.
http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/Flavia-Yuri-Oshima/noti- cia/2014/09/o-fascinio-do-bbom-humorb.html
Lilia B. Schraiber. Saúde e Sociedade.São Paulo, 1992 (com adaptações).
Em “por reportar-se duplamente à esfera" ( l.27), o emprego do acento indicativo de crase justifica-se pelo fato de o verbo “reportar-se" exigir complemento preposicionado e a palavra “esfera" admitir o artigo definido feminino.
O século XX foi marcado por grandes guerras de repercussão mundial em razão de seu alcance e do número de países envolvidos. Já o século XXI apresenta guerras locais ou regionais, mas que de certa forma se tornam mundiais pelo número de espectadores. Isso se dá graças à tecnologia de informação, que envolve direta ou indiretamente cidadãos de quase todo o mundo. A guerra on-line como ocorre hoje, ou seja, transmitida em tempo real, mobiliza as pessoas e se torna assunto de conversas, tema de programas transmitidos na televisão, objeto de comentaristas e especialistas de diferentes áreas. Enfim, a guerra “do outro" passa a ser a guerra de todos. (Renato Mocellin).
1. ..............drogas e ...............violência são uma séria ameaça ........vida.
2. O problema relativo ........... água deste bairro é .......... poluição.
Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente as lacunas do texto.
TEXTO II
As histórias em quadrinhos caracterizam-se por provocar humor em quem as lê. Na tirinha “ Gente Fina”, o efeito de humor é gerado, especialmente, pelo emprego das palavras “um” (no segundo balão) e “dois” (no quarto balão), que possuem a classificação gramatical, respectivamente, de
Conheço muitas pessoas que estão envelhecendo mal. Desconfortavelmente. Com uma infelicidade crua na alma. Estão ficando velhas, mas não estão ficando sábias. Um rancor cobre-lhes a pele, a escrita e o gesto. São críticos azedos, aliás estão ficando cítricos sem nenhuma doçura nas palavras. Estão amargos. Com fel nos olhos.
[...]
Envelhecer deveria ser como planar. Como quem não sofre mais (tanto) com os inevitáveis atritos. Assim como a nave que sai do desgaste da atmosfera e vai entrando noutro astral, e vai silente, e vai gastando nenhum-quase combustível, flutuando como uma caravela no mar ou uma cápsula no cosmos.
Os elefantes, por exemplo, envelhecem bem. E olha que é uma tarefa enorme. Não se queixam do peso dos anos, e nem da ruga do tempo, e, quando percebem a hora da morte, caminham pausadamente para um certo lugar – o cemitério dos elefantes, e aí morrem, completamente, com a grandeza existencial só aos sábios permitida.
Os vinhos envelhecem melhor ainda. Ficam ali nos limites de sua garrafa, na espessura de seu sabor, na adega do prazer. E vão envelhecendo e ganhando vida, envelhecendo e sendo amados, e, porque velhos, desejados. Os vinhos envelhecem densamente. E dão prazer.
O problema da velhice também se dá com certos instrumentos. Não me refiro aos que enferrujam pelos cantos, mas a um envelhecimento atuante como o da faca. Nela o corte diário dos dias a vai consumindo. E no entanto, ela continua afiadíssima, encaixando-se nas mãos da cozinheira como nenhuma outra faca nova.
Vai ver, a natureza deveria ter feito os homens envelhecerem diferente. Como as facas, digamos, por desgaste, sim, mas nunca desgastante. Seria uma suave solução: a gente devia ir se gastando, se gastando, se gastando até se evaporar. E aí iam perguntar: cadê fulano? E alguém diria: gastou-se, foi vivendo, vivendo e acabou. Acabou, é claro, sem nenhum gemido ou resmungo.
[...]
Especialistas vão dizer que envelhece mal o indivíduo que não realizou suas pulsões eróticas assenciais; que deixou coagulada ou oculta uma grande parte de seus desejos. Isto é verdade. Parcial porém. Pois não se sabe por que estranhos caminhos de sublimação, há pessoas que, embora roxas de levar tanta pancada da vida, têm, contudo, um arco-íris na alma.
Bilac dizia que a gente deveria aprender a envelhecer com as velhas árvores. Walt Whitman tem um poema onde vai dizendo: “Penso que podia viver com os animais que são plácidos e bastam-se a si mesmos". Ainda agora tirei os olhos do papel e olhei a natureza em torno. Nunca vi o sol se queixar no entardecer. Nem a lua chorar quando amanhece.
(Affonso Romano de Sant'anna. Fizemos bem em resistir. Rio de Janeiro: Ed. Rocco, 1984.)
I. “Conheço muitas pessoas que estão envelhecendo mal.” (1º§)
II. “Acabou, é claro, sem nenhum gemido ou resmungo.” (6º§)
III. “Nela o corte diário dos dias a vai consumindo.” (5º§)
IV. “Vai ver, a natureza deveria ter feito os homens envelhecerem diferente.”(6º§)
Os termos grifados são, respectivamente,
No fragmento “para os que”, o termo sublinhado pode ser substituído por:
Na linha 8, o sinal indicativo de crase em “à negativa" é empregado porque a regência de “relacionados" exige complemento regido pela preposição a e o termo “negativa" vem antecedido de artigo definido feminino.
Gerenciamento de estresse em professores
1 A sociedade contemporânea tem sido classificada como a sociedade do estresse. O incessante ritmo da globalização, as constantes alterações tecnológicas, as rotineiras mudanças e “imposições” sociais ditadas pela mídia e pela moda, assim como a progressiva requisição de qualidade nos produtos e serviços exigidos pelo nosso atual modelo social têm impelido boa parte das pessoas a um estado de perplexidade e impotência frente a tais circunstâncias da vida. Para alguns indivíduos, a aquisição de um corpo que se enquadre dentro dos modelos eleitos pela sociedade passa a ser uma obrigação; para outros, a conquista de status profissional é um pré-requisito para a felicidade. Dependendo da intensidade de nossa cobrança, tais desejos podem produzir emoções desastrosas. Ninguém está a salvo das possíveis garras do estresse, e entre suas potenciais vítimas encontram-se os professores, quer sejam do ensino básico, fundamental, médio ou universitário. Todavia, antes de versar sobre esta população em especial, é prudente definir melhor o que vem a ser estresse.
2 O estresse é um fenômeno biológico comum e conhecido por todos nós através de nossas experiências. Em sua etimologia o verbete estresse tem como sinônimo o termo “strain” e remonta às origens das línguas indo-europeias. No grego antigo, era a raiz de “strangale” e do verbo “strangaleuin” que significa estrangular. Em latim, a raiz formou o verbo “stringere” que significa apertar. Logo, as raízes do estresse remetem à ideia do empenho de forças fundamentalmente contrárias.
3 A percepção do estresse é bem antiga. Para os homens primitivos, a perda de vigor e o sentimento de exaustão que sentiam após um trabalho intenso ou exposição prolongada ao frio, ao calor, perda de sangue, medo ou doença teriam alguma semelhança entre si.
4 Um dos primeiros passos em direção ao entendimento do estresse foi dado por Walter Cannon, fisiologista de homeostase americano que desenvolveu a noção ou de Homeostase ou homeostasia (harmonia ou estado estável) do qual depende a qualidade de vida do ser humano. Esses mecanismos são os responsáveis pela detecção e correção de variações em diversos parâmetros orgânicos. Tendo esses conceitos como base, o austríaco Hans Selye, em 1938 definiu o estresse como um estado de alteração da homeostase, onde o organismo apresenta diversos sintomas que demonstram sua capacidade em adaptar-se aos agentes físicos ou corpo puramente mentais. Sendo assim, o corpo pode ser preparado para lutar ou fugir mediante a visão de um predador real, ou mesmo mediante a imaginação deste.
5 Diferentes indivíduos possuem diferentes capacidades de resistir às influências adversas do meio ambiente.
6 Logo, o que pode ser percebido como um fator gerador de estresse para uma pessoa, para outra pode ser um fato corriqueiro. Um indivíduo estressado pode passar por três estágios: no primeiro momento a experiência parece ser muito dura - é a reação de alarme do organismo. Em seguida acostuma-se a ela - é o estado de resistência; e finalmente não pode mais suportá-la - é o estado de exaustão. É este estado de exaustão que caracteriza o estresse crônico, que produz desequilíbrios orgânicos e patologias diversas, também chamadas mais recentemente de distresse.
7 Entre os principais sintomas encontrados no estresse destacam-se a dificuldade de concentração, inquietação, dores de cabeça e musculares, tonturas, fadiga, ansiedade, e até mesmo depressão. Outro agravante tem sido documentado na literatura científica, os problemas associados ao sono. Durante o processo do dormir ocorrem modificações fisiológicas e comportamentais importantíssimas. Há também uma interferência direta nos processos cognitivos e de aprendizagem.
8 Os dados fornecidos pelas pesquisas científicas são alarmantes, uma vez que durante o estresse o organismo automaticamente utiliza suas reservas de energia para se reequilibrar, ou seja, ocorre uma ação reparadora do organismo tentando restabelecer o seu equilíbrio interno. Nesta fase, dois sintomas aparecem de modo bastante frequente: a sensação de desgaste generalizado sem causa aparente e dificuldades com a memória. No nível fisiológico, muitas mudanças ocorrem, principalmente em termos do funcionamento de algumas glândulas endócrinas, como as adrenais que produzem mais corticosteróides, hormônios que sabidamente minam o sistema imunológico, aumentando assim a probabilidade da pessoa adoecer.
de http://geografia.uol.com.br/geografia/mapas- demografia/35/artigo206897-1.asp
“ ____ beira do mar, assistiu ____ amada, hora____ hora, minuto ____ minuto, sempre ____ espera de um milagre”
Jussara de Barros
Parágrafo 1 A violência é um problema social que está presente nas ações dentro das escolas e se manifesta de diversas formas entre todos os envolvidos no processo educativo. Isso não deveria acontecer, pois escola é lugar de formação da ética e da moral dos sujeitos ali inseridos, sejam eles alunos, professores ou demais funcionários.
Parágrafo 2 A violência estampada nas ruas das cidades, a violência doméstica, os latrocínios, os contrabandos, os crimes de colarinho branco têm levado jovens a perder a credibilidade em uma sociedade justa e igualitária capaz de promover o desenvolvimento social em iguais condições para todos, tornando-os violentos conforme esses modelos sociais.
Parágrafo 3 Nas escolas, as relações do dia a dia deveriam traduzir respeito ao próximo, através de atitudes que levassem à amizade, harmonia e integração das pessoas, visando a atingir os objetivos propostos no projeto político pedagógico da instituição.
Parágrafo 4 Muito se diz sobre o combate à violência, porém, levando ao pé da letra, combater significa guerrear, bombardear, batalhar, o que não traz um conceito correto para se revogar a mesma. As próprias instituições públicas se utilizam desse conceito errôneo, princípio que deve ser o motivador para a falta de engajamento dessas ações.
Parágrafo 5 Levar esse tema para a sala de aula desde as séries iniciais é uma forma de trabalhar com um tema controverso e presente em nossas vidas, possibilitando momentos de reflexão que auxiliarão na transformação social.
Parágrafo 6 Com recortes de jornais e revistas, pesquisas, filmes, músicas, desenhos animados, notícias televisivas, dentre outros, os professores podem levantar discussões acerca do tema numa possível forma de criar um ambiente de respeito ao próximo, considerando que todos os envolvidos no processo educativo devem participar e se engajar nessa ação para que a mesma não se torne contraditória. E muito além das discussões e momentos de reflexão, os professores devem propor soluções e análises críticas acerca dos problemas a fim de que os alunos se percebam capacitados para agir como cidadãos. Afinal, a credibilidade e a confiança são as melhores formas de mostrar para crianças e jovens que é possível vencer os desafios e problemas que a vida apresenta.
Disponível em: < http://www.brasilescola.com/educacao/escola-x-violencia.htm>. Acesso em: 25 maio 2014. (Adaptado)
“A violência estampada nas ruas das cidades, a violência doméstica, os latrocínios, os contrabandos, os crimes de colarinho branco têm levado jovens a perder a credibilidade em uma sociedade justa e igualitária capaz de promover o desenvolvimento social em iguais condições para todos, tornando-os violentos conforme esses modelos sociais.” (Parágrafo 2)
( ) têm levado pode ser substituído por “têm feito com que jovens percam” sem prejuízo de sentido.
( ) Em todas as ocorrências a é artigo definido feminino singular.
( ) Em tornando-os, o pronome pessoal refere-se a “jovens”.
( ) conforme pode ser substituído por “de acordo com” sem prejuízo de sentido.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.
O cinismo é o mal de muitas pessoas