Questões de Concurso Comentadas sobre coesão e coerência em português

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Q1036537 Português

                                          Medo de injeção


      Descartes disse que o bom senso é a coisa mais bem repartida do mundo. Descartes estava errado também nisso. Visto que não faltam provas empíricas de que o bom senso não foi tão bem repartido assim.

      Um caso eloquente é o da vacinação contra a febre amarela em São Paulo. Assim que as notícias sobre o recrudescimento do surto ganharam destaque, a porção mais ansiosa dos paulistas correu aos postos de saúde, provocando megafilas e espalhando um pouco de caos no sistema.

      Agora, esgotados os mais aflitos, autoridades sanitárias têm tido dificuldade para fazer com que o contingente mais desencanado da população se vacine. Pelos dados oficiais, apenas 50% do público-alvo foram imunizados. Por que a resistência?

      Minha hipótese é que ficamos mal-acostumados. Algumas décadas com um razoável arsenal de vacinas à disposição nos fizeram esquecer quão letais e devastadoras podem ser as epidemias que campanhas de imunização previnem. Hoje é preciso ir ao interior da África para ver uma criança com pólio e as mortes por sarampo se tornaram uma raridade, mas moléstias infecciosas foram, desde o surgimento da agricultura, um dos maiores assassinos da humanidade, perdendo apenas para a fome e superando em muito as guerras.

      A ciência, ao desenvolver imunizantes, mudou essa história. Extinguimos a varíola e reduzimos drasticamente os óbitos por doenças infecciosas em todo o mundo. A OMS estima que, hoje, vacinações previnam entre 2 milhões e 3 milhões de mortes por ano. Daria para acrescentar mais 1,5 milhão de vidas poupadas, desde que a taxa de cobertura, atualmente estacionada nos 86%, melhorasse.

      Por falta de bom senso, porém, grupos ideologicamente tão díspares quanto fundamentalistas islâmicos do interior da África e liberais da classe média alta dos países desenvolvidos uniram esforços para fazer campanhas contra a vacinação. Pior, há quem os ouça.

(Helio Schwartsman. Medo de injeção. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ colunas/ Acesso em 10.03.2018. Adaptado)

A frase “Daria para acrescentar mais 1,5 milhão de vidas poupadas, desde que a taxa de cobertura, atualmente estacionada nos 86%, melhorasse.” apresenta reescrita correta, sem alteração do sentido original, em:
Alternativas
Q1035044 Português
Leia o texto, para responder a questão.

           Achei que estava bem na foto. Magro, olhar vivo, rindo com os amigos na praia. Quase não havia cabelos brancos entre os poucos que sobreviviam. Comparada ao homem de hoje, era a fotografia de um jovem.
          Tinha cinquenta anos naquela época, entretanto, idade em que me considerava bem distante da juventude. Se me for dado o privilégio de chegar aos noventa em pleno domínio da razão, é possível que uma imagem de agora me cause impressão semelhante.
          O envelhecimento é sombra que nos acompanha desde a concepção. Lidar com a inexorabilidade desse processo exige uma habilidade na qual somos inigualáveis: a adaptação. Não há animal capaz de criar soluções diante da adversidade como nós, de sobreviver em nichos ecológicos que vão do calor tropical às geleiras do Ártico.
          Da mesma forma que ensaiamos os primeiros passos por imitação, temos que aprender a ser adolescentes, adultos e a ficar cada vez mais velhos.
        A ideia de envelhecer aflige mulheres e homens modernos, muito mais do que afligia nossos antepassados. Sócrates tomou cicuta aos 70 anos, Cícero foi assassinado aos 63, Matusalém, sabe-se lá quantos anos teve, mas seus contemporâneos gregos, romanos ou judeus viviam em média 30 anos. No início do século 20, a expectativa de vida ao nascer, nos países da Europa mais desenvolvida, não passava dos 40 anos.
           Os que estão vivos agora têm boa chance de passar dos oitenta. Se assim for, é preciso sabedoria para aceitar que nossos atributos se modificam com o passar dos anos. Que nenhuma cirurgia devolverá, aos 60, o rosto que tínhamos aos dezoito, mas que envelhecer não é sinônimo de decadência física para aqueles que se movimentam, não fumam, comem com parcimônia, exercitam a cognição e continuam atentos às transformações do mundo.
           Considerar a vida um vale de lágrimas, no qual submergimos de corpo e alma ao deixar a juventude, é torná-la experiência medíocre. Julgar, aos 80 anos, que os melhores foram aqueles dos 15 aos 25 é não se dar conta de que a memória é editora autoritária, capaz de suprimir por conta própria as experiências traumáticas e relegar ao esquecimento as inseguranças, medos, desilusões afetivas, riscos desnecessários e as burradas que fizemos nessa época.
             Nada mais ofensivo para o velho do que dizer que ele tem “cabeça de jovem”. É considerá-lo mais inadequado do que o rapaz de 20 anos que se comporta como criança de dez.
         Ainda que maldigamos o envelhecimento, é ele que nos traz a aceitação das ambiguidades, das diferenças, do contraditório e abre espaço para uma diversidade de experiências com as quais nem sonhávamos anteriormente.
(Drauzio Varela, A arte de envelhecer. https://drauziovarella.com.br. Adaptado)
A alternativa em que o pronome substitui corretamente a expressão destacada, de acordo com a norma-padrão da língua, é:
Alternativas
Q1035042 Português
Leia o texto, para responder a questão.

           Achei que estava bem na foto. Magro, olhar vivo, rindo com os amigos na praia. Quase não havia cabelos brancos entre os poucos que sobreviviam. Comparada ao homem de hoje, era a fotografia de um jovem.
          Tinha cinquenta anos naquela época, entretanto, idade em que me considerava bem distante da juventude. Se me for dado o privilégio de chegar aos noventa em pleno domínio da razão, é possível que uma imagem de agora me cause impressão semelhante.
          O envelhecimento é sombra que nos acompanha desde a concepção. Lidar com a inexorabilidade desse processo exige uma habilidade na qual somos inigualáveis: a adaptação. Não há animal capaz de criar soluções diante da adversidade como nós, de sobreviver em nichos ecológicos que vão do calor tropical às geleiras do Ártico.
          Da mesma forma que ensaiamos os primeiros passos por imitação, temos que aprender a ser adolescentes, adultos e a ficar cada vez mais velhos.
        A ideia de envelhecer aflige mulheres e homens modernos, muito mais do que afligia nossos antepassados. Sócrates tomou cicuta aos 70 anos, Cícero foi assassinado aos 63, Matusalém, sabe-se lá quantos anos teve, mas seus contemporâneos gregos, romanos ou judeus viviam em média 30 anos. No início do século 20, a expectativa de vida ao nascer, nos países da Europa mais desenvolvida, não passava dos 40 anos.
           Os que estão vivos agora têm boa chance de passar dos oitenta. Se assim for, é preciso sabedoria para aceitar que nossos atributos se modificam com o passar dos anos. Que nenhuma cirurgia devolverá, aos 60, o rosto que tínhamos aos dezoito, mas que envelhecer não é sinônimo de decadência física para aqueles que se movimentam, não fumam, comem com parcimônia, exercitam a cognição e continuam atentos às transformações do mundo.
           Considerar a vida um vale de lágrimas, no qual submergimos de corpo e alma ao deixar a juventude, é torná-la experiência medíocre. Julgar, aos 80 anos, que os melhores foram aqueles dos 15 aos 25 é não se dar conta de que a memória é editora autoritária, capaz de suprimir por conta própria as experiências traumáticas e relegar ao esquecimento as inseguranças, medos, desilusões afetivas, riscos desnecessários e as burradas que fizemos nessa época.
             Nada mais ofensivo para o velho do que dizer que ele tem “cabeça de jovem”. É considerá-lo mais inadequado do que o rapaz de 20 anos que se comporta como criança de dez.
         Ainda que maldigamos o envelhecimento, é ele que nos traz a aceitação das ambiguidades, das diferenças, do contraditório e abre espaço para uma diversidade de experiências com as quais nem sonhávamos anteriormente.
(Drauzio Varela, A arte de envelhecer. https://drauziovarella.com.br. Adaptado)
A alternativa que reescreve passagens do texto em consonância com a norma-padrão de concordância é:
Alternativas
Q1035041 Português
Leia o texto, para responder a questão.

           Achei que estava bem na foto. Magro, olhar vivo, rindo com os amigos na praia. Quase não havia cabelos brancos entre os poucos que sobreviviam. Comparada ao homem de hoje, era a fotografia de um jovem.
          Tinha cinquenta anos naquela época, entretanto, idade em que me considerava bem distante da juventude. Se me for dado o privilégio de chegar aos noventa em pleno domínio da razão, é possível que uma imagem de agora me cause impressão semelhante.
          O envelhecimento é sombra que nos acompanha desde a concepção. Lidar com a inexorabilidade desse processo exige uma habilidade na qual somos inigualáveis: a adaptação. Não há animal capaz de criar soluções diante da adversidade como nós, de sobreviver em nichos ecológicos que vão do calor tropical às geleiras do Ártico.
          Da mesma forma que ensaiamos os primeiros passos por imitação, temos que aprender a ser adolescentes, adultos e a ficar cada vez mais velhos.
        A ideia de envelhecer aflige mulheres e homens modernos, muito mais do que afligia nossos antepassados. Sócrates tomou cicuta aos 70 anos, Cícero foi assassinado aos 63, Matusalém, sabe-se lá quantos anos teve, mas seus contemporâneos gregos, romanos ou judeus viviam em média 30 anos. No início do século 20, a expectativa de vida ao nascer, nos países da Europa mais desenvolvida, não passava dos 40 anos.
           Os que estão vivos agora têm boa chance de passar dos oitenta. Se assim for, é preciso sabedoria para aceitar que nossos atributos se modificam com o passar dos anos. Que nenhuma cirurgia devolverá, aos 60, o rosto que tínhamos aos dezoito, mas que envelhecer não é sinônimo de decadência física para aqueles que se movimentam, não fumam, comem com parcimônia, exercitam a cognição e continuam atentos às transformações do mundo.
           Considerar a vida um vale de lágrimas, no qual submergimos de corpo e alma ao deixar a juventude, é torná-la experiência medíocre. Julgar, aos 80 anos, que os melhores foram aqueles dos 15 aos 25 é não se dar conta de que a memória é editora autoritária, capaz de suprimir por conta própria as experiências traumáticas e relegar ao esquecimento as inseguranças, medos, desilusões afetivas, riscos desnecessários e as burradas que fizemos nessa época.
             Nada mais ofensivo para o velho do que dizer que ele tem “cabeça de jovem”. É considerá-lo mais inadequado do que o rapaz de 20 anos que se comporta como criança de dez.
         Ainda que maldigamos o envelhecimento, é ele que nos traz a aceitação das ambiguidades, das diferenças, do contraditório e abre espaço para uma diversidade de experiências com as quais nem sonhávamos anteriormente.
(Drauzio Varela, A arte de envelhecer. https://drauziovarella.com.br. Adaptado)
A alternativa em que a frase entre parênteses substitui o trecho destacado observando a norma-padrão de regência é:
Alternativas
Q1035040 Português
Leia o texto, para responder a questão.

           Achei que estava bem na foto. Magro, olhar vivo, rindo com os amigos na praia. Quase não havia cabelos brancos entre os poucos que sobreviviam. Comparada ao homem de hoje, era a fotografia de um jovem.
          Tinha cinquenta anos naquela época, entretanto, idade em que me considerava bem distante da juventude. Se me for dado o privilégio de chegar aos noventa em pleno domínio da razão, é possível que uma imagem de agora me cause impressão semelhante.
          O envelhecimento é sombra que nos acompanha desde a concepção. Lidar com a inexorabilidade desse processo exige uma habilidade na qual somos inigualáveis: a adaptação. Não há animal capaz de criar soluções diante da adversidade como nós, de sobreviver em nichos ecológicos que vão do calor tropical às geleiras do Ártico.
          Da mesma forma que ensaiamos os primeiros passos por imitação, temos que aprender a ser adolescentes, adultos e a ficar cada vez mais velhos.
        A ideia de envelhecer aflige mulheres e homens modernos, muito mais do que afligia nossos antepassados. Sócrates tomou cicuta aos 70 anos, Cícero foi assassinado aos 63, Matusalém, sabe-se lá quantos anos teve, mas seus contemporâneos gregos, romanos ou judeus viviam em média 30 anos. No início do século 20, a expectativa de vida ao nascer, nos países da Europa mais desenvolvida, não passava dos 40 anos.
           Os que estão vivos agora têm boa chance de passar dos oitenta. Se assim for, é preciso sabedoria para aceitar que nossos atributos se modificam com o passar dos anos. Que nenhuma cirurgia devolverá, aos 60, o rosto que tínhamos aos dezoito, mas que envelhecer não é sinônimo de decadência física para aqueles que se movimentam, não fumam, comem com parcimônia, exercitam a cognição e continuam atentos às transformações do mundo.
           Considerar a vida um vale de lágrimas, no qual submergimos de corpo e alma ao deixar a juventude, é torná-la experiência medíocre. Julgar, aos 80 anos, que os melhores foram aqueles dos 15 aos 25 é não se dar conta de que a memória é editora autoritária, capaz de suprimir por conta própria as experiências traumáticas e relegar ao esquecimento as inseguranças, medos, desilusões afetivas, riscos desnecessários e as burradas que fizemos nessa época.
             Nada mais ofensivo para o velho do que dizer que ele tem “cabeça de jovem”. É considerá-lo mais inadequado do que o rapaz de 20 anos que se comporta como criança de dez.
         Ainda que maldigamos o envelhecimento, é ele que nos traz a aceitação das ambiguidades, das diferenças, do contraditório e abre espaço para uma diversidade de experiências com as quais nem sonhávamos anteriormente.
(Drauzio Varela, A arte de envelhecer. https://drauziovarella.com.br. Adaptado)
A palavra “que” é um pronome empregado para retomar uma informação anterior na frase:
Alternativas
Q1035039 Português
Leia o texto, para responder a questão.

           Achei que estava bem na foto. Magro, olhar vivo, rindo com os amigos na praia. Quase não havia cabelos brancos entre os poucos que sobreviviam. Comparada ao homem de hoje, era a fotografia de um jovem.
          Tinha cinquenta anos naquela época, entretanto, idade em que me considerava bem distante da juventude. Se me for dado o privilégio de chegar aos noventa em pleno domínio da razão, é possível que uma imagem de agora me cause impressão semelhante.
          O envelhecimento é sombra que nos acompanha desde a concepção. Lidar com a inexorabilidade desse processo exige uma habilidade na qual somos inigualáveis: a adaptação. Não há animal capaz de criar soluções diante da adversidade como nós, de sobreviver em nichos ecológicos que vão do calor tropical às geleiras do Ártico.
          Da mesma forma que ensaiamos os primeiros passos por imitação, temos que aprender a ser adolescentes, adultos e a ficar cada vez mais velhos.
        A ideia de envelhecer aflige mulheres e homens modernos, muito mais do que afligia nossos antepassados. Sócrates tomou cicuta aos 70 anos, Cícero foi assassinado aos 63, Matusalém, sabe-se lá quantos anos teve, mas seus contemporâneos gregos, romanos ou judeus viviam em média 30 anos. No início do século 20, a expectativa de vida ao nascer, nos países da Europa mais desenvolvida, não passava dos 40 anos.
           Os que estão vivos agora têm boa chance de passar dos oitenta. Se assim for, é preciso sabedoria para aceitar que nossos atributos se modificam com o passar dos anos. Que nenhuma cirurgia devolverá, aos 60, o rosto que tínhamos aos dezoito, mas que envelhecer não é sinônimo de decadência física para aqueles que se movimentam, não fumam, comem com parcimônia, exercitam a cognição e continuam atentos às transformações do mundo.
           Considerar a vida um vale de lágrimas, no qual submergimos de corpo e alma ao deixar a juventude, é torná-la experiência medíocre. Julgar, aos 80 anos, que os melhores foram aqueles dos 15 aos 25 é não se dar conta de que a memória é editora autoritária, capaz de suprimir por conta própria as experiências traumáticas e relegar ao esquecimento as inseguranças, medos, desilusões afetivas, riscos desnecessários e as burradas que fizemos nessa época.
             Nada mais ofensivo para o velho do que dizer que ele tem “cabeça de jovem”. É considerá-lo mais inadequado do que o rapaz de 20 anos que se comporta como criança de dez.
         Ainda que maldigamos o envelhecimento, é ele que nos traz a aceitação das ambiguidades, das diferenças, do contraditório e abre espaço para uma diversidade de experiências com as quais nem sonhávamos anteriormente.
(Drauzio Varela, A arte de envelhecer. https://drauziovarella.com.br. Adaptado)
A alternativa que reescreve o trecho destacado na passagem – Ainda que maldigamos o envelhecimento, é ele que nos traz a aceitação das ambiguidades… – com correção e sem alteração de sentido é:
Alternativas
Q1034945 Português
Leia o texto para responder a questão.

      A consultoria norte-americana McKinsey lançou em 2016 um relatório sobre mobilidade urbana prevendo que o futuro das grandes cidades será definido por tendências tecnológicas.
      O estudo, feito em parceria com a consultoria Bloomberg New Energy Finance, aposta que, nos próximos 10 a 15 anos, graças à integração de fenômenos como a internet das coisas (conexão via internet entre objetos e equipamentos) e a eletrificação do transporte, a locomoção ficará mais rápida, barata,limpa e eficiente. Para sustentar a previsão, são citados fatos como o barateamento das baterias, o surgimento de serviços de compartilhamento de carros e o crescimento do investimento em tecnologias de carros autônomos. Segundo a pesquisa, existem três modelos de mobilidade urbana avançada que podem ser alcançados até 2030.
     O primeiro modelo, chamado de “limpo e compartilhado”, é mais provável de acontecer em regiões metropolitanas densas e que se encontram em estágio de desenvolvimento, como Nova Deli, Mumbai e Cidade do México. Como essas cidades não se adaptariam facilmente ao uso de carros autônomos, por causa da falta de infraestrutura, a alternativa seria chegar a um transporte mais limpo, com a adoção de veículos elétricos, a otimização da mobilidade compartilhada e a limitação do número de carros próprios nas ruas.
        Para cidades já desenvolvidas e com uma grande região suburbana, como Los Angeles, o modelo seria o de “autonomia privada”. Nesses lugares, o uso de carros continuaria essencial, mas as pessoas adotariam tecnologias como carros autônomos e elétricos. A conectividade pode facilitar a cobrança de taxas e multas em situações de mais congestionamento. O compartilhamento de carros também pode ser uma opção, mas sem substituir os carros próprios em grande escala.
        O modelo mais radical é o de “mobilidade integrada”, com potencial para ser alcançado em cidades muito povoadas e de renda alta, como Chicago, Hong Kong, Cingapura e Londres. Nesse sistema, a mobilidade seria predominantemente feita sob demanda, com opções limpas, baratas e flexíveis – como carros autônomos, carros compartilhados e transporte público de altíssima qualidade. O uso de veículos elétricos seria mais comum, motivado por incentivos econômicos, e tudo seria facilitado pelo uso de plataformas de software que controlam os fluxos de tráfego e promovem a mobilidade como um serviço.
       O relatório não cita nenhuma cidade brasileira.
(“Estudo aponta que locomoção será mais rápida e barata em até 15 anos”. www.folha.uol.com.br. Adaptado)
O conteúdo do último parágrafo está expresso, de acordo com a norma-padrão da língua, na frase:
Alternativas
Q1034891 Português
Leia o texto para responder a questão.

À nossa volta

      Dois amigos meus desceram no aeroporto de Orly, em Paris. Deixaram as malas no hotel e foram dar uma volta pelo Quartier Latin. Decepcionaram-se com as ruas esburacadas, pedras pelo chão, vidros quebrados, lixo acumulado — nunca tinham visto Paris tão suja e desmazelada. E só foram entender o que estava acontecendo ao ler a manchete de um jornal na banca. Os estudantes estavam em guerra contra o poder. Era maio de 1968.
     Outro amigo, músico e muito, muito alienado, pegou seu carro bem cedo em Copacabana e tocou para a zona norte, onde estava gravando um LP. Lá chegando, encontrou o estúdio fechado. Esperou duas horas, ninguém apareceu e ele foi embora. Estranhou que as lojas do Centro também estivessem fechadas e, ao passar pelo Flamengo, viu o prédio da UNE em chamas. E só ao chegar em casa soube que estava em curso no país um golpe militar. Era 1º de abril de 1964.
     E, em 1956, mais um amigo, também músico, mas amador, passava férias em Diamantina (MG) quando soube que dona Dadainha, senhora baiana muito respeitada na cidade, estava hospedando um irmão que tocava violão dia e noite e nunca saía à rua. O amigo foi procurá-lo. Tocou a campainha e o próprio rapaz abriu a porta. Ao ouvir que o outro igualmente tocava violão, convidou-o a entrar e mostrou-lhe um samba “diferente” que estava criando. Meu amigo gostou, despediu- -se e não voltou a vê-lo. Dois anos depois, escutou no rádio aquele “samba diferente” e reconheceu o violonista e cantor: João Gilberto. O que ele ouvira em Diamantina era a bossa nova, só que antes de ela existir.
      É famosa a passagem de “A Cartuxa de Parma”, de Stendhal, em que o herói se junta a um exército sem saber que está no meio da guerra de Waterloo.
    É o risco que corremos por não ficarmos de olho à nossa volta.
(Ruy Castro. www.folha.uol.com.br, 25.11.2017)
A expressão verbal destacada em – E só ao chegar em casa soube que estava em curso no país um golpe militar. (2º parágrafo) – está corretamente substituída, segundo a norma-padrão e sem alterar o restante da frase, por:
Alternativas
Q1033217 Português

  Texto para a questão.

                 Internet:<www.bbc.com>(com adaptações).

Estariam mantidos o sentido original e a correção gramatical do texto caso se substituísse “Por isso” (linha 7) por
Alternativas
Q1033216 Português

  Texto para a questão.

                 Internet:<www.bbc.com>(com adaptações).

Assinale a alternativa em que é apresentada proposta de reescrita gramaticalmente correta e coerente para o seguinte período do texto: “Não há vacinas ainda para prevenir o Zika, portanto é necessário eliminar todos os possíveis focos de reprodução do Aedes aegypti.” (linhas de 10 a 12).
Alternativas
Q1031055 Português

      Ao se referir às pessoas com limitações física, intelectual, auditiva, visual ou sensorial, é necessário utilizar termos adequados e atuais, para não corrermos o risco da escolha de expressões que, mesmo involuntariamente, possam denotar algum tipo de discriminação.

      Até o início da década de 1980, quando se falava de diferenças físicas, se utilizavam os termos: “aleijado”, “incapacitado”, “inválido”. Desde o Ano internacional da Pessoa com Deficiência, em 1981, passamos a adotar a expressão “pessoa deficiente”, enfatizando-se, com isso, a pessoa com uma limitação. Passou-se então para “pessoa portadora de deficiência”, que logo caiu em desuso, por se entender que só se porta aquilo que se pode deixar de portar, fato que não costuma ocorrer com uma deficiência. Na década de 1990, a expressão “pessoa com deficiência” foi estabelecida como a mais adequada e permanece até hoje.

      Formas de falar como “ceguinho”, “doente mental”, “ele sofre de paraplegia”, “doente de lepra” embutem sentido discriminatório, tornam a pessoa com deficiência uma vítima ou transformam a deficiência em doença. O mais apropriado é: “pessoa cega” ou “pessoa com deficiência visual”, “pessoa com deficiência mental”, “pessoa com deficiência física”. Deve-se dizer: “pessoa com hanseníase” – a Lei Federal n° 9.010, de 23.03.1995, proíbe a utilização do termo “lepra” e seus derivados.

(Renato D’Ávila. “Expressões não adequadas para tratar das pessoas com deficiência”. http://observatoriodaimprensa.com.br. 18.07.2017. Adaptado)

Assinale a alternativa que apresenta um substituto adequadado para o termo mesmo, destacado no primeiro parágrafo, e que identifica, nos colchetes, a relação de sentido que ele estabelece no contexto.
Alternativas
Q1027330 Português

                                Elas vão substituir você


      Quando, em 1956, o cientista da computação americano John McCarthy cunhou o termo “inteligência artificial”, durante uma conferência na universidade de Dartmouth, nos Estados Unidos, a intenção já era desenvolver máquinas capazes de livrar os seres humanos de tarefas de alguma complexidade, porém largamente enfadonhas.

      “A proposta é usar todo o nosso conhecimento para construir um programa de computador que saiba e, também, conheça”, resumiu McCarthy, expressando uma ambição que vem de muito antes de ele proferir tais palavras. Uma narrativa mitológica judaica, por exemplo, já apresentava, milênios atrás, a ideia de um ser artificial pensante, o Golem, feito de barro e que serviria os humanos. Na Idade Média, alquimistas chegaram a sonhar em dar vida à criatura por eles batizada de Homunculus. Era apenas um devaneio que o tempo e a ciência se encarregaram de trazer para o plano das realidades.

      E a inteligência artificial (IA) de hoje em dia, tal como foi formulada por McCarthy, é a concretização dessa aspiração que se confunde com a história. No entanto, no momento em que a humanidade parece estar perto de construir um robô capaz de substituir o homem em um sem-número de atividades – o Golem do século XXI –, o que poderia ser motivo de unânime comemoração arrasta consigo o pavor de que tais softwares deixem milhões de seres humanos desempregados. A preocupação é tamanha que o tema ganhou lugar de destaque na agenda do Fórum Econômico Mundial – evento anual que reúne líderes políticos e empresariais em Davos. Segundo levantamento feito pela organização do fórum, a soma de empregos perdidos para a IA será de 5 milhões nos próximos dois anos. No estudo, as áreas de negócios mais afetadas serão as administrativas e as industriais.

      Um estudo publicado pela consultoria americana McKinsey avalia que em torno de 50% das atividades tidas como repetitivas serão automatizadas na próxima década. Nesse período, no Brasil, 15,7 milhões de trabalhadores serão afetados pela automação. Em todo o mundo, o legado da mecanização avançada será de até 800 milhões de pessoas à procura de oportunidades de trabalho. Desse total, boa parte terá de se readaptar, mas 375 milhões deverão aprender competências inteiramente novas para não cair no desemprego.

      Nem tudo, entretanto, é pessimismo. Os economistas ingleses Richard e Daniel Susskind, ambos professores de Oxford, defendem a ideia de que quando atribuições são extintas, ou modificadas, os seres humanos se transformam no mesmo ritmo. “O benefício é que os profissionais farão mais, em menos tempo”, defendem. Para eles, a bonança tecnológica levará à criação de novos tipos de emprego.

                                                                                          (Veja, 31.01.2018. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a expressão posta entre colchetes substitui corretamente a destacada no trecho, segundo a norma-culta de emprego e colocação do pronome.
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Q1025810 Português

A Idade da Comunicação

        Foi-lhe posto o nome de Idade da Comunicação porque nela sucedeu a confusão da linguagem de toda a Terra. Ainda ficaria mais certo dizer: “das linguagens”, incluindo na confusão as comunicações orais, escritas, iconográficas, tácteis etc.

       Considerável parte da humanidade fala ou arranha o inglês. Intérpretes bem treinados reproduzem com fidelidade os pensamentos de antípodas. As notícias dão volta ao mundo antes que uma dona de casa faça chegar a uma vizinha a cortesia de um pedaço de bolo. Uma pessoa pode ocupar todas as horas do dia informando-se do que se passa no resto do mundo. As palavras básicas de todas as comunidades e nações são as mesmas: paz, amor, liberdade, fraternidade, justiça, democracia...

    Mas a comunicação não se estabelece. Dizemos paz e fazemos a guerra. Proclamamos o amor e puxamos as armas. Os continentes brigam, as raças se hostilizam, e o próprio idioma utilizado dos governos para com o povo sofre distorções. Apenas em um setor a eficiência da comunicação costuma atingir o ótimo: os produtos de consumo, mesmo quando inoperantes, são regularmente vendidos. Estamos por dentro, cada um de nós, cheios de ligações erradas, de informações falsas ou equívocas. Nossas paixões famélicas não se comunicam com o nosso tíbio amor pelo conhecimento da verdade; nosso egoísmo não nos transmite sinal algum do que se passa com o próximo em naufrágio. É a Idade da Comunicação.

(Adaptado de CAMPOS, Paulo Mendes. O amor acaba. São Paulo: Companhia das Letras, 2013, p. 174-175) 

Há observância das normas gramaticais, incluindo uma adequada pontuação, na seguinte frase:
Alternativas
Q1025808 Português

A Idade da Comunicação

        Foi-lhe posto o nome de Idade da Comunicação porque nela sucedeu a confusão da linguagem de toda a Terra. Ainda ficaria mais certo dizer: “das linguagens”, incluindo na confusão as comunicações orais, escritas, iconográficas, tácteis etc.

       Considerável parte da humanidade fala ou arranha o inglês. Intérpretes bem treinados reproduzem com fidelidade os pensamentos de antípodas. As notícias dão volta ao mundo antes que uma dona de casa faça chegar a uma vizinha a cortesia de um pedaço de bolo. Uma pessoa pode ocupar todas as horas do dia informando-se do que se passa no resto do mundo. As palavras básicas de todas as comunidades e nações são as mesmas: paz, amor, liberdade, fraternidade, justiça, democracia...

    Mas a comunicação não se estabelece. Dizemos paz e fazemos a guerra. Proclamamos o amor e puxamos as armas. Os continentes brigam, as raças se hostilizam, e o próprio idioma utilizado dos governos para com o povo sofre distorções. Apenas em um setor a eficiência da comunicação costuma atingir o ótimo: os produtos de consumo, mesmo quando inoperantes, são regularmente vendidos. Estamos por dentro, cada um de nós, cheios de ligações erradas, de informações falsas ou equívocas. Nossas paixões famélicas não se comunicam com o nosso tíbio amor pelo conhecimento da verdade; nosso egoísmo não nos transmite sinal algum do que se passa com o próximo em naufrágio. É a Idade da Comunicação.

(Adaptado de CAMPOS, Paulo Mendes. O amor acaba. São Paulo: Companhia das Letras, 2013, p. 174-175) 

O segmento Uma pessoa pode ocupar todas as horas do dia informando-se do que se passa no resto do mundo.


A frase do texto reproduzida acima ganha nova redação, sem prejuízo para seu sentido básico, sua coesão e sua correção, no seguinte enunciado:

Alternativas
Q1025804 Português

                                        Simbolismo da água: aspectos rituais

        Numa fórmula sumária, pode-se dizer que as águas simbolizam a totalidade das virtualidades; elas são “fons et origo”, fonte e origem, a matriz de todas as possibilidades de existência. “Àgua, tu és a fonte de todas as coisas”, diz um texto indiano. As águas são os fundamentos do mundo inteiro: elas são, nas mais variadas culturas, a essência da vegetação, o elixir da imortalidade, asseguram longa vida, força criadora, são o princípio de toda cura etc. etc.

       Princípio do indiferenciado e do virtual, fundamento de toda manifestação cósmica, receptáculo de todos os gérmens, as águas simbolizam a substância primordial de que nascem todas as formas e para a qual todas voltam. O contato com a água implica sempre regeneração: por um lado, porque à dissolução segue um novo nascimento; por outro lado, porque a imersão fertiliza e aumenta o potencial de vida e de criação. A água confere um “novo nascimento” por um ritual iniciático, cura por um ritual mágico, assegura o renascimento “post mortem” por rituais funerários.

   O caminho para a origem das águas e a sua obtenção implicam uma série de provas e desafios, exatamente como na busca aventurosa da “árvore da vida”. No Apocalipse, os dois símbolos encontram-se lado a lado: “Ele mostrou-me, em seguida, o rio da água da vida, límpida como cristal, que brota do trono de Deus. E nas duas margens do rio cresce a árvore da vida”. O simbolismo imemorial e ecumênico da imersão na água como instrumento de purificação e de regeneração foi aceito pelo cristianismo e enriquecido por novas valências religiosas.


(Adaptado de ELIADE, Mircea. Tratado de história das religiões. Lisboa: Cosmos, 1977, p. 231-237, passim

Está clara, coesa e correta a redação deste livre comentário sobre o texto:
Alternativas
Q1023503 Português

O aquecimento global pode se intensificar.

Medidas devem ser tomadas.

Frear o desmatamento pode evitar a intensificação do aquecimento global.

O desmatamento deve ser freado especialmente nas regiões tropicais do planeta.


Evitando repetições desnecessárias, o conteúdo principal das informações acima está articulado com correção e lógica em:

Alternativas
Q1023499 Português

      Com cerca de 16% da água doce disponível na Terra, o Brasil é um país rico nesse insumo que a natureza provê de graça. Cada habitante conta com mais de 43 mil m3 por ano dos mananciais, mas apenas 0,7% disso termina utilizado. Nações como a Argélia e regiões como a Palestina, em contraste, usam quase a metade dos recursos hídricos disponíveis, e outras precisam obter recursos hídricos por dessalinização de água do mar.

      Só em aparência, contudo, é confortável a situação brasileira. Em primeiro lugar, há o problema da distribuição: o líquido é tanto mais abundante onde menor é a população e mais preservadas são as florestas, como na Amazônia. No litoral do país, assim como nas regiões Sudeste e Nordeste (onde se concentra 70% da população), muitos centros urbanos já enfrentam dificuldades de abastecimento.

      Para anuviar o horizonte, sobrevêm os riscos de piora com o aquecimento global. Com as crescentes emissões de gases do efeito estufa, a atmosfera terrestre retém mais calor do Sol perto da superfície. Aumenta, assim, a temperatura das massas de ar, energia que alimenta os ventos e tempestades.

      Se os resultados das simulações do clima futuro feitas por modelos de computador estiverem corretos, algumas regiões poderão sofrer estiagens mais frequentes e graves, enquanto outras ficarão sujeitas a inundações.

      O Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, um comitê com alguns dos maiores especialistas do país em climatologia, fez projeções sobre as alterações prováveis nas várias regiões, mas com diferentes graus de confiabilidade. As mais confiáveis valem para a Amazônia (aumento de temperatura de 5°C a 6°C e queda de 40% a 45% na precipitação até o final do século), para o semiárido, no Nordeste (respectivamente 3,5°C a 4,5°C e − 40% a − 50%), e para os pampas, no Sul (2,5°C a 3°C de aquecimento e 35% a 40% de aumento de chuvas).

      Não é possível afirmar com certeza que recentes secas no Sudeste e no Nordeste ou as inundações em Rondônia tenham relação direta com a mudança global e regional do clima. Tampouco se pode excluir que tenham. Por outro lado, é certo que esses flagelos, assim como o custo bilionário que acarretam, constituem uma boa amostra do que se deve esperar nas próximas décadas para o caso de o aquecimento global se agravar.

      Ficar sem água, porém, é cena cada vez mais incomum no Nordeste, mesmo no semiárido, região onde moram 22 milhões de pessoas e onde as chuvas são pouco previsíveis. Um sistema improvisado de cisternas e açudes já supre, ainda que de forma irregular, as necessidades básicas da população, mesmo a mais isolada.

      É uma realidade muito diferente das muitas secas do passado. Algumas das piores estiveram associadas ao fenômeno El Niño, aquecimento anormal das águas do Pacífico que costuma ser acompanhado de estiagens severas na Amazônia e no Nordeste.

(Adaptado de: Projeto multimídia Líquido e Incerto. Autores: ALMEIDA, Lalo de. LEITE, Marcelo. GERAQUE, Eduardo. CANZIAN, Fernando. GARCIA, Rafael. AMORA, Dimmi. Disponível em: arte.folha.uol.com.br

A respeito do 1° parágrafo, afirma-se corretamente:
Alternativas
Q1023497 Português

      Com cerca de 16% da água doce disponível na Terra, o Brasil é um país rico nesse insumo que a natureza provê de graça. Cada habitante conta com mais de 43 mil m3 por ano dos mananciais, mas apenas 0,7% disso termina utilizado. Nações como a Argélia e regiões como a Palestina, em contraste, usam quase a metade dos recursos hídricos disponíveis, e outras precisam obter recursos hídricos por dessalinização de água do mar.

      Só em aparência, contudo, é confortável a situação brasileira. Em primeiro lugar, há o problema da distribuição: o líquido é tanto mais abundante onde menor é a população e mais preservadas são as florestas, como na Amazônia. No litoral do país, assim como nas regiões Sudeste e Nordeste (onde se concentra 70% da população), muitos centros urbanos já enfrentam dificuldades de abastecimento.

      Para anuviar o horizonte, sobrevêm os riscos de piora com o aquecimento global. Com as crescentes emissões de gases do efeito estufa, a atmosfera terrestre retém mais calor do Sol perto da superfície. Aumenta, assim, a temperatura das massas de ar, energia que alimenta os ventos e tempestades.

      Se os resultados das simulações do clima futuro feitas por modelos de computador estiverem corretos, algumas regiões poderão sofrer estiagens mais frequentes e graves, enquanto outras ficarão sujeitas a inundações.

      O Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, um comitê com alguns dos maiores especialistas do país em climatologia, fez projeções sobre as alterações prováveis nas várias regiões, mas com diferentes graus de confiabilidade. As mais confiáveis valem para a Amazônia (aumento de temperatura de 5°C a 6°C e queda de 40% a 45% na precipitação até o final do século), para o semiárido, no Nordeste (respectivamente 3,5°C a 4,5°C e − 40% a − 50%), e para os pampas, no Sul (2,5°C a 3°C de aquecimento e 35% a 40% de aumento de chuvas).

      Não é possível afirmar com certeza que recentes secas no Sudeste e no Nordeste ou as inundações em Rondônia tenham relação direta com a mudança global e regional do clima. Tampouco se pode excluir que tenham. Por outro lado, é certo que esses flagelos, assim como o custo bilionário que acarretam, constituem uma boa amostra do que se deve esperar nas próximas décadas para o caso de o aquecimento global se agravar.

      Ficar sem água, porém, é cena cada vez mais incomum no Nordeste, mesmo no semiárido, região onde moram 22 milhões de pessoas e onde as chuvas são pouco previsíveis. Um sistema improvisado de cisternas e açudes já supre, ainda que de forma irregular, as necessidades básicas da população, mesmo a mais isolada.

      É uma realidade muito diferente das muitas secas do passado. Algumas das piores estiveram associadas ao fenômeno El Niño, aquecimento anormal das águas do Pacífico que costuma ser acompanhado de estiagens severas na Amazônia e no Nordeste.

(Adaptado de: Projeto multimídia Líquido e Incerto. Autores: ALMEIDA, Lalo de. LEITE, Marcelo. GERAQUE, Eduardo. CANZIAN, Fernando. GARCIA, Rafael. AMORA, Dimmi. Disponível em: arte.folha.uol.com.br

Mantendo-se a correção e o sentido, sem que nenhuma outra alteração seja feita na frase, o termo sublinhado pode ser substituído pelo que se encontra entre parênteses em:
Alternativas
Q1020705 Português

Imagem associada para resolução da questão


Os decanos e diretores presentes à 102ª Reunião da Plenária de Decanos e Diretores da UFRJ reafirmam a defesa da plena gratuidade nos estabelecimentos oficiais, nos termos do Art. 206, IV, da Constituição Federal, um requisito para a democracia e o desenvolvimento nacional comprometido com o bem viver de todo o povo. A gratuidade é uma conquista republicana que assegura o direito de todos à educação e estabelece o dever do Estado no fomento da educação, cultura, ciência e tecnologia, tal como ocorre nos países que possuem elevada qualidade de vida.(...)”.

Trecho inicial do documento “Futuro da universidade federal ameaçado, futuro da nação ameaçado: nota da Plenária de Decanos e Diretores da UFRJ”, de 31 de julho de 2017.


Conforme a nota de Decanos e Diretores da UFRJ, entre a gratuidade do ensino como uma conquista republicana que assegura direitos e o que ocorre nos países que possuem elevada qualidade de vida, há uma relação de:

Alternativas
Q1020281 Português
Seria mantido o paralelismo sintático e semântico do texto CG1A1BBB se
Alternativas
Respostas
2921: B
2922: B
2923: E
2924: A
2925: C
2926: A
2927: C
2928: E
2929: D
2930: B
2931: E
2932: B
2933: E
2934: B
2935: D
2936: A
2937: E
2938: D
2939: E
2940: A