Questões de Concurso
Comentadas sobre coesão e coerência em português
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Combate à desigualdade pela raiz
Cotidianamente, todos nós nos deparamos com o passivo que nosso sistema educacional gera ano a ano. Por mais confortável e estruturada que esteja nossa vida e por melhor que tenha sido a nossa formação e a de nossos filhos, a lacuna que o sistema gera para um contingente tão grande de brasileiros impacta a qualidade de vida, o dia a dia de todos nós. [...]
Quanto à educação formal, pode-se dizer que tal investimento não começa apenas nos ensinos fundamental e médio: se dá a partir da educação infantil. Sabe-se que os investimentos, ainda na primeira infância, não só reduzem a desigualdade, mas também produzem ganhos tanto para o indivíduo quanto para a sociedade. No entanto, a urgência frente ao “apagão de mão de obra” tem gerado uma pressão por investimento no ensino médio. A questão de fundo, porém, continua sendo: por que algumas crianças vão tão longe e outras ficam condenadas aos limites de sua inserção social?
A falta de condições necessárias para desenvolver seu potencial acaba impedindo a mobilidade de um enorme contingente de crianças e jovens. Isso pode ser causado por inúmeros fatores sociais, econômicos, culturais, familiares. No entanto, entre eles, é possível destacar a quantidade e qualidade dos estímulos e informações aos quais os indivíduos são submetidos desde pequenos.
Tal constatação pode parecer simples, e a resposta imediata a esse problema seria, então, ampliar o nível de exposição de todos à informação e a práticas culturais qualificadas. Sem dúvida, isso é parte da solução, mas, infelizmente, não é suficiente. Para além do contato com a informação, são necessárias interações que promovam o desenvolvimento de capacidades que levem os sujeitos a ultrapassar o mero consumo de conhecimentos. Trata-se, portanto, de colocar a ênfase no processamento e na produção de ideias, reflexões e respostas. E isso se dá por meio da interação com os adultos e com os objetos de conhecimento. A diferença vai se estabelecendo na qualidade da interação cotidiana e na forma de estimular e acreditar na capacidade daquele pequeno ser. [...]
Atualmente, muitas crianças brasileiras já têm acesso a livros, bibliotecas, laptops, celulares etc. Entretanto, as práticas dos atores que mediam o acesso a essas “tecnologias” são muito diversificadas. E é nesse espaço invisível que se configuram a marginalização e as diferenças na qualidade do relacionamento que as crianças têm com a cultura letrada. Um educador que utiliza estruturas mais sofisticadas da língua para se comunicar com seus alunos, ainda que bem pequenos, e propõe atividades que os incentivem a aprender sobre e a partir da linguagem, oferecerá um contexto favorável ao desenvolvimento de habilidades e conhecimentos que amplificam seu potencial cognitivo. Em contrapartida, alunos expostos a práticas mais mecânicas, transmissivas, podem continuar limitados ao consumo do conhecimento.
A educação pode e deve promover o desenvolvimento pessoal e a inserção social, especialmente em um país com tantas desigualdades como o Brasil. É necessário entender que o acesso à informação não é suficiente para transformar a nossa realidade e que é na composição de inúmeros microaprendizados cotidianos que se cria a oportunidade de desenvolvimento cognitivo. O processo de aprendizagem é cultural e precisa de mediação qualificada desde muito cedo. Portanto, para além da urgência de fazer frente ao “apagão da mão de obra”, é necessário investir na produção de conhecimentos no campo da linguagem e nos saberes específicos que se dão na interface entre os domínios teórico e prático. Precisamos subsidiar os professores que atendem à primeira infância, a fim de que todas as crianças brasileiras, desde muito cedo, possam participar regularmente de situações produtivas de aprendizagem.
(Beatriz Cardoso. O Globo, 21 de julho de 2014.)
O cachorro
Avenida larga e movimentada. Duas pistas, um canteiro no meio, muitos quilômetros. Eu ia em uma mão, o trânsito fluindo lento, mas andando. Do outro lado, na calçada, observei a chegada de um cachorro pequeno. Desses de apartamento. Não sei o nome, mas uma raça dessas bem amorosas, que adora ficar no colo, em especial de mulheres.
Ele apontou na esquina, olhou para um lado e para o outro e parecia ansioso em tomar uma decisão. Não sei se alguém o chamou, ou se o barulho da avenida sugeria sentenças gravíssimas. A decisão veio rápida como um raio: o cachorro começou a correr rapidamente. Escolheu a contramão, ou seja, fomos na mesma direção. Eu com os olhos grudados nele, e ele se desviando das pessoas que tentavam detê-lo, na calçada, atendendo a meus apelos silenciosos. Pelo que podia observar, ele não estava se poupando. Imprimia toda a velocidade que seu pequeno porte possibilitava. Não havia razão para poupar o fôlego, mesmo que ele não soubesse para onde estava indo. E certamente ele não sabia. Em determinado momento, resolveu se livrar das pessoas e das ruas transversais que tinha de atravessar e que o obrigavam a diminuir o passo, e escolheu o asfalto. Contra tudo, naquele mar de gente e máquinas barulhentas. Sem rumo, sem lógica, sem sentido e com muita pressa. E corria, corria, corria.
Nada mais era certo: a vasilha com comida, a hora de dar o passeio, os braços e afagos da dona, as brincadeiras e os latidos. A realidade era outra agora, e ameaçadora. Tudo tinha a incerteza do impulso que não sabe em que vai dar. A vontade sem o ponto. O medo. E o desespero.
(Leo Jaime. Blônicas. São Paulo:Jaboticaba, 2005)
Yuval Noah Harari. Sapiens – uma breve história da humanidade.
Trad. Janaína Marcoantonio. 22.ª ed. Porto Alegre: L&PM,
2017, p. 286-287 (com adaptações).
TEXTO 4

A função exercida pela palavra “aí”, nas ocorrências em destaque, é, respectivamente de
“A casa que papai alugara não ficava na praia exatamente, mas numa das ruas que a ela davam e onde uns operários trabalhavam diariamente no alinhamento de um dos canais que carregavam o enxurro para o mar do golfo.”
Mário de Andrade
No período acima, o segmento “que a ela davam e onde” pode ser substituído, sem prejuízo para o sentido original do período, por:
Considere o trecho do texto a seguir e responda àquestão.
Que desejamos para os nossos filhos? Que eles sejam felizes. Sorrimos ao vê-los por aí a correr, a pular, a cantar, a brincar, pensando nas coisas de criança. Mas enquanto brincam e riem eles não pensam em nós. Se um filho ao se levantar viesse até você e o elogiasse, e agradecesse porque você lhe deu a vida e jurasse amor para sempre, e fizesse a mesma coisa na hora do almoço, e repetisse os mesmos gestos e palavras ao meio da tarde, e de noite fizesse tudo de novo, suspeitaríamos de que alguma coisa não está bem. O que desejamos é que eles gozem a vida sem pensar em nós. Quem pensa demais e fala demais sobre Deus é porque não o está respirando.
(Trecho extraído do texto Deus e a beleza, de Rubem Alves)
I - Foi usado o travessão em o mais importante de todos eles – o direito à vida para colocar em evidência uma expressão, poderia ser substituído pelo sinal dois pontos. II - Em Não consegue, para desgraça geral, garantir nem o mais importante de todos, as vírgulas marcam a omissão de um termo. III - Para separar orações coordenadas não unidas por conjunção, que guardem relação entre si, foi usado o sinal ponto e vírgula em Nunca houve tantos direitos escritos nas leis; nunca o poder público foi tão incompetente para mantê-los. IV - A interrogação na última frase do texto é responsável por fazer um esclarecimento do que o autor disse ao longo do texto.
Está correto o que se afirma em
INSTRUÇÃO: O trecho a seguir traz os dois primeiros parágrafos do artigo de J. R. Guzzo, colunista da revista Veja, intitulado Artigo de imitação. Leia o trecho e responda à questão.
A democracia no Brasil lembra uma dessas fotografias antigas de reis africanos que de vez em quando ilustram livros de história. Muitos deles, ouvindo oficiais do Império Britânico ou outros figurões europeus da época colonial que lhes davam lições de civilização, progresso e bons modos, parecem encantados. Acreditavam, como lhes era dito, que a Europa e as coisas europeias representavam o máximo a ser sonhado por um ser humano – e em geral chegavam à conclusão de que teriam muito a ganhar transformando a si próprios em soberanos civilizados o mais depressa possível. O meio prático de fazer isso, em sua maneira de ver as coisas, era imitar os trajes, jeitos e enfeites dos peixes graúdos que lhes falavam das maravilhas da rainha Vitória ou do imperador Napoleão III. Que atalho melhor para atingir esse estágio superior na evolução das sociedades humanas? O resultado aparece nas fotografias. As mais clássicas mostram uns negros magros, ou gordíssimos, com uma cartola de segunda mão na cabeça, ou um desses capacetes de caçador inglês, calças rasgadas aqui e ali, pés descalços – ou calçados com uma bota só, velha e sem graxa. Uns aparecem com casacas usadas, uma fileira de medalhas no peito e três ou quatro relógios saindo dos bolsos. Outros fazem questão de exibir-se para a câmera segurando um guarda-chuva aberto. É triste. Imaginavam-se nobres, modernos e iguais aos seus pares europeus. Eram apenas uns pobres coitados.
O problema é que nada tinha mudado na vida real. Junto com as novas roupas e os acessórios, as fotos mostram que os retratados conservavam, como sempre, seus colares com ossos, pulseiras de metal e argolas nas orelhas ou no nariz – e a história iria provar com fatos, em seguida, quanto foi inútil todo esse esforço de imitação. Das nações mais evoluídas, suas majestades copiavam os trajes. Não aprenderam as virtudes. Continuaram desgraçando a si e a seu país enquanto eram roubados até o último papagaio pelos que vieram ensiná-los a ter valores cristãos, avançados e democráticos.
(Revista Veja, ed. 2542.)
Sobre recursos expressivos usados, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) A expressão Muitos deles, formada por pronome indefinido + pronome pessoal preposicionado, retoma o sentido de reis africanos, na primeira linha do texto. ( ) O pronome oblíquo lhes, nas duas ocorrências, funciona como elemento coesivo referencial anafórico. ( ) Em si próprios, o adjetivo funciona como reforço à ação reflexiva expressa pelo pronome. ( ) Em chegavam à conclusão de que teriam muito a ganhar, o uso da preposição de deve-se à regência do verbo chegar. ( ) A forma verbal parecem no presente e a forma verbal acreditavam no pretérito imperfeito, ambas referindo-se a reis africanos, marcam falta de coerência textual por não estarem no mesmo tempo verbal.
Assinale a sequência correta.
Leia o texto a seguir e responda às questões.
Trabalho voluntário: quatro histórias emocionantes
Eles não se importam de abdicar algumas horas de descanso e lazer nos dias mais desejados da semana - sábado e domingo - para estar ao lado de pessoas que nem mesmo conhecem.
Por Keila Bis
Atualizado em 21 dez 2016
Histórias curam. Não importa se é feriado, se está chovendo ou fazendo sol ou se tem de trabalhar. Há 14 anos, todos os sábados, das 10 às 11 horas, o publicitário Rogério Sautner, de 41 anos, está presente na ala de doenças infectocontagiosas para crianças e adolescentes do instituto de infectologia Emílio Ribas, em São Paulo. “Conto histórias e também os entretenho com desenhos, mágicas e jogos”, explica ele, um dos integrantes da associação Viva e Deixe Viver, que treina e capacita voluntários a se tornarem contadores de histórias em hospitais. “No começo, meu maior desafio foi trabalhar nesse ambiente. Até mesmo o cheiro me incomodava.” Hoje, isso passa longe de ser um problema e, quando indagado sobre o envolvimento emocional com essas crianças, já que muitas delas são portadoras de HIV e morrem, ele explica: “A associação tem psicólogos que nos atendem frequentemente e passamos por workshops para aprender a lidar com essa situação”. Para ele, o que mais o estimula a continuar é verificar a transformação que provoca. “Quando chego, eles estão tristes e desanimados. Quando saio, estão animados e alegres, como num passe de mágica.” A importância dessa ação foi constatada pela psicóloga Cláudia Mussa em uma pesquisa com 24 crianças hospitalizadas antes e depois do trabalho dos contadores de histórias: “Descobri que as queixas de dor diminuíram em 75% dos casos.” Mas não foram somente as queixas das crianças que diminuíram. “Eu também me vi transformado por elas. Parei de reclamar da vida. Sou muito mais feliz do que era há 14 anos”, conclui Rogério.
Trecho adaptado. Disponível em: https://casa.abril.com.br/ bem-estar/trabalho-voluntario-quatro-historias-emocionantes/ Publicado/: em 5 jul 2012, 18h23
Leia o Texto 5, a seguir, e responda o que se pede.



A sequência CORRETA, resultante da correlação entre as colunas, é

A função exercida pela palavra “aí”, nas ocorrências em destaque, é, respectivamente de

Identifique o trecho no qual a substituição da palavra destacada, pela palavra “idoso(a)”, seria possível e NÃO provocaria alteração no sentido do texto:
1. A charge satiriza a atual situação econômica do país por meio dos exercícios escolares de conjugação de verbos. 2. Se o verbo assistir estivesse conjugado com o pronome “tu”, teria a forma “assiste”. 3. O pronome “ele”, utilizado com o verbo aumentar, faz referência ao governo. 4. Se a conjugação se desse no futuro simples, teríamos a conjugação “eles reprimiram”.
Assinale a alternativa correta.

___________ com uma pesquisa publicada pela revista americana Reader’s Digest, tomar café em jejum pode prejudicar o sistema digestivo, _________ o café, quando entra em contato com o estômago, _______ produz ácidos estomacais _______ podem danificar as paredes do próprio órgão, causa indigestão e azia. (Adaptado de:<https://super.abril.com.br/comportamento/por-que-voce-nunca-deve-beber-cafe-de-barriga-vazia/> . Acesso em 13, nov. 2017)
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas:
Ladrões podem roubar sua impressão digital a
partir de fotos
A mente criminosa não tem limites. Desta vez, os ladrões estão usando uma nova tecnologia para roubar impressões digitais de fotografias. Detalhe: as imagens em que as pessoas aparecem fazendo o simpático símbolo de “paz e amor” são os principais alvos.
O alerta foi feito por uma equipe de pesquisadores do Instituto Nacional de Informática do Japão que afirmou que as técnicas de reconhecimento de digitais estão se tornando cada vez mais comuns – seja para logar em smartphones e tablets, seja para verificar identidades. E isso está começando a ser explorado pelos criminosos.
As câmeras de alta qualidade dos smartphones e as redes sociais têm aumentado o risco de vazamento de informações pessoais. Os cientistas japoneses copiaram impressões digitais com base em fotos tiradas por uma câmera digital a 3m de distância do indivíduo.
“Fazer um sinal de paz na frente da câmera, por exemplo, pode tornar as impressões amplamente disponíveis”, explicou o pesquisador Isao Echizen ao jornal Sankei Shimbun que publicou a pesquisa. Segundo ele, os golpistas nem precisariam de equipamentos avançados para recriar os traços dos dedos – principalmente se a área da digital estiver iluminada.
O mesmo instituto desenvolveu um filme transparente, à base de óxido de titânio, que pode ocultar as impressões digitais em fotografias. Essa seria uma alternativa para confundir os larápios virtuais. O problema é que os cientistas vão levar, pelo menos, dois anos para aperfeiçoar a técnica antes de lançá-la. Até lá, esconda os dedos.
HIRATA, Gisele. Ladrões podem roubar sua impressão digital a partir de fotos. Revista Super
Interessante. São Paulo: Abril, 2017. Disponível em: <http://super.abril.com.br/tecnologia/ladroespodem-roubar-sua-impressao-digital-a-partir-defotos/>.
Considere o seguinte trecho do texto para responder a questão: “Desta vez, os ladrões estão usando uma nova tecnologia para roubar impressões digitais de fotografias.”
No trecho, o termo “para” é um elemento
coesivo que expressa a ideia de:
TEXTO 1
Inteligência o quê?
Inteligência vem da junção das palavras latinas inter (entre) legere (escolher). Por meio da seleção e da escolha os humanos compreendem as coisas.
Na idade média, os filósofos se referiam à inteligência como a parte superior da alma e sua capacidade de conhecimento. Desde então, compõe um trio inseparável: memória-inteligência-vontade.
Quando se fala em inteligência artificial, ninguém pode deixar de lado esse ternário. É aterrorizante imaginar essas três atividades operando conjuntamente em outro local que não o cérebro humano.
Seria possível dotar um computador de razão? Capaz de compreender, julgar, ter bom senso, juízo?
Os computadores guardam ainda a base de seu desenvolvimento na década de 40, a capacidade algorítmica, aptos para resolver cálculos científicos, mas não para analisá-los, como se explica na “Enciclopédia Filosófica Universal”,o local menos suspeito para uma consulta sobre máquinas teoricamente habilitadas a simular a inteligência.
O computador tem conseguido ultrapassar o homem na rapidez e na confiabilidade das operações matemáticas, nas tarefas de rotina, nos encadeamento lógicos. A máquina na qual escrevi essa coluna, evidentemente, não compreende o texto escrito nela. Pode até vertê-lo para outra língua, mas jamais vai poder entender e traduzir em toda a sua profundidade o significado doce e doloroso de uma palavra como saudade, existente somente na língua portuguesa.
Já inventaram programas de computador como o Elisa que “conversa” com as pessoas e parece compreendê-las. Representa comportamentos pré-definidos como o de um psicanalista e responde com alguma lógica a questões menos profundas. Tudo pré-programado e incapaz de evitar o inesperado.
Enganar com o computador, como se vê, pode ser possível. Calma. Ninguém se preocupe se a técnica parece dominar tudo e os técnicos assumem ares de seres superpoderosos e únicos receptáculos de um saber só entendido por eles, porque falam entre si numa linguagem cifrada e incompreensível.
Tudo pode ser decodificado facilmente, e o que hoje perece intransponível não o será logo mais. Basta ver a facilidade da criançada com os computadores. Assim, termos como inteligência artificial ainda servem apenas para ocultar a vontade de um domínio tecnicista sobre o saber universal e humanista.
Se é possível criar máquinas habilitadas no domínio da lógica para resolver problemas estratégicos, não é possível dotá-las de atributos inerentes à condição humana.
Conforme defende L.H. Dreyfus (“intelligence artificiele – Mythes et limites”, 1984), existem quatro postulados bastantes discutíveis quando se fala de inteligência-artificial: o biológico (os impulsos cerebrais), o psicológico (a própria mente), o epistemológico (relativo ao saber e às suas formulações) e o ontológico (os elementos determinados e independentes de todo contexto).
Na porta do século XXI, o desenvolvimento das tecnologias é exponencial, basta refletir com tranquilidade para saber que a técnica ajuda, facilita e até resolve, mas não é tudo e nem pode superar o cérebro humano naquilo que ele tem de melhor – e pior: a razão – ou desrazão.
A desafiadora expressão inteligência artificial, portanto pode enganar mais do que esclarecer. Prefiro a reação de Millor Fernandes ao saber deste diálogo impertinente: “Me chamem quando forem discutir a burrice natural”.
Caio Túlio Costa in Folha de São Paulo, 23 jul. 2017.
Assinale abaixo as versões em que se mantém o mesmo sentido do primeiro parágrafo do texto?
I - Inteligência vem da junção das palavras latinas inter (entre) legere (escolher). Porém, por meio da seleção e da escolha os humanos compreendem as coisas.
II - Inteligência vem da junção das palavras latinas inter (entre) legere (escolher), ou seja, por meio da seleção e da escolha os humanos compreendem as coisas.
III- Inteligência vem da junção das palavras latinas inter (entre) legere (escolher). Isso significa que por meio da seleção e da escolha os humanos compreendem as coisas.
IV - Inteligência vem da junção das palavras latinas inter (entre) legere (escolher). Entretanto, por meio da seleção e da escolha, os humanos compreendem as coisas.
Assinale a alternativa que corresponde às opções verdadeiras: