Questões de Português - Coesão e coerência para Concurso

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Q1736189 Português
Texto 1A1-II

    O conhecimento científico é muito frequentemente associado à formação escolar. Por conta disso, existe uma tendência a restringir o conhecimento oferecido pela ciência a determinadas esferas da vida. Nada mais limitante. A ciência versa sobre a maioria dos assuntos relacionados à nossa existência, inclusive aqueles raramente associados ao tema.
    A má compreensão da abrangência da ciência leva a outras questões, como o argumento de que o conhecimento científico deixa a beleza do universo diminuída, fria, distante, pois a fragmenta e a torna asséptica. Isso pode ajudar a explicar por que as pessoas raramente associam o estudo de um assunto como o amor à ciência. Uma eventual concepção de incompatibilidade entre o conhecimento científico e os mais diferentes temas que dizem respeito à vida cotidiana não faz sentido.
    A maioria das pessoas subestima o alcance e as possibilidades que uma visão científico-racional de mundo possui. Um olhar cético para o mundo pode permitir a redução dos preconceitos, mais tolerância a visões políticas e ideológicas divergentes, maior diálogo e consideração constante de que sua compreensão pode ser equivocada ou incompleta. Mas, ao mesmo tempo, esse exercício permite reconhecer que, ainda que falha, a compreensão válida naquele momento é a melhor possível à disposição.

Ronaldo Pilati. Ciência e pseudociência: por que acreditamos naquilo em que queremos acreditar. São Paulo: Editora Contexto, 2018, p. 26-8 (com adaptações).  
No trecho “A maioria das pessoas subestima o alcance e as possibilidades que uma visão científico-racional de mundo possui. Um olhar cético para o mundo pode permitir a redução dos preconceitos, mais tolerância a visões políticas e ideológicas divergentes, maior diálogo e consideração constante de que sua compreensão pode ser equivocada ou incompleta.”, do texto 1A1-II, o pronome “sua” refere-se a
Alternativas
Q1733863 Português
Leia o trecho a seguir. “Laverty enfrenta um problema exclusivo de muitos jovens com diabetes tipo 1 que foram excluídos dos planos de saúde de seus pais. O preço da insulina, o medicamento que os mantêm vivos, triplicou nos EUA de 2002 a 2013 – e um estudo recente apontou que, de 2012 a 2016, seu custo médio anual passou de US$ 3 200 para US$ 5 900.”
Disponível em: <https://www.buzzfeed.com/br/ellievhall/>. Acesso em: 29 jul. 2019 (Adaptação). A respeito do termo destacado nesse trecho, é correto afirmar:
Alternativas
Q1733174 Português

População em situação de rua


    Um dos reflexos do intenso processo de exclusão social é a população em situação de rua que, em decorrência da ocupação do solo urbano estar baseada na lógica capitalista de apropriação privada do espaço mediante o pagamento do valor da terra, não dispõe de renda suficiente para conseguir espaços adequados para a habitação e, sem alternativas, utiliza as ruas da cidade como moradia. Conforme definição da Secretaria Nacional de Assistência Social, a população em situação de rua se caracteriza por ser um grupo populacional heterogêneo, composto por pessoas com diferentes realidades, mas que têm em comum a condição de pobreza absoluta, vínculos interrompidos ou fragilizados e falta de habitação convencional regular, sendo compelidas a utilizar a rua como espaço de moradia e sustento, por caráter temporário ou de forma permanente.

    Entre os principais fatores que podem levar as pessoas a irem morar nas ruas estão: ausência de vínculos familiares, perda de algum ente querido, desemprego, violência, perda da autoestima, alcoolismo, uso de drogas e doença mental.

    Embora grande parte dos estudos sobre esse tipo de população tenha sido realizada no século XX, há registros de sua existência desde o século XIV. Portanto, a população em situação de rua não teve a devida atenção nos séculos anteriores, e sua abordagem pode ter sido impulsionada pelo aumento de seu contingente, visto que a cada ano mais indivíduos utilizam as ruas como moradia. No Brasil, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome realizou entre os anos de 2007 e 2008 uma pesquisa em 71 cidades brasileiras com população superior a 300 mil habitantes (exceto São Paulo, Belo Horizonte, Recife e Porto Alegre). Os resultados dessa pesquisa foram divulgados em 2008, demonstrando que 31.922 pessoas utilizam as ruas como forma de moradia no país. Entretanto, esses números são bem maiores, pois cidades importantes não fizeram parte desse levantamento. Apesar da realização de alguns programas sociais, poucas políticas públicas são desenvolvidas para solucionar esse problema. As Organizações Não Governamentais (ONGs) e as Instituições Religiosas se destacam nos serviços de amparo a essas pessoas, atuando na distribuição de alimentos, roupas e cobertores. Outro trabalho de assistência são os abrigos temporários e os albergues que, de um modo geral, são considerados insuficientes para suprir a demanda dessa população.

    O desinteresse do Estado influencia diretamente no comportamento da sociedade, haja vista que os moradores de rua são tratados, ora com compaixão, ora com repressão, preconceito, indiferença e violência. Nesse sentido, devem ser desenvolvidas políticas que atuem na causa do problema, não somente em serviços de distribuição de alimentos e outros objetos, proporcionando dignidade para todos os habitantes.


https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/populacao-situacao-rua.htm 

Analise as proposições a seguir em relação aos aspectos morfossintáticos presentes no texto e assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q1732417 Português

TEXTO

O texto abaixo servirá de base para responder a questão.

Uma década em guerra

Urge que potências redobrem pressão para sustar tragédia humanitária na Síria

O que a Folha pensa - 17 mar. 2021


Ao longo de dez anos, o conflito na Síria produziu uma das maiores catástrofes humanitárias já vistas desde a Segunda Guerra Mundial.

Conforme estimativas conservadoras, os combates deixaram quase 400 mil mortos, embora outras fontes apontem até 600 mil. Para além dos óbitos, cerca de 2 milhões de civis sofreram ferimentos graves ou deficiências permanentes.

O uso maciço de armas explosivas e os bombardeios em áreas urbanas reduziram algumas das principais cidades do país a pouco mais que escombros, além de destruir boa parte da infraestrutura nacional. Mais da metade dos 22 milhões que viviam na Síria antes da guerra tiveram de deixar suas casas, gerando um dos maiores êxodos populacionais da história recente.

Hoje, 6,6 milhões de refugiados sírios estão espalhados por 130 países, segundo a ONU, embora cerca de 90% deles tenham se estabelecido em condições precárias em nações vizinhas -Líbano, Jordânia e Turquia. Existem, ademais, 6,7 milhões de deslocados internos, a maioria em campos improvisados.

O que começou em 2011 como uma revolta popular contra o governo tirânico de Bashar al-Assad, surgida no contexto da Primavera Árabe, aos poucos degringolou para uma guerra ainda em curso envolvendo potências regionais e globais, uma facção terrorista e o uso de armas químicas contra civis.

Desafiando as previsões de que não resistiria por muito tempo, Assad logrou manter-se no poder e, escudado por Rússia e Irã, vem-se impondo militarmente. Sua sobrevivência, contudo, esconde o fracasso representado pela perda de mais de um terço do território e a ruína econômica. Estima-se que nada menos que 90% da população viva abaixo da linha da pobreza.

Não obstante o estado terminal em que se encontra o país, o regime sírio se recusa a aceitar a solução política oferecida pela ONU, que prevê a redação de uma nova Constituição por um comitê formado por membros do governo, da oposição e da sociedade civil, seguida de eleições livres e limpas.

Urge, portanto, que as potências mundiais se engajem no processo de paz e intensifiquem a pressão sobre Assad -só assim será possível cessar a carnificina e dar início à hercúlea tarefa de reconstrução.


https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2021/03/uma-decada-em-guerra.shtml Acessado em 30/03/2021

Assinale abaixo a alternativa que corresponde à progressão temática do texto:
Alternativas
Q1731513 Português
TEXTO
O texto abaixo servirá de base para responder a questão. 

Uma crônica sobre o vazio deixado pelas festas de Natal durante a pandemia

domingo 03 janeiro 2021 0:00 Por Italo Wolff

Pela primeira vez em minha vida, eu passei a noite do dia 24 de dezembro distante de minha família. Sendo órfão e tendo sido criado pelos avós em uma casa marcada pela tragédia, o Natal sempre foi para mim uma reafirmação dos laços de parentesco e da normalidade. Nunca fomos religiosos, mas o pinheiro cheio de enfeites, o presépio com seus pequenos camelos de plástico e o forro de mesa verde e vermelho e dourado pareciam querer dizer que, apesar de tudo, estávamos juntos - éramos uma família unida por tradições estranhas, mas capaz de demonstrar o amor que sentimos uns pelos outros.

Neste ano, a celebração seria mais do que bem-vinda. A estoica matriarca da família, de 94 anos, hoje viúva e solitária, disse que não se importava com pandemia alguma; preferia contrair uma doença mortal do que admitir em seus últimos anos que o caos e a tragédia do mundo haviam vencido. Na­tura­lmente, o restante da família desconsiderou a ideia e obrigou o amor, desajeitado, a procurar outras vias para se manifestar: telefonemas, chamadas de vídeo e entrega de presentes a distância.

Entretanto, percebemos - eu percebi, na voz da matriarca da família - que alguma coisa se rompeu neste Natal. Não houve o reassegurar de normalidade nenhuma - porque nada está normal - e nem a tranquilização da presença dos parentes que, de uma forma ou outra, calharam de sobreviver juntos e decidem continuar unidos. Talvez a matriarca não esteja mais por aqui no ano que vem; talvez os primos decidam aproveitar essa suspensão temporária para interromper o Natal de vez, passando a dedicar as noites do dia 24 às festas nas casas das famílias de seus respectivos cônjuges.

Famílias que vivem espalhadas em duas casas ou mais precisam de oportunidades para elaborar sua identidade enquanto grupo. Ainda que o afeto esteja presente no dia a dia, as datas comemorativas fazem parte de quem somos. Individualmente, sei que o núcleo de minha família perdeu membros demais e começou a ganhar novos integrantes distantes demais para que consiga permanecer unida por mais muito tempo, com pandemia ou sem. Mas, em larga escala, me pergunto o impacto geral que um ano de Natal proibido teve na sociedade.

https://www.jornalopcao.com.br/reportagens/o-ultimo-natal-304313/ Acessado em 29/03/2021
Assinale abaixo a alternativa que apresenta apenas elementos coesivos presentes no texto:
Alternativas
Respostas
1336: A
1337: D
1338: C
1339: B
1340: A