Questões de Português - Coesão e coerência para Concurso

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Q1389375 Português

Texto I 

Sua carreira em tempos de guerra 



(Texto adaptado de BERNHOEFT, R. Revista Você S/A – Edição 58 – abril/03) 




Texto II 


A doença da pressa 


(Texto adaptado de NOVAES, L. In: Com ciência. Revista Eletrônica de Jornalismo

Científico – SBPC http://www.comciencia.br/comciencia)

A respeito do segundo parágrafo do texto II, analise as afirmativas a seguir:


I. O valor semântico da expressão elas próprias (L.22) é retomado pelo prefixo que compõe o vocábulo auto-produzido (L.24).

II. A adequação ao padrão culto escrito se mantém, embora se altere o significado da frase, caso se retire o elemento das na expressão Muitas das pessoas (L.15-16).

III. O sentido do texto seria mais bem explicitado com a substituição do ponto final pela expressão nos quais após a palavra trabalho (L.30), desde que empregue a letra c minúscula em Costumam.


Assinale:

Alternativas
Q1388535 Português

    1. A crônica no Brasil teve alguns autores de grande qualidade literária que também chegaram ao sucesso popular. João do Rio, Rubem Braga e Nelso Rodrigues logo vêm à mente. Depois deles, o grande cronista famoso do país é, claro, Luis Fernando Verissimo. Ele tem grande percepção para o comportamento social e suas mudanças e semelhanças no passar do tempo, revelando mais sobre a atual classe média brasileira em seus textos do que todos os ficcionistas vivos do país, somados. Seu intimismo não é nostálgico, é reflexivo; ele não precisa rir para que se perceba que está contando uma piada; e jamais deixa de dar sua opinião. Sobre suas influências, métodos e assuntos, ele fala na entrevista a seguir.

    2. Ivan Lessa diz que a crônica no Brasil tem uma tradição rica porque “somos bons no pinguepongue”. Você concorda? E por que somos bons no pinguepongue? Lessa diz que é porque “gostamos de falar de nós mesmos, contar a vida (íntima) para os outros... – Acho que a crônica pegou no Brasil pelo acidente de aparecerem bons cronistas, como o Rubem Braga, que conquistaram o público. Não existem tantos cronistas porque existia uma misteriosa predisposição no público pela crônica, acho que foram os bons cronistas que criaram o mercado.

    3. Você, na verdade, talvez seja o menos “confessional” dos cronistas brasileiros. Difícil vê-lo relatar que foi a tal lugar, com tal pessoa, num dia chuvoso etc. e tal. Por quê? – De certa maneira, o cronista é sempre seu assunto. A crônica não é lugar para objetividade, todos escrevem de acordo com seus preconceitos. Ser mais pessoal, mais coloquial, depende do estilo de cada um. Mas a gente está se confessando sempre.

    4. Há uma mescla de artigo e crônica nos seus textos, como se você estivesse interessado nas ideias, na reflexão sobre o comportamento humano, e ao mesmo tempo desconfiasse profundamente de generalizações e filosofices. Você é um pensador que “croniqueia” ou um cronista que filosofa? – Prefiro pensar que sou um cronista que às vezes tem teses, mas nunca vai buscá-las muito fundo. O negócio é pensar sobre as coisas, e tentar pensar bem, mas nunca esquecer que nada vai ficar gravado em pedra, ou fazer muita diferença.

    5. Você diz que o século XX foi o das “boas intenções derrotadas”. Também foi o século de Frank Sinatra, de Pelé... E o século das listas de melhores do século. Você faria uma lista das dez boas intenções vencedoras? – Este foi o século em que as melhores ideias foram derrotadas. Eu só livraria a escada rolante e o controle remoto.

(Adaptado de: PIZA, Daniel. Entrevista com Luís Fernando Verissimo. São Paulo: Contexto, São Paulo, 2004, ed. digital.) 

O verbo em destaque deve sua flexão ao termo sublinhado em:
Alternativas
Q1388532 Português

    1. A crônica no Brasil teve alguns autores de grande qualidade literária que também chegaram ao sucesso popular. João do Rio, Rubem Braga e Nelso Rodrigues logo vêm à mente. Depois deles, o grande cronista famoso do país é, claro, Luis Fernando Verissimo. Ele tem grande percepção para o comportamento social e suas mudanças e semelhanças no passar do tempo, revelando mais sobre a atual classe média brasileira em seus textos do que todos os ficcionistas vivos do país, somados. Seu intimismo não é nostálgico, é reflexivo; ele não precisa rir para que se perceba que está contando uma piada; e jamais deixa de dar sua opinião. Sobre suas influências, métodos e assuntos, ele fala na entrevista a seguir.

    2. Ivan Lessa diz que a crônica no Brasil tem uma tradição rica porque “somos bons no pinguepongue”. Você concorda? E por que somos bons no pinguepongue? Lessa diz que é porque “gostamos de falar de nós mesmos, contar a vida (íntima) para os outros... – Acho que a crônica pegou no Brasil pelo acidente de aparecerem bons cronistas, como o Rubem Braga, que conquistaram o público. Não existem tantos cronistas porque existia uma misteriosa predisposição no público pela crônica, acho que foram os bons cronistas que criaram o mercado.

    3. Você, na verdade, talvez seja o menos “confessional” dos cronistas brasileiros. Difícil vê-lo relatar que foi a tal lugar, com tal pessoa, num dia chuvoso etc. e tal. Por quê? – De certa maneira, o cronista é sempre seu assunto. A crônica não é lugar para objetividade, todos escrevem de acordo com seus preconceitos. Ser mais pessoal, mais coloquial, depende do estilo de cada um. Mas a gente está se confessando sempre.

    4. Há uma mescla de artigo e crônica nos seus textos, como se você estivesse interessado nas ideias, na reflexão sobre o comportamento humano, e ao mesmo tempo desconfiasse profundamente de generalizações e filosofices. Você é um pensador que “croniqueia” ou um cronista que filosofa? – Prefiro pensar que sou um cronista que às vezes tem teses, mas nunca vai buscá-las muito fundo. O negócio é pensar sobre as coisas, e tentar pensar bem, mas nunca esquecer que nada vai ficar gravado em pedra, ou fazer muita diferença.

    5. Você diz que o século XX foi o das “boas intenções derrotadas”. Também foi o século de Frank Sinatra, de Pelé... E o século das listas de melhores do século. Você faria uma lista das dez boas intenções vencedoras? – Este foi o século em que as melhores ideias foram derrotadas. Eu só livraria a escada rolante e o controle remoto.

(Adaptado de: PIZA, Daniel. Entrevista com Luís Fernando Verissimo. São Paulo: Contexto, São Paulo, 2004, ed. digital.) 

Mantendo-se um sentido adequado ao contexto, o gerúndio presente em ... revelando mais sobre a atual classe média brasileira em seus textos... (1° parágrafo) pode ser substituído por:
Alternativas
Respostas
1491: C
1492: E
1493: D
1494: B
1495: A