Questões de Português - Coesão e coerência para Concurso
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No que se refere ao texto e a seus aspectos linguísticos, julgue o item.
Estariam mantidas a correção gramatical e a coerência
do texto caso o ponto final empregado após o termo
“máquinas” (linha 8) fosse substituído por dois pontos,
feito o devido ajuste da letra inicial maiúscula/minúscula
no período.
Como Criamos Significados Na Linguagem Cotidiana?
Lilian Ferrari
É comum, nos dias atuais, ouvirmos expressões como “maratonar um seriado”, “combater fake news” ou “bloquear um contato no WhatsApp”. E embora não tenhamos nenhuma dificuldade em produzir ou compreender essas expressões, nem sempre nos damos conta de que esses usos, como tantos outros em nossa linguagem cotidiana, não são literais, mas sim metafóricos. Isso porque tudo o que nos foi ensinado sobre metáforas faz com que pensemos que só é possível encontrá-las em textos elaborados, produzidos por especialistas que têm uma habilidade especial no manejo da linguagem, tais como escritores, poetas e afins.
A verdade, entretanto, é que as metáforas ocorrem na linguagem como reflexo do nosso pensamento. Somos capazes de pensar metaforicamente e, por isso, também falamos metaforicamente. E se é assim, faz sentido que não apenas os textos literários, mas também a nossa linguagem cotidiana seja permeada de metáforas.
Mas como são esses processos de pensamento? Por que, afinal de contas, temos a habilidade de pensar metaforicamente? A resposta é relativamente simples, e tem a ver com o fato de que temos que lidar com ideias que não fazem parte de nossa experiência corporal mais direta. Se aquilo que podemos ver, ouvir, provar, cheirar ou tocar é acessível à nossa compreensão, o mesmo não acontece quando se trata de uma ideia abstrata como, por exemplo, o tempo. Embora tenhamos que lidar com o tempo em nosso cotidiano – acordamos cedo para trabalhar, tomamos remédios com hora marcada, etc. –, o tempo não é diretamente captável por nossos sentidos. Diferentemente de casas, árvores, carros, livros e tudo o que faz parte de nossa experiência direta, o conceito de tempo é abstrato. E, por isso, para pensarmos sobre o tempo fica mais fácil usar a estratégia de “traduzi-lo” para algo mais familiar. Essa espécie de tradução é justamente a metáfora, que nos permite tratar conceitos abstratos de forma mais concreta.
No caso do tempo, uma das possibilidades é pensar no tempo como se fosse espaço, e mais especificamente, como se fosse um local. Nesse caso, assim como podemos falar que estamos em um determinado lugar (ex. “Estamos na praça”), podemos nos referir a um período de tempo usando a mesma ideia de local (ex. “Estamos na primavera”). [...]
Adaptado de: <http://www.roseta.org.br/pt/2020/05/29/comocriamos-significados-na-linguagem-cotidiana>. Acesso em: 13 jul. 2020.
Para responder a questão, leia com atenção o texto a seguir.
Atenção ao sábado
Acho que sábado é a rosa da semana; sábado de tarde a casa é feita de cortinas ao vento, e alguém despeja um balde de água no terraço; sábado ao vento é a rosa da semana; sábado de manhã, a abelha no quintal, e o vento: uma picada, o rosto inchado, sangue e mel, aguilhão em mim perdido: outras abelhas farejarão e no outro sábado de manhã vou ver se o quintal vai estar cheio de abelhas.
No sábado é que as formigas subiam pela pedra.
Foi num sábado que vi um homem sentado na sombra da calçada comendo de uma cuia de carne-seca e pirão; nós já tínhamos tomado banho.
De tarde a campainha inaugurava ao vento a matinê de cinema: ao vento sábado era a rosa de nossa semana.
Se chovia só eu sabia que era sábado; uma rosa molhada, não é?
(...)
Clarice Lispector
Para não Esquecer, Editora Siciliano – São Paulo, 1992.
Considere a seguinte passagem do texto para responder à questão.
“Aos domingos, jogo de futebol no campo do Paúra e bebedeira de vinho sob a luz das noites cheias. (4º§)
A SUA SUPERDESENVOLVIDA HABILIDADE DE LER MENTES
Renato Caruso Vieira
Você é encarregado de conduzir uma reunião com quatro diretores de filiais da sua empresa: a Srª A., o Sr. B., a Srª C. e o Sr. D. Dirigindo-se à sala de reuniões, você é saída, ainda no corredor, por um de seus assessores, com quem trava o seguinte diálogo:
Você: — Todos os diretores chegaram?
Assessor: — Alguns chegaram.
Adentrando a sala, você avista, já acomodados e preparados, a Srª A., o Sr. B., a Srª C. e o Sr. D. Confuso, você interpela discretamente o assessor:
— Por que você disse alguns que dos diretores anteriores chegado se todos eles já chegaram?
— Tudo o que eu disse foi que alguns dos diretores chegados chegados. A Srª A. e o Sr. B são alguns dos diretores e eles chegaram. Portanto, eu falei a verdade.
Apesar de reconhecer uma consistência lógica irretocável da justificativa, você dificilmente absolveria seu assessor da culpa de ter feito mau uso da linguagem. [...]
A correta interpretação de uma sentença
proferida por um falante depende da habilidade
de reconhecimento das intenções que ele
pretendeu comunicar com aquela escolha de
palavras. E a escolha de palavras do falante
depende da avaliação que ele faz da habilidade
do ouvinte de reconhecer as intenções
comunicadas por ele. Assim, a culpa pelo mau
uso da linguagem que atribuímos ao assessor,
na narração ilustrativa que introduziu este texto,
adveio de sua incapacidade de reconhecer a
indução à inferência de “somente alguns
[diretores chegaram], mas não todos” provocada
pela escolha de palavras que fez naquele
contexto particular.
[...] Podemos identificar as interações
conversacionais como constantes exercícios de
metarrepresentação (representação mental da
representação mental do outro) sustentados pela
superdesenvolvida habilidade humana de “leitura
de mentes” [...].
A “leitura de mentes”, que conceitualmente se
confunde com a capacidade de reconhecimento
das intenções alheias, é uma adaptação humana
com participação em todas as grandes
conquistas evolutivas da nossa espécie em
termos de cognição social. Não se observa no
reino animal capacidade comparável à humana
de comunicação, de cooperação, de
compartilhamento de informações, de
negociação. [...]
Adaptado de: <http://www.roseta.org.br/pt/2020/03/16/a-suasuperdesenvolvida-habilidade-de-ler-mentes/>. Acesso em 13 jul.2020.
“Não é possível ser paciente com todo mundo, você não é santo. Não é possível ouvir com carinho todas as pessoas, você tem momentos difíceis. Logo, recomendo o seguinte: eleja as pessoas com quem você vai ser totalmente paciente. E no topo desta lista estão pais, mães, avós e irmãos. Com os outros, tenha paciência seletiva. Pai e mãe são as pessoas que você não pode atacar moralmente, você tem que aceitar. Te deram a vida, te criaram, ninguém vai amar você mais do que eles e o mais incrível: eles te amam apesar de te conhecerem, isso é extraordinário.” Por Leandro Karnal
(Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br . Acesso em 16 fev. 2021)
I No primeiro período do segundo parágrafo, a supressão da forma pronominal “nos” empregada imediatamente antes de “permitem” preservaria a correção gramatical do texto e as informações nele veiculadas. II No terceiro período do segundo parágrafo, a supressão do vocábulo “como” empregado imediatamente após “consideradas” preservaria a correção gramatical do texto. III No segundo período do segundo parágrafo, a supressão de “antes” preservaria a coerência do texto.
Assinale a opção correta.
Texto para a questão.
Internet: <https://napracinha.com.br>.
Texto para a questão.
Internet: <https://napracinha.com.br>.
Texto para a questão.
Internet: <https://www.bbc.com> (com adaptações).
Texto CB1A1-II
As empresas movidas a dados superam amplamente seus pares em várias medidas financeiras, obtendo 70% mais receita por funcionário e gerando 22% mais lucros, de acordo com um relatório do Capgemini Research Institute. O estudo aponta que, embora a aplicação de dados e análises esteja se tornando um pré-requisito para o sucesso, menos de 40% das organizações usam insights embasados em dados para gerar valor aos negócios e à inovação.
O domínio dos dados é fundamental para obter uma vantagem competitiva, e as organizações que não tomam medidas concretas para conseguir isso terão dificuldade em acompanhar o mercado.
Internet: <www.convergenciadigital.com.br> (com adaptações).
Texto CB1A1-I
Quem pensa que a excelência do agronegócio brasileiro se resume a soja, café e carnes está enganado. O país está entre os cinco maiores exportadores mundiais em valor em quase três dezenas de produtos agrícolas. O maior destaque é para os de sempre: açúcar, cereais, soja, milho, oleaginosas e frutas cítricas. Mas o Brasil aparece no top five de exportações da Organização para as Nações Unidas (ONU) com produtos inusitados, como pimenta, melancia, abacaxi, mamão papaia, coco, mandioca, caju, fumo, sisal e outras fibras, por exemplo.
Os dados, de 2019, são da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e foram reunidos em um estudo realizado pelo Instituto Millenium em parceria com a consultoria Octahedron Data eXperts (ODX). O objetivo do trabalho foi traçar uma radiografia do agronegócio brasileiro para entender as razões pelas quais o setor vive anos seguidos de prosperidade e tem caminhado na contramão dos demais, mesmo em meio à crise provocada pela pandemia.
O comércio internacional é um dos pilares importantes para sustentar o bom desempenho do setor, turbinado pela desvalorização do câmbio e pelos preços em alta das commodities. A agropecuária respondeu por cerca de 45 bilhões de dólares das exportações em 2020 e, há vários anos, tem garantido o saldo positivo da balança comercial. Quando se avaliam as exportações por setores, apenas a agropecuária apresentou crescimento nas vendas externas (6%) em comparação a 2019, mostra o estudo. Já a indústria extrativa e a de transformação registraram queda de 2,7% e de 11,3%, respectivamente.
Essa história se repete também no produto interno bruto (PIB), a soma de todas as riquezas geradas no país. Em 2020, a agropecuária foi o único setor com resultado positivo, o que contribuiu para que os efeitos adversos da pandemia sobre a atividade não fossem ainda maiores. O PIB do setor avançou 2% sobre o ano anterior, enquanto o da indústria recuou 3,5% e o dos serviços, 4,5%.
Internet: <https://economia.uol.com.br> (com adaptações).
Texto CB1A1-I
Quem pensa que a excelência do agronegócio brasileiro se resume a soja, café e carnes está enganado. O país está entre os cinco maiores exportadores mundiais em valor em quase três dezenas de produtos agrícolas. O maior destaque é para os de sempre: açúcar, cereais, soja, milho, oleaginosas e frutas cítricas. Mas o Brasil aparece no top five de exportações da Organização para as Nações Unidas (ONU) com produtos inusitados, como pimenta, melancia, abacaxi, mamão papaia, coco, mandioca, caju, fumo, sisal e outras fibras, por exemplo.
Os dados, de 2019, são da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e foram reunidos em um estudo realizado pelo Instituto Millenium em parceria com a consultoria Octahedron Data eXperts (ODX). O objetivo do trabalho foi traçar uma radiografia do agronegócio brasileiro para entender as razões pelas quais o setor vive anos seguidos de prosperidade e tem caminhado na contramão dos demais, mesmo em meio à crise provocada pela pandemia.
O comércio internacional é um dos pilares importantes para sustentar o bom desempenho do setor, turbinado pela desvalorização do câmbio e pelos preços em alta das commodities. A agropecuária respondeu por cerca de 45 bilhões de dólares das exportações em 2020 e, há vários anos, tem garantido o saldo positivo da balança comercial. Quando se avaliam as exportações por setores, apenas a agropecuária apresentou crescimento nas vendas externas (6%) em comparação a 2019, mostra o estudo. Já a indústria extrativa e a de transformação registraram queda de 2,7% e de 11,3%, respectivamente.
Essa história se repete também no produto interno bruto (PIB), a soma de todas as riquezas geradas no país. Em 2020, a agropecuária foi o único setor com resultado positivo, o que contribuiu para que os efeitos adversos da pandemia sobre a atividade não fossem ainda maiores. O PIB do setor avançou 2% sobre o ano anterior, enquanto o da indústria recuou 3,5% e o dos serviços, 4,5%.
Internet: <https://economia.uol.com.br> (com adaptações).
No que se refere à correção gramatical e à coerência das substituições propostas para vocábulos e trechos destacados do texto, julgue o item.
“é causada” (linha 7) por são causados
No que se refere à correção gramatical e à coerência das substituições propostas para vocábulos e trechos destacados do texto, julgue o item.
“o que é chamado disfonia” (linha 7) por onde se chama
disfonia