Questões de Português - Coesão e coerência para Concurso
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Leia a tira para responder à questão.
(Fernando Gonzales, “Níquel Náusea”. Folha de S.Paulo, 11.06.2019)
Leia o texto para responder à questão.
Quando o efêmero dura
Uma das mais fabulosas tecnologias humanas é a escrita. Ela nos permitiu ampliar a memória para horizontes inimagináveis. Não fosse por ela, jamais teríamos atingido os níveis de acúmulo, transmissão e integração de conhecimento que logramos obter e, provavelmente, não diferiríamos muito de nossos ancestrais do Neolítico.
Uma tecnologia tão poderosa não poderia passar sem deixar marcas. De início, poucos dominavam as letras, de modo que saber ler e escrever se tornou uma distinção de classe social. À medida que surgiram tecnologias mais eficientes de reprodução (prensa) e o ensino público se popularizou, o alfabetismo se tornou quase universal.
No nível comportamental, havia uma divisão bastante clara entre a comunicação formal, calculada, destinada a durar (escrita), e aquela mais íntima, vaga (oral), que, justamente por não deixar traços, podia operar como uma sonda da sociabilidade, testando relacionamentos, fofocando, às vezes até zombando e insultando. O ex-presidente Temer apropriadamente matou a charada ao proclamar: “verba volant, scripta manent” (as palavras faladas voam, as palavras escritas permanecem).
O problema é que as tecnologias não pararam de evoluir, dando lugar a computadores, celulares, aplicativos de mensagem, redes sociais etc. As pessoas vêm cada vez mais usando a escrita para comunicar-se no registro informal, que contava com o caráter efêmero da fala. Pior, a reprodutibilidade e transmissão de diálogos privados se tornaram potencialmente infinitas, sem falar do hackeamento.
O resultado é uma explosão de curtos-circuitos sociais, nos quais mensagens concebidas para circular entre poucos ganham ampla difusão. Às vezes a divulgação é de interesse público, mas, em outros casos, ela só azeda amizades, compromete namoros ou intoxica o ambiente de trabalho. Vejo com certa preocupação a redução dos espaços de experimentação social, onde é lícito falar bobagem.
(Hélio Schwartsman. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/helioschwartsman/2019 /11/quando-o-efemero-dura.shtml Adaptado.)
Leia o texto para responder à questão.
Quando o efêmero dura
Uma das mais fabulosas tecnologias humanas é a escrita. Ela nos permitiu ampliar a memória para horizontes inimagináveis. Não fosse por ela, jamais teríamos atingido os níveis de acúmulo, transmissão e integração de conhecimento que logramos obter e, provavelmente, não diferiríamos muito de nossos ancestrais do Neolítico.
Uma tecnologia tão poderosa não poderia passar sem deixar marcas. De início, poucos dominavam as letras, de modo que saber ler e escrever se tornou uma distinção de classe social. À medida que surgiram tecnologias mais eficientes de reprodução (prensa) e o ensino público se popularizou, o alfabetismo se tornou quase universal.
No nível comportamental, havia uma divisão bastante clara entre a comunicação formal, calculada, destinada a durar (escrita), e aquela mais íntima, vaga (oral), que, justamente por não deixar traços, podia operar como uma sonda da sociabilidade, testando relacionamentos, fofocando, às vezes até zombando e insultando. O ex-presidente Temer apropriadamente matou a charada ao proclamar: “verba volant, scripta manent” (as palavras faladas voam, as palavras escritas permanecem).
O problema é que as tecnologias não pararam de evoluir, dando lugar a computadores, celulares, aplicativos de mensagem, redes sociais etc. As pessoas vêm cada vez mais usando a escrita para comunicar-se no registro informal, que contava com o caráter efêmero da fala. Pior, a reprodutibilidade e transmissão de diálogos privados se tornaram potencialmente infinitas, sem falar do hackeamento.
O resultado é uma explosão de curtos-circuitos sociais, nos quais mensagens concebidas para circular entre poucos ganham ampla difusão. Às vezes a divulgação é de interesse público, mas, em outros casos, ela só azeda amizades, compromete namoros ou intoxica o ambiente de trabalho. Vejo com certa preocupação a redução dos espaços de experimentação social, onde é lícito falar bobagem.
(Hélio Schwartsman. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/helioschwartsman/2019 /11/quando-o-efemero-dura.shtml Adaptado.)
Na última frase do texto, o autor _________ a respeito da situação retratada e emprega a expressão “espaços de experimentação social” referindo-se a espaços em que __________ .
Para que haja coerência com as ideias do texto, as lacunas dessa frase devem ser preenchidas, respectivamente, por
“Um erro de cálculo pode explicar o desabamento de um edifício. Mas por que não pensar também na rebelião das paredes contra o que se passa entre elas?”
Se substituíssemos o termo sublinhado por uma oração desenvolvida, a forma adequada seria
“Adoro crianças, principalmente quando choram – porque aí alguém sempre as leva embora.”
Sobre os componentes dessa frase, assinale a única afirmativa inadequada.
“Argumentar com uma criança é bom desde que você compreenda os argumentos dela sem destruir os seus”.
O conector sublinhado pode ser adequadamente substituído por
“Antes de casar, eu tinha três teorias sobre como educar crianças. Agora eu tenho três crianças e nenhum teoria.”
A oração reduzida “Antes de casar” pode ser adequadamente substituída pela seguinte oração desenvolvida:
“O esporte é o único meio de conservar no homem as qualidades do homem primitivo”.
A forma de reescrever essa frase que altera o seu sentido original é:
“A maioria dos jovens se hoje se entregam ao esporte, mas muitos ainda permanecem refratários a ele, e quase todos param cedo demais. Acumular conhecimentos e deixar enferrujar o mecanismo que devem utilizar parece-me rematada loucura”.
As opções a seguir propõem substituições para os componentes dessa frase. Assinale a substituição inadequada.
“A saúde é o estado no qual as funções necessárias se cumprem insensivelmente ou com prazer”.
Se, nessa frase, empregássemos o paralelismo no segmento destacado e mantivéssemos o sentido original, a forma adequada seria:
“Na verdade, o cuidado e as despesas de nossos pais visam apenas a enriquecer nossas cabeças com ciência; quanto ao juízo e à virtude, as novidades são poucas".
Se transformássemos a frase sublinhada em uma forma
nominal, a forma adequada seria
Nessa frase, os conectores mas e caso podem ser adequadamente substituídos por
Nessa frase, o pronome-las
“No universo tudo procede por vias indiretas. Não existem linhas retas.”
Assinale a opção em que essa frase está escrita de modo incorreto.
“As árvores são o extremo esforço da terra para falar com o céu”.
Assinale a opção que indica a substituição adequada dos termos dessa frase.
“Tudo o que vem da terra, voltará a ela.”
As opções a seguir mostram substituições dos termos sublinhados. Assinale a única inadequada.