Questões de Português - Colocação Pronominal para Concurso

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Q1638970 Português
Tendo em vista a colocação pronominal, marcar C para as sentenças Certas, E para as Erradas e, após, assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA: (---) Eu quero falar-lhe só mais uma coisa. (---) Em tratando-se de frutos do mar, meu pai é um ótimo cozinheiro. (---) Talvez encontrou-me dormindo.
Alternativas
Q1622364 Português

Leia o texto para responder à questão:

Juventude, velhice


    A cultura brasileira é cruel no quesito idade. Dizer que uma pessoa é – ou parece – jovem é um elogio, e chamar de velho é uma maneira de insultar, geralmente usada quando não encontram outra coisa para falar daqueles de quem não gostam, com quem não concordam.
    A rigor, o assunto idade nem deveria existir – a não ser, é claro, quando se trata de ajudar os que não podem viver com independência, precisando de cuidados especiais porque infelizmente têm sérios problemas de saúde.
    Na minha última viagem, percebi que em Paris, por exemplo, ninguém é apontado como jovem ou velho, disso não se fala. As pessoas são como são, e ninguém perde tempo carimbando ninguém; simplesmente não tem importância.
    Mas aqui no Brasil, ai da mulher que é ou foi bonita, quando os anos vão chegando. Essas não são perdoadas, e a idade que têm é assunto de discussão.
    Por isso, ainda não cheguei aos 70, mas resolvi aumentar a minha idade, e se me perguntam, digo que acabei de completar 91 anos; assim, corro o risco de ouvir um “mas que incrível, não parece”, o que é sempre bom de ouvir.

                                (Danuza Leão. Folha de S.Paulo, 29.01.2012. Adaptado)

De acordo com o emprego dos pronomes, a substituição da expressão destacada está indicada corretamente entre parênteses em:
Alternativas
Q1622359 Português
Leia o texto para responder à questão.

O que é ser jovem até o fim

    O que significa envelhecer? Ouso me perguntar o significado deste verbo que a modernidade ocidental baniria da língua se pudesse. No primeiro sentido do dicionário, envelhecer é se tornar velho. A frase me remete a um amigo de infância, Francisco, precocemente envelhecido. Continuo, no entanto, sem resposta.
    Volto ao dicionário. No segundo sentido, envelhecer é tomar aspecto de velho. Olho a foto de Jacques Lacan, psicanalista francês com o qual trabalhei, e vejo seus cabelos brancos. Só que ele não é velho pelas suas cãs*. A intensidade do olhar evidencia a juventude do homem, que era jovem aos setenta e quatro anos, quando o conheci.
    Nos outros sentidos que o dicionário dá, eu também não encontro resposta. No caso dos humanos, não se pode dizer que envelhecer é perder o viço. O homem não é um fruto. Tampouco se pode dizer que é estar em desuso. O homem não é um objeto.
    A busca de um esclarecimento, através da língua, se mostra infrutífera. Olho de novo para a foto e me digo que o envelhecimento físico não é suficiente para caracterizar o velho. Me pergunto então por que Lacan não o era com mais de setenta anos, enquanto Francisco envelheceu aos sessenta.
    Comparando-se a Picasso, Lacan dizia que não procurava as suas ideias, simplesmente achava. Um belo dia, declarou no seminário: “Eu agora procuro e não acho”. Com esta frase, anunciou que a sua vida começava a acabar.
    A juventude de Lacan, como a de Picasso, estava ligada à capacidade de se renovar através do trabalho. Duas vezes por mês, se apresentava em público, diante de mil pessoas, com ideias novas, e, para isso, muito se esforçava.
    Lacan foi um exemplo de vida por nunca ter parado de começar. Embora fosse um intelectual, Francisco, ao contrário, considerou, a partir dos sessenta, que já não podia começar nada de novo e não parou de se repetir. Não quis abrir mão de nenhum hábito da juventude. Lamentava o tempo que passa, porém não aceitava este fato e não se detinha nas mudanças do corpo para encontrar soluções de vida.
    Só sabia dizer: “Na minha idade é assim”. Foi vítima de uma fantasia arcaica sobre a idade e viveu à contramão do tempo, fazendo de conta que o tempo não passa. Morreu precocemente por não ter sido capaz de entender que, depois de ser natural, a juventude é uma conquista.
(Betty Milan. Veja, 15.06.2011. Adaptado)


*cãs: cabelos brancos
Considere as frases elaboradas a partir do texto.
•  Lacan afirmava ter muitas ideias e dizia que não procurava as ideias, simplesmente achava as ideias. •  Francisco não aceitou o fato de que o tempo passa e, não aceitando esse fato, viveu na contramão do tempo.
De acordo com o emprego e a colocação dos pronomes estabelecidos pela norma-padrão, as expressões destacadas podem ser substituídas por
Alternativas
Q1621920 Português

Para responder à questão a seguir, leia a tirinha abaixo:


Imagem associada para resolução da questão

Disponível em: https://ribeiraopretoculturaljaf.blogspot. com/2018/12/devaneios-com-sigmund-e-freud-yorhan_22. html. Acesso em: 11 jul. 2019.


Observe as alterações referentes ao primeiro quadro da tirinha:


- “Como me ousa pedir um livro emprestado?”

- “Como ousa pedir-me um livro emprestado?”

- “Como? Ousa pedir-me um livro emprestado?”


Analise as afirmativas a respeito das alterações realizadas e, em seguida, julgue-as:


I - As duas primeiras alterações preservam a correção no que diz respeito à sintaxe de colocação pronominal, mas trazem alterações de caráter semântico ao contexto;

II - O uso do travessão está correto e indica a fala da personagem, configurando a presença do discurso direto;

III - A terceira alteração preserva a correção no que diz respeito à sintaxe de colocação pronominal, mas traz alterações de caráter semântico ao contexto;

IV - A terceira alteração modifica, por conta da inclusão de um sinal de interrogação, o sentido do enunciado, mas não constitui inadequação gramatical.


Estão corretas as afirmativas:




Alternativas
Q1616570 Português
       Quando eu era criança (e isso aconteceu em outro tempo e em outro espaço), não era incomum ouvir a pergunta “Quão longe é daqui até lá?” respondida por um “Mais ou menos uma hora, ou um pouco menos se você caminhar rápido”. Num tempo ainda anterior à minha infância, suponho que a resposta mais comum teria sido “Se você sair agora, estará lá por volta do meio-dia” ou “Melhor sair agora, se você quiser chegar antes que escureça”. Hoje em dia, pode-se ouvir ocasionalmente essas respostas. Mas serão normalmente precedidas por uma solicitação para ser mais específico: “Você vai de carro ou a pé?”.



      “Longe” e “tarde”, assim como “perto” e “cedo”, significavam quase a mesma coisa: exatamente quanto esforço seria necessário para que um ser humano percorresse uma certa distância — fosse caminhando, semeando ou arando. Se as pessoas fossem instadas a explicar o que entendiam por “espaço” e “tempo”, poderiam ter dito que “espaço” é o que se pode percorrer em certo tempo, e que “tempo” é o que se precisa para percorrê-lo. Se não fossem muito pressionados, porém, não entrariam no jogo da definição. E por que deveriam? A maioria das coisas que fazem parte da vida cotidiana são compreendidas razoavelmente até que se precise defini-las; e, a menos que solicitados, não precisaríamos defini-las. O modo como compreendíamos essas coisas que hoje tendemos a chamar de “espaço” e “tempo” era não apenas satisfatório, mas tão preciso quanto necessário, pois era o wetware — os humanos, os bois e os cavalos — que fazia o esforço e punha os limites. Um par de pernas humanas pode ser diferente de outros, mas a substituição de um par por outro não faria uma diferença suficientemente grande para requerer outras medidas além da capacidade dos músculos humanos.



Zygmunt Bauman. A modernidade como história do tempo. In: Modernidade líquida. Plínio Dentzien (Trad.). Rio de Janeiro: Zahar, 2001 (com adaptações).

A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item seguinte.


A próclise observada em “se pode percorrer” e “se precisa”, no segundo período do segundo parágrafo do texto, é opcional, de modo que o emprego da ênclise nesses dois casos também seria correto: pode-se percorrer e precisa-se, respectivamente.

Alternativas
Respostas
356: C
357: D
358: D
359: C
360: E