Questões de Português - Concordância verbal, Concordância nominal para Concurso

Foram encontradas 3.838 questões

Q868415 Português

São Paulo 10 de Novembro, 1924

Meu caro Carlos Drummond


[...] Eu sempre gostei muito de viver, de maneira que nenhuma manifestação da vida me é indiferente. Eu tanto aprecio uma boa caminhada a pé até o alto da Lapa como uma tocata de Bach e ponho tanto entusiasmo e carinho no escrever um dístico que vai figurar nas paredes dum bailarico e morrer no lixo depois como um romance a que darei a impassível eternidade da impressão. Eu acho, Drummond, pensando bem, que o que falta pra certos moços de tendência modernista brasileiros é isso: gostarem de verdade da vida. Como não atinaram com o verdadeiro jeito de gostar da vida, cansam-se, ficam tristes ou então fingem alegria o que ainda é mais idiota do que ser sinceramente triste. Eu não posso compreender um homem de gabinete e vocês todos, do Rio, de Minas, do Norte me parecem um pouco de gabinete demais. Meu Deus! se eu estivesse nessas terras admiráveis em que vocês vivem, com que gosto, com que religião eu caminharia sempre pelo mesmo caminho (não há mesmo caminho pros amantes da Terra) em longas caminhadas! Que diabo! estudar é bom e eu também estudo. Mas depois do estudo do livro e do gozo do livro, ou antes vem o estudo e gozo da ação corporal. [...] E então parar e puxar conversa com gente chamada baixa e ignorante! Como é gostoso! Fique sabendo duma coisa, se não sabe ainda: é com essa gente que se aprende a sentir e não com a inteligência e a erudição livresca. Eles é que conservam o espírito religioso da vida e fazem tudo sublimemente num ritual esclarecido de religião. Eu conto no meu “Carnaval carioca" um fato a que assisti em plena Avenida Rio Branco. Uns negros dançando o samba. Mas havia uma negra moça que dançava melhor que os outros. Os jeitos eram os mesmos, mesma habilidade, mesma sensualidade mas ela era melhor. Só porque os outros faziam aquilo um pouco decorado, maquinizado, olhando o povo em volta deles, um automóvel que passava. Ela, não. Dançava com religião. Não olhava pra lado nenhum. Vivia a dança. E era sublime. Este é um caso em que tenho pensado muitas vezes. Aquela negra me ensinou o que milhões, milhões é exagero, muitos livros não me ensinaram. Ela me ensinou a felicidade.

ANDRADE, Mário de. A lição do amigo: cartas de Mário de Andrade a Carlos Drummond de Andrade. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1982, pp. 3-5. 

Considere as seguintes afirmações sobre aspectos da construção do texto:


I. Na frase “cansam-SE, ficam tristes ou então fingem alegria o que ainda é mais idiota do que ser sinceramente triste.”, o termo destacado retoma tem valor reflexivo.

II. Atentando para o uso do sinal indicativo de crase, o A, na expressão adverbial em destaque “Eu tanto aprecio uma boa caminhada A PÉ até o alto da Lapa”, deveria ser acentuado.

III. Na frase “Eu conto no meu 'Carnaval carioca' um fato a que ASSISTI em plena Avenida Rio Branco.”, o verbo destacado aponta para o sentido de presenciar.


Está correto apenas o que se afirma em:

Alternativas
Q868412 Português

São Paulo 10 de Novembro, 1924

Meu caro Carlos Drummond


[...] Eu sempre gostei muito de viver, de maneira que nenhuma manifestação da vida me é indiferente. Eu tanto aprecio uma boa caminhada a pé até o alto da Lapa como uma tocata de Bach e ponho tanto entusiasmo e carinho no escrever um dístico que vai figurar nas paredes dum bailarico e morrer no lixo depois como um romance a que darei a impassível eternidade da impressão. Eu acho, Drummond, pensando bem, que o que falta pra certos moços de tendência modernista brasileiros é isso: gostarem de verdade da vida. Como não atinaram com o verdadeiro jeito de gostar da vida, cansam-se, ficam tristes ou então fingem alegria o que ainda é mais idiota do que ser sinceramente triste. Eu não posso compreender um homem de gabinete e vocês todos, do Rio, de Minas, do Norte me parecem um pouco de gabinete demais. Meu Deus! se eu estivesse nessas terras admiráveis em que vocês vivem, com que gosto, com que religião eu caminharia sempre pelo mesmo caminho (não há mesmo caminho pros amantes da Terra) em longas caminhadas! Que diabo! estudar é bom e eu também estudo. Mas depois do estudo do livro e do gozo do livro, ou antes vem o estudo e gozo da ação corporal. [...] E então parar e puxar conversa com gente chamada baixa e ignorante! Como é gostoso! Fique sabendo duma coisa, se não sabe ainda: é com essa gente que se aprende a sentir e não com a inteligência e a erudição livresca. Eles é que conservam o espírito religioso da vida e fazem tudo sublimemente num ritual esclarecido de religião. Eu conto no meu “Carnaval carioca" um fato a que assisti em plena Avenida Rio Branco. Uns negros dançando o samba. Mas havia uma negra moça que dançava melhor que os outros. Os jeitos eram os mesmos, mesma habilidade, mesma sensualidade mas ela era melhor. Só porque os outros faziam aquilo um pouco decorado, maquinizado, olhando o povo em volta deles, um automóvel que passava. Ela, não. Dançava com religião. Não olhava pra lado nenhum. Vivia a dança. E era sublime. Este é um caso em que tenho pensado muitas vezes. Aquela negra me ensinou o que milhões, milhões é exagero, muitos livros não me ensinaram. Ela me ensinou a felicidade.

ANDRADE, Mário de. A lição do amigo: cartas de Mário de Andrade a Carlos Drummond de Andrade. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1982, pp. 3-5. 

“Mas havia uma negra moça que dançava melhor que os outros.”


A respeito do trecho acima, quanto aos aspectos gramatical, sintático e semântico, analise as afirmativas a seguir.


I. A forma verbal HAVIA, mesmo que a oração a que pertence fosse flexionada no plural, permaneceria no singular.

II. A segunda ocorrência do QUE é uma conjunção integrante.

III. A conjunção MAS poderia ser substituída, sem alteração do sentido original, por CONTUDO.


Está correto apenas o que se afirma em:

Alternativas
Q868352 Português

      O crescimento dos robôs colaborativos é a parte mais visível de uma transição que vem ocorrendo no mercado de trabalho no mundo todo. A mecanização das linhas de montagem e a automação de tarefas antes feitas por humanos vêm se acelerando nas empresas. A cada ano, mais 240000 robôs industriais são vendidos no mundo e esse número tem crescido a uma taxa média de 16% ao ano desde 2010, puxado principalmente pela China. Atividades rotineiras nas fábricas, como instalar uma peça, hoje podem ser feitas usando máquinas como os braços robóticos de baixo custo. Com o advento de novas tecnologias, como a inteligência artificial, os carros autônomos e a análise de grandes volumes de dados (o chamado big data), a expectativa é que as máquinas e os computadores passem a substituir outras tarefas que hoje só podem ser realizadas por pessoas. Já existem algoritmos que fazem a seleção de candidatos a vagas de emprego no recrutamento de empresas e também carrinhos autônomos que transportam produtos dentro de uma central de distribuição. Muito mais está por vir.

      Diante desse cenário, muitos especialistas vêm se perguntando se o rápido avanço da tecnologia chegará a tal ponto que tornará boa parte do trabalho obsoleta. Para os economistas, o que determina se uma profissão tende a ser substituída por um robô ou um software não é se o trabalho é manual, mas se as tarefas executadas pelas pessoas são repetitivas. Um famoso estudo publicado em 2013 por pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, analisou 702 profissões nos Estados Unidos e o risco de elas serem trocadas por computadores e algoritmos nos próximos dez ou 20 anos. O resultado é alarmante. Quase metade dos empregos dos Estados Unidos está ameaçada, segundo os pesquisadores.

                                                                                         (Exame, 02.08.2017)

Assinale a alternativa correta quanto à concordância, de acordo com a norma-padrão.
Alternativas
Q868194 Português
Uma frase redigida com clareza e em conformidade com a norma-padrão da língua é:
Alternativas
Q868189 Português
As regras da concordância padrão estão plenamente respeitadas na frase:
Alternativas
Q868132 Português

                                Conversa ao vivo


      Estão multiplicando-se os bares e os restaurantes que oferecem, como irresistível atração, “música ao vivo”. Temo que eles alcancem, mais do que uma hegemonia, uma unanimidade. Temo que chegue o dia em que nada mais se converse à mesa, por conta desse discutibilíssimo privilégio de se ouvir música alta enquanto se bebe e se come. Para uma conversa, sempre restará, é verdade, o recurso da leitura labial – mas não farão falta o timbre e a entonação da voz da pessoa amiga?

      Vejo esse hábito de “animar” com muitos decibéis de música imposta os lugares em princípio concebidos para o lazer e a sociabilidade como uma dessas extravagâncias que acabam se fazendo naturais. Enormes receptores de TV se associam, por vezes, ao show de estímulos que nos distraem da nossa companhia, do que temos a pensar, a dizer e a ouvir. Uma espécie de confusa obrigação de festa e alegria ruidosa vai-se impondo aos passivos frequentadores, que acabam se esquecendo da boa recompensa que pode haver numa estimulante “conversa ao vivo”, na qual as palavras mesmas, as nossas e as alheias, constituem a música e o sentido de estarmos juntos.

                                                                     (TENÓRIO, Adalberto. inédito

O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se de modo a concordar com o elemento sublinhado na frase:
Alternativas
Q868125 Português

                 Ponderação, a mais desmoralizada das virtudes


      É isso, mas também aquilo. Não obstante o abacaxi, temos o pepino. Posto que A seja indiscutível, deve-se levar em conta que B, somado a C, cria um cenário em que D pode se impor de certa forma como desejável, ressalvados E e F. Só depois desse percurso, claro, chegaremos ao ponto G.

      O parágrafo anterior satiriza a ponderação de forma fácil e injusta, mas duvido que muita gente se incomode com isso. Sinônimo de circunspecção reflexiva, equilíbrio, prudência, a ponderação é hoje a mais desmoralizada das virtudes. Precisamos reabilitar a ponderação, nem que seja apenas como subproduto da perplexidade, aquilo que faz o marinheiro do samba levar o barco devagar sempre que o nevoeiro é denso.

      O fogo selvagem que inflamou ao longo da história as turbas linchadoras do diferente que é visto como ameaça − corporificado em bruxas, negros, judeus, homossexuais, loucos, ciganos, gagos − é hoje condenado por (quase) todo mundo. No entanto, o mesmo fogo selvagem inflama as turbas linchadoras que se julgam investidas do direito sagrado de vingar bruxas, negros, judeus, homossexuais, loucos, ciganos, gagos etc. Quem acha que o primeiro fogo é ruim e o segundo é bom não entendeu nada.

      Representa um inegável avanço civilizatório a exposição, nas redes sociais, de comportamentos opressivos ancestrais que sempre estiveram naturalizados em forma de assédio, desrespeito, piadinhas torpes e preconceitos variados. Ao mesmo tempo, é um claro retrocesso que o avanço se dê à custa da supressão do direito de defesa e do infinito potencial de injustiça contido no poder supremo de um juiz sem rosto.

       (Adaptado de: RODRIGUES, Sergio. Folha de S. Paulo, 16/11/2017) 

Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto:
Alternativas
Q867395 Português

Segundo o estudante do Instituto de Relações Internacionais (IRI) da USP e membro do Núcleo de Estudos em Tecnologia e Sociedade (Nets), Victor Veloso, o Brasil precisa de uma regulamentação quanto à proteção de dados na internet, ____________ de garantir a privacidade dos ____________ . Ele explica que as informações são coletadas em diversas plataformas, como Google e Facebook, com o consentimento dos usuários nos termos de uso. No entanto, o risco está na utilização dos dados para além de interesses econômicos, com ________ repasses aos governos. O estudante considera que a vigilância e a captação dos dados pode retirar a privacidade das pessoas e cercear sua liberdade. A _________ Direitos na Rede promove a campanha “Seus dados são você: Liberdade, proteção, regulação para tratar da garantia de privacidade dos dados na internet brasileira”.

(http://jornal.usp.br. Adaptado)


De acordo com a norma-padrão, as lacunas do texto devem ser preenchidas, respectivamente, com:

Alternativas
Q867390 Português

                                       Avaliar os servidores


      Instituições funcionam bem quando conseguem promover os incentivos corretos. Em se tratando do serviço público, isso significa recompensar o mérito e o esforço, evitando que funcionários sucumbam às forças da inércia.

      Uma das razões do fracasso do socialismo real, recorde-se, foi a ausência de estímulos do gênero aos trabalhadores. Para estes, a escolha racional era não chamar a atenção dos superiores, negativa ou positivamente.

      A gestão de pessoal no Estado brasileiro não chega a reproduzir um modelo soviético, mas carece de sistema eficaz de incentivos e sanções. Com efeito, políticas de bônus por produtividade nas carreiras públicas ainda são tímidas e raramente bem desenhadas.

      Já a dispensa de servidores por insuficiência de desempenho, embora prevista na Constituição, não pode ser posta em prática porque o Congresso nunca elaborou uma lei complementar que regulamentasse a avaliação dos profissionais, como a Carta exige.

      Vislumbra-se, agora, uma possibilidade de avanço. Discute-se no Senado projeto que cria um sistema de avaliação periódica, a ser adotado por União, Estados e municípios, que poderá levar à exoneração de servidores que obtenham, por sucessivas vezes (o número exato ainda é objeto de negociação), notas inferiores a 30% da pontuação máxima.

      Será ingenuidade, entretanto, contar com uma aprovação fácil – os sindicatos da categoria já se mobilizam contra o texto.

      Tampouco se deve imaginar que basta uma lei para alterar o statu quo. Sistemas de avaliação de servidores já existentes em alguns órgãos muitas vezes não passam de um jogo de cena corporativista, que acaba por distribuir premiações quase generalizadas.

      As dificuldades, contudo, não podem ser pretexto para o imobilismo. O projeto se apresenta como um passo inicial importante; uma vez posto em prática, a experiência servirá de base para eventuais aperfeiçoamentos.

                                         (Editorial. Folha de S.Paulo, 29.09.2017. Adaptado)

Considere a seguinte oração do 5° parágrafo: Vislumbra-se, agora, uma possibilidade de avanço.


Assinale a alternativa em que a concordância do sujeito com o verbo ocorre pelo mesmo motivo que na oração transcrita, em que a palavra “se” é um pronome apassivador.

Alternativas
Q866328 Português
Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas das linhas 26 e 28.
Alternativas
Q865609 Português

                                          Fazer nada

             Como a visita de um pássaro nos fez pensar no tempo.


       Conseguimos uns dias de folga e fomos passar um tempo cuidando um do outro. No hotel, em Itatiba, deram-nos o quarto 37, que se abre para um mar de morros verdes, com plantações, pastos, florestas. Fica no piso superior, tem pé-direito alto e uma varanda abraçada por árvores repletas de pássaros. À noite, entrou pela janela um passarinho. Minúsculo, branco no peito e na parte inferior da face, preto no dorso e na metade de cima da cabeça. Entrou pelo quarto, acelerado. Voava junto ao teto e não conseguia baixar até a altura da porta por onde havia entrado. Temíamos que se machucasse. Apagamos as luzes. Ele se acalmou e parou para descansar no toucador. Pulou em pé, no chão. Caminhou um pouco, ofegante. Usamos um chapéu para levá-lo à varanda, onde ficou ainda um tempo, refazendo-se.

      Depois, vimos que deixou de lembrança um cocozinho na nossa cama. De onde teria vindo essa ave? Qual o significado do carimbo de passarinho sobre o lençol? Resisti à ideia de lembrar que excremento de pássaro é sinal de boa fortuna em antigas tradições. Augúrio? Sinal? Ali não havia mistério. Era apenas um bichinho assustado, acelerado demais. Talvez apenas apavorado por haver entrado em um lugar de onde parecia impossível sair. Mais do que um significado oculto, sua visita pode é nos inspirar, quem sabe, uma analogia. Quantas vezes o homem não se debate, na ilusão de que está acuado? Quantas vezes sofre sem perceber que está saturado por estímulos que ele próprio foi buscar? A sensação de que seu tempo é estrangulado, sem se dar conta de que é ele quem cultiva desassossego para si. Um amigo, sobrinho de um sábio do interior, costuma usar a imagem da trajetória errática e vã das formigas para ilustrar a ilusão que acomete o homem em movimentos inócuos e sem sentido, o esforço inútil. Não é à toa que se fale tanto na necessidade de ir com mais calma.

       Afinal, nós nunca aceleramos tanto. Na ilusão de anteciparmos o futuro, roubamos o momento seguinte e deixamos de vivê-lo. Convivemos sem prestar atenção no outro, respiramos com sofreguidão, comemos sem sentir o sabor. Fugimos do presente, o único tempo que existe e sobre o qual criamos a referência para um passado reconstruído na memória e um futuro sonhado. Como parar e fazer nada? Como apenas ser, sem se debater por ter entrado em uma porta estranha? Há quem não consiga relaxar e, simplesmente, fazer nada. Alguém já disse que fazer nada não é a completa falta de ação, mas a ação feita com desapego, sem visar resultado para si mesmo. Há algo de bom em atingir esse momento em que só se é parte da paisagem e não um observador separado. Se ainda quiséssemos procurar um significado para a visita da pequena ave, poderíamos dizer que ela veio trazer o tema para estas linhas que você lê agora. Como se nos dissesse: que bom que vocês conseguiram uns dias de folga e vieram aqui, cuidar um do outro. Sejam bem-vindos a este momento e esqueçam o resto. Fui.

(NOGUEIRA, Paulo. Vida Simples, ed. 37. São Paulo: Abril, 2006. Disponível em http://mdemulher.abril.com.br/revistas/vidasimples/. Edições/037/caminho/conteúdo_237474.shtml.)

Dentre as variantes para o segmento: “Ali não havia mistério.”, assinale a que está de acordo com a correção gramatical caso o vocábulo “mistério” seja substituído por “mistérios”.
Alternativas
Q865582 Português

TEXTO I:


                  Azul e lindo planeta Terra, nossa casa


      Mas para que a Terra continue a nos dar tudo aquilo de que precisamos para viver, temos que cuidar dela como cuidamos de nossa própria casa.

      E melhor ainda. Pois da nossa casa nós podemos nos mudar. Da Terra não.

      E nós sabemos que não estamos tratando da Terra como deveríamos.

      Por isso os membros da Organização das Nações Unidas (ONU) preocupam-se com o meio ambiente.

      Várias reuniões já foram feitas para discutir esse problema. E destas reuniões têm saído declarações, manifestos e planos de ação que tentam estabelecer o que pode ser feito para evitar que a Terra – a nossa Terra – a nossa casa – venha a se transformar num ambiente hostil, com muitos desertos, águas envenenadas, florestas devastadas, onde seria impossível viver.

      Essas declarações, manifestos, planos de ação dizem mais ou menos o seguinte: todos os homens são iguais e, portanto, têm o direito de viver bem, num ambiente saudável. Todos têm o dever de proteger e respeitar o meio ambiente e a vida em todas as suas formas.

                                                                        (Ruth Rocha e Otávio Roth)  

Assinale a alternativa correta quanto à flexão de plural dos nomes.
Alternativas
Q864822 Português
Considerando a concordância nominal, a frase correta é:
Alternativas
Q864821 Português
Assinale a frase em que a concordância verbal está realizada corretamente:
Alternativas
Q864703 Português

Texto 1 para responder às questões.


Considerando apenas as regras de concordância prescritas pela norma-padrão, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Ano: 2017 Banca: Nosso Rumo Órgão: MGS Prova: Nosso Rumo - 2017 - MGS - Artífice |
Q864506 Português
Assinale a alternativa cuja sentença apresenta ERRO de conjugação verbal, conforme a norma-padrão da Língua Portuguesa.
Alternativas
Q864165 Português

                               TEXTO 3


      O texto a seguir é reprodução do Manifesto “AÇÃO URGENTE: Protesto não é crime!”, promovido pela ANISTIA INTERNACIONAL BRASIL.


      “(...) O direito à liberdade de expressão e manifestação é um direito fundamental garantido na Constituição Brasileira. Este direito está sendo violado pela Polícia Militar do Estado de São Paulo, que tem seguido um padrão de repressão violenta e arbitrária aos protestos, com uso desnecessário e excessivo da força e das chamadas armas “menos letais” tais como bombas de gás lacrimogêneo, balas de borracha, bombas de efeito moral, e cassetetes. Diversas pessoas ficaram feridas. Também houve revistas aleatórias e detenções arbitrárias de manifestantes, que tiveram dificuldades para acessar seus advogados, em uma violação do direito à ampla defesa. (...)

      Protesto não é crime. É um direito humano.”

https://anistia.org.br/entre-em-acao/email/acao-urgente-diga-ao-governo-de-sao-paulo-que-protesto-nao-e-crime/

Em relação à frase “Diversas pessoas ficaram feridas.”, é correto afirmar que ela apresenta:
Alternativas
Q864120 Português

                  Uso de eletrônicos em excesso atrasa

                   desenvolvimento infantil, diz Unicamp


      Um estudo da Faculdade de Educação da Unicamp, em Campinas (SP), concluiu que as crianças que usam aparelhos eletrônicos sem controle e não brincam, ou brincam pouco, no “mundo real”, podem ter atraso no desenvolvimento. A pesquisa foi realizada com meninos e meninas de 8 a 12 anos de idade, que ficam de quatro a seis horas diante das telas de computadores, tablets, celulares e videogames.

      Para a pedagoga Ana Lúcia Pinto de Camargo Meneghel, as crianças que se enquadram nesse perfil acabam não brincando e nem tendo uma rotina, o que afeta o ritmo de construção do desenvolvimento cognitivo.

      Ao todo, 21 meninos e meninas de uma escola particular na região de Campinas passaram por testes para avaliar as capacidades que eles precisam ter para, inclusive, aprender bem o conteúdo ensinado na escola. Para a surpresa da pesquisadora, de todas as crianças, apenas uma mostrou possuir as habilidades esperadas para essa faixa.

      O uso de eletrônicos em si não é exatamente o problema, segundo a pesquisa, mas sim a falta de brincadeiras no “mundo real”.

      “O mais importante é eles brincarem. É preciso oferecer a essas crianças atividades que estimulem a criatividade”.

      Segundo a pesquisa, quando a criança brinca, faz uso de operações que garantem noção operatória de espaço, tempo e causalidade.

(Disponível em http://www.unicamp.br/unicamp/clipping/2016/10/19/ uso-de-eletronicos-em-excesso-atrasa-desenvolvimento-infantil-diz-unicamp. Acesso em 29.09.2016. Adaptado)

O segmento do texto – É preciso oferecer a essas crianças atividades que estimulem a criatividade. – apresenta reescrita correta, quanto à concordância das palavras, conforme a norma-padrão da língua portuguesa, em:
Alternativas
Q864016 Português

      Em 1933, a pintora paulista Tarsila do Amaral, um dos expoentes do modernismo nacional, concluiu sua tela Operários, na qual retrata a enorme diversidade étnica dos brasileiros que chegavam aos magotes para trabalhar nas fábricas de São Paulo nos anos 30. Hoje, mais de oito décadas depois, a tela de Tarsila poderia trazer alguns brasileiros humildes usando um chapéu de formatura, para simbolizar que até filhos de operários, em certos casos, podem concluir um curso universitário.

      A mudança na paisagem é resultado da adoção da política de cotas raciais e sociais, que vem sendo implantada no país nos últimos quinze anos, com o objetivo de abrir as portas das universidades públicas a negros, pardos, índios e pobres – e acaba de ganhar a adesão da Universidade de São Paulo, a melhor do Brasil.

      Hoje, finalmente, é possível fazer um balanço dessa política, e a conclusão é inequívoca: do ponto de vista acadêmico, as cotas estão cumprindo seu papel. Além disso, todos aqueles mitos – segundo os quais as cotas derrubariam a qualidade do ensino universitário, estimulariam a evasão, acirrariam conflitos raciais – acabaram mostrando-se apenas isso: mitos. É um feito a comemorar num Brasil tão carente de notícias positivas.

      Dito isso, é preciso não perder de vista que a política das cotas não é uma boa solução. Na verdade, é lamentável que tenha de ser adotada. Afinal, sua implantação é a expressão cabal da profunda desigualdade étnica e social do Brasil. As cotas, raciais ou sociais, são portanto um atalho para compensar um descaminho. O desejável, mesmo, é que elas sejam temporárias e, em seu lugar, o país abra escolas de qualidade para todos, negros e brancos, pobres e ricos, de tal modo que as oportunidades sejam iguais para todos – e o mérito de cada um, apenas o mérito, torne-se a medida do triunfo individual.

                                                       (Carta ao Leitor. Veja, 16.08.2017. Adaptado)

Assinale a alternativa correta quanto à concordância verbal.
Alternativas
Q863944 Português

Leia o texto de Ruy Castro, para responder a questão.


                                                Todos chegarão lá

  O Brasil está envelhecendo. Segundo projeções oficiais, 20% da população terá mais de 60 anos em 2030.

Em números absolutos, esperam-se perto de 50 milhões de idosos em 2030 – imagine o volume de antidepressivos, estimulantes e produtos geriátricos que isso vai exigir.

Não quer dizer que a maioria desses macróbios¹ seguirá o padrão dos velhos de antigamente, que, mal passados dos 60, equipados com boina, cachecol, suéter, cobertor nas pernas, eram levados para tomar sol no parquinho.

  Quero crer que os velhos de 2030 se parecerão cada vez mais com meus vizinhos do Baixo Vovô, aqui no Leblon – uma rede de vôlei frequentada diariamente por sexa ou septuagenários torrados de sol, com músculos invejáveis e capazes de saques e cortadas mortíferas. A vida para eles nunca parou.

  Por sorte, a aceitação do velho é agora maior do que nunca. Bem diferente de 1968 – apogeu de algo que me parecia fabricado, chamado “Poder Jovem” –, em que ser velho era quase uma ofensa. À idade da razão, que deveria ser a aspiração de todos, sobrepunha-se o que Nelson Rodrigues denunciava como “a razão da idade”: a juventude justificando todas as injustiças e ignomínias² (como as da Revolução Cultural, na China, em que velhos eram humilhados publicamente por ser velhos).

  Naquela mesma época, o rock era praticado por jovens esbeltos, bonitos e de longas cabeleiras louras, para uma plateia de rapazes e moças idem. Hoje, ele é praticado por velhos carecas, gordos e tatuados, para garotos que podiam ser seus netos. Já se pode confiar em maiores de 60 anos e, um dia, todos chegarão lá. 

(Folha de S.Paulo, 04.10.2013. Adaptado) 

¹ macróbios: pessoas que chegaram à idade muito avançada

² ignomínias: infâmias; desonra infligida por julgamento público

A alternativa correta quanto à concordância verbal encontra-se em:
Alternativas
Respostas
2321: A
2322: E
2323: C
2324: E
2325: C
2326: D
2327: E
2328: C
2329: A
2330: A
2331: A
2332: A
2333: E
2334: C
2335: A
2336: C
2337: C
2338: A
2339: B
2340: A