Questões de Português - Concordância verbal, Concordância nominal para Concurso
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1. A cidade de São Paulo ocupa, desde 1960, o posto de capital mais rica do país. Porém, até a metade do século XIX nada indicava que o município ostentaria tal título.
2. Os paulistas chegaram ao século XIX sem ter encontrado uma cultura agrícola que compensasse os custos do transporte até Santos e fomentasse o desenvolvimento econômico da região.
3. Em 1852, foi decretada uma lei que concedia benefícios a quem investisse nas estradas. Finalmente, São Paulo havia encontrado estímulo para financiar um sistema que levasse de forma mais ágil e barata a produção do interior até o porto de Santos. O café ganhou, enfim, um meio de transporte à altura da riqueza que era capaz de gerar.
4. A Estrada de Ferro Santos-Jundiaí foi inaugurada em 1867. Com o primeiro trecho em funcionamento, um grupo de fazendeiros criou a Companhia Paulista para avançar pelo interior. Em 1872, foi inaugurada a estrada que ligava Jundiaí a Campinas. O café da região, que levava de 3 a 4 semanas em lombo de burro para ser conduzido ao porto, agora chegava ao destino em poucos dias.
5. O transporte do café mais rápido e barato incentivou a produção. E São Paulo, que havia permanecido isolada durante séculos, passou a se conectar com as principais cidades da província. Todos os trens agora convergiam para a cidade e, a partir da capital, desciam a serra.
6. A posição estratégica de porta de entrada do Planalto e comunicação direta com o litoral fez de São Paulo rota obrigatória da produção e ponto de concentração da riqueza do café. Os escritórios dos principais bancos, empresas de seguros, serviços de exportação e toda a burocracia se instalaram na capital. Tornara-se então um lugar atrativo para receber o que ainda lhe faltava: gente.
(Adaptado de: DALL’OLIO, Carolina. Disponível em: exame.abril.com.br)
O transporte do café mais rápido e barato incentivou a produção. (5° parágrafo)
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será
1. A cidade de São Paulo ocupa, desde 1960, o posto de capital mais rica do país. Porém, até a metade do século XIX nada indicava que o município ostentaria tal título.
2. Os paulistas chegaram ao século XIX sem ter encontrado uma cultura agrícola que compensasse os custos do transporte até Santos e fomentasse o desenvolvimento econômico da região.
3. Em 1852, foi decretada uma lei que concedia benefícios a quem investisse nas estradas. Finalmente, São Paulo havia encontrado estímulo para financiar um sistema que levasse de forma mais ágil e barata a produção do interior até o porto de Santos. O café ganhou, enfim, um meio de transporte à altura da riqueza que era capaz de gerar.
4. A Estrada de Ferro Santos-Jundiaí foi inaugurada em 1867. Com o primeiro trecho em funcionamento, um grupo de fazendeiros criou a Companhia Paulista para avançar pelo interior. Em 1872, foi inaugurada a estrada que ligava Jundiaí a Campinas. O café da região, que levava de 3 a 4 semanas em lombo de burro para ser conduzido ao porto, agora chegava ao destino em poucos dias.
5. O transporte do café mais rápido e barato incentivou a produção. E São Paulo, que havia permanecido isolada durante séculos, passou a se conectar com as principais cidades da província. Todos os trens agora convergiam para a cidade e, a partir da capital, desciam a serra.
6. A posição estratégica de porta de entrada do Planalto e comunicação direta com o litoral fez de São Paulo rota obrigatória da produção e ponto de concentração da riqueza do café. Os escritórios dos principais bancos, empresas de seguros, serviços de exportação e toda a burocracia se instalaram na capital. Tornara-se então um lugar atrativo para receber o que ainda lhe faltava: gente.
(Adaptado de: DALL’OLIO, Carolina. Disponível em: exame.abril.com.br)
Todos os trens agora convergiam para a cidade... (5° parágrafo)
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o da frase acima está em:
1. A World Wide Web, ou www, completou três décadas de existência. Sua invenção mudou a cara da internet. A ideia foi do físico britânico Tim Berners-Lee, quando tinha 33 anos. Naquela época, a internet já operava havia duas décadas, mas de forma bem diferente. Com recursos restritos, era usada principalmente para troca de informações entre pesquisadores da área acadêmica.
2. “A www transformou-se em um componente fundamental da internet moderna”, afirma Fabio Kon, professor do Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo. “A rede trouxe muitas coisas boas e já não conseguimos mais viver sem as comodidades que ela proporciona. Mas, por outro lado, ela amplifica alguns fenômenos negativos e indesejados que já existiam na sociedade.”
3. Nas comemorações dos 30 anos da web, Berners-Lee expressou preocupação com o rumo que vem tomando a internet. Em carta aberta, listou três áreas que, para ele, prejudicam a web: intenções maliciosas; projetos duvidosos, entre eles modelos de negócios que recompensam cliques; e consequências negativas não intencionais da rede, com destaque para discussões agressivas e polarizadas.
4. “Precisamos de um novo contrato para a web”, declarou Berners-Lee em uma conferência sobre tecnologia da internet. “Algumas questões de regulamentação têm que envolver governos. Outras claramente incluem as empresas. Se você for provedor de acesso, precisa se comprometer a entregar neutralidade de rede. Se for uma companhia de rede social, precisa garantir que as pessoas tenham controle sobre seus dados.”
5. “Desde sua origem, a internet se propôs a ser plural e de acesso amplo”, ressalta a advogada Cíntia Rosa Pereira de Lima, líder do grupo de pesquisa Observatório do Marco Civil da Internet no Brasil.
6. A pesquisadora assinala também alguns problemas decorrentes das mudanças geradas pela internet. “Percebo que, com a proliferação das redes sociais, as pessoas passaram a se preocupar mais com a quantidade de relacionamentos, desconsiderando a qualidade deles”.
7. Um dos pioneiros da internet no país, o engenheiro Demi Getschko admite que a rede enfrenta problemas, mas defende que o que vemos nela, conforme já expresso pelo matemático Vint Cerf, um de seus fundadores, é a representação daquilo que existe no mundo real. “A maioria das pessoas envolvidas com ela é bem-intencionada, mas existe uma ânsia de participar, de falar sem pensar, que com o tempo, esperamos, vai assentar. Tenho dúvidas sobre a eficiência de normatizações para corrigir os excessos na rede. Como ela não tem fronteiras, qualquer legislação local tende a falhar.”
(Adaptado de: VASCONCELOS, Yuri. Disponível em: revistapesquisa.fapesp.br)
Leia o texto para responder à questão.
A casa do tio Dagoberto
Quando tia Eva saiu com as crianças, vovó, a sós conosco, afinal, falou. Disse que no mesmo dia ia voltar para Ibaté, porque tio Dagoberto não era um bom filho, não puxara aos pais.
– Você é uma ovelha negra – ela acusou titio.
– Que é que eu fiz, mamãe? – meu tio perguntou, estupefato. – Trabalho em dois hospitais, tenho meu consultório...
– Mentiras! – declarou vovó.
E disse mais: que ele devia ser um criminoso ou coisa pior. E eu, pobre de mim, logo estaria no mesmo caminho, desrespeitando a própria avó.
– E não adianta mentir para mim! – afirmou, concluindo a censura: – Sou sua mãe e sei a espécie de bandido que você se tornou!
– Mas que é que eu fiz, mamãe? – gemeu agoniado tio Dagoberto.
– O que é que você fez, isso eu não sei! – declarou, toda pomposa, vovó. – Mas, se não tivesse feito nada de errado, não estaria escondido aqui em São Paulo, onde ninguém te conhece!
Tio Dagoberto abriu a boca e continuou com a boca aberta.
Que é que ele podia dizer?
No meio do silêncio, vovó virou as costas, saiu da sala e ficou trancada no quarto, até o dia seguinte, quando voltou para Ibaté.
E, durante longos seis meses, não dirigiu mais a palavra a mim nem a tio Dagoberto.
(Orlando de Miranda, “A casa do tio Dagoberto” (fragmento).
Em: Sete faces do humor, 1992. Adaptado)
Considerando a tipologia do texto, as ideias nele expressas e seus aspectos linguísticos, julgue o item.
Nas orações "não basta" (linha 51) e "é preciso"
(linhas 51 e 52), a flexão verbal na terceira pessoa do
singular justifica-se porque o sujeito de ambas é
oracional.
Leia o texto para responder à questão.
Torneira seca
Um de cada três domicílios do país não tem acesso à rede de esgoto, informou o IBGE. Um de cada dez não tem fornecimento de água garantido todo dia, mesmo quando as torneiras estão conectadas ao sistema de abastecimento.
Os novos dados do instituto revelam que a situação piorou em dez estados nos últimos anos. Eles mostram que os investimentos têm sido insuficientes não só para ampliar o acesso dos brasileiros ao saneamento básico, mas também para manter em bom estado a rede implantada.
É evidente que o poder público perdeu a capacidade de lidar com o problema sozinho há muito tempo – e que não haverá solução sem mecanismos inteligentes para atrair a participação da iniciativa privada, atualmente responsável por fatia pequena dos serviços.
No ano passado, ao editar medida provisória (MP) com novas regras para o setor, o governo abriu caminho para que se fizesse isso.
A MP logo perderá a validade se não for aprovada pelos parlamentares. Mas, no exíguo tempo que resta, poucos se empenham na articulação dos interesses em jogo, e o governo já indicou estar prestes a jogar a toalha.
Na Câmara dos Deputados, sugeriu-se como alternativa a apresentação de um projeto de lei nos moldes da proposta enviada originalmente ao Congresso. Mas os sinais de que os participantes da discussão perderam o sentido de urgência são preocupantes.
A medida provisória busca desfazer alguns dos principais nós do setor ao concentrar na Agência Nacional de Águas a definição de normas e diretrizes, evitando a desorganização causada hoje pela atuação de prefeituras e agências locais.
Além disso, o novo modelo obrigaria os municípios a abrir licitação sempre que vencerem seus contratos com as empresas estaduais que hoje atendem à maior parte da população, assim estimulando a entrada do capital privado.
Governadores que se opõem à iniciativa dizem temer que os investidores só se interessem em prestar serviços em regiões ricas, deixando o resto para as concessionárias públicas.
Com a iminente expiração da MP, caberá ao governo e ao Congresso encontrar a melhor forma de promover as mudanças necessárias para destravar o saneamento, com a presteza que as intoleráveis carências do país requerem.
(Editorial. Folha de S.Paulo, 28.02.2019. Adaptado)
Programa detecta 90% de precisão se a autoria de um texto é falsa
Pense bem antes de considerar colar no seu próximo trabalho escrito. Pesquisadores da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, combinaram uma grande base de dados com inteligência artificial para criar um sistema que determina se um texto é original ou foi copiado da internet.
A pesquisa coletou 130 mil redações de estudantes de 10 mil escolas dinamarquesas, e o sistema adivinhou, com 90% de acerto, quais eram falsos. Já existem programas capazes de identificar se um texto foi plagiado de um artigo previamente publicado. Um exemplo é o Lectio, usado nas escolas da Dinamarca. As coisas complicaram quando os alunos começaram a contratar outras pessoas para fazer seus textos, os ghostwriters. A situação é muito expressiva principalmente no último ano do colegial, quando os alunos precisam entregar um trabalho final – como se fosse um TCC do Ensino Médio.
No caso de a redação ter sido escrita por um ghostwriter, os programas utilizados atualmente não são tão eficientes. A técnica criada pelos cientistas identifica diferenças no estilo de escrita do aluno comparando seus textos anteriores. Alguns aspectos que o programa procura são tamanho das palavras, estrutura das frases e como as palavras são usadas. Um exemplo é a própria palavra “exemplo” — ela pode ser escrita inteira ou usando uma abreviação, como ex.
Por enquanto, o novo programa, chamado Ghostwriter, ainda está em fase de pesquisa. Os autores do estudo acreditam que em breve ele poderá ser levado para dentro das escolas, mas antes disso é preciso existir um debate ético. O programa não deve ser o único recurso utilizado para identificar a falsidade do texto. Ele pode indicar ou suspeitar da legitimidade do autor, mas quem deve dar a palavra final são seres humanos.
O Ghostwriter também pode ser útil em outras áreas. Ele pode analisar grandes quantidades de documentos e ajudar a polícia a identificar quais deles são falsificados. Ele também contribui para separar os tweets de usuários verdadeiros daqueles que foram pagos ou feitos por robôs. No Brasil – em que até receita de miojo recebe nota boa no Enem – a tecnologia será muito bem-vinda.
Maria Clara Rossini. Disponível em: https://super.abril.com.br. Acesso em 5/7/2019
A Ilha Fiscal
Localizada na baía de Guanabara, a ilha ganhou esse nome pela necessidade do estabelecimento de um posto alfandegário para o controle das mercadorias importadas e exportadas pelo Rio de Janeiro, então capital do Império. Seu primeiro nome foi Ilha dos Ratos.
O projeto do posto fiscal foi do engenheiro Adolpho Del Vecchio e seguia alguns padrões do antigo estilo gótico. A importância da edificação não se deve, porém, à sua existência funcional, mas ao último baile do Império, em 9 de novembro de 1889, uma semana antes da proclamação da República. A festa homenageava o Chile, representado pelos oficiais do couraçado Almirante Cochrane, os quais visitavam o país.
Cerca de 5 mil pessoas participaram do baile marcado pela extravagância: a ilha foi enfeitada com balões venezianos, lanternas chinesas e vasos franceses. Os convidados desciam dos barcos e eram recepcionados por moças fantasiadas de fadas e sereias.
Enquanto valsas e polcas alegravam os convidados, as iguarias eram servidas em pratos ornamentados com flores e frutas exóticas, e os convidados consumiam robustíssimo cardápio: 800 quilos de camarão, 1300 frangos, 500 perus, 64 faisões, 1200 latas de aspargos, 20 mil sanduíches, 14 mil sorvetes, além de litros de cerveja, champanhe e bebidas diversas.
Ao chegar, o imperador Pedro II teria tropeçado e quase levado um tombo. Ao recompor-se, teria dito: “O monarca escorregou, mas a monarquia não caiu”.
Não distante dali, os republicanos colocavam os últimos pregos no caixão da monarquia moribunda.
(Texto baseado na obra de Márcio Cotrim. Revista Língua Portuguesa, julho de 2014. Adaptado)
No que concerne às estruturas linguísticas e gramaticais do texto, julgue o item.
Na linha 25, a forma verbal “contribuindo” pode ser
flexionada no infinitivo — contribuir —, caso em que
passaria a se relacionar com “formas solidárias de viver
e produzir”.
No que concerne às estruturas linguísticas e gramaticais do texto, julgue o item.
Sem prejuízo para a correção gramatical e para os
sentidos do texto, a forma verbal “contêm” (linha 6)
pode ser flexionada no singular — contém —, caso em
que passa a retomar o termo “maioria” (linha 5).
Acerca da correção dos trechos apresentados quanto à concordância nominal e verbal, julgue o item.
Verdura é bom.
Acerca da correção dos trechos apresentados quanto à concordância nominal e verbal, julgue o item.
Nem chuva nem frio é bem recebido.
Acerca da correção dos trechos apresentados quanto à concordância nominal e verbal, julgue o item.
Segue anexa a fatura.
Acerca da correção dos trechos apresentados quanto à concordância nominal e verbal, julgue o item.
A multidão ultrapassaram o limite.
Acerca da correção dos trechos apresentados quanto à concordância nominal e verbal, julgue o item.
Lindos filha e bebê.
Acerca da correção dos trechos apresentados quanto à concordância nominal e verbal, julgue o item.
Cláudio e Inês conversaram até de madrugada.
Acerca da correção dos trechos apresentados quanto à concordância nominal e verbal, julgue o item.
Adoro as comidas mexicana e japonesa.
Acerca da correção dos trechos apresentados quanto à concordância nominal e verbal, julgue o item.
Construiu‐se novas igrejas.
Acerca da correção dos trechos apresentados quanto à concordância nominal e verbal, julgue o item.
Carla, Lúcia, Paulo, ninguém o convenceu a mudar de
opinião.
Acerca da correção dos trechos apresentados quanto à concordância nominal e verbal, julgue o item.
Houve dois meses sem mudança.