Questões de Português - Crase para Concurso

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Q1848903 Português
exto CG1A1-I

   A teoria das causas cerebrais dos transtornos mentais passou gradualmente a ironizar tudo o que se relacionava com a forma de vida do sujeito, compreendida como unidade entre linguagem, desejo e trabalho. As narrativas de sofrimento da comunidade ou dos familiares com quem se vive, a própria versão do paciente, o seu “lugar de fala” diante do transtorno, tornaram-se epifenômenos, acidentes que não alteram a rota do que devemos fazer: correção educacional de pensamentos distorcidos e medicação exata.
   Quarenta anos depois, acordamos em meio a uma crise global de saúde mental, com elevação de índices de suicídio, medicalização massiva receitada por não psiquiatras e insuficiência de recursos para enfrentar o problema.
   Esse é o custo de desprezar a cultura como instância geradora de mediações de linguagem necessárias para que enfrentemos o sofrimento antes que ele evolua para a formação de sintomas. Esse é o desserviço dos que imaginam que teatro, literatura, cinema e dança são apenas entretenimento acessório — como se a ampliação e a diversidade de nossa experiência cultural não fossem essenciais para desenvolver capacidade de escuta e habilidades protetivas em saúde mental. Como se eles não nos ensinassem como sofrer e, reciprocamente, como tratar o sofrimento no contexto coletivo e individual do cuidado de si.

Christian Dunker. A Arte da quarentena para principiantes.
São Paulo: Boitempo, 2020, p. 32-33 (com adaptações). 

Julgue o próximo item, relativos aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CG1A1-I.  
Caso fosse inserido o sinal indicativo de crase no vocábulo “a”, no trecho “em meio a uma crise” (primeiro período do segundo parágrafo), a correção gramatical do texto seria prejudicada.
Alternativas
Q1847965 Português

Pegar o bonde andando


    Expressão antiga. Literalmente, era tomar o veículo em movimento, com cuidado para não levar um espetacular tombo e perder uma perna nessa travessura. Em sentido não literal, significa “pegar uma conversa pela metade, entrar num assunto sem saber direito do que se trata”. Mas falemos do bonde propriamente dito. Se você é jovem, não deve tê-lo conhecido. Portanto, é bom saber que, durante décadas, ele foi figurinha fácil na paisagem urbana das maiores cidades brasileiras.

    O berço do vocábulo é curioso. O dinheiro que financiou os primeiros desses veículos que circularam entre nós no século 19 veio de um empréstimo negociado com a Grã-Bretanha. Para garanti-lo, foram emitidos bonds (títulos a receber). Esses bonds, usados pelos passageiros, exibiam a figura do veículo. O nome pegou e o povo passou a chamar de “bonde” não só o bilhete, mas o próprio veículo.

    O bonde deixou saudade. Gente da terceira e até da quinta idade ainda se lembra da popular figura do “almofadinha”. Como os bancos dos bondes eram de madeira, sem muito conforto, esses sujeitos levavam almofadas onde se sentavam durante a viagem e, vento no rosto, iam cultivando seus sonhos.

    Enquanto isso, o cobrador, pendurado no estribo, ia cobrando a passagem, e, às vezes, era obrigado a ouvir os mais gozadores assim cantarolando: “Din din din din, dois pra Light e um pra mim” (Light era a concessionária que prestava o serviço).


(Márcio Cotrim. Revista Língua Portuguesa, fevereiro de 2014. Adaptado)

O sinal indicativo de crase foi corretamente empregado na alternativa:
Alternativas
Q1844362 Português

Com relação aos aspectos gramaticais e aos sentidos do texto, julgue o item.


Seria gramaticalmente incorreto empregar o sinal indicativo de crase em “a vapor” (linha 24). 

Alternativas
Q1844175 Português

Acerca dos aspectos gramaticais e dos sentidos do texto apresentado, julgue o item.


O emprego do sinal indicativo de crase é obrigatório no termo “Àquela” (linha 14).  

Alternativas
Q1844024 Português

Texto para o item.

Ana Maria H. Baptista. Do impresso ao digital. In: Conhecimento

Prático Língua Portuguesa e Literatura, ano 8, ed. 83,

Editora Escala, 2020 (com adaptações).


Considerando os aspectos gramaticais do texto apresentado, julgue o item. 

Embora não fosse gramaticalmente incorreto, o emprego do sinal indicativo de crase no vocábulo “a”, em “a certa distração” (linha 36), alteraria os sentidos originais do texto. 
Alternativas
Q1843318 Português

Com relação aos aspectos gramaticais e aos sentidos do texto, julgue o item. 


Os sentidos e a correção gramatical do texto seriam prejudicados se o trecho “item por item” (linha 14) fosse reescrito da seguinte forma: item à item

Alternativas
Q1841072 Português
Leia o texto para responder à questão.

     Motivação é a energia que nos leva __ agir - e não sou a única pessoa que acha difícil encontrar essa motivação. Alguns de nós sofreram um burnout total depois de mais de um ano de perdas, dor e problemas relacionados __ pandemia. Outros se sentem mais como estou me sentindo – nada está terrivelmente errado, mas não conseguimos encontrar inspiração. Seja qual for a situação em que nos encontramos, um exame mais profundo da motivação pode nos dar mais incentivo para avançar, não só no dia __ dia, mas num futuro incerto.
(Cameron Walker, The New York Times.
Em: https://economia.estadao.com.br. Adaptado)
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas do texto devem ser preenchidas, respectivamente, com
Alternativas
Q1841055 Português
Leia o texto para responder à questão.

Perto do apagão
    ________a falta de chuvas nos últimos dois meses, inferiores ao padrão já escasso do mesmo período de 2020, ficou mais evidente a ameaça ________ a geração de energia se mostre insuficiente para manter o fornecimento até novembro, quando se encerra o período seco.
    Novas simulações do Operador Nacional do Sistema (ONS) mostram agravamento, com destaque para a região Sul, onde o nível dos reservatórios até 24 de agosto caiu para 30,7% – a projeção anterior apontava para 50% no fechamento do mês.
    Mesmo no cenário mais favorável, que pressupõe um amplo conjunto de medidas, como acionamento de grande capacidade de geração térmica, importação de energia e postergação de manutenção de equipamentos, o país chegaria ________ novembro praticamente sem sobra de potência, o que amplia a probabilidade de apagões.
    Embora se espere que tais medidas sejam suficientes para evitar racionamento neste ano, não se descartam sobressaltos pontuais, no contexto da alta demanda ________ o sistema será submetido.
    Se o regime de chuvas no verão não superar a média dos últimos anos, a margem de manobra para 2022 será ainda menor. Calcula-se que, nesse quadro, a geração térmica, mais cara, tenha de permanecer durante todo o período úmido, o que seria algo inédito.
    Desde já o país precisa considerar os piores cenários e agir com toda a prudência possível, com foco em investimentos na geração, modernização de turbinas em hidrelétricas antigas e planejamento para ampliar a resiliência do sistema.
(Editorial. Folha de S.Paulo, 27.08.2021. Adaptado)
Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas do texto devem ser preenchidas, respectivamente, com:
Alternativas
Q1841053 Português
Leia o texto para responder à questão.

Amor é para gastar
    Na economia da vida, o maior desperdício é fazer poupança de amor. Prejuízo na certa. Amor é para gastar, mostrar, ostentar. O amor, aliás, é a mais saudável forma de ostentação que existe no mundo.
    Vai por mim, amar é luxo só. Triste de quem sente e esconde, de quem sente e fica no joguinho dramático, de quem sente e guarda a sete chaves. Sinto muito.
    Amor é da boca para fora. Amor é um escândalo que não se abafa. “Eu te amo” é para ser dito, desbocadamente. Guardar “eu te amo” é prejudicial à saúde.
    Na economia amorosa, só existe pagamento à vista, missa de corpo presente. O amor não se parcela, não admite suaves prestações.
    Não existe essa de amor só amanhã, como na placa do fiado do boteco. Amor é hoje, aqui, agora... Amor não se sonega, amor é tudo a declarar.
(Xico Sá, “Amor é para gastar”. Em: http://www.itatiaia.com.br)
No trecho do 3º parágrafo – Guardar “eu te amo” é prejudicial à saúde. –, a crase mantém-se se a expressão destacada for substituída por:
Alternativas
Q1840974 Português
Leia o texto, para responder à questão.

   McLuhan já alertava que a aldeia global resultante das mídias eletrônicas não implica necessariamente harmonia. Implica, sim, que cada participante das novas mídias terá um envolvimento gigantesco na vida dos demais membros, que terá a chance de meter o bedelho onde bem quiser e fazer o uso que quiser das informações que conseguir. A aclamada transparência da coisa pública carrega consigo o risco de fim da privacidade e a superexposição de nossas pequenas ou grandes fraquezas morais no julgamento da comunidade de que escolhemos participar.
   Não faz sentido falar de dia e noite das redes sociais, apenas em número de atualizações nas páginas e na capacidade dos usuários de distinguir essas variações como relevantes no conjunto virtualmente infinito das possibilidades das redes. Para achar o fio de Ariadne no labirinto das redes sociais, os usuários precisam ter a habilidade de identificar e estimar parâmetros, aprender a extrair informações relevantes de um conjunto finito de observações e reconhecer a organização geral da rede da qual participam.
   O fluxo de informação que percorre as artérias das redes sociais é um poderoso fármaco viciante. Um dos neologismos recentes vinculados à dependência cada vez maior dos jovens a esses dispositivos é a “nomobofobia” (do inglês nomobophoby, abreviação de “no-mobile phone phoby”, ou “pavor de ficar sem conexão no telefone celular”), descrito como a ansiedade e o sentimento de pânico experimentado por um número crescente de pessoas quando acaba a bateria do dispositivo móvel ou quando ficam sem conexão com a Internet. A informação azul, como toda nova droga, ao embotar a razão e abrir os poros da sensibilidade, pode tanto ser um remédio quanto um veneno para o espírito. 
(Vinícius Romanini, Tudo azul no universo das redes.
Revista USP 92. Adaptado)
Assinale a alternativa que substitui, nos colchetes, as expressões destacadas, de acordo com a norma-padrão de regência e emprego do sinal indicativo de crase.
Alternativas
Q1839247 Português
“A cura está ligada ao tempo e às vezes também às circunstâncias.”
Nessa frase há dois casos de emprego correto do acento grave indicativo da crase. Assinale a opção que indica a frase em que esse acento está empregado incorretamente.
Alternativas
Q1839033 Português

TEXTO I

São Demasiado Pobres os Nossos Ricos


    A maior desgraça de uma nação pobre é que, em vez de produzir riqueza, produz ricos. Mas ricos sem riqueza. Na realidade, melhor seria chamá-los não de ricos, mas de endinheirados. Rico é quem possui meios de produção. Rico é quem gera dinheiro e dá emprego. Endinheirado é quem simplesmente tem dinheiro. Ou que pensa que tem. Porque, na realidade, o dinheiro é que o tem a ele. 


    A verdade é esta: são demasiado pobres os nossos «ricos». Aquilo que têm, não detêm. Pior: aquilo que exibem como seu, é propriedade de outros. É produto de roubo e de negociatas. Não podem, porém, estes nossos endinheirados usufruir em tranquilidade de tudo quanto roubaram. Vivem na obsessão de poderem ser roubados. Necessitavam de forças policiais à altura. Mas forças policiais à altura acabariam por lançá-los a eles próprios na cadeia. Necessitavam de uma ordem social em que houvesse poucas razões para a criminalidade. Mas se eles enriqueceram foi graças a essa mesma desordem. 


    O maior sonho dos nossos novos-ricos é, afinal, muito pequenito: um carro de luxo, umas efêmeras cintilâncias. Mas a luxuosa viatura não pode sonhar muito, sacudida pelos buracos das avenidas. O Mercedes e o BMW não podem fazer inteiro uso dos seus brilhos, ocupados que estão em se esquivar entre chapas, muito convexos e estradas muito côncavas. A existência de estradas boas dependeria de outro tipo de riqueza. Uma riqueza que servisse a cidade. E a riqueza dos nossos novos-ricos nasceu de um movimento contrário: do empobrecimento da cidade e da sociedade. 


    As casas de luxo dos nossos falsos ricos são menos para serem habitadas do que para serem vistas. Fizeram-se para os olhos de quem passa. Mas ao exibirem-se, assim, cheias de folhos e chibantices, acabam atraindo alheias cobiças. Por mais guardas que tenham à porta, os nossos pobres-ricos não afastam o receio das invejas e dos feitiços que essas invejas convocam. O fausto das residências não os torna imunes. Pobres dos nossos riquinhos! 


    São como a cerveja tirada à pressão. São feitos num instante, mas a maior parte é só espuma. O que resta de verdadeiro é mais o copo que o conteúdo. Podiam criar gado ou vegetais. Mas não. Em vez disso, os nossos endinheirados feitos sob pressão criam amantes. Mas as amantes (e/ou os amantes) têm um grave inconveniente: necessitam de ser sustentadas com dispendiosos mimos. O maior inconveniente é ainda a ausência de garantia do produto. A amante de um pode ser, amanhã, amante de outro. O coração do criador de amantes não tem sossego: quem traiu sabe que pode ser traído.


Mia Couto, in 'Pensatempos'


http://www.citador.pt/textos/sao-demasiado-pobres-os-nossosricos-mia-couto..



Em “São como a cerveja tirada à pressão”, ocorreu a crase por se tratar de uma locução adverbial feminina de modo.
Assim como essa, outras locuções adverbiais femininas também recebem crase. Assinale a alternativa em que a crase ocorreu por se tratar de uma locução adverbial feminina.
Alternativas
Q1838047 Português

Assinale a alternativa que preenche as lacunas do texto a seguir, observando a norma-padrão de emprego do sinal indicativo de crase.


Conquistas da tecnologia estendem-se ____ toda a humanidade, que se beneficia delas sem se dar conta do quanto foi investido _____ fim de disponibilizá-la _____  população. 

Alternativas
Q1837997 Português

Furto em Flor


    Furtei uma flor daquele jardim. O porteiro do edifício cochilava e eu furtei a flor.

    Trouxe-a para casa e coloquei-a no copo com água. Logo senti que ela não estava feliz. O copo destina-se a beber, e flor não é para ser bebida.

    Passei-a para o vaso, e notei que ela me agradecia, revelando melhor sua delicada composição. Quantas novidades há numa flor, se a contemplarmos bem. Sendo autor do furto, eu assumira a obrigação de conservá-la. Renovei a água do vaso, mas a flor empalidecia. Temi por sua vida. Não adiantava restituí-la ao jardim. Nem apelar para o médico de flores. Eu a furtara, eu a via morrer.

    Já murcha, e com a cor particular da morte, peguei-a docemente e fui depositá-la no jardim onde desabrochara. O porteiro estava atento e repreendeu-me:

— Que ideia a sua vir jogar lixo de sua casa neste jardim!

(ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos Plausíveis.

In: ANDRADE, Carlos Drummond de. Prosa e Poesia, 8. ed.

Rio de Janeiro: Nova Aguiar, 1992. p. 1266.

Considere a frase:


O porteiro assistia _____ toda a cena, sem perceber minha culpa, meu desejo de retornar a flor _____ lugar no qual ela desabrochara e do qual ____ furtei.


Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas do texto devem ser preenchidas, respectivamente, por:

Alternativas
Q1837293 Português

Obs.: As questões se apoiam em frases do discurso publicitário ou de propaganda.

No texto a seguir há dois casos de acento grave indicativo da crase:
“Pedimos desculpas às esposas americanas. ABC apresenta o futebol das segundas-feiras à noite.”
Assinale a opção que indica a frase em que o acento está empregado corretamente.
Alternativas
Q1837065 Português

Texto para a questão. 


Internet: <medicina.ufmg.br> (com adaptações).

Assinale a alternativa em que é apresentada proposta de reescrita gramaticalmente correta e coerente para o seguinte trecho do texto: “No caso do tabaco, a nicotina é a principal atuante no organismo e pode causar hipertensão” (linhas 25 e 26).
Alternativas
Q1836534 Português

Considere a tira para responder à questão.


(Bill Watterson. O Estado de S. Paulo, 07.12.2019.)

Atendendo à norma-padrão da língua portuguesa, a frase de Calvin no último quadrinho pode ser reescrita da seguinte forma:
Alternativas
Q1836529 Português
Leia o texto para responder à questão.

O mundo é dos românticos
   O que querem as mulheres? Freud, que era Freud, não conseguiu responder à pergunta. Mas o “Wall Street Journal” incendiou as sensibilidades com um cenário aterrador.
  O mérito pertence a Gerard Baker. Escreveu o editorialista que, nos EUA, as mulheres já representam 57% dos graduados com curso superior. Na pós-graduação, o número sobe para 59%. O futuro será delas, não deles.
   Todavia esse triunfo, embora positivo para uma sociedade mais igualitária, traz um problema inusitado. Se existem três homens graduados para quatro mulheres na mesma situação, com quem vão se casar as mulheres?
   Explico melhor. Para um homem, o estatuto social ou profissional de uma mulher não é uma prioridade. E alguns, mais inseguros, até preferem parceiras que estejam um degrau abaixo das suas habilitações acadêmicas ou contas bancárias.
   Com as mulheres, é a situação inversa. As donzelas valorizam o estatuto social ou profissional do homem de uma forma mais seletiva. É fazer as contas: não haverá doutores suficientes para tantas doutoras exigentes.
   Quando li o editorial, ri e me perguntei: de onde saiu esse dinossauro? Mas depois, com o riso a apagar-se, dei por mim a pensar nas minhas amigas. Com quem casaram elas, afinal?
   Na esmagadora maioria, casaram no interior da mesma classe. Em teoria, algumas delas, médicas ou jornalistas, poderiam se apaixonar pelo encanador. Na prática, isso só acontece nos filmes de Hollywood.
   E se o leitor desconfia do meu universo pessoal, há sempre estudos impessoais para esclarecer estas matérias. Um deles foi realizado pela Universidade de Swansea, no Reino Unido.
   Os pesquisadores entrevistaram 2.700 alunos de cinco países (Singapura, Malásia, Austrália, Noruega e Reino Unido) com uma pergunta fundamental: o que mais valoriza num potencial parceiro? Na lista de opções, estas oito características: beleza, finanças, gentileza, humor, castidade, religiosidade, criatividade, desejo de ter filhos.
   Os resultados, partilhados pela revista “Time”, não mentem: os homens valorizam mais a beleza; as mulheres valorizam mais as finanças. O mundo é um lugar cruel?
   Não, porque o mesmo estudo coloca no primeiro lugar para cada um dos sexos a mesma virtude imaterial: a gentileza. Antes da beleza (para eles) ou do dinheiro (para elas), parece que essa formosura da alma é o artigo mais cobiçado. A Ocidente e a Oriente.
   Será que todo mundo realmente diz a verdade nessas pesquisas?
(João Pereira Coutinho. Folha de S.Paulo.
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/joaopereiracoutinho/ 2019/10/o-mundo-e-dos-romanticos.shtml. Adaptado)
O sinal indicativo de crase está corretamente empregado na alternativa: 
Alternativas
Q1836349 Português
Leia o texto, para responder à questão.

   A psicanalista Maria Homem diz que o ressentimento é a palavra-chave para ousar compreender o mundo hoje. Luiz Filipe Pondé acredita que o ressentimento faz de nós incapazes de ver algo simples: o universo é indiferente aos nossos desejos; além de destruir em nós a capacidade de pensar e compreender a realidade.
   Ressentir-se significa atribuir ao outro a responsabilidade pelo que nos faz sofrer. Como se a culpa do que não somos ou não podemos ser fosse sempre do outro, esse bode expiatório que escolhemos quando não podemos nos haver com nossos próprios limites. Ressentir-se é uma impossibilidade de esquecer ou superar um agravo. Seria uma impossibilidade ou uma recusa?
   O ressentido não é alguém incapaz de perdoar ou esquecer, é alguém que não quer esquecer, não quer perdoar, nem superar o mal que o vitimou. O filósofo Max Scheler classifica como “auto envenenamento psicológico” o estado emocional do ressentido, um ser introspectivo ocupado com ruminações acusadoras e fantasias vingativas.
   O ressentido é um escravo de sua impossibilidade de esquecer, vivendo em função de sua vingança adiada, de maneira que em sua vida não é possível abrir lugar para o novo; trata-se de um vingativo passivo, e suas queixas contínuas mobilizam, no outro, confusos sentimentos de culpa. Na verdade, ele acusa, mas não está seriamente interessado em ser ressarcido do agravo que sofreu. No ressentido, permanece uma dívida impagável, a compensação reivindicada é da ordem de uma vingança projetada no futuro. O ressentido é um covarde, pois não concede a si mesmo os prazeres da vingança pelo exercício da ação. Esse desejo de vingança recusado é o núcleo doentio do ressentimento nietzschiano. Uma vez que não se permite reagir, só resta ao fraco ressentir.
   Por não esquecer, o ressentido não consegue entregar-se ao fluxo da vida presente. A memória é como uma doença, o tempo não pode ser detido, a vontade não pode “querer pra trás”, ou seja, corrigir o curso de suas escolhas passadas.
   A solução para o ressentimento não é negá-lo, mas nomeá-lo, informar-se sobre ele, perceber que é impossível não o ter em nós em alguma medida. “Conhece-te a ti mesmo”, foi o conselho dado pelo sábio filósofo Sócrates, no século V a.C. Quem sabe tenhamos a coragem e as ferramentas para compreender essa emoção, e, com isso, podermos nos colocar além do ressentimento. Talvez possamos um dia transformar esse sentimento e, assim, criar um novo modo de estar com o outro.
(Luciana Ribeiro Soubhia, Ressentimento.
Revista Bem-estar, 04-07-2021. Adaptado)
Assinale a alternativa que substitui, respectivamente, os trechos destacados na passagem a seguir, observando a norma-padrão de regência e emprego do sinal indicativo de crase. Por não esquecer, o ressentido não consegue entregar-se ao fluxo da vida presente. A memória é como uma doença, o tempo não pode ser detido, a vontade não pode “querer pra trás”, ou seja, corrigir o curso de suas escolhas passadas.
Alternativas
Q1836111 Português
Analise o fragmento de texto a seguir. _____ dias em que aguardo _____ moça que vende balas de coco, _____ espero ansiosamente. Daqui _____ pouco ela chegará, _____ 16 horas, para ser mais precisa. Assinale a opção que completa corretamente as lacunas do fragmento acima.
Alternativas
Respostas
561: C
562: C
563: C
564: C
565: C
566: C
567: B
568: A
569: B
570: A
571: D
572: A
573: B
574: A
575: B
576: E
577: D
578: D
579: C
580: B