Questões de Concurso Comentadas sobre crase em português

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Q121629 Português
O avanço rumo ...... um desenvolvimento sustentável depende de diversos fatores, entre os quais estão o estímulo ...... novas tecnologias e o compromisso ético de empresas que tenham como prioridade o respeito ...... causas ambientais.

Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:
Alternativas
Q120979 Português
Atenção: As questões de números 1 a 10 baseiam-se no texto apresentado abaixo.

Vários estudos têm alertado que tanto a população da
Terra quanto os níveis de consumo crescem mais rapidamente
do que a capacidade de regeneração dos sistemas naturais. Um
dos mais recentes, o relatório Planeta Vivo elaborado pela ONG
internacional WWF, estima que atualmente três quartos da
população mundial vivem em países que consomem mais
recursos do que conseguem repor.
Só Estados Unidos e China consomem, cada um, 21%
dos recursos naturais do planeta. Até 1960, a maior parte dos
países vivia dentro de seus limites ecológicos. Em poucas
décadas do atual modelo de produção e consumo, a humanida-
de exauriu 60% da água disponível e dizimou um terço das
espécies vivas do planeta.
"O argumento de que o crescimento econômico é a
solução já não basta. Não há recursos naturais para suportar o
crescimento constante. A Terra é finita e a economia clássica
sempre ignorou essa verdade elementar", afirma o ecoecono-
mista Hugo Penteado. Ele não está sozinho. A urgência dos
problemas ambientais e suas implicações para a economia das
nações têm sido terreno fértil para o desenvolvimento da
ecoeconomia, ou economia ecológica, que não é exatamente
nova. Seus principais expoentes começaram a surgir na década
de 1960. Hoje, estão paulatinamente ganhando projeção graças
à visibilidade que o tema sustentabilidade conquistou.
Para essa escola, as novas métricas para medir o cres-
cimento não bastam, embora sejam bem-vindas em um proces-
so de transição. Para a ecoeconomia, é preciso parar de cres-
cer em níveis exponenciais e reproduzir – ou "biomimetizar" – os
ciclos da natureza: para ser sustentável, a economia deve cami-
nhar para ser cada vez mais parecida com os processos
naturais.
"A economia baseada no mecanicismo não oferece mais
respostas. É preciso encontrar um novo modelo, que dê res-
postas a questões como geração de empregos, desenvolvi-
mento com qualidade e até mesmo uma desmaterialização do
sistema. Vender serviços, não apenas produtos, e também pro-
duzir em ciclos fechados, sem desperdício", afirma o professor
Paulo Durval Branco, da Escola Superior de Conservação
Ambiental. De acordo com ele, embora as empresas venham
repetindo a palavra sustentabilidade como um mantra, são pou-
quíssimas as que fizeram mudanças efetivas em seus modelos
de negócio. O desperdício de matérias-primas, o estímulo ao
consumismo e a obsolescência programada (bens fabricados
com data certa para serem substituídos) ainda ditam as re-
gras.


(Texto adaptado do artigo de Andrea Vialli. O Estado de S.
Paulo,
H4 Especial, Vida &Sustentabilidade, 15 de maio de 2009)

A transição rumo ...... economia sustentável deve considerar uma produção limitada ...... necessidade de reposição dos itens, e o fabricante prestaria serviços vinculados ...... bens alugados, como manutenção, recolhimento e reciclagem.

As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas, respectivamente, por:
Alternativas
Q119811 Português
Com relação aos sentidos e aspectos linguísticos do texto, assinale a opção correta.
Alternativas
Q119796 Português
Imagem 049.jpg

Emprega-se o sinal indicativo de crase em “corresponde à crescente transformação histórica” (l.1-2) porque
Alternativas
Q119150 Português
Imagem 002.jpg

No texto acima, foi feita uma alteração que prejudicou a correção gramatical. Para torná-lo correto, é necessário
Alternativas
Q118698 Português
ERRO quanto ao uso da crase na seguinte afirmativa:

Alternativas
Q118550 Português
Assinale a opção que completa corretamente as lacunas: “Ao meio-dia e ____ , quando o policial chegou ___ estação, ____ na avenida Sete de Setembro nº 10, já não encontrou os meliantes.”
Alternativas
Q118524 Português
Quanto ao uso da crase:

I. O Estreito pertencia ao município de São José, tendo sido incorporado à Florianópolis em 1944.

II. A Wehrmacht invadiu a Polônia, dando início à Segunda Guerra Mundial.

III. Muitas pessoas estão repensando sua próxima viagem à Europa.

IV. Dessa forma quiseram dar um recado ao Brasil e à Turquia.

V. Quem vai à Roma gosta de ver o Papa.

Alternativas
Q118445 Português
Grandes e pequenas mulheres

Há mulheres de todos os gêneros. Histéricas, batalhadoras, frescas, profissionais, chatas, inteligentes, gostosas, parasitas, sensacionais. Mulheres de origens diversas, de idades várias, mulheres de posses ou de grana curta. Mulheres de tudo quanto é jeito. Mas se eu fosse homem prestaria atenção apenas num quesito: se a mulher é do tipo que puxa pra cima ou se é do tipo que empurra pra baixo.
Dizem que por trás de todo grande homem existe uma grande mulher. Meia-verdade. Ele pode ser grande estando sozinho também. Mas com uma mulher xarope ele não vai chegar a lugar algum.
Mulher que puxa pra cima é mulher que aposta nas decisões do cara, que não fica telefonando pro escritório toda hora, que tem a profissão dela, que apoia quando ele diz que vai pedir demissão por questões éticas e que confia que vai dar tudo certo.
Mulher que empurra pra baixo é a que põe minhoca na cabeça dele sobre os seus colegas, a que tem acessos de carência bem na hora que ele tem que entrar numa reunião, a que não avaliza nenhuma mudança que ele propõe, a que quer manter tudo como está.
Mulher que puxa pra cima é a que dá uns toques na hora de ele se vestir, a que não perturba com questões menores, a que incentiva o marido a procurar os amigos, a que separa matérias de revista que possam interessá-lo, a que indica livros, a que faz amor com vontade.
Mulher que empurra pra baixo é a que reclama do salário dele, a que não acredita que ele tenha taco para assumir uma promoção, a que acha que viajar é despesa e não investimento, a que tem ciúmes da secretária.
Mulher que puxa pra cima é a que dá conselhos e não palpite, a que acompanha nas festas e nas roubadas, a que tem bom humor.
Mulher que empurra pra baixo é a que debocha dos defeitos dele em rodinhas de amigos e que não acredita que ele vá mais longe do que já foi.
Se por trás de todo grande homem existe uma grande mulher, então vale o inverso também: por trás de um pequeno homem talvez exista uma mulherzinha de nada.
(Martha Medeiros)

Assinale a alternativa em que o uso da crase apresenta-se INCORRETO:
Alternativas
Q116039 Português
Cada uma das opções a seguir apresenta adaptação de trecho extraído do sítio Internet: <seduc.ce.gov.br> . Assinale a opção correspondente à adaptação com pontuação e emprego do acento grave corretos.
Alternativas
Ano: 2010 Banca: ESAF Órgão: SMF-RJ Prova: ESAF - 2010 - SMF-RJ - Agente de Fazenda |
Q115335 Português
Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas do texto.

Imagem associada para resolução da questão

Alternativas
Q113402 Português
Acerca da organização das idéias e das estruturas lingüísticas no texto acima, julgue os itens subseqüentes.
Mantêm-se a correção gramatical e o sentido original do texto, se o vocábulo “às” (Imagem 002.jpg.7) for substituído por a.
Alternativas
Q111891 Português
Assinale a alternativa adequada quanto ao uso de a (preposição), à (preposição + artigo) ou há (verbo haver):

Alternativas
Q111502 Português
Pergunta: Por que o senhor acha que Cem anos de solidão fez
tanto sucesso?
García Marquez: Não tenho a menor ideia, sou um péssimo
crítico de meus próprios trabalhos.

Pergunta: Por que acha que a fama é destrutiva para um
escritor?
García Marquez: Primeiro, porque ela invade sua vida particular.
Acaba com o tempo que você passa com amigos e com o
tempo em que você pode trabalhar. Tende a isolar você do
mundo real.

Pergunta: O senhor já pensou em fazer filme?
García Marquez: Houve uma ocasião em que desejava ser
diretor de cinema. Sentia que o cinema era um meio de co-
municação que não tinha limites, no qual tudo era possível. Mas
há uma grande limitação no cinema pelo fato de que ele é uma
arte industrial. É muito difícil expressar no cinema o que você
realmente quer dizer. Entre ter uma companhia cinematográfica
e um jornal, eu escolheria um jornal.

[...]

Pergunta: Ouvi falar de uma famosa entrevista com um mari-
nheiro que havia sofrido um naufrágio.
García Marquez: Não foi com perguntas e respostas. O mari-
nheiro apenas contou suas aventuras e eu as reescrevi, ten-
tando usar as palavras dele, na primeira pessoa, como se fosse
ele quem estivesse escrevendo. Quando o trabalho foi publi-
cado, na forma de uma série de reportagens em um jornal, uma
parte por dia, durante duas semanas, foi assinado pelo ma-
rinheiro e não por mim. Só vinte anos depois a reportagem foi
publicada em livro e as pessoas descobriram que havia sido
escrita por mim. Nenhum editor de texto percebeu que ela era
boa, até eu escrever Cem anos de solidão.


(Adaptado de Peter M. Stone. Os escritores, 2: as históricas
entrevistas da Paris Review
. Trad. Cecília C. Bartalotti. São
Paulo: Cia. das Letras, 1989, p. 326 e pp.340-341)

Gabriel García Marquez cresceu em meio ... plantações de banana de Arataca, situada ... poucos quilômetros do vilarejo de Macondo, que ele se dedicou ... retratar na obra Cem anos de solidão.

Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:
Alternativas
Q110065 Português
Painel do leitor (Carta do leitor)

Resgate no Chile

Assisti ao maior espetáculo da Terra numa operação de salvamento de vidas, após 69 dias de permanência no
fundo de uma mina de cobre e ouro no Chile.
Um a um os mineiros soterrados foram içados com sucesso, mostrando muita calma, saúde, sorrindo e
cumprimentando seus companheiros de trabalho. Não se pode esquecer a ajuda técnica e material que os Estados
Unidos, Canadá e China ofereceram à equipe chilena de salvamento, num gesto humanitário que só enobrece esses
países. E, também, dos dois médicos e dois “socorristas” que, demonstrando coragem e desprendimento, desceram na
mina para ajudar no salvamento. (Douglas Jorge; São Paulo, www.folha.com.br painel do leitor – 17/10/2010)

No 2º§, em “ofereceram à equipe chilena de salvamento,...”, o emprego do acento grave:
Alternativas
Q108762 Português
I. A modelo ____ que se refere a reportagem foi fotografada ____ a distância, quando subia ____ bordo de seu jato particular.
II. Solicitamos ____ V. Sa. que comunique ____ suas equipes as alterações anteriormente indicadas.

Assinale a alternativa que completa CORRETAMENTE as lacunas das duas frases acima.
Alternativas
Q106880 Português
Julgue os itens que se seguem, referentes à organização das ideias e às estruturas linguísticas do texto acima.

Em “à natureza” Imagem 028.jpg, o emprego do sinal indicativo de crase indica que o verbo “conectar” Imagem 029.jpg está sendo utilizado com a preposição a, regendo um de seus complementos. Estaria igualmente correto e coerente o emprego, em vez da preposição a, da preposição com, não cabendo, nesse caso, o uso do acento indicativo de crase: com a natureza.
Alternativas
Q105016 Português
O cenário é o luxuoso resort Four Seasons. Sua
decoração sofisticada, com colunas de mármore, lustres
monumentais de cristal e detalhes das escadarias em ouro,
atiça os olhos do turista. Câmera em punho, o ímpeto de
registrar o ambiente logo é interrompido por um dos
funcionários. “É proibido fotografar os homens vestindo roupas
brancas e as mulheres em trajes pretos”, exclamou. Restrições
desse tipo dentro de um hotel internacional são, no mínimo,
estranhas aos olhos ocidentais. No entanto, quando o resort em
questão está localizado em Doha, capital do Catar, ter cuidado
com as fotos é apenas uma das milhares de regras e
imposições a serem respeitadas na cidade.

Nas ruas, nos museus ou nos shoppings de Doha,
sempre existe alguém para impedir os retratos. E se você
conseguir tirar uma foto escondido vai perceber as pessoas
cuidadosamente tampando o rosto. Isso porque o Catar, país
que acaba de ser eleito sede da Copa do Mundo de 2022, vive
sob os preceitos da religião muçulmana. Lá, as mulheres não
podem exibir seus rostos fora de suas residências e adotam as
burcas como traje. As menos tradicionais se escondem apenas
com lenços e véus.


(Natália Mestre, “A cidade dos contrastes”. ISTOÉ PLATINUM,
n. 22, Dezembro/Janeiro 2011, p. 72)

Lá, as mulheres não podem exibir seus rostos fora de suas residências e adotam as burcas como traje.

Outra redação para o segmento acima, clara e correta, é:
Alternativas
Q104540 Português
...... pessoas de fora, estranhas ...... cidade, a vida urbana exerce uma constante atração, apesar dos congestionamentos e dos altos índices de violência, inevitáveis sob ...... condições urbanas de alta densidade demográfica.

Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:
Alternativas
Q102477 Português
A "NÃO­ME­TOQUES" ! 

Artur Azevedo 



Passavam­se  os  anos,  e Antonieta  ia  ficando para  tia,  ­  não  que  lhe  faltassem  candidatos, 
mas  ­  infeliz  moça!  ­  naquela  capital  de  província  não  havia  um  homem,  um  só,  que  ela 
considerasse digno de ser seu marido. Ao Comendador Costa começavam a inquietar seriamente as 
exigências  da  filha,  que  repelira,  já,  com desdenhosos muxoxos,  uma  boa  dúzia  de  pretendentes 
cobiçados pelas principais donzelas da cidade. Nenhuma destas se casou com rapaz que não fosse 
primeiramente enjeitado pela altiva Antonieta. 
­- Que  diabo!  dizia  o  comendador  à  sua mulher, D. Guilhermina,  ­  estou  vendo  que  será 
preciso encomendar­lhe um príncipe! 
­-  Ou  então,  acrescentava  D.  Guilhermina,  esperar  que  algum  estrangeiro  ilustre,  de 
passagem nesta cidade.. 
­- Está você bem aviada! Em quarenta anos que aqui estou, só dois estrangeiros  ilustres cá 
têm vindo: o Agassiz e o Herman. 
Entretanto,  eram  os  pais  os  culpados  daquele  orgulho  indomável.  Suficientemente  ricos 
tinham dado à  filha uma educação de  fidalga, habituando­a desde pequenina  a ver  imediatamente 
satisfeitos os seus mais custosos e extravagantes caprichos. 
Bonita, rica, elegante, vestindo­se pelo último figurino, falando correntemente o francês e o 
inglês,  tocando muito  bem  o  piano,  cantando  que  nem  uma  prima­dona,  tinha Antonieta  razões 
sobejas para se julgar um avis rara na sociedade em que vivia, e não encontrar em nenhuma classe 
homem que merecesse a honra insigne de acompanhá­la ao altar. 
Uma grande viagem à Europa, empreendida pelo comendador em companhia da esposa e da 
filha,  completara  a  obra.  Ter  estado  em  Paris  constituía,  naquela  boa  terra,  um  título  de 
superioridade. 
Ao  cabo  de  algum  tempo,  ninguém  mais  se  atrevia  a  erguer  os  olhos  para  a  filha  do 
Comendador Costa, contra a qual se estabeleceu pouco a pouco certa corrente de animadversão. 
Começaram todos a notar­lhe defeitos parecidos com os das uvas de La Fontaine, e, como a 
qualquer indivíduo, macho ou fêmea, que estivesse em tal ou qual evidência, era difícil escapar ali a 
uma alcunha, em breve Antonieta se tornou conhecida pela "Não­me­toques". 

II 

Teria  sido  realmente  amada? Não, mas  apenas  desejada,  ­  tanto  assim  que  todos  os  seus 
namorados se esqueceram dela... 
Todos, menos  o mais  discreto,  o mais  humilde,  o  único  talvez,  que  jamais  se  atrevera  a 
revelar os seus sentimentos. 
Chamava­se  José  Fernandes,  e  era  o  primeiro  empregado  da  casa  do Comendador Costa, 
onde entrara aos dez anos de idade, no mesmo dia em que chegara de Portugal. 
Por  esse  tempo  veio  ao mundo Antonieta.  Ele  vira­a  nascer,  crescer,  instruir­se,  fazer­se 
altiva e bela. Quantas vezes a trouxera ao colo, quantas vezes a acalentara nos braços ou a embalara 
no berço! E, alguns anos depois, era ainda ele quem todas as manhãs a  levava e  todas as tardes ia 
buscá­la no colégio. 
Quando Antonieta chegou aos quinze anos e ele aos vinte e cinco, "Seu José" (era assim que 
lhe  chamavam)  notou que  a  sua  afeição por  aquela menina se  transformava,  tomando um  caráter 
estranho e indefinível; mas calou­se, e começou de então por diante a viver do seu sonho e do seu 
tormento.  Mais  tarde,  todas  as  vezes  que  aparecia  um  novo  pretendente  à  mão  da  moça,  ele 
assustava­se, tremia, tinha acessos de ciúmes, que lhe causavam febre, mas o pretendente era, como 
todos os outros, repelido, e ele exultava na solidão e no silêncio do seu platonismo.
Materialmente, Seu José sacrificara­se pelo seu amor. Era ele, como se costuma dizer (não 
sei com que propriedade) o "tombo" da casa comercial do Comendador Costa; entretanto, depois de 
tantos anos de dedicação e amizade, a sua situação era ainda a de um simples empregado; o patrão, 
ingrato e egoísta, pagava­lhe em consideração e elogios o que  lhe devia em  fortuna. Mais de uma 
vez apareceram a Seu José ocasiões de trocar aquele emprego por uma situação mais vantajosa; ele, 
porém, não tinha ânimo de deixar a casa onde ao seu lado Antonieta nascera e crescera. 

III 

Um dia, tudo mudou de repente. 
Sem  dar  ouvidos  a  Seu  José,  que  lhe  aconselhava  o  contrário,  o  Comendador  Costa 
empenhou a sua casa numa grande especulação, cujos efeitos foram desastrosos, e, para não fechar 
a porta, viu­se obrigado a fazer uma concordata com os credores. Foi este o primeiro golpe atirado 
pelo destino contra a altivez da "Não­me­toques". 
A casa  ia de novo se  levantando, e  já estava quase  livre dos seus compromissos de honra, 
quando  o Comendador Costa,  adoecendo  gravemente,  faleceu, deixando  a  família  numa  situação 
embaraçosa. 
Um  verdadeiro  deus  ex machina  apareceu  então  na  figura  de  Seu  José  que,  reunindo  as 
suadas  economias  que  ajuntara  durante  trinta  anos,  e  associando­se  a D. Guilhermina,  fundou  a 
firma Viúva Costa & Fernandes, e salvou de uma ruína iminente a casa do seu finado patrão. 

IV 

O estabelecimento prosperava a olhos vistos e era apontado como uma prova eloqüente de 
quanto  podem  a  inteligência,  a  boa  fé  e  a  força  de  vontade,  quando  o  falecimento  da  viúva D. 
Guilhermina veio colocar a  filha numa situação difícil... Sozinha, sem pai nem mãe, nem amigos, 
aos trinta e dois anos de idade, sempre bela e arrogante em que pesasse a todos os seus dissabores, 
aonde  iria  a  "Não­me­toques"? Antonieta  foi  a  primeira  a  pensar  que o  seu  casamento  com  José 
Fernandes era um ato que as circunstâncias impunham... [...] 
Começou  então  uma  nova  existência  para  Antonieta,  que,  não  obstante  aproximar­se  da 
medonha casa dos quarenta, era sempre formosa, com o seu porte de rainha e o seu colo opulento, 
de  uma  brandura  de  cisne.  As  suas  salas,  profundamente  iluminadas,  abriam­se  quase  todas  as 
noites para grandes e pequenas recepções: eram  festas sobre festas. Agora  já  lhe não chamavam a 
"Não­me­toques";  ela  tornara­se  acessível,  amável,  insinuante,  com  um  sorriso  sempre  novo  e 
espontâneo  para  cada  visita. Fizeram­lhe  a  corte,  e  ela,  outrora  impassível  diante  dos  galanteios, 
escutava­os  agora  com  prazer.  Um  galã,  mais  atrevido  que  os  outros,  aproveitou  o  momento 
psicológico e conseguiu uma entrevista ­ Esse primeiro amante foi prontamente substituído. Seguiu­ 
se outro, mais outro, seguiram­se muitos... 

VII 

E quando Seu José, desesperado, fez saltar os miolos com uma bala, deixou esta frase escrita num 
pedaço de papel: 
"Enquanto  foi  solteira,  achava minha mulher  que  nenhum  homem  era  digno  de  ser  seu marido; 
depois de casada (por conveniência) achou que todos eles eram dignos de ser seus amantes. Mato­ 
me”. 

Cor reio da Manhã, 12 de outubro de 1902. 
http://www.dominiopublico.gov.br /download/texto/bi000050.pdf 


Releia o trecho: “Uma grande viagem à Europa”, a alternativa que deve receber o acento grave seguindo a mesma regra do trecho é:
Alternativas
Respostas
1821: B
1822: A
1823: D
1824: B
1825: E
1826: D
1827: A
1828: B
1829: B
1830: B
1831: E
1832: C
1833: B
1834: C
1835: A
1836: D
1837: C
1838: B
1839: A
1840: C