Questões de Concurso
Sobre crase em português
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Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão.
O futuro demanda solidariedade
Por Luciana Allan
I – Ele vai à Brasília. II – Ele vai à Bahia. III – Ele vai à Londres.
População está envelhecendo? Imigrantes podem ser a solução, segundo o FMI
Luiz Felipe de Alencastro
Disponível em https://noticias.uol.com.br/blogs-e-colunas/coluna/luiz-felipe-alencastro/2018/04/11/fmi-faz-alerta-sobreenvelhecimento-populacional-e-imigracao.htm
Acessado em 25/08/2018
A questão diz respeito ao Texto. Leia-o atentamente antes de respondê-la.
(Texto)
Sobre o emprego da crase, analise:
“[...] – parte do cérebro associada à cognição [...]” (linhas 19 e 20)
Assinale a alternativa que representa corretamente a
regra pela qual a crase foi empregada no trecho acima:
“Sanofi e GSK prometem disponibilizar 200 milhões de doses de vacina contra Covid-19 para países pobres. Empresas prometeram 'garantir ___ cada país participante um acesso justo e equitativo ___ possíveis vacinas'. Iniciativa internacional Covax reúne 167 países para compra e distribuição de futuros imunizantes.” (Fonte adaptada: https://g1.globo.com>Acesso em 29 de outubro de 2020)
Assinale a alternativa que completa correta e respectivamente as lacunas:
Sobre o uso ou não da crase, marcar C para as sentenças Certas, E para as Erradas e, após, assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
( ) Não vamos à festas no clube.
( ) Passou a acreditar em sorte.
( ) Preservamos a natureza à medida que nos
conscientizamos.
Com relação à tipologia do texto, às ideias nele expressas e a seus aspectos linguísticos, julgue o item.
Na linha 16, o emprego do acento indicativo de crase em
“às demandas” justifica-se pela regência do nome
“adequados” e pela anteposição de artigo definido ao
termo “demandas”.
(_) Não vamos à festas no clube. (_) Passou a acreditar em sorte. (_) Preservamos a natureza à medida que nos conscientizamos.
Com base no texto 4, responda à questão a seguir.
Texto 4:
Copa do Mundo no Brasil: um espaço para a criação de neologismos
Benilde Socreppa Schultz
Márcia Sipavicius Seide
RESUMO: O léxico de uma língua pode ser considerado como o retrato de uma sociedade em seus diversos níveis de manifestação, pois é através das unidades lexicais que são representadas as mais variadas situações sociais e culturais. A realização de um evento nas proporções da Copa do Mundo no Brasil é um espaço que se configura ideal para a criação de itens lexicais novos e lúdicos. Para Alves (2014), o aspecto lúdico na criação de neologismos está presente em todos os gêneros discursivos, como o humorístico, o literário, o publicitário e o jornalístico. Para este artigo, coletamos, durante o mês da realização da Copa do Mundo de 2014, os neologismos presentes em três revistas e jornais on-line: Globo Esporte, Revista Veja e Gazeta do Povo. A análise dos dados mostrou que esse grande evento deu vazão a uma explosão de novas palavras e novas significações para cuja identificação a utilização de informação lexicográfica como critério não foi suficiente, sendo recomendada a adoção de critérios adicionais para tornar a análise mais precisa.
PALAVRAS-CHAVE: Neologismos. Aspectos lúdicos. Copa do Mundo.
Analise as assertivas a seguir e atribua (V) para as verdadeiras ou (F) para as falsas:
( ) Apesar de bem escrito, o texto apresenta um problema sintático: a ausência da crase no trecho em negrito: “A análise dos dados mostrou que esse grande evento deu vazão a uma explosão de novas palavras [...]”.
( ) É possível afirmar que o texto é um bom exemplo do uso da norma padrão do português brasileiro, pois não apresenta problemas morfossintáticos.
( ) No trecho: “O léxico de uma língua pode ser considerado como o retrato de uma sociedade em seus diversos níveis de manifestação”, há um problema de concordância. O correto seria: “O léxico de uma língua pode ser considerada como o retrato de uma sociedade em seus diversos níveis de manifestação”.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETAde preenchimento dos parênteses:
TEXTO I
Quem quer viver para sempre?
Eu já deveria estar morto. Ou a caminho de. Para alguns leitores, nunca uma frase soou tão verdadeira. Mas eu falo da história, não de afetos. Se tivesse nascido em Portugal, cem anos atrás, já haveria lápide e caixão. Dá para acreditar que, em inícios do século XX, a esperança média de vida para os homens portugueses rondasse os 35-40 anos? Hoje, andará pelos oitenta. O que significa que, com sorte e algum bom humor do Altíssimo, eu estou apenas a meio da viagem. Se juntarmos os progressos da medicina no futuro próximo, é possível que a viagem seja alargada mais um pouco. Cem anos, cento e tal. Nada mau.
Um artigo recente da Nature, aliás, promete revoluções para a minha pobre carcaça. O segredo está no hipotálamo cerebral e numa proteína do dito cujo que regula o envelhecimento humano. Não entro em pormenores, até porque eu próprio não os entendo. Mas eis o negócio: se a proteína é estimulada, os ratinhos morrem mais depressa. Se a proteína é inibida, acontece o inverso. Falamos de ratos, por enquanto, o que significa que a descoberta só terá aplicação imediata entre a classe política. Mas o leitor entende onde quero chegar.
E eu quero chegar à maior promessa de todas: o dia em que seremos finalmente imortais. Na história da cultura ocidental, esse dia pode estar no passado distante (ler Hesíodo, ler a Bíblia). Ou pode estar no futuro, como garantem os “trans-humanistas”. Falo de uma corrente bioética perfeitamente respeitável que se dedica a essa causa: o destino da humanidade não está em morrer aos cem. Está em viver indefinidamente depois dos cem, através dos avanços da tecnologia. Porque só a tecnologia permitirá aos homens suplantar a sua infantil condição mortal. O nosso corpo é apenas a primeira casca de todas as cascas que estarão por vir. E quem não gostaria de viver para sempre?
Curiosamente, há quem não queira. O filósofo Roger Scruton, em ensaio recente, dedica um capítulo específico aos transhumanistas. O livro intitula-se The Uses of Pessimism and the Dangers of False Hope. Segundo sei, será publicado no Brasil em breve. Recomendo. Primeiro, porque é uma súmula perfeita do pensamento de Scruton, escrito com elegância habitual do autor. Mas sobretudo porque é a mais brilhante refutação do pensamento utópico, e em particular do pensamento utópico trans-humanista de autores como Ray Kurzweil ou Max More, que me lembro de ter lido. Isso se deve, em grande parte, ao fato corajoso de Scruton ter sido capaz de virar o debate do avesso e perguntar: por que motivo a doença e a morte devem ser vistas como males intoleráveis que devemos erradicar? Não será possível olhar para eles como bens necessários?
Certo, certo: ninguém ama a doença e, tirando casos extremos, ninguém deseja morrer. Mas sem a doença e a morte, a vida não teria qualquer valor em si mesma. Os projetos que fazemos; as viagens com que sonhamos; os amores que temos, perdemos, procuramos; e até a descendência que deixamos – tudo isso parte da mesma premissa: o fato singelo de não termos todo o tempo do mundo. Vivemos, escolhemos, amamos – porque temos urgência em viver, escolher e amar. Se retirarmos a urgência da equação, podemos ainda viver eternamente. Mas viveremos uma eternidade de tédio em que nada tem sentido porque nada precisa ter sentido. Sem importância do efêmero, nada se torna importante.
Os trans-humanistas sonham com um mundo pós-humano. É provável que esse mundo seja possível no futuro, quando a técnica suplantar a nossa casca primitiva. Mas esse mundo, até pela sua própria definição, será um filme diferente. Não será um filme para seres humanos tal como os conhecemos e reconhecemos.
Viver até os cem? Agradeço. Cento e vinte também serve. Mas se me dissessem hoje mesmo que o meu futuro duraria uma eternidade, eu seria o primeiro a pular da janela sem hesitar.
COUTINHO, João Pereira. Vamos ao que interessa: cem crônicas da era da brutalidade. São Paulo: Três Estrelas, 2015.
TEXTO I
Quem quer viver para sempre?
Eu já deveria estar morto. Ou a caminho de. Para alguns leitores, nunca uma frase soou tão verdadeira. Mas eu falo da história, não de afetos. Se tivesse nascido em Portugal, cem anos atrás, já haveria lápide e caixão. Dá para acreditar que, em inícios do século XX, a esperança média de vida para os homens portugueses rondasse os 35-40 anos? Hoje, andará pelos oitenta. O que significa que, com sorte e algum bom humor do Altíssimo, eu estou apenas a meio da viagem. Se juntarmos os progressos da medicina no futuro próximo, é possível que a viagem seja alargada mais um pouco. Cem anos, cento e tal. Nada mau.
Um artigo recente da Nature, aliás, promete revoluções para a minha pobre carcaça. O segredo está no hipotálamo cerebral e numa proteína do dito cujo que regula o envelhecimento humano. Não entro em pormenores, até porque eu próprio não os entendo. Mas eis o negócio: se a proteína é estimulada, os ratinhos morrem mais depressa. Se a proteína é inibida, acontece o inverso. Falamos de ratos, por enquanto, o que significa que a descoberta só terá aplicação imediata entre a classe política. Mas o leitor entende onde quero chegar.
E eu quero chegar à maior promessa de todas: o dia em que seremos finalmente imortais. Na história da cultura ocidental, esse dia pode estar no passado distante (ler Hesíodo, ler a Bíblia). Ou pode estar no futuro, como garantem os “trans-humanistas”. Falo de uma corrente bioética perfeitamente respeitável que se dedica a essa causa: o destino da humanidade não está em morrer aos cem. Está em viver indefinidamente depois dos cem, através dos avanços da tecnologia. Porque só a tecnologia permitirá aos homens suplantar a sua infantil condição mortal. O nosso corpo é apenas a primeira casca de todas as cascas que estarão por vir. E quem não gostaria de viver para sempre?
Curiosamente, há quem não queira. O filósofo Roger Scruton, em ensaio recente, dedica um capítulo específico aos transhumanistas. O livro intitula-se The Uses of Pessimism and the Dangers of False Hope. Segundo sei, será publicado no Brasil em breve. Recomendo. Primeiro, porque é uma súmula perfeita do pensamento de Scruton, escrito com elegância habitual do autor. Mas sobretudo porque é a mais brilhante refutação do pensamento utópico, e em particular do pensamento utópico trans-humanista de autores como Ray Kurzweil ou Max More, que me lembro de ter lido. Isso se deve, em grande parte, ao fato corajoso de Scruton ter sido capaz de virar o debate do avesso e perguntar: por que motivo a doença e a morte devem ser vistas como males intoleráveis que devemos erradicar? Não será possível olhar para eles como bens necessários?
Certo, certo: ninguém ama a doença e, tirando casos extremos, ninguém deseja morrer. Mas sem a doença e a morte, a vida não teria qualquer valor em si mesma. Os projetos que fazemos; as viagens com que sonhamos; os amores que temos, perdemos, procuramos; e até a descendência que deixamos – tudo isso parte da mesma premissa: o fato singelo de não termos todo o tempo do mundo. Vivemos, escolhemos, amamos – porque temos urgência em viver, escolher e amar. Se retirarmos a urgência da equação, podemos ainda viver eternamente. Mas viveremos uma eternidade de tédio em que nada tem sentido porque nada precisa ter sentido. Sem importância do efêmero, nada se torna importante.
Os trans-humanistas sonham com um mundo pós-humano. É provável que esse mundo seja possível no futuro, quando a técnica suplantar a nossa casca primitiva. Mas esse mundo, até pela sua própria definição, será um filme diferente. Não será um filme para seres humanos tal como os conhecemos e reconhecemos.
Viver até os cem? Agradeço. Cento e vinte também serve. Mas se me dissessem hoje mesmo que o meu futuro duraria uma eternidade, eu seria o primeiro a pular da janela sem hesitar.
COUTINHO, João Pereira. Vamos ao que interessa: cem crônicas da era da brutalidade. São Paulo: Três Estrelas, 2015.
Com base no texto 4, responda à questão.
Texto 4:
Copa do Mundo no Brasil: um espaço para a criação de neologismos
Benilde Socreppa Schultz
Márcia Sipavicius Seide
RESUMO: O léxico de uma língua pode ser considerado como o retrato de uma sociedade em seus diversos níveis de manifestação, pois é através das unidades lexicais que são representadas as mais variadas situações sociais e culturais. A realização de um evento nas proporções da Copa do Mundo no Brasil é um espaço que se configura ideal para a criação de itens lexicais novos e lúdicos. Para Alves (2014), o aspecto lúdico na criação de neologismos está presente em todos os gêneros discursivos, como o humorístico, o literário, o publicitário e o jornalístico. Para este artigo, coletamos, durante o mês da realização da Copa do Mundo de 2014, os neologismos presentes em três revistas e jornais on-line: Globo Esporte, Revista Veja e Gazeta do Povo. A análise dos dados mostrou que esse grande evento deu vazão a uma explosão de novas palavras e novas significações para cuja identificação a utilização de informação lexicográfica como critério não foi suficiente, sendo recomendada a adoção de critérios adicionais para tornar a análise mais precisa.
PALAVRAS-CHAVE: Neologismos. Aspectos lúdicos. Copa do Mundo.
Fonte: Revista GTLex | Uberlândia | v.2 n.1 | jul./dez. 2016
( ) Apesar de bem escrito, o texto apresenta um problema sintático: a ausência da crase no trecho em negrito: “A análise dos dados mostrou que esse grande evento deu vazão a uma explosão de novas palavras [...]”. ( ) É possível afirmar que o texto é um bom exemplo do uso da norma padrão do português brasileiro, pois não apresenta problemas morfossintáticos. ( ) No trecho: “O léxico de uma língua pode ser considerado como o retrato de uma sociedade em seus diversos níveis de manifestação”, há um problema de concordância. O correto seria: “O léxico de uma língua pode ser considerada como o retrato de uma sociedade em seus diversos níveis de manifestação”.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA de preenchimento dos parênteses:
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo.
Fonte: http://www.viaseg.com.br/noticia/3965-saude_ocupacional.html –Texto adaptado especialmente para esta
prova.
I. “a seus funcionários” (l. 19) por à todos os seus trabalhadores. II. “são mais propensas à” (l. 22) por tendem à. III. “afasta do trabalho” (l. 29) por leva à faltar ao trabalho. IV. “em associação com a” (l. 33) por associado à.
Quais são possíveis e mantêm a correção gramatical do texto?
Consumo Consciente
Helio Mattar
A adoção de processos sustentáveis é uma questão não de escolha, mas de sobrevivência. Não desta ou daquela empresa, mas da vida de todos os indivíduos do planeta. Portanto, é imprescindível que os valores da sustentabilidade sejam incorporados a marcas, bens, serviços e aos pequenos atos do cotidiano. Pesquisas realizadas ao longo de dez anos de trabalho para conscientizar a população das formas mais racionais e sustentáveis de consumir comprovam que quem investe em sustentabilidade ganha também na preferência do consumidor. Afinal, 65% dos chamados formadores de opinião discutem o comportamento ético socioambiental de empresas, assim como 41% da população brasileira, segundo a Pesquisa Responsabilidade Social das Empresas - Percepção do Consumidor Brasileiro, realizada pelo Instituto Akatu e pelo Instituto Ethos, em dezembro de 2010. Hoje, dois em cada cinco brasileiros já topam pagar um pouco mais por uma marca que seja mais sustentável.
As empresas obviamente precisam de lucros, mas os interesses empresariais devem ir muito além da esfera monetária e focar, principalmente, uma sociedade melhor para todos. E cada membro dessa sociedade sustentável deve necessariamente superar o consumismo para assentar bases mais no durável e menos no descartável, mais no virtual e menos no físico, mais no público ou no compartilhado e menos no individual, mais no uso que na posse, mais no renovável que no fóssil, mais na cooperação que na competição.
As corporações e a propaganda podem contribuir fortemente como indutoras desse novo estilo de vida ao estimular a imaginação e a projeção de um futuro sustentável e desejável e ao investir em meios para alcançar esse futuro: inovação de processos, de produtos e de comportamentos, reforço de novos valores da sustentabilidade e articulação, pressão, parceria por novas políticas públicas para novos projetos, com variados e novos agentes.
Hoje, as mudanças já vêm ocorrendo e, com um atributo muito simples, é possível acelerar na direção da sustentabilidade: comunicação clara e transparente. Do rótulo à campanha na TV. O consumidor precisa de informações sobre os impactos ambientais e sociais de seu consumo para que possa exercer escolhas conscientes. Dando informação confiável, a corporação não só destaca seu produto e melhora a cadeia produtiva, mas também aumenta o protagonismo do consumidor. Mostra respeito por ele e diz "você é nosso parceiro rumo à sociedade sustentável". Essa é a arma mais eficaz a ser posta a serviço da sociedade. Quanto mais marcas e agências de publicidade o fizerem, mais contribuirão para uma vida melhor para todos, hoje e no futuro.
Helio Mattar, 63, PhD em engenharia industrial, é diretor-presidente do Instituto Akatu, ONG que trabalha há dez anos pelo consumo consciente.
Disponível em:
https://www1.folha.uol.com.br/topofmind/2011/10/996028-opiniao-consumo-consciente.shtml Acesso em: 04 dez. 2020.
No período “Mostra respeito por ele e diz
‘você é nosso parceiro rumo à sociedade
sustentável.’”, o acento indicativo de crase
foi empregado porque