Questões de Português - Crase para Concurso

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Q2121510 Português
Leia o texto para responder a questão.


As motivações de uso dos sistemas técnicos são crescentemente estranhas ____ lógicas locais e mesmo nacionais; e ____ importância da troca na sobrevivência do grupo também cresce. Como o êxito no processo de comércio depende, em grande parte, da presença de sistemas técnicos eficazes, estes acabam por ser cada vez mais presentes. ____ razão do comércio, e não a razão da natureza, é que preside à sua instalação. Em outras palavras, sua presença torna-se crescentemente indiferente ____ condições preexistentes. A poluição e outras ofensas ambientais ainda não tinham esse nome, mas já são largamente notadas no século XIX nas grandes cidades inglesas e continentais. E a própria chegada ao campo das estradas de ferro suscita protesto. A reação antimaquinista, protagonizada pelos diversos ludismos, antecipa a batalha atual dos ambientalistas. O fenômeno, porém, era limitado. Eram poucos os países e regiões em que o progresso técnico podia instalar-se. E, mesmo nesses poucos, os sistemas técnicos vigentes eram geograficamente circunscritos, de modo que tanto seus efeitos estavam longe de ser generalizados, como a visão desses efeitos era, igualmente, limitada.

SANTOS, Milton. A Natureza do Espaço: Técnica e Tempo, Razão e Emoção. São Paulo, SP. EDUSP, 2002. Adaptado.

Ludismo ou luddismo: movimento, na Inglaterra do século XIX, contra à mecanização do trabalho, propondo a destruição das máquinas.
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas apresentadas no texto.
Alternativas
Q2121385 Português

Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo.

Os donos da língua Por

Alexandre Carvalho


(Disponível em: https://super.abril.com.br/sociedade/o-bem-e-o-mal-do-estrangeirismo/ – texto adaptado especialmente para esta prova).

Considerando o emprego do acento indicativo de crase, assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas das linhas 10, 12 e 28.
Alternativas
Q2121346 Português

Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo.

Velhice é doença?


(Disponível em: https://claudia.abril.com.br/sociedade/velhice-e-doenca-entenda-a-polemica/ – texto adaptado especialmente para esta prova). 

Considerando o emprego do acento indicativo de crase, assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas das linhas 06, 23 e 33. 
Alternativas
Ano: 2022 Banca: VUNESP Órgão: UNESP Prova: VUNESP - 2022 - UNESP - Bibliotecário |
Q2120827 Português
Leia um trecho da entrevista com o compositor João Pacífico para responder a questão.

        Em Campinas, eu arranjei um emprego na Companhia Paulista de Estrada de Ferro. Fui um alto funcionário da Companhia, um alto funcionário de categoria: eu era ajudante de lava-prato. Magine, ocê, um cara limpava o prato e eu lavava. E assim foi.

        Foi minha felicidade, porque um dia o cozinheiro disse: “João, sabe quem está viajando, viaja sempre conosco? É o doutor Guilherme de Almeida1 ”. (Ele era inteligente o cozinheiro, falava “conosco”.) Eu não sabia, pensei que fosse um diretor de futebol ou coisa assim. “João, faz um versinho daqueles que você faz de vez em quando, quando o trem dá um descanso pra gente, e eu levo pra ele.” Eu fiz uns versinhos e entregaram a ele. “Leva a ele o meu cartão e fala pra me procurar na Cruzeiro do Sul2 ”, foi o recado do doutor Guilherme.

        Aí, eu fui, vesti meu terninho branco, bonito, calça curta. Eu de branco e estava um frio, aquela garoa fria de São Paulo, tremia que nem cabra (não sei se cabra treme, acho que treme).

        Cheguei na Cruzeiro do Sul, desce um elevador com um senhor de chapéu bonito e sobretudo Bataclan tudo pintadinho e luvas pretas. Olhava para ele e eu todo de branco, e ele todo enfaixado. Moço (acho que foi por isso que ele me protegeu, porque o chamei de “moço”), eu queria ir na Cruzeiro do Sul. “É no sétimo andar. Espera um pouco, você não é aquele menino do trem?” Eu sou. “Eu que dei o cartão para você vir aqui. Vamos subir.”

        Aí eu subi aquele trenzão, o elevador rápido. Eu gostei, gostei – avião não tinha voado, mas eu voei naquele trem. Chegou lá em cima, ele chamou o Paraguassu3 e disse: “Aqui tem um rapaz que escreve umas coisas bem brasileiras”.

(A música brasileira deste século por seus autores e intérpretes – vol. 1
João Carlos Botezelli e Arley Pereira. SESC São Paulo. Adaptado)


1Guilherme de Almeida: poeta, jornalista, tradutor, crítico de cinema.
2Cruzeiro do Sul: emissora de rádio em São Paulo.
3Paraguassu: cantor e compositor brasileiro, cujo nome verdadeiro era Roque Ricciardi.
O sinal indicativo de crase está corretamente empregado no trecho reescrito da alternativa:
Alternativas
Q2120739 Português

Instrução: Leia o texto a seguir para responder à questão.


O perigo das vacinas caseiras contra o coronavírus


Vários pesquisadores vinculados à Universidade Harvard promovem uma imunização sem aval para que os cidadãos a fabriquem e administrem em casa


Um grupo de cientistas, profissionais da biotecnologia e cidadãos que nem sequer querem ser identificados está testando na própria carne uma suposta vacina contra o coronavírus que eles mesmos desenvolveram. Trata-se de um coquetel de proteínas sem eficácia comprovada, cuja primeira versão foi preparada por Preston Estep, um cientista que já esteve ligado à Universidade Harvard e cuja principal motivação é conseguir uma imunização antes que sejam lançadas as vacinas oficiais promovidas por governos e empresas farmacêuticas. Este projeto, chamado Radvac – sigla em inglês de “vacina colaborativa de implantação rápida” – se define como “um necessário ato de compaixão”.

Esta é uma das várias vacinas caseiras que estão circulando pelo mundo. Algumas não têm fins lucrativos, como a Radvac, e outras chegam a custar o equivalente a R$ 1.900. Nos EUA são conhecidas como vacinas DIY (sigla em inglês de “faça você mesmo”).

Muitos especialistas mostram preocupação com um fenômeno que pode causar danos e dinamitar a confiança nas vacinas convencionais. O mais inquietante talvez seja que, com a lei na mão, é impossível proibir alguém de obter e inocular esses preparados. Na prática pode ser muito complicado inclusive impedir que sejam distribuídas ou que seus adeptos causem infecções por Covid-19, de forma deliberada ou acidental, por se julgarem imunizados.

Muitos de seus promotores iniciais estavam vinculados à prestigiosa Universidade Harvard (EUA). Um dos principais é o conhecido geneticista George Church, um dos pesquisadores mais respeitados em seu campo. Church admitiu ter usado em si mesmo a suposta vacina, e inclusive tirou uma foto enquanto a administrava, conforme revelou o veículo especializado Technology Review.

A suposta vacina defendida por Church é uma mistura de peptídeos, proteínas sintéticas que imitam as proteínas que compõem o SARS-CoV-2, como a característica espícula pontiaguda que usa para se unir às células humanas, penetrá-las e sequestrar seu maquinário biológico para se multiplicar. Em um documento de 59 páginas, Estep, Church e seus colegas explicam como misturar esses peptídeos com os outros quatro ingredientes básicos do preparado. Todos eles podem ser adquiridos de “distribuidores comerciais”, afirmam.


O produto final é um vapor inalável, administrado pelo nariz. O documento também detalha como usá-lo corretamente e recomenda fazer exames de anticorpos e linfócitos para comprovar seu efeito, como se os participantes fossem cobaias humanas. “Somos os animais”, disse Estep, ex-orientando de Church, ao The New York Times. Há 30 pessoas dos EUA, Alemanha, Reino Unido, China e Suécia que já se autoinocularam, afirma.

O próprio Estep afirma ter dado a vacina caseira a seu filho de 23 anos, e outros promotores também as administraram a familiares, segundo o jornal nova-iorquino.

O documento científico da Radvac adverte que a vacina não tem nenhuma eficácia demonstrada, não foi aprovada pelas autoridades e pode causar efeitos secundários, embora não descreva uma forma de controlar as reações adversas. Os promotores a definem como “ciência cidadã” e fornecem toda a informação sobre seu preparado com uma licença aberta. O EL PAÍS tentou contato com Estep e Church sem sucesso. “Este projeto não tem nenhuma filiação à Universidade Harvard”, declarou a instituição por sua vez. “A urgência em conseguir uma vacina efetiva para a Covid-19 é enorme, mas isso não pode acarretar um relaxamento dos padrões dos ensaios clínicos, que devem fornecer provas concludentes da eficácia dessa vacina para proteger a saúde pública”, acrescenta.

[...] Se as autoridades não frearem este tipo de experimentação caseira, “estas vacinas de efetividade e segurança duvidosa porão a saúde pública em risco”, alertam. Além disso, “pode derrubar a confiança da sociedade nas verdadeiras vacinas” contra a Covid-19, escrevem. Em sua carta, especialistas pedem que as autoridades federais dos EUA tomem as rédeas do assunto, como já fizeram para impedir a difusão de exames caseiros do novo coronavírus que não tinham aval científico. “Parte do interesse nestas vacinas caseiras surge aparentemente da crença de que a experimentação consigo mesmo não precisa respeitar as normas e os critérios éticos. É uma crença totalmente falsa”, disparam.

[...]

“Promover este tipo de produto como uma possível solução sem ter provas viola o método científico, é reprovável”, ressalta Federico de Montalvo Jääskeläinen, presidente do Comitê de Bioética da Espanha. “Mesmo se funcionasse, só significaria que dispararam no ar e acertaram no prato por acaso”, acrescenta.


O especialista concorda com seus colegas norte-americanos sobre o perigo que estes cientistas representam na luta contra a pior pandemia deste século. “Que a vacina demore não é o nosso maior problema. Onde arriscamos a saída desta pandemia é na confiança da população em relação às vacinas. Esta gente está minando essa confiança com uma narrativa antissistema. Se uma parte da população comprar estas mensagens, pode haver um enorme dano à saúde pública”, conclui. 

Disponível em: https://bityli.com/dt36e. Acesso em: 18 set.
2020 (adaptado).
Releia o trecho a seguir.
“Este projeto não tem nenhuma filiação à Universidade Harvard [...].”
Nesse trecho, o acento indicativo de crase é regido pela palavra
Alternativas
Respostas
886: A
887: B
888: B
889: D
890: C