Questões de Português - Crase para Concurso

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Q2572772 Português

O Texto seguinte servirá de base para responder às questões de 1 a 15.

Texto 1:

Crise nos programas de licenciatura

Uma medida paliativa vem ocorrendo com frequência cada vez maior em escolas públicas e privadas de todo o país. Muitos estudantes estão finalizando o ano letivo de 2023 sem ter tido aulas de física ou sociologia com professores habilitados para ministrar essas disciplinas. Diante da ausência de candidatos para ocupar as docências, as escolas improvisam e colocam profissionais formados em outras áreas para suprir lacunas no ensino fundamental II e no ensino médio. A medida tem se repetido em diferentes estados e municípios brasileiros, como mostram dados de estudo inédito realizado por pesquisadores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep): em Pernambuco, por exemplo, apenas 32,4% das docências em física no ensino médio são ministradas por licenciados na disciplina, enquanto no Tocantins o valor equivalente para a área de sociologia é de 5,4%. Indicativo da falta de interesse dos jovens em seguir carreira no magistério, o número de concluintes de licenciaturas em áreas específicas passou de 123 mil em 2010 para 111 mil em 2021. Esse conjunto de dados indica que o país vivencia um quadro de apagão de professores. Para reverter esse cenário, pesquisadores fazem apelo e defendem a urgência da criação de políticas de valorização da carreira docente e a adoção de reformulações curriculares.

“O apagão das licenciaturas é uma realidade que nos preocupa”, afirma Marcia Serra Ferreira, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e diretora de Formação de Professores da Educação Básica da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). As licenciaturas em áreas específicas são cursos superiores que habilitam os concluintes a dar aulas nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio na área do conhecimento em que se formaram. Dados do último Censo da Educação Superior do Inep, autarquia vinculada ao Ministério da Educação (MEC), divulgados no ano passado, mostram que desde 2014 a quantidade de ingressantes em licenciaturas presenciais está caindo, assim como ocorre em cursos a distância desde 2021. “As áreas mais preocupantes são as de ciências sociais, música, filosofia e artes, que apresentaram as menores quantidades de matrículas em 2021, e as de física, matemática e química, que registraram as maiores taxas de desistência acumulada na última década”, assinala Ferreira.

Dados do Inep disponíveis no Painel de Monitoramento do Plano Nacional de Educação (PNE) indicam que, em 2022, cerca de 59,9% das docências do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e de 67,6% daquelas oferecidas no ensino médio eram ministradas por professores qualificados na área do conhecimento. Ao analisar os números, o pedagogo e professor de educação física Marcos Neira, pró-reitor adjunto de Graduação da Universidade de São Paulo (USP), comenta que a situação é diferente em cada área do conhecimento. “Por um lado, a média nacional mostra que 85% dos docentes de educação física são licenciados na disciplina, enquanto os percentuais equivalentes para sociologia e línguas estrangeiras são de 40% e 46%, respectivamente. Ou seja, os problemas podem ser maiores ou menores, conforme a área do conhecimento e também são diferentes em cada estado”, destaca Neira, que atualmente desenvolve pesquisa com financiamento da FAPESP sobre reorientações curriculares na disciplina de educação física.

A falta de formação adequada do professor pode causar impactos no processo de aprendizagem dos alunos, conforme identificou Matheus Monteiro Nascimento, físico da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em pesquisa realizada em 2018. De acordo com o pesquisador, na ausência de docentes licenciados em física, quem acaba oferecendo a disciplina nas escolas, geralmente, são profissionais da área de matemática. “Com isso, observamos que a abordagem da disciplina tende a privilegiar o formalismo matemático”, comenta. Ou seja, no lugar de tratar de conhecimentos de mecânica, eletricidade e magnetismo por meio de abordagens fenomenológicas, conceituais e experimentais, os professores acabam trabalhando os assuntos em sala de aula apenas por meio de operações matemáticas e equações sem relação direta com a realidade do aluno. “O formalismo matemático é, justamente, o elemento da disciplina de física que mais prejudica o interesse de estudantes por essa área do conhecimento”, considera Nascimento.

Preocupados em mensurar se as defasagens poderiam ser sanadas com a contratação de profissionais graduados em licenciaturas no Brasil nos últimos anos, pesquisadores do Inep realizaram, em setembro, estudo no qual olharam para as carências de escolas públicas e privadas nos anos finais do ensino fundamental e médio. “Se todos os licenciados de 2010 a 2021 ministrassem aulas na disciplina em que se formaram nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio em 2022, ainda assim o país teria dificuldades para suprir a demanda por docentes de artes em 15 estados, física em cinco, sociologia em três, matemática, língua portuguesa, língua estrangeira e geografia em um”, contabiliza Alvana Bof, uma das autoras da pesquisa. Além disso, o estudo avaliou se a quantidade de licenciados de 2019 a 2021 seria suficiente para suprir todas as docências que, em 2022, estavam sendo oferecidas por professores sem formação adequada. Foi constatado que faltariam docentes de artes em 18 estados, física em 16 estados, língua estrangeira em 15, filosofia e sociologia em 11, matemática em 10, biologia, ciências e geografia em 8, língua portuguesa em 5, história e química em 2 e educação física em um estado. “Os resultados indicam que já vivemos um apagão de professores em diferentes estados e disciplinas”, reitera Bof, licenciada em letras e com doutorado em educação.

Outro autor do trabalho, o sociólogo do Inep Luiz Carlos Zalaf Caseiro, esclarece que o cenário de falta de professores não está relacionado com falta de vagas em cursos de licenciaturas. “Em 2021, o país teve 2,8 milhões de vagas disponíveis, das quais somente 300 mil foram preenchidas. Isso significa que 2,5 milhões de vagas ficaram ociosas, sendo grande parte no setor privado e na modalidade de ensino a distância”, relata. Licenciaturas 2 oferecidas no ensino público, na modalidade presencial, também tiveram quantidade significativa de vagas ociosas. “De 2014 a 2019, a taxa de ociosidade de licenciaturas em instituições públicas foi de cerca de 20%, enquanto em 2021 esse percentual subiu para 33%”, informa. Cursos como o de matemática apresentaram situação ainda mais inquietante. “Licenciaturas de matemática em instituições públicas no formato presencial registraram 38% de vagas ociosas em 2021”, destaca Caseiro, comentando que muitas vagas, mesmo quando preenchidas, logo são abandonadas. Além disso, segundo o sociólogo, somente um terço dos estudantes que finalizam as licenciaturas vai atuar na docência; o restante opta por outros caminhos profissionais. O estudo foi desenvolvido a partir do cruzamento de dados relativos a docentes presentes no Censo da Educação Básica e referentes a ingressantes e concluintes em licenciaturas captados pelo Censo da Educação Superior. Ambas as pesquisas são realizadas anualmente pelo Inep para analisar a situação de instituições, alunos e docentes da educação básica e do ensino superior.

Retirado e adaptado de: QUEIRÓS, Christina. Crise nos programas de licenciatura. Revista Pesquisa FAPESP. Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/crise-nos-programas-de-licenciatura/ Acesso em: 02 nov., 2023.

Texto 02

(o primeiro índice é sempre o de maior percentual e o segundo, de menor):


Fonte: BOF, A. M et al. Cadernos de Estudos e Pesquisas em Políticas Educacionais. 2023, no prelo. Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/crise-nos-programas-de-licenciatura/ Acesso em: 02.nov., 2023. Ensino fundamental II Ensino médio 3

Assinale a alternativa que apresenta o correto emprego do acento grave (crase):

Alternativas
Q2572529 Português

        Já dizia Machado de Assis que “De médico e louco todo mundo tem um pouco”. O ditado ficou famoso pelo livro O Alienista, de 1882, que faz um debate sobre a loucura. Uma frase parecida é da nordestina Nise da Silveira, grande admiradora do autor brasileiro: “Não se curem além da conta. Gente curada demais é gente chata. Todo mundo tem um pouco de loucura. Felizmente, eu nunca convivi com pessoas muito ajuizadas”.


        Nise Magalhães da Silveira ajudou a escrever e revolucionar a história da psiquiatria no Brasil e no mundo. Nascida no ano de 1905 em Maceió – AL, ela ficou conhecida por humanizar o tratamento psiquiátrico e era contrária às formas de tratamento agressivas usadas em sua época, como o eletrochoque.


        Inspirada em Carl Jung, um dos pais da psiquiatria, Nise foi uma das primeiras mulheres a se formar em medicina no Brasil. Em meados de 1940, ela foi pioneira na terapia ocupacional, método que utiliza atividades recreativas no tratamento de distúrbios psíquicos. A alagoana se destacou por usar a arte como uma forma de expressão e de dar voz aos conflitos internos vivenciados principalmente pelos esquizofrênicos.


        Em 1956, Nise fundou a Casa das Palmeiras, um passo na direção da luta contra os hospícios, que chegaria a seu ápice com a Lei Antimanicomial, de 2001. A partir do esforço da psiquiatra e de seus pacientes, foi criado o Museu do Inconsciente, aberto até hoje no Rio de Janeiro junto ao Instituto Municipal Nise da Silveira, atual nome do Centro Psiquiátrico de Engenho de Dentro, onde a médica construiu seu projeto.


Internet: <www.brasildefato.com.br> (com adaptações).

Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item subsequente.


É obrigatório o emprego do sinal indicativo de crase no vocábulo “às” em “era contrária às formas agressivas usadas em sua época” (segundo parágrafo). 

Alternativas
Q2572398 Português

Texto CB1A1-I


        A emergência de uma grande variedade de plataformas digitais, desde o final da década de 1990, provocou uma mudança econômica radical e uma reorganização de mercados e arranjos de trabalho. A economia de plataforma não está apenas mudando a forma como o trabalho é realizado e remunerado. Os mercados de trabalho também estão se transformando drasticamente, levando a uma situação em que o “emprego padrão” é cada vez mais suplementado ou substituído por trabalho temporário “fora do padrão”, mediado por plataformas. Em um contexto de crescente instabilidade macroeconômica, de desregulamentação das relações de trabalho — em função do impacto disruptivo de tecnologias digitais na intermediação dessas relações —, verifica-se a emergência de novas formas de emprego “fora do padrão”, que reforçam diversos tipos de “flexibilidade” — temporal, espacial, gerencial e funcional, entre outras. Grande parte dessas novas formas de emprego está vinculada à mediação de plataformas digitais, que conectam ofertantes e demandantes de trabalho.


        As plataformas digitais facilitam a articulação entre ofertantes e demandantes de trabalho que, de outra forma, poderiam ter dificuldades para interagir entre si, tornando a realização de transações mais eficiente do que seria possível em relacionamentos bilaterais entre as partes, fornecendo infraestrutura e regras para sua realização. No âmbito dessas plataformas, a correspondência (matching) entre ofertantes e demandantes de trabalho pode ser feita de forma eficaz, por exemplo, por meio de algoritmos que diminuem a quantidade de tempo utilizado para encontrar trabalhadores adequados para tarefas específicas, além de oferecer a base para o controle e gerenciamento dessas tarefas.


        No entanto, a força de trabalho torna-se mais vulnerável, pois as leis trabalhistas ainda se baseiam em um antigo sistema “binário”, segundo o qual quem é empregado recebe direitos — por exemplo, aviso de demissão ou férias pagas —, mas para quem é contratado o acesso a esses direitos tende a ser restringido. Assim, se o modelo de plataformas de trabalho com a interveniência de uma gestão algorítmica oferece vantagens no que se refere à flexibilidade sobre formas convencionais de organização e gestão do trabalho, esse mesmo modelo suscita questões relevantes como a distribuição desigual de oportunidades, benefícios e riscos entre os agentes envolvidos, bem como os possíveis custos sociais advindos de uma eventual precarização das relações de trabalho.


Herbert P. S. de Oliveira e Jorge N. de P. Britto. Gerenciamento e disciplina algorítmica:

uma análise focalizada em plataformas de emprego de elevada qualificação.

Economia e Sociedade, Campinas, v. 32, n.º 3 (79), 2023 (com adaptações).

Julgue o próximo item, relativos a aspectos linguísticos do texto CB1A1-I.


Estaria mantida a correção gramatical do texto caso fosse empregado o acento indicativo de crase no vocábulo “a” em “a distribuição desigual de oportunidades” (último período do texto), visto que seu emprego é facultativo nesse caso. 

Alternativas
Q2571992 Português
Assinale a alternativa incorreta quanto ao uso da crase:
Alternativas
Q2571831 Português

Desenvolvimento de habilidades relacionas às Funções Executivas






(Disponível em: https://porvir.org/5-habilidades-essenciais-para-a-vida-adulta-que-a-escola-precisadesenvolver/ – texto adaptado especialmente para esta prova).

Considerando o emprego do acento indicativo de crase, assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas tracejadas das linhas 10, 15 e 28.
Alternativas
Q2571607 Português

Reagan e Gorbachev unidos contra os aliens


Por Maria Clara Rossini








(Disponível em: Revista Superinteressante (02/12/2021) https://super.abril.com.br/historia/ – texto adaptado especialmente para esta prova).

Considerando o emprego do acento indicativo de crase, assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas das linhas 19, 25 e 27. 
Alternativas
Q2570311 Português


    Em comparação com outros animais e até com outros primatas, os seres humanos levam muito tempo para crescer. Por exemplo, os chimpanzés levam cerca de oito anos para atingir a maturidade reprodutiva, os macacos Rhesus, cerca de 4 anos, e lêmures, apenas cerca de 2 anos. Os seres humanos, em contraste, só amadurecem fisicamente depois do início da adolescência e, pelo menos nas sociedades industrializadas modernas, normalmente atingem a maturidade cognitiva e psicossocial ainda mais tarde. Do ponto de vista da teoria evolucionista darwiniana, este prolongado período de imaturidade é essencial para a sobrevivência e para o bem-estar da espécie. Os seres humanos, mais do que quaisquer outros animais, vivem de sua inteligência. As comunidades e as culturas humanas são altamente complexas, e existe muito a aprender. 

    A infância prolongada serve de preparação essencial para a idade adulta. Além de seu valor a longo prazo, alguns aspectos da imaturidade cumprem propósitos adaptativos imediatos. Por exemplo, alguns reflexos primitivos, como o de mover a cabeça em busca do mamilo, protegem o recémnascido e desaparecem quando não são mais necessários. O desenvolvimento do cérebro humano, a despeito de seu rápido crescimento pré-natal, é muito menos completo no nascimento do que o dos cérebros de outros primatas; se o cérebro do feto alcançasse plenamente o tamanho humano antes do nascimento, sua cabeça seria muito grande para passar pelo canal de parto.

    Em vez disso, o cérebro humano continua crescendo durante toda a infância e, com o tempo, ultrapassa em muito os cérebros de nossos primos símios nas capacidades para linguagem e pensamento. O desenvolvimento mais lento do cérebro humano lhe proporciona maior flexibilidade ou plasticidade, uma vez que nem todas as conexões estão permanentemente definidas em idade precoce. Essa flexibilidade comportamental e cognitiva talvez seja a maior vantagem adaptativa da espécie humana.


Desenvolvimento humano. Diane E. Papalia.

Sobre o uso (ou não) de crase, assinalar a alternativa que preenche as lacunas abaixo CORRETAMENTE.
Estou me referindo ____________ que aconteceu ontem. ____ distância que percorremos para chegar ____ delegacia foi absurda. Peço ____ você que reclame com o delegado.
Alternativas
Q2570059 Português
O feijão está sumindo do prato dos brasileiros


    Os brasileiros estão perdendo o hábito de comer feijão diariamente, em meio ____ mudanças culturais, avanço dos alimentos ultraprocessados e aumento de preços do produto.

      Seguindo a tendência dos últimos anos, o feijão deixará de ser consumido de forma regular – de 5 a 7 dias na semana – em 2025, conforme estudo da UFMG.

      ____ partir daquele ano, a maior parte dos brasileiros passará a comer o alimento símbolo nacional com frequência considerada irregular (1 a 4 dias), de acordo com a pesquisa.

       A perda de espaço do feijão no prato nacional, e sua substituição por alternativas menos saudáveis, tem consequências para a segurança alimentar e para a saúde da população.

     "O feijão surgiu de uma miscigenação das nossas heranças culinárias", observa a nutricionista Fernanda Granado. Segundo ela, a leguminosa já era um alimento nativo na América, conhecido pelos indígenas, que consumiam os grãos sem caldo, mesmo antes da colonização portuguesa.

       Os portugueses acrescentaram o caldo, uma solução encontrada pelas senhoras europeias para umedecer a comida nativa, que elas consideravam muito seca. Trazidos ao Brasil escravizados, os africanos também consumiam o alimento, adicionando seus saberes ____ preparação.

    Mas a construção do feijão como um símbolo nacional só vai acontecer bem mais para frente, durante o Modernismo Brasileiro dos anos 1920. "Aí ele é expresso em poesia, em músicas e é reconhecido como esse símbolo identitário da nossa tradição culinária", diz Granado.

      Em termos nutricionais, o feijão é rico em proteínas e minerais, incluindo o ferro, além das vitaminas C e do complexo B (à exceção da B12, de origem animal) e fibras solúveis e insolúveis, importantes para o bom funcionamento da digestão.

     "Além de ter um excelente perfil nutritivo e ser importante para manutenção da saúde da população, o feijão é um marcador de qualidade da dieta", afirma a pesquisadora.

    "Isso ________ o indivíduo, quando consome feijão, acaba complementando o prato com outros alimentos saudáveis, como arroz, vegetais, salada e uma proteína animal. Então, em geral, o feijão é um dos componentes de uma refeição nutricionalmente equilibrada." conclui Granado.


(Fonte: BBC — adaptado.)
Em relação ao uso da crase, assinalar a alternativa que preenche as lacunas do 1º, 3º e 6º parágrafos do texto:
Alternativas
Q2570015 Português
Quando começa o verão em 2023 no Brasil?



      As temperaturas recordes das últimas semanas podem ter confundido muitos brasileiros. Apesar de a recente onda de calor ter dado uma palinha da próxima estação, é a primavera que permanece ativa no hemisfério sul. Em 2023, o verão começa no fim de dezembro.

      Em termos exatos, o início da estação será no dia 22 de dezembro, à 00h27 (horário de Brasília), e termina em 20 de março de 2024, à 00h06, data de início do outono. A precisão do horário não é um mero detalhe. O marco é resultado de cálculos matemáticos feitos por especialistas do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP (IAG/USP).

     A depender da inclinação do eixo de rotação da Terra, uma estação diferente se estabelece em cada hemisfério. Como o cálculo considera o tempo de rotação do planeta ao redor do sol — que dura, em média, 365 dias, 5 horas e 45 minutos —, há pequenas diferenças entre um ano e outro. São elas as responsáveis pelos minutos quebrados.

     Segundo a MetSul Meteorologia, a estação será marcada por altas temperaturas na maior parte do Brasil, principalmente entre janeiro e março de 2024. “Com menos chuva, o centro do país e áreas do Norte e do Nordeste podem notar que o clima estará mais quente do que o habitual”, afirmam.

        Apesar da previsão de calor, os especialistas não esperam que os termômetros atinjam picos similares aos da primavera de 2023 no Centro-Oeste e em São Paulo e Minas Gerais. Por outro lado, há previsão de novas temperaturas recorde no Rio de Janeiro e no sul do país, principalmente no Rio Grande do Sul.

        Sob influência do fenômeno El Niño — que seguirá ativo até abril de 2024 —, nos próximos meses, os dias devem ser abafados e as noites, quentes. Há previsão de chuvas, mas elas podem não ser suficientes para suprir as demandas da safra de verão, alerta Desirée Brandt, meteorologista da Nottus.

        Além disso, novas ondas de calor podem atingir o país até março de 2024. O meteorologista Celso Oliveira esclarece que as águas de todos os oceanos, e não apenas do Pacífico, estão mais quentes. “A tendência é que a frequência e intensidade desses fenômenos aumente”, diz.


(Fonte: Globo Rural — adaptado.)
A frase “Os usuários das mídias sociais cuja atenção tem sido prejudicada devem reduzir o acesso a elas.” continuará gramaticalmente CORRETA caso se substitua o elemento sublinhado por: 
Alternativas
Q2569329 Português

O fim das redes sociais


Cada vez menos “sociais", as redes têm implicações


de uso muito maiores do que se pensa


Marcelo Vidigal M de Barros



    As redes sociais tornaram-se as principais plataformas de geração e distribuição de conteúdo, ofuscando os antigos e poderosos canais de TV, rádios e jornais. Então, não surpreende que sua influência venha chamando a atenção dos governos e da sociedade, lá fora e aqui. (...) Ainda que as pessoas, em geral, tenham percebido diferenças em seus feeds, muita gente ainda não entendeu o alcance e as implicações das mudanças recentes, que se aceleraram nos últimos 12 meses. (...)


     Com o crescimento do TikTok e a mudança dos feeds do Facebook e Instagram para um modelo de recomendação baseado em algoritmos, entramos em uma nova era; o algoritmo passou a privilegiar o conteúdo que entende ser mais interessante para você, e não mais o que seus amigos estão postando. Se o algoritmo identificar que você gosta de futebol, por exemplo, vai te apresentar mais vídeos com os golaços da última rodada. A novidade, porém, é que, logo abaixo de um lance mágico do Messi, o algoritmo, agora, mostra um “frango” em uma pelada da periferia, postado por alguém fora de sua rede.


     Neste novo padrão de recomendação, o componente “social”, isto é, o conteúdo distribuído por sua rede, perdeu importância. (...) E neste novo modelo, temos à disposição todo o conteúdo da plataforma, e não ficamos limitados apenas à nossa rede. (...)


    Quando a recomendação de conteúdos era definida apenas pela quantidade de seguidores e likes, os grandes influenciadores conquistaram o poder de definir comportamentos, influenciar nosso consumo e ganhar muito com isso. (...) Não é à toa que, em 2022, Kim Kardashian e duas das maiores influenciadoras do mundo apoiaram a campanha “Make Instagram Instagram again”, uma tentativa de reverter a decisão da empresa de não dar preferência às postagens publicadas por “amigos”.


       Esta é a grande mudança. E uma mudança grande, ao mesmo tempo. Migramos para uma versão das mídias sociais dominada por algoritmos e não por influenciadores. Em contraste com o modelo antigo, quando a competição era por popularidade, no novo modelo, a competição é por relevância de conteúdo; quanto maior for o match do conteúdo sugerido com o que cada um de nós gosta, maior será o nosso tempo de permanência nestas plataformas. (...) 



    O crescimento do TikTok tem sido usualmente atribuído à rejeição da nova geração às redes mais maduras, como o Instagram. (...) Com a entrada dos algoritmos na jogada, pelo menos no curto prazo, haverá uma ampliação dos problemas atuais de polarização e radicalização.


    Ainda há muito por vir, e é impossível prever todas as consequências desta mudança, mas, ao entendermos melhor as primeiras implicações, podemos estar mais preparados para os desafios que, como sociedade, temos pela frente.



Adaptado de: https://exame.com/lideres-


extraordinarios/governanca/o-fim-das-redes-sociais. Acesso em:


30 out. 2023. 

Assinale a alternativa em que o acento indicativo de crase tenha uso facultativo.
Alternativas
Q2567717 Português
        A luz síncrotron é a radiação eletromagnética emitida por partículas dotadas de carga elétrica e relativísticas, ou seja, que viajam a velocidades próximas _____ da luz no vácuo (300 mil km/s).

       A radiação (ou luz) síncrotron é conhecida desde o século 19, graças _____ equações propostas pelo britânico James Clerk Maxwell (1831-1879) e consideradas até hoje joias da física teórica.

      Segundo as equações de Maxwell, a explicação para _____ luz síncrotron é a seguinte: forças transversais causam perturbações no campo elétrico de partículas carregadas relativísticas. E essas perturbações se propagam — como oscilações dos campos elétricos e magnéticos das partículas (ou seja, na forma de radiação eletromagnética) — tanto pelo vácuo quanto pelos materiais.

     Radiação eletromagnética é um termo geral para designar oscilações de campos elétricos e magnéticos que viajam _____ velocidade da luz. Ela se apresenta sob vários “tipos” — e grande parte deles não podem ser vistos por nossos olhos. A radiação eletromagnética é classificada segundo sua frequência (número de oscilações por segundo). Esta última pode variar muito: há desde as ondas mais “lentas” (ondas de rádio, por exemplo) até aquelas que oscilam “freneticamente”, como os raios gama, emitidos por certos elementos radio-ativos.

       Entre esses dois extremos, estão: as micro-ondas, que aquecem aquela comidinha de última hora e conectam nossos celulares; o infravermelho (“calor”); a luz visível, aquela que enxergamos, do calmo vermelho ao vibrante violeta.

    Subindo a frequência, entramos na área do ultravioleta — radiação invisível para nós, mas maléfica para a pele —, chegando aos raios X, usados nas radiografias e tomografias médicas. 



Disponível em: https://cienciahoje.org.br/artigo/luz-sincrotron-a-radiacao-que-foi-do-extraordinario-ao-cotidiano/. Adaptado.
Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas, na ordem em que aparecem no texto. 
Alternativas
Ano: 2024 Banca: MPE-GO Órgão: MPE-GO Prova: MPE-GO - 2024 - MPE-GO - Oficial de Promotoria |
Q2567657 Português
Marque a opção em que o acento grave, indicativo da crase, foi empregado em desacordo com a norma culta (textos adaptados da obra: Schwarcz, Lilia Moritz; Starling, Heloisa Murgel. Brasil: uma biografia: Com novo pós-escrito (Portuguese Edition). Companhia das Letras. Edição do Kindle):
Alternativas
Q2566058 Português
Leia um trecho do romance “A gorda”, da escritora portuguesa Isabela Figueiredo, para responder à questão.



Já estamos habituados a cães abandonados que vêm parar à nossa rua. O Bobi também viveu quase duas décadas no pátio das traseiras do prédio. Do alto do sexto andar víamo-lo acoitar-se debaixo dos carros, fugindo à chuva. A certa altura, o papá comprou-lhe uma casota de cimento, que a loja veio entregar. O Bobi era quase como se fosse nosso, mas vivia na rua. Alguma vizinhança assomou à janela e apreciou o feito do papá. Mas estamos no mundo e, como de costume, outros censuraram. Eu e o papá temos fama de proteger os animais. E é má. Reclamam que ladram, que podem morder e transmitem doenças. Que somos os culpados de não se irem embora porque os alimentamos. Nas nossas costas há sempre alguém a enxotá-los ou a magoá-los. Pessoas que se cruzam conosco fingindo ser do bem, mas nos impugnam pelas costas. Denunciam a presença do cão vadio à câmara e a carroça costuma aparecer de madrugada, com homens súbitos que procuram caçá-lo com redes. Quando não consegue escapar, o Bobi é levado para o canil municipal. Na manhã seguinte, eu e o papá deslocamonos ao canil e confirmamos a sua presença atrás das grades. Seguimos para a Câmara, pagamos a multa e voltamos para o resgatar. Fazemos o caminho a pé para casa, calmamente; ele ao nosso lado. O Bobi não entra em carros. Eu e o papá vamos-lhe pedindo que tenha cuidado com as doenças que as pessoas podem transmitir-lhe. Explicamos que a picada ou mordedura dos humanos é mortal. Embora nos ríamos da conversa que entabulamos, eu e o papá estamos fartos de gente.


(Isabela Figueiredo. “A gorda”. Editora Todavia, 2021. Adaptado)
A frase que segue a norma-padrão de regência e de emprego do sinal indicativo de crase se encontra em: 
Alternativas
Q2565319 Português
Ciberguerreiros franceses se preparam para desafios cibernéticos nas Olimpíadas 

      Especialistas em segurança cibernética franceses são os técnicos dos ciberguerreiros, os treinando para combater ameaças em hackers e malware, e proteger os sistemas dos jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Paris. Eles estão utilizando sistemas éticos para testar suas defesas e estudando possíveis ameaças, que podem variar desde adolescentes até hackers militares russos.
      O evento espera receber 10.500 atletas olímpicos de 200 países. As Olimpíadas estão programadas para acontecer de 26 de julho a 11 de agosto, enquanto os jogos Paralímpicos serão realizados de 28 de agosto a 8 de setembro.
      Apesar de não ficarem sob os holofotes, os hackers pretendem fazer o possível para criar camadas de defesas digitais resistentes às tentativas de paralisar os sistemas de informação vitais para os jogos. A preocupação também se estende às infraestruturas essenciais, como redes de transporte e cadeias de abastecimento.
      “Meu sonho para as Olimpíadas é que não se fale sobre tecnologia e segurança cibernética, porque isso significará que isso não será um problema”, conta Jérémy Couture, responsável pelo centro de segurança cibernética dos organizadores do evento, em entrevista à AFP.
      O trabalho de detecção, análise e resposta a ameaças cibernéticas é crucial para o sucesso dos jogos, mantido em segredo pelos organizadores devido à sua sensibilidade, principalmente a localização das operações. Embora não revelem muitos detalhes, os responsáveis pela segurança digital estão cientes de que hackers mal-intencionados estarão ativos.
      A Rússia é apontada como um dos principais suspeitos devido ao seu histórico de ataques cibernéticos. Por causa da guerra à Ucrânia, atletas russos estão proibidos de competir em eventos por equipes nas Olimpíadas. Apenas alguns indivíduos russos podem competir como neutros. Essa decisão também reflete as tensões entre a Rússia e a França.
      A unidade agressiva da agência de inteligência militar GRU (Glavnoye Razvedyvatel'noye Upravleniye) da Rússia, conhecida como Sandworm, foi acusada pelas nações ocidentais de usar o malware “Destruidor Olímpico” para interromper a cerimônia de abertura dos Jogos de Inverno de 2018 em Pyeongchang, Coreia do Sul. Esta mesma unidade também é responsabilizada pelos ataques à rede elétrica da Ucrânia e pelo vírus NotPetya de 2017, que causou grandes danos em todo o mundo.
      Vincent Strubel, dirigente da Agência Nacional de Segurança Cibernética da França, classificou o nível de ameaças cibernéticas que os jogos enfrentam como sem precedentes. Ele afirmou em coletiva de imprensa, do dia 03 de abril, que a agência treinou mais do que nunca apesar da correria. “Acho que conseguimos ficar um passo à frente dos atacantes”.

(Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/tecnologia/noticia/2024/05/ciberguerreiros-franceses-se-preparam-para-desafiosciberneticos-nas-olimpiadas.ghtml. Acesso em: 04/05/2024. Adaptado.)
No terceiro parágrafo do texto há duas ocorrências de crase que indicam: 
Alternativas
Q2565210 Português
Sobre o uso da crase, analisar a sentença.

A reunião está marcada para as 15 horas, e todos devem comparecer à sala de conferências (1ª parte). Ela foi à loja de antiguidades procurar por móveis vintage (2ª parte). Os turistas foram à cidade histórica em busca de monumentos e histórias fascinantes (3ª parte).

A sentença está:
Alternativas
Q2564985 Português
    Mal nos limpamos da areia contrabandeada do Réveillon, e o ano já chega repleto de propostas de trabalho, estudo, esporte e lazer. Energias renovadas e um certo erro de cálculo nos fazem crer que as promessas assumidas hoje encontrarão a mesma pessoa para pagá-las amanhã.

    Agenda cheia é a marca da pessoa produtiva e plena de energia, ou seja, eternamente jovem e bem-sucedida. Não é o caso da mão de obra em uma grande cidade, cujo deslocamento para o emprego ocupa grande parte do dia, da paciência e da saúde. Essa sonha com tempo livre do qual não pode dispor, pois seu sustento está sob ameaça perene.

    Acostumada a receber convites para dar palestras em diferentes instituições e sem poder ir a todas, me surpreendi com uma resposta específica a uma negativa minha. A pessoa queria entender a razão pela qual eu não poderia atender a solicitação dela que, afinal, ocorreria à noite, só se estenderia por duas horas e era perto da minha casa. Para me justificar, desfiei o rosário dos compromissos que assumi logo nos primeiros dias do ano: consultório, aulas, grupos de estudo, livro, coordenação de um instituto. A petulância diante do meu “não” seria só uma anedota, se não me tivesse percebido tão irritada. Daí, claro, já não se trata da falta de sensibilidade do anfitrião, a quem respondi educadamente, mas de um incômodo comigo mesma.

    Meu mal-estar decorria do fato de eu cobrar de mim aceitar um evento à noite, que só dura duas horas e é perto da minha casa. Minha resposta apresentando os compromissos previamente assumidos era para aplacar a fúria de alguém que se espelha em um fazer sem descanso. Daí que, se quisermos rever uma produtividade que começa logo ao abrir os olhos com o uso do celular, teremos que dizer “não” para nós mesmos antes de tudo.


(Vera Iaconelli. A arte de dizer não para si.

www1.folha.uol.com.br, 29.01.2024. Adaptado)
Assinale a alternativa em que é possível substituir, em trecho do 3o parágrafo, o vocábulo destacado por à, mantendo-se a norma-padrão de emprego do acento indicativo de crase.
Alternativas
Q2564583 Português
Leia o texto abaixo e depois responda à questão:

      Há cerca de quarenta anos cientistas notaram algo interessante na savana da África. As girafas comem a folhagem da Acacia tortilis, uma espécie de acácia que não gosta nem um pouco disso. Para se livrar dos herbívoros, poucos minutos depois de as girafas aparecerem as acácias bombeiam toxinas para as folhas. As girafas sabem disso e partem para as árvores próximas. Mas não tão próximas: primeiro elas pulam vários exemplares e só voltam a comer depois de uns 100 metros. O motivo é surpreendente: as acácias atacadas exalam um gás de alerta (no caso, etileno) que sinaliza às outras ao redor que surgiu um perigo. Com isso, todos os indivíduos alertados se preparam de antemão e também liberam toxinas. As girafas conhecem a tática e por isso avançam savana adentro até encontrarem árvores desavisadas. Ou então trabalham contra o vento, já que é ele que carrega a mensagem aromática, buscando acácias que ainda não detectaram sua presença.
    Isso também acontece em outras florestas. Sejam faias, abetos ou carvalhos, as árvores percebem os ataques sofridos. Dessa forma, quando uma lagarta morde com vontade, o tecido da folha danificada se altera e ela envia sinais elétricos, da mesma forma que acontece com o corpo humano. No entanto, esse impulso não se espalha em milissegundos, como no nosso caso, mas a apenas 1 centímetro por minuto. Por isso demora até uma hora para que a substância defensiva chegue às folhas e acabe com a refeição da praga. As árvores não são rápidas, e mesmo em perigo essa parece ser sua velocidade máxima. [...]
     A saliva de cada espécie de inseto é única e pode ser tão bem classificada que as árvores são capazes de emitir substâncias que atraem predadores específicos desses insetos, que atacarão as pragas e em consequência ajudarão as árvores. Os olmos e pinheiros, por exemplo, apelam a pequenas vespas que depositam seus ovos no corpo das lagartas que comem folhas. A larva da vespa se desenvolve no interior da praga, que é devorada pouco a pouco, de dentro para fora. Assim as árvores se livram das pragas inconvenientes e podem continuar crescendo livremente. A capacidade de identificar a saliva das pragas comprova outra habilidade das árvores: elas também devem ter uma espécie de paladar.
(WOHLLEBEN, Peter. A vida secreta das árvores. Rio de Janeiro: Sextante, 2017. pp. 13-15).
Assinale a alternativa incorreta:
Alternativas
Q2562855 Português

Texto para o item.


    

                       

               Internet: <www4.fo.usp.br> (com adaptações).

Com base na estrutura linguística do texto e em sua tipologia, julgue o item seguinte. 


É facultativo o emprego do sinal indicativo de crase no “a” em “a ela” (linha 2), da seguinte forma: à ela. 

Alternativas
Q2562578 Português
Leia as sentenças a seguir.

I. Ouviram do Ipiranga as margens plácidas.
II. Ouviram do Ipiranga às margens plácidas.

A ocorrência da crase marca uma diferença sintáticosemântica entre as duas sentenças. Respectivamente, as expressões “as margens plácidas” (I) e “às margens plácidas” (II) são consideradas
Alternativas
Q2562145 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

Pesquisador brasileiro pode ter encontrado novo planeta no Sistema Solar


Um estudo que foi publicado no final do ano passado, cujos principais autores são um pesquisador brasileiro e outro japonês, aponta a possibilidade de que haja um novo planeta em nosso Sistema Solar.

Os dois astrônomos, o brasileiro Patryk Sofia Lykawka, que hoje é professor na Universidade Kindai, no Japão, e Takashi Ito, do Observatório Astronômico Nacional do Japão, dizem que o planeta estaria localizado depois de Netuno, em uma região chamada de Cinturão de Kuiper.

"Prevemos a existência de um planeta similar à Terra e alguns outros objetos transnetúnicos (TNO, na sigla em inglês) em órbitas peculiares nos limites do Sistema Solar", escreveram os cientistas no trabalho publicado na revista The Astronomical Journal.

Os pesquisadores estudam o Cinturão de Kuiper, uma área localizada a cerca de 30 unidades astronômicas (a unidade astronômica equivale aproximadamente à distância da Terra ao Sol, cerca de 150 milhões de quilômetros ou 8 minutos-luz) depois de Netuno, que abriga rochas geladas e planetas anões, como Plutão, Quaoar, Orcus e Makemake.

O suposto novo planeta seria de 1,5 a três vezes maior do que a Terra, bem maior que os planetas-anões localizados no Cinturão — mesmo Plutão, que já foi classificado como planeta no passado, tem apenas 18% do tamanho da Terra.

Antes que a existência de um novo planeta seja confirmada, os cientistas precisam encontrá-lo. Para isso, eles seguem estudando os objetos do Cinturão de Kuiper em busca de perturbações em suas órbitas que indiquem a presença de algum outro planeta maior.

"Baseados em extensas simulações do Sistema Solar externo, incluindo um hipotético planeta com massas semelhantes à da Terra (testei também várias órbitas para o planeta), obtive resultados que poderiam explicar as propriedades orbitais das populações do Cinturão de Kuiper distante. Isso sugere um papel vital desempenhado pelo planeta na formação do Cinturão de Kuiper", explicou Patryk, em entrevista à Unisinos — Universidade do Rio Grande do Sul na qual ele se formou em física e em matemática antes de se mudar para o Japão.

Para prosseguir com a pesquisa, Patryk pretende realizar novas simulações e aprimorar os resultados. "Assim, a massa e a órbita do planeta hipotético poderiam ser ainda mais refinadas", disse ele.

Retirado de: PINOTTI, Fernanda. Pesquisador brasileiro pode ter encontrado novo planeta no Sistema Solar. CNN Brasil. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/tecnologia/
A respeito do emprego do acento grave (crase), analise as sentenças a seguir:

I. É necessário viajar à planetas longínquos para verificar se eles realmente existem.
II. Devemos dar visibilidade às descobertas de cientistas brasileiros. III. Esta descoberta é uma incrível novidade à ciência nacional.

Está correto o emprego do acento grave em:
Alternativas
Respostas
601: A
602: C
603: E
604: B
605: B
606: B
607: A
608: D
609: D
610: B
611: C
612: D
613: A
614: D
615: A
616: A
617: B
618: E
619: B
620: B