Questões de Português - Crase para Concurso
Foram encontradas 6.583 questões
TEXTO 02
O texto seguinte servirá de base para responder às questões de 05 a 10.
TEXTO 2
Os males do consumo desenfreado
Rodrigo BERTÉ (Adaptado)
A cena é clássica: quase sempre que um determinado produto é lançado, uma enxurrada de pessoas simplesmente resolve abandonar aquele que possuem para ter o modelo atualizado, uma vez que o antigo já não satisfaz mais como antes. Assim, produtos que ainda poderiam ser usados naturalmente acabam virando descarte fácil entre os consumidores.
Com base no cenário acima, o fato é que atualmente a sociedade ocidental possui uma relação intensa de consumo, o que vem gerando consequências irreversíveis ao meio ambiente. Segundo um relatório do Fundo Mundial para a Natureza (WWF), a humanidade está consumindo mais do que a Terra é capaz de repor. De acordo com o documento, a Terra tem 11,4 bilhões de hectares terrestres e marinhos considerados produtivos e sustentáveis - isto é, com capacidade de renovação.
[...]
Algumas escolhas do dia a dia podem ajudar a diminuir a degradação do meio ambiente, como usar mais meios de transporte alternativos, diminuir o desperdício de água e de energia, reciclar mais, além de evitar o consumo sem necessidade. Mas essa é uma lição que não vem sendo ensinada, muito menos aprendida.
[...]
Nossa relação de consumo atual está nos levando a uma séria crise ambiental. Por isso a urgência em trabalhar políticas mais eficientes e concretas sobre esse tema. Já estamos atrasados, mas ainda há tempo.
TEXTO 3
Consumismo Infantil - Um problema de todos
Adaptado
Ninguém nasce consumista. O consumismo é uma ideologia, um hábito mental forjado que se tornou uma das características culturais mais marcantes da sociedade atual. Não importa o gênero, a faixa etária, a nacionalidade, a crença ou o poder aquisitivo. Hoje, todos que são impactados pelas mídias de massa são estimulados a consumir de modo inconsequente.
As crianças, que vivenciam uma fase de peculiar desenvolvimento e, portanto, mais vulneráveis que os adultos, não ficam fora dessa lógica e infelizmente sofrem cada vez mais cedo com as graves consequências relacionadas aos excessos do consumismo: obesidade infantil, erotização precoce, consumo precoce de tabaco e álcool, estresse familiar, banalização da agressividade e violência, entre outras. [...]
O consumismo está relacionado à ideia de devorar, destruir e extinguir. Se agora, tragédias naturais, como queimadas, furacões, inundações gigantescas, enchentes e períodos prolongados de seca, são muito mais comuns e frequentes, é porque a exploração irresponsável do meio ambiente prevaleceu ao longo de décadas.
[...]
Os males do consumo desenfreado. Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/os-males-do-consumo-desenfreado-4l782thsoedaqjeov7zh3ttu6 / Consumismo infantil. Um problema de todos. Disponível em: http://criancaeconsumo.org.br/consumismo?infantil/
Releia o primeiro período do 3º parágrafo do TEXTO 3 "Consumismo Infantil - Um problema de todos":
"O consumismo está relacionado à ideia de devorar, destruir e extinguir".
Nesse trecho, o fenômeno linguístico da crase teve de ocorrer porque:
Em qual dos casos abaixo o uso da crase é facultativo?
As questões de 01 a 03 dizem respeito à Charge. Leia-a atentamente antes de respondê-las.
(Charge)
Sobre o emprego do acento grave indicador de crase na Charge, assinale a alternativa correta:
Assinale a alternativa correta com base no emprego da crase:
As questões de 01 a 03 dizem respeito à reportagem a seguir. Leia-a atentamente antes de respondê-las.
(Reportagem)
Anvisa pede à Polícia Federal para expulsar do país quatro jogadores da Argentina que deram informações sanitárias falsas ao entrar no Brasil Viajantes que estivera, no Reino Unido há menos de 14 dias só podem entrar no Brasil se fizerem uma quarentena. Ao entrar no país para um jogo pelas eliminatórias, os quatro atletas deram informações falsas, de acordo com a Anvisa. Partida foi cancelada. |
(Fonte adaptada: G1.com> Acesso em 08 de setembro de 2021)
Assinale a alternativa que representa corretamente a regra pela qual a crase foi empregada no título da reportagem acima:
Texto 1
Brasil cria roupa contra a covid
Pesquisadores brasileiros produziram um tecido capaz de inativar o novo coronavírus. Os testes preliminares, feitos no último mês, apontaram que o produto têxtil desenvolvido consegue neutralizar mais de 99,9% das partículas virais em até um minuto. Além disso, foi comprovada a eficácia no combate a outras doenças virais, como sarampo e caxumba. A descoberta poderá ser usada não só para vestuário, mas também em outras funções, como cortinas e forro de estofados de locais públicos.
Pesquisador do laboratório, Raphael Bergamini afirmou que o tecido tem grande potencial de funcionamento em situações de exposição à doença: "Por ter essa inativação tão rápida do vírus, as chances de contaminação da doença caem muito. Se um médico que tem contato com pacientes contaminados manuseia a máscara e coça os olhos, por exemplo, o vírus já teria sido neutralizado, porque essa estrutura funciona não só como uma barreira física, mas química também".
Além da produção de máscaras, aventais e outros equipamentos para profissionais da Saúde, o tecido representa uma mudança de cenário. "Uma vez que o protocolo de produção é homologado e está testado, ele condiciona a indústria têxtil, não só da parte fashion, mas também a logística. Provadores de loja, cortinas de teatro, assentos de avião ... Se nós aplicarmos esse químico, dá uma proteção e tranquilidade maior para as pessoas que estão frequentando o ambiente. Tirando a parte hospitalar, a gente vislumbra outros mercados e toda uma mudança de cenário", explicou o coordenador Adriano Passos.
Por ser um material com bom custo-benefício, o acesso pode ser mais fácil. Raphael Bergamini ressaltou a importância dessa facilitação: "Nós auxiliamos o laboratório nesse projeto de aplicação química e na estruturação, e eles já estão produzindo. O preço é acessível, muito mais do que a prata utilizada em outros tecidos. E nós vamos doar uma produção-piloto que fizemos para hospitais. É tudo muito novo, então ainda estamos decidindo para onde doar"
Maria Clara Matturo
(Adaptado de: Jornal O Dia, Rio de Janeiro, 15/07/2020)
Considere a frase a seguir e responda às questões 9, 10 e 11:
"Além disso, foi comprovada a eficácia no combate a outras doenças virais, como sarampo e caxumba" |
Reescrevendo a expressão "combate a outras doenças virais", o acento indicativo de crase está corretamente empregado em:
Texto 1
Clonar para biodiversidade
Em dezembro de 2020, o Centro de Conservação de Vida Selvagem do Colorado, nos EUA, foi palco de um nascimento histórico. Elizabeth Ann é o primeiro clone de uma espécie de furão ameaçada de extinção: o furão-de-patas-pretas. Ela é cópia de um ancestral que morreu na década de 1980 e teve suas células congeladas, uma fêmea chamada Willa. À primeira vista, o fato não impressiona. Afinal, quem não se lembra da ovelha Dolly, em 1996? Nas últimas décadas, a clonagem de mamíferos tornou-se lugar comum, utilizada constantemente para clonar animais de criação, esporte e domésticos. O que tem de tão especial neste novo clone?
A novidade não está na técnica, mas no uso. Elizabeth Ann foi criada com uma técnica muito similar à da ovelha Dolly. Óvulos de uma fêmea doméstica doadora foram coletados e tiveram seus núcleos removidos. O material genético de Willa foi então inserido neles, e um estímulo elétrico fez com que começassem a se dividir. O embrião foi implantado em uma fêmea doméstica, dentro de um esquema "barriga de aluguel”. Mas Elizabeth Ann não é um animal de criação ou de corrida, nem um pet. Ela é o primeiro mamífero clonado para um programa de conservação ambiental.
A espécie — furão-de-patas-pretas (Mustela nigripes) — já foi considerada extinta nos EUA na década de 1970, provavelmente devido à caça desenfreada do cão-da-pradaria, que era seu prato preferido. Na década de 1980, no entanto, foi descoberta uma pequena colônia destes animais, e teve início um programa de conservação. Não foi fácil, porque apenas sete animais conseguiram se reproduzir, o que diminui muito a diversidade genética dos descendentes, aumentando inclusive a suscetibilidade a doenças.
Uma estratégia para aumentar a diversidade é introduzir genes de populações diferentes, mas como fazer isso em uma espécie em extinção, onde todos os indivíduos são geneticamente muito próximos? Elizabeth Ann vem para resolver este problema. Ela traz genes de um animal que morreu há 35 anos, com uma diversidade genética três vezes maior do que a encontrada na população existente. É como se todos os furões-de-patas-pretas fossem primos de primeiro grau, e ela, uma estrangeira de um país distante.
Elizabeth Ann, agora sexualmente madura, após seu primeiro aniversário, aguarda a escolha do parceiro, que está sendo cuidadosamente selecionado entre os machos da espécie. E preciso, segundo os tratadores, escolher o macho mais “cavalheiro”, porque não se pode correr o risco de um namorado mais brutamontes machucar a única fonte de genes diferentes. Se ela conseguir se reproduzir e ter descendentes saudáveis, seu caso pode marcar o início de novos programas de conservação e reintrodução de genes para outras espécies em extinção.
O sucesso do programa em furões pode beneficiar muito mais do que os furões em si. Pode ser uma prova de conceito e atrair interesse e financiamento para repetir o processo com outras espécies. Clonar animais selvagens sempre foi um desafio muito maior do que animais domésticos, até porque as técnicas de criação e reprodução em cativeiro não são tão bem estabelecidas para espécies com as quais a Humanidade não convive tanto. O Zoológica de San Diego, por exemplo, está nos primeiros estágios para tentar o mesmo processo com o rinoceronte-branco-do-Norte, espécie da qual existem hoje só dois indivíduos. O sucesso de Elizabeth Ann pode servir para impulsionar programas como esse.
Clones normalmente nos levam a pensar em cópias e redução de diversidade. Elizabeth Ann vem para nos lembrar que clonagem e modificação genética são apenas ferramentas. O que fazemos com elas depende de nossa criatividade, ética e recursos. Clones podem ser usados para promover biodiversidade, e quem sabe, resgatar mais espécies em extinção.
Natália Pastenak
(O Globo, 31 de janeiro de 2022)
“A espécie — furão-de-patas-pretas (Mustela nigripes) - já foi considerada extinta nos EUA na década de 1970, provavelmente devido à caça desenfreada do cão-da-pradaria, que era seu prato preferido.” (3º parágrafo).
Reescrevendo parte do trecho anterior, o emprego da crase permanece em:
Assinale a alternativa que preenche respectivamente e de forma CORRETA as lacunas da afirmação acima.
No mínimo, as tecnologias deveriam ser desenvolvidas para atender às necessidades de todas as pessoas, sem distinção alguma. No entanto, o Grupo de Pesquisa em Acessibilidade Digital, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP, concluiu que, apesar do escasso número de avaliações dos usuários com deficiência visual ou condições oculares – fotofobia, daltonismo, baixa visão – em aplicativos, os feedbacks são suficientes para revelar falhas graves nas usabilidades dos aplicativos. Geralmente, as avaliações são utilizadas para aprimorar o refino das interfaces, ou para que os desenvolvedores projetem um novo software.
“As avaliações não são suficientes numericamente. Imagina só, você tem um aplicativo com um bilhão de downloads. Mas, só há 300 pessoas questionando sobre acessibilidade. Por mais que deem feedbacks, as empresas responsáveis por essas tecnologias não priorizarão adotar novas posturas”, explica Marcelo Eler, coordenador da pesquisa e professor da EACH. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 36 milhões de pessoas no mundo são cegas e outras 217 milhões têm baixa visão. No Brasil, a ausência de dados atualizados por meio do Censo prejudica estimar atualmente dados mais precisos.
O estudo é resultado das pesquisas de doutorado de Alberto de Oliveira e Paulo dos Santos, do Programa de Pós- - Graduação em Sistemas de Informação (PPgSI) da EACH, sob a orientação de Marcelo. Além disso, a pesquisa teve a colaboração de Wilson Júnior e Danilo Eler, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), e Wajdi Aljedaani, da Universidade do Norte do Texas (UNT), nos Estados Unidos. Eles observam que é “preciso que o mecanismo de avaliações seja explorado para deixar evidente às empresas que os problemas de usabilidade existem, importam e têm consequências sérias” [...].
“Para as pessoas sem deficiência, alguns comentários avaliando positivamente, solicitando melhorias, ou expondo alguma reclamação, podem parecer um detalhe ou uma frescura. E não é! A ausência de interfaces acessíveis impede as pessoas de serem autônomas, pois precisarão de alguém para auxiliá-las, como, por exemplo, num pedido de entrega de alimentos”, explica Marcelo ao mencionar a necessidade de evidências empíricas para romper com esses preconceitos ou atitudes capacitistas, ou seja, discriminação às pessoas com alguma deficiência.
Texto: Danilo Queiroz
(Disponível em: https://jornal.usp.br/diversidade. Adaptado.)
Pets podem estar adoecendo por causa da humanização
Por Equipe Cães&Gatos
(Disponível em: www.caesegatos.com.br – texto adaptado especialmente para esta prova).
Deixar o celular de lado pode lhe render alguns anos de vida
Por Catherine Price
(Disponível em: www.gauchazh.clicrbs.com.br – texto adaptado especialmente para esta prova).
PNAD Contínua: taxa de desocupação é de
7,6% e taxa de subutilização é de 17,6% no trimestre encerrado em janeiro
A taxa de desocupação (7,6%) no trimestre encerrado em janeiro de 2024 ficou estável frente ao trimestre de agosto a outubro de 2023 (7,6%) e caiu 0,7 p.p. ante o mesmo trimestre móvel de 2023 (8,4%).
A população desocupada (8,3 milhões) ficou estável no trimestre e recuou 7,8% (menos 703 mil pessoas) no ano. A população ocupada (100,593 milhões), cresceu 0,4% no trimestre (mais 387 mil pessoas) e 2,0% (mais 1,957 milhão de pessoas) no ano. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi a 57,3%, sem variação significativa frente ao trimestre móvel anterior (57,2%) e subindo 0,6 ponto percentual (p.p.) ante o mesmo trimestre móvel de 2023 (56,7%).
A taxa composta de subutilização (17,6%) não mostrou variação significativa frente ao trimestre móvel encerrado em outubro (17,5%) e caiu 1,2 p.p. ante o trimestre encerrado em janeiro de 2023 (18,7%). A população subutilizada (20,3 milhões de pessoas) não variou de forma significativa no trimestre e recuou 5,6% (ou menos 1,2 milhão) no ano.
A população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas (5,3 milhões) não mostrou variações significativas em nenhuma das duas comparações, do mesmo modo que a população fora da força de trabalho (66,6 milhões).
A população desalentada (3,6 milhões) não variou significativamente ante o trimestre móvel anterior e recuou 9,8% (menos 388 mil pessoas) no ano.
O percentual de desalentados na força de trabalho ou desalentada (3,2%) não teve variação significativa no trimestre e recuou 0,4 p.p. no ano.
O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) foi de 37,950 milhões, com alta de 0,9% (mais 335 mil) no trimestre e de 3,1% (mais 1,1 milhão) no ano. Já o número de empregados sem carteira no setor privado (13,4 milhões) ficou estável no trimestre e cresceu 2,6% (mais 335 mil pessoas) no ano.
O número de trabalhadores por conta própria (25,6 milhões de pessoas) também ficou estável em ambas as comparações, assim como o número de trabalhadores domésticos (5,9 milhões de pessoas) e o de empregadores (4,2 milhões de pessoas).
O número de empregados no setor público (12,1 milhões) ficou estável no trimestre e cresceu 2,7% (mais 315 mil pessoas) no ano. A taxa de informalidade foi de 39,0 % da população ocupada (ou 39,2 milhões de trabalhadores informais) contra 39,1 % no trimestre anterior e 39,0 % no mesmo trimestre móvel de 2023.
O rendimento real habitual de todos os trabalhos (R$ 3.078) cresceu 1,6% no trimestre e 3,8% no ano.
A massa de rendimento real habitual (R$ 305,1 bilhões) atingiu novo recorde da série histórica iniciada em 2012, crescendo 2,1% (mais R$ 6,3 bilhões) frente ao trimestre anterior e subindo 6,0% (mais R$ 17,4 bilhões) na comparação anual.
29/02/2024 09h00 | Atualizado em 29/02/2024 https://ag enciadenotic ias. ibg e. g ov.br/ag enciasala- de-im prensa/2013- ag encia-de-noticias/r eleases/39283- pnad- continua-taxa-dedesocupacao-e-de-7-6-e-taxa-de- subutilizacao-e-de17-6-no-trimestre-encerrado-em-janeiro
Texto para as questões de 01 a 12.
s
TEXTO 1
s
Atalhos
s
Quanto tempo a gente perde na vida? Se somarmos todos os minutos jogados fora, perdemos anos inteiros. Depois de nascer, a gente demora pra falar, demora pra caminhar, aí mais tarde demora pra entender certas coisas, demora pra dar o braço a torcer. Viramos adolescentes teimosos e dramáticos. Levamos um século para aceitar o fim de uma relação, e outro século para abrir a guarda para um novo amor, e já adultos demoramos para dizer a alguém o que sentimos, demoramos para perdoar um amigo, demoramos para tomar uma decisão. Até que um dia a gente faz aniversário. 37 anos. Ou 41. Talvez 48. Uma idade qualquer que esteja no meio do trajeto. E a gente descobre que o tempo não pode continuar sendo desperdiçado. Fazendo uma analogia com o futebol, é como se a gente estivesse com o jogo empatado no segundo tempo e ainda se desse ao luxo de atrasar a bola pro goleiro ou fazer tabelas desnecessárias. Que esbanjamento. Não falta muito pro jogo acabar. É preciso encontrar logo o caminho do gol.
Sem muita frescura, sem muito desgaste, sem muito discurso. Tudo o que a gente quer, depois de uma certa idade, é ir direto ao assunto. Excetuando-se nos momentos de afeto, pra todo o resto é melhor atalhar. E isso a gente só alcança com alguma vivência e maturidade.
Pessoas experientes já não cozinham em fogo brando, não esperam sentados, não ficam dando voltas e voltas, não necessitam percorrer todos os estágios. Queimam etapas. Não desperdiçam mais nada.
Uma pessoa é sempre bruta com você? Não é obrigatório conviver com ela.
O cara está enrolando muito? Beije-o primeiro.
A resposta do emprego ainda não veio? Procure outro enquanto espera.
Paciência só para o que importa de verdade. Paciência para ver a tarde cair. Paciência para sorver um cálice de vinho. Paciência para a música e para os livros. Paciência para escutar um amigo. Paciência para aquilo que vale nossa dedicação. Pra enrolação, atalho.
s
MEDEIROS, Martha. Atalhos, 2004.{adaptado)
Assinale a opção abaixo na qual o emprego do acento indicador de crase está de acordo com a norma culta da língua.
O texto abaixo é base para responder às questões de 1 a 4:
Texto 01
Modelo de alfabetização do Ceará melhorou aprendizagem de alunos em situação vulnerável, aponta pesquisa
1----------Um estudo desenvolvido por um conjunto de pesquisadores brasileiros, chilenos e franceses mostrou que
2----a implementação do Programa de Aprendizagem na Idade Certa (Paic), desenvolvido no Ceará, reduziu
3----desigualdades, aumentou o nível de aprendizagem e ampliou a equidade educacional de alunos em situação
4----de vulnerabilidade social no Estado em relação ao Brasil e ao Nordeste, entre 2011 e 2017. O mesmo
5----aconteceu com Fortaleza, em comparação com a situação de outras capitais da região.
6----------“Essa pesquisa previu verificar se, no Estado do Ceará, o fenômeno da redução da desigualdade social e
7----da ampliação da equidade educacional se estendia também para os territórios de vulnerabilidade social, e a
8----pesquisa mostrou que sim. [...] Isso é muito relevante para a sociologia da educação porque é muito difícil
9----você gerar a ampliação de equidade educacional em ambientes de vulnerabilidade social”, avalia Vanda
10---Mendes, coordenadora do projeto.
11
12---------Formação de professores
13---------Um dos aspectos do Paic que mais chamaram a atenção de três pesquisadores franceses, responsáveis
14---por estudar a dimensão 5 da pesquisa que trata da formação dos professores, foi a continuidade das ações
15---voltadas para que estes profissionais sejam capacitados de forma constante e vigilante por parte do poder
16---público local.
17---------"Enquanto na França houve uma diminuição no tempo de formação do professor, o Paic dedica bastante
18---tempo nessa formação que ajuda o professor a fazer uma vigilância, ter um olhar sobre o que o aluno está
19---compreendendo, como ele está aprendendo e o que se deve fazer para ele aprender. A política educacional
20---francesa não possui os aspectos que garantem ao Paic seus resultados: continuidade, visão sistêmica,
21---atenção aos processos e apoio aos agentes implementadores nos diversos contextos", avaliou Sylvain
22---Broccolichi.
23---------O pesquisador francês afirma que o modelo implementado no Ceará tem um olhar aprofundado no papel
24---do educador que permite identificar as particularidades, tanto de professores como de estudantes, fazendo
25---com que haja redução da desigualdade.
26---------"No Paic há essa preocupação no sentido de fazer com que pessoas compreendam o que precisa ser feito.
27---O Paic tem esse olhar para ver o que está dando certo o que não está para pensar em mudanças e que tenta
28---entender as particularidades de cada professor e aluno. Outra coisa que nos chamou bastante atenção foi a
29---elevação da performance dos alunos e a redução das desigualdades", enfatiza.
30
31---------Desafios para adoção do modelo na França
32---------A adoção de uma política pública similar ao modelo observado no Paic parece estar longe de ser uma
33---realidade na França, de acordo com o professor Broccolichi.
34---------"Eu adoraria que uma política como essa fosse implementada na França. Porém, no momento não vejo
35---possibilidade de adoção desse modelo de política na França, onde cada vez que muda o governo há
36---mudanças que geram distúrbios na escola e nos professores. Aqui [na França] você tem uma tradição política
37---muito diferente da que encontramos no Ceará. Esse cuidado da compreensão dos problemas, da avaliação
38---da situação para poder gerar mudanças, refletir para orientar as políticas, tudo isso é uma cultura bastante
39---diferente do que vemos na França hoje," afirmou.
40---------Pare ele, seria necessário romper com as tradições francesas no que diz respeito à política e à transição
41---de governos.
Disponível em: <https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2021/10/06/modelo-de-alfabetizacao>. Acesso em: 06 out. 2021. (Reduzido e com adaptações).
De acordo com a norma culta, a crase ocorre devido à regência verbal e/ou nominal. No texto, a ocorrência dela está devidamente assinalada no trecho: “no que diz respeito à política e à transição de governos” (linhas 40 e 41). Analise as frases que seguem abaixo e marque aquela em que NÃO há inadequação quanto à sinalização da crase.
Texto 2 para responder às questões de 4 a 7.
.
O perigo dos chás emagrecedores
.
1__A promessa de emagrecimento rápido por meio do
consumo de “produtos naturais” faz com que muitas pessoas
comecem a utilizar fórmulas e chás para perder peso. Sem
4 nenhuma prescrição médica ou acompanhamento, acabam
colocando a própria vida em risco.
__Hepatite, dependência química, efeito sanfona,
7 alterações gastrointestinais, cardíacas e renais são alguns
dos problemas relacionados ao uso desses artifícios em
excesso, sem orientação médica ou supervisão profissional.
10__As misturas preparadas para cápsulas e chás são
muito perigosas. Uma fórmula típica de chá ou cápsulas
para emagrecimento contém de 5 a 15 componentes, o que
13 pode causar interação medicamentosa. Além disso, não se
sabe exatamente o conteúdo dos produtos vendidos, seu
princípio ativo ou se a planta é tóxica para o organismo.
16__Sob a capa de serem produtos “naturais”, como se
isso os isentasse de oferecer riscos à saúde, esses produtos
18 misturam diversas substâncias que podem ser nocivas.
MANZINI, Isabelle. Disponível em: <https://drauziovarella.uol.com.br
/alimentacao/o-perigo-dos-chas-emagrecedores/>.
Acesso em: 24 set. 2022, com adaptações.
Na oração “como se isso os isentasse de oferecer riscos à saúde” (linhas 16 e 17), o uso do sinal indicativo de crase
O acento indicador de crase tem regras para seu uso.
A explicação correta para o sinal de crase NÃO ser usado nos trechos abaixo está presente em: