Questões de Concurso Comentadas sobre emprego do hífen em português

Foram encontradas 409 questões

Q3248436 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

Terebentina

Vi recentemente uma frase que dizia: "As perguntas são mais importantes que as respostas". A princípio, isso me pareceu estranho, pois costumamos buscar respostas. No entanto, refletindo mais tarde, percebi a profundidade dessa ideia.

Lembrei de uma história contada por Rolando Boldrin sobre um homem que, ao seguir um conselho sem questionar, acabou causando a morte de seu cavalo. Outra situação ilustrativa foi um brasileiro em Portugal, que pediu um táxi para um restaurante no domingo, sem saber que o local estaria fechado.

Essas histórias reforçam a importância de formular boas perguntas. Recordo também de um trabalho acadêmico, onde meu orientador insistiu na formulação correta da questão-chave antes de avançar. Isso tornou o processo mais claro e eficaz.

Percebi que muitas vezes temos respostas prontas para perguntas mal formuladas ou inexistentes. Precisamos refletir mais sobre o porquê antes do quê. Saber perguntar é essencial para viver bem.

Concluo com uma reflexão do filósofo Lévi-Strauss a este respeito:

"Sábio não é aquele que responde às perguntas, mas quem as coloca."

Antonio Carlos Sarmento - Texto Adaptado


https://cronicaseagudas.com/2024/07/28/terebentina/
Em relação ao uso do hífen, considere a palavra "questão-chave" no trecho "Recordo-me também de um trabalho acadêmico, onde meu orientador insistiu na formulação correta da questão-chave antes de avançar."
De acordo com as novas regras do Acordo Ortográfico de 1990, o uso do hífen está correto. Qual das alternativas abaixo contém a utilização do hífen de forma correta? 
Alternativas
Q3241368 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


Vida sem filtro

Em casa, ouvi um barulho de água e encontrei a cozinha inundada. O aparelho de filtrar água estava vazando. Fechei o registro e contatei a assistência técnica, que explicou que o reservatório principal havia rompido devido à pressão excessiva. Bebi água mineral por dois dias até a substituição com um redutor de pressão.

No início, a saída de água tornou-se lenta, mas logo percebi que era uma pausa necessária, aproveitando a lentidão para apreciar a beleza da água. Era como se eu usasse um micro-ondas e tivesse mudado para um forno a gás... Refleti sobre a velocidade de nossos dias e a necessidade de "redutores de pressão" em nossa vida para apreciá-la melhor.

A tecnologia nos proporciona conveniência, mas também nos rouba tempo com sua incessante demanda de atenção. Precisamos encontrar um equilíbrio entre aproveitar suas facilidades sem perder o "reservo" principal: nossas próprias vidas.

Antonio Carlos Sarmento - Texto Adaptado


https://cronicaseagudas.com/2024/10/27/vida-sem-filtro/
No trecho "Era como se eu usasse um micro-ondas e tivesse mudado para um forno a gás...", a palavra "micro-ondas" está corretamente grafada de acordo com as normas ortográficas. Assinale a alternativa que apresenta a explicação correta sobre a ortografia dessa palavra. 
Alternativas
Q3237124 Português
O texto a seguir deve ser lido com atenção para responder à questão.


Reduzir consumo de carne vermelha pode proteger cérebro, diz estudo


    Reduzir o consumo de carne vermelha pode ter muitos impactos positivos — em seu coração, no meio ambiente e, possivelmente, até mesmo na sua saúde cognitiva a longo prazo, segundo um novo estudo publicado na quarta-feira (15) no periódico Neurology.

    Aqueles que consumiam um quarto de porção ou mais de carnes vermelhas processadas — como bacon, mortadela e cachorro-quente — tiveram uma chance 13% maior de desenvolver demência do que aqueles que consumiam menos de um décimo de porção por dia, de acordo com o estudo.

    Uma porção de carne vermelha é geralmente cerca de 85 gramas, o que equivaleria a duas fatias de bacon, 1,5 fatia de mortadela ou um cachorro-quente, segundo um comunicado sobre o estudo.

    Os pesquisadores também descobriram que uma porção diária extra de carne vermelha processada, em média, estava associada a uma aceleração de 1,6 ano no envelhecimento cerebral, segundo o estudo.

    Os métodos do estudo são observacionais, o que significa que os pesquisadores não podem afirmar com certeza que as carnes vermelhas processadas estão causando a demência, apenas que existe uma associação entre as duas. Mas a investigação sobre a conexão continuará, de acordo com um dos autores do estudo, Daniel Wang, professor assistente no departamento de nutrição da Harvard T.H. Chan School of Public Health.

    "Estudos de coorte grandes e de longo prazo são essenciais para investigar condições como demência, que podem se desenvolver ao longo de décadas", diz Wang em um comunicado. "Continuamos montando esse quebra-cabeça para entender os mecanismos que causam demência e declínio cognitivo."

    Para este estudo, os pesquisadores analisaram dados de mais de 133.000 pessoas com idade média de 49 anos do Nurses" Health Study e Health Professionals Follow-Up Study. Os dados incluíam informações detalhadas de saúde pesquisadas por um longo período, incluindo as dietas dos participantes, e foram atualizados a cada dois a quatro anos, de acordo com o estudo.

    Mais de 11.000 participantes do estudo foram diagnosticados com demência em um período de 43 anos. 

    Existem teorias sobre _______ a carne vermelha pode representar um risco particular para a saúde cognitiva. A carne vermelha tem uma alta quantidade de gordura saturada e produz um composto orgânico ligado a doenças cardiovasculares, e os dois juntos podem danificar o sistema nervoso, o que piora o declínio cognitivo, segundo Song.

    "Além disso, a resposta inflamatória e os distúrbios metabólicos (por exemplo, resistência à insulina) associados ao alto consumo de carne vermelha também podem desempenhar um papel", acrescenta.


Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/saude/reduzir-consumo-de-carne-vermelha-pode-proteger-cerebro-diz-estudo (adaptado).
A palavra "cachorro-quente" está grafada corretamente com hífen, seguindo as regras do Novo Acordo Ortográfico. Nesse sentido, assinale a única alternativa em que o emprego do hífen está INCORRETO.
Alternativas
Q3207518 Português
Assinale a alternativa em que a palavra está grafada de forma INCORRETA.
Alternativas
Q3207173 Português
Leia o texto e responda à questão:



(Disponível em: cronicabrasileira.org.br/cronicas/17849/a-mulher-sozinha – texto adaptado especialmente para esta prova).

Analise as assertivas abaixo sobre palavras presentes no texto:


I. A palavra “recém-nascida” leva hífen pelo mesmo motivo de “Disse-me”.


II. As palavras “Passando” e “caminhada” apresentam dígrafos.


III. A palavra “última” não é acentuada pelo mesmo motivo de “imóvel”.


Quais estão corretas?

Alternativas
Q3205595 Português
“Grande surpresa da noite”: como a imprensa internacional reagiu ao Globo de Ouro de Fernanda Torres


Por BBC News Brasil







(Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/articles/czen47g00k2o – texto adaptado especialmente para esta prova).
Qual das palavras abaixo recebe hífen pelo mesmo motivo de “salário-mínimo”?
Alternativas
Q3205591 Português
“Grande surpresa da noite”: como a imprensa internacional reagiu ao Globo de Ouro de Fernanda Torres


Por BBC News Brasil







(Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/articles/czen47g00k2o – texto adaptado especialmente para esta prova).
Considerando as regras de ortografia da Língua Portuguesa, analise as assertivas a seguir:

I. A palavra “pôde” (pretérito perfeito do indicativo do verbo “poder”) é acentuada por ser uma oxítona terminada em “e”.
II. A palavra “anti-inflamatório” é grafada com hífen por se tratar de uma palavra composta formada por um prefixo terminado em vogal “i” e um radical iniciado por “i”.
III. A palavra “herói” perdeu o acento agudo com o Novo Acordo Ortográfico.


Quais estão corretas? 
Alternativas
Q3173264 Português

Fonte: https://www.facebook.com/tirasarmandinho
A palavra "água-viva" é um exemplo de uso correto do hífen na ortografia oficial da língua portuguesa. Qual das alternativas a seguir também apresenta uma palavra com o uso correto de hífen? 
Alternativas
Q3171491 Português
De acordo com o Novo Acordo Ortográfica, destaque a palavra que foi escrita corretamente. 
Alternativas
Q3169854 Português
Ocorre desvio ortográfico apenas em:
Alternativas
Q3164777 Português

Segundo o novo acordo ortográfico assinale a alternativa incorreta: 

Alternativas
Q3164559 Português
Segundo o Novo Acordo Ortográfico, analise as afirmativas abaixo e marque, posteriormente, a alternativa correspondente.

I - Emprega-se o hífen nas palavras compostas por justaposição que não contêm formas de ligação e cujos elementos, de natureza nominal, adjetival, numeral ou verbal, constituem uma unidade sintagmática e semântica e mantêm acento próprio, podendo dar-se o caso de o primeiro elemento estar reduzido: ano-luz, arcebispo-bispo, arco-íris, decreto-lei, és-sueste, médico-cirurgião, rainha-cláudia, tenente- coronel, tio-avô, turma-piloto; alcaide-mor, amor-perfeito, guarda-noturno, mato-grossense, finca-pé, guarda-chuva etc.

II - Certos compostos, em relação aos quais se perdeu, em certa medida, a noção de composição, grafam-se aglutinadamente: girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista etc.
Alternativas
Q3163387 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


A corrida para salvar o peixe mais caro do mundo das mudanças climáticas

O magnata do sushi Kiyoshi Kimura pagou este valor extraordinário por um atum-rabilho (bluefin) em 2019, durante um leilão em Tóquio, no Japão. O atum de 278 kg (o mesmo peso de um urso-cinzento) foi o peixe mais caro da história.

O atum é a família de peixes com maior valor comercial do mundo. E o atum-rabilho, tipicamente utilizado em sushis e sashimis, é o mais caro deles, segundo Sarah Glaser, diretora da equipe de futuro dos oceanos da ONG ambiental WWF nos Estados Unidos.

Um único atum-rabilho atinge o preço de mais de uma tonelada de atum-bonito, a menor e mais abundante espécie de atum. O alto preço levou à pesca excessiva e a enorme demanda global por sushi reduziu gravemente a população da espécie, que chegou à beira da extinção em 2010.

O atum-rabilho-do-atlântico se alimenta em águas do litoral da América do Norte, da Europa e da África. Eles desovam no Golfo do México e no mar Mediterrâneo.

O atum-rabilho-do-pacífico desova no oeste do Oceano Pacífico e migra por mais de 8 mil quilômetros para se alimentar no litoral da Califórnia. E o atum-rabilho-do-sul se alimenta nas águas temperadas em volta da Austrália e migra para o sudeste de Java para desovar.

Mas, nos últimos anos, os países criaram quotas de pesca mais sustentáveis e combateram a pesca ilegal. Com isso, a população de bluefins passou por uma extraordinária recuperação.

Em 2021, a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês) reduziu a classificação do atum-rabilho-do-atlântico de "ameaçado" para  "menor  preocupação".  Paralelamente,  o atum-rabilho-do-pacífico se recuperou, atingindo níveis superiores aos objetivos internacionais com uma década de antecedência.

Já o atum-rabilho-do-sul continua ameaçado, mas não está mais "criticamente ameaçado" na lista vermelha da IUCN.

"É uma grande história de sucesso", comemora o gerente do projeto de pesca da WWF, Alessandro Buzzi, especialista na pesca do atum.

"Conseguimos reverter esta tendência de pesca excessiva e colapso iminente das populações em menos de 20 anos. Estamos agora em uma situação em que a pesca excessiva deixou de ser uma ameaça."

Mas a espécie agora enfrenta outro desafio importante: as mudanças climáticas.

Estudos demonstram que o atum-rabilho é altamente sensível às mudanças de temperatura. Mesmo pequenos aumentos afetam seu metabolismo, reprodução e hábitos alimentares.

Os cientistas alertam que estas alterações causar impactos a outros animais marinhos e às comunidades de pescadores.

Medindo entre 1,8 e 3 metros, o bluefin é o maior atum do mundo. Ele pode viver até 40 anos.

Estes peixes são superpredadores. Eles caçam visualmente diversas espécies de peixe, como arenques e cavalinhas.

Eles são peixes de sangue quente e estão entre os nadadores mais rápidos do planeta. Os atuns-rabilho migram por milhares de quilômetros todos os anos para desovar e caçar, mas seus padrões de migração, agora, começa a se alterar.

(https://www.bbc.com/portuguese/articles/cx26qely653o)
"Já o atum-rabilho-do-sul continua ameaçado, mas não está mais criticamente ameaçado na lista vermelha da IUCN."
O vocábulo atum-rabilho-do-sul é um exemplo de palavra que de acordo com o Novo Acordo Ortográfico é hifenizada por designar espécie zoológica. A seguir, são apresentados vocábulos que de acordo com o sistema ortográfico vigente no Brasil estão grafados corretamente com hífen, EXCETO:
Alternativas
Q3162018 Português
TEXTO PARA A QUESTÃO.

Boa noite de sono pode evitar memórias indesejadas e intrusivas, diz estudo

    Manter uma boa noite de sono é importante para a saúde física e mental, já que fortalece o sistema imunológico e ajuda a reduzir o estresse, entre outros benefícios. Porém, um novo estudo mostrou que a qualidade do sono pode ajudar, também, a evitar pensamentos ruins e memórias indesejadas ao longo do dia.
    O trabalho, publicado no Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) no dia 31 de dezembro, oferece uma nova visão sobre os mecanismos cognitivos e neurais subjacentes à conexão entre sono e saúde mental. Além disso, as descobertas podem dar suporte ao desenvolvimento de novos tratamentos e estratégias de prevenção de doenças como depressão e ansiedade.
    Pesquisadores das Universidades de York, Cambridge e Sussex, no Reino Unido, e da Queen’s University, no Canadá, utilizaram neuroimagem funcional para o trabalho e descobriram que a privação de sono pode levar a déficits no controle da memória.
    Isso está relacionado à dificuldade em envolver regiões cerebrais que dão suporte à inibição da recuperação da memória, o que facilita que lembranças indesejadas voltem para o consciente repentinamente. Os pesquisadores também apontam que o rejuvenescimento dessas regiões cerebrais está associado ao sono REM (movimento rápido dos olhos).
    “Memórias de experiências desagradáveis podem invadir a consciência, geralmente em resposta a lembretes”, explica Marcus Harrington, autor principal do estudo, em comunicado. “Embora essas memórias intrusivas sejam uma perturbação ocasional e momentânea para a maioria das pessoas, elas podem ser recorrentes, vívidas e perturbadoras para indivíduos que sofrem de transtornos de saúde mental, como depressão, ansiedade e transtorno de estresse pós-traumático”, esclarece.
    Para o estudo, 85 adultos saudáveis tentaram suprimir memórias indesejadas enquanto os pesquisadores analisavam imagens de seus cérebros por meio de ressonância magnética funcional. Metade dos participantes teve uma noite de sono tranquila no laboratório de sono antes da tarefa, enquanto a outra metade permaneceu acordada.
    Durante a supressão de memória, os participantes bem descansados mostraram mais ativação no córtex pré-frontal dorsolateral direito — uma região do cérebro que controla pensamentos, ações e emoções — em comparação com aqueles que ficaram acordados a noite toda.
    Os participantes descansados também apresentaram uma atividade reduzida no hipocampo — região do cérebro envolvida na recuperação da memória — durante tentativas de suprimir memórias indesejadas.
    Além disso, entre os participantes que dormiram no laboratório, aqueles que tiveram maior tempo de sono REM foram mais capazes de envolver o córtex pré-frontal dorsolateral direito durante a supressão de memória. Isso aponta para o papel do sono REM na restauração dos mecanismos de controle pré-frontal que sustentam a capacidade de impedir que memórias indesejadas sejam intrusivas. 

Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/saude/boa-noite-de-sono-podeevitar-memorias-indesejadas-e-intrusivas-diz-estudo/ (adaptado). 
No texto, o termo “pré-frontal” utiliza o hífen corretamente. Assinale a única alternativa em que o uso do hífen também está correto:
Alternativas
Q3158594 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


Por que crianças pequenas gostam de ver os mesmos desenhos e ler os mesmos livros


É um sentimento familiar para muitos pais. Não importa o que você sugira, seu filho em idade pré-escolar só quer assistir aquele episódio de Bluey de novo, e não importa que ele tenha acabado de assistir. E, na hora de dormir, tem que ser um livro que você tenha lido com frequência suficiente para ter desenvolvido um repertório de vozes específicas para cada personagem.


Estes interesses profundos e repetitivos em um determinado episódio de desenho animado, jogo ou tema podem ser frustrantes para os pais que querem apenas assistir a algo diferente. Mas esta repetição, na verdade, oferece grandes benefícios para o aprendizado e o bem-estar das crianças.


Uma razão para isso é o que podemos chamar de "efeito input", que não é um conceito novo na ciência cognitiva.


Em busca de padrões


Pense no cérebro como um órgão que faz seu melhor para descobrir o que é normal em nossas vidas — o que faz parte de um padrão regular, e o que não faz. Os pesquisadores descobriram um fenômeno conhecido como "aprendizagem estatística". De acordo com esta ideia, as crianças são muito sensíveis à ocorrência de regularidades e padrões em suas vidas.


É interessante notar que os bebês são particularmente hábeis em compreender certos tipos de informação, como a probabilidade de certos sons na fala que dirigimos a eles. Mas eles precisam ser expostos a muitos exemplos disso para detectar regularidades.


Por exemplo, em todas as línguas, e o inglês não é exceção, os sons incluídos nas palavras tendem a seguir determinados padrões. Por exemplo, algumas das combinações mais comuns de três letras em inglês são "the", "and" e "ing". Faz sentido que o cérebro das crianças busque a repetição — neste exemplo, isso vai ajudá-las a aprender o idioma.


Portanto, quando as crianças pequenas voltam a assistir ao mesmo programa, o que elas estão fazendo, quer saibam ou não, é motivado pelo desejo de detectar e consolidar os padrões do que estão assistindo, ouvindo ou lendo.


Conforto familiar


Além de apoiar o aprendizado, a repetição também oferece benefícios para as emoções das crianças, no que estamos chamando aqui de "efeito de bem-estar".


A principal tarefa da infância é o aprendizado, e isso significa buscar ativamente novas experiências e estímulos. No entanto, ter que processar e se adaptar a coisas novas pode ser exaustivo, mesmo para uma criança pequena com energia inesgotável.


O mundo também pode ser um lugar mais estranho e estressante para as crianças do que para os adultos. Como adulto, você terá aprendido o que esperar e como se comportar em determinados contextos, mas as crianças estão constantemente se deparando com situações novas pela primeira vez.


Estímulos bem conhecidos, como aquele episódio de desenho animado que elas já assistiram inúmeras vezes, podem proporcionar uma fonte de conforto e segurança que protege contra esse estresse e incerteza.


Interesses profundos em uma atividade específica também podem proporcionar benefícios de bem-estar por meio de uma sensação de controle e domínio.


As crianças estão constantemente sendo desafiadas em relação ao que sabem e entendem na creche, na escola e em outros lugares. Isso é fundamental para o aprendizado, mas também representa uma ameaça aos seus sentimentos de competência.


A capacidade de relaxar durante uma atividade na qual se sentem bem, como um jogo favorito, atende a essas necessidades de competência.


Além disso, o fato de poderem optar por uma atividade de que gostam permite que tenham um senso de autonomia e controle sobre suas vidas, que, de outra forma, podem se resumir a serem levadas para lá e para cá pelos pais.


É claro que nem todas as crianças têm a mesma probabilidade de desenvolver estes tipos de interesses repetitivos. Por exemplo, crianças com autismo geralmente apresentam interesses particularmente específicos.


A repetição tem um valor enorme em termos de aprendizado e bem-estar. Portanto, embora você não deva forçá-las a assistir novamente aos programas, também não precisa se preocupar se isso for algo que elas próprias estão buscando.


No entanto, pode se tornar problemático se afetar a capacidade da criança de se envolver em outros aspectos importantes da sua vida, como sair de casa na hora certa, interagir com outras pessoas ou praticar exercícios físicos.


É claro que não existe uma regra de ouro que possa ser aplicada a todas as crianças em todos os contextos.


Como pais, só podemos ficar atentos à situação e tomar uma decisão. Mas, ao colocar Frozen mais uma vez, pense nos efeitos de input e bem-estar, e tente deixar de lado a preocupação de que seu filho deveria estar fazendo algo — qualquer outra coisa! — diferente.


https://www.bbc.com/portuguese/articles/c0lg061w184o
"É um sentimento familiar para muitos pais. Não importa o que você sugira, seu filho em idade pré-escolar só quer assistir aquele episódio de Bluey de novo..."

O Novo Acordo Ortográfico trouxe muitas mudanças quanto ao emprego do hífen em palavras compostas. No texto, o vocábulo 'pré-escolar' foi escrito corretamente. A seguir, identifique a alternativa que apresenta palavras que estão corretamente grafadas com hífen.
Alternativas
Q3158491 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


Agronegócio e Expectativa de Vida: A Revolução Silenciosa


Entenda como o agro tem contribuído para que possamos viver mais, mas é raramente reconhecido por isso


O agro não promete vida eterna, mas tem um papel essencial para que possamos viver mais e com mais saúde. Afinal, o agro, tão presente no nosso dia a dia, raramente é reconhecido como protagonista no aumento da expectativa de vida. Contudo, ao observarmos os números e as transformações do último século no Brasil, uma verdade inspiradora se revela: a produção de alimentos é tão vital quanto qualquer avanço científico ou sanitário.


Vamos voltar no tempo. Imagine viver em um país onde chegar aos 40 anos já era quase um milagre. Essa era a realidade dos nossos avós e bisavós em 1920, quando a expectativa de vida do brasileiro era de apenas 35,2 anos. Isso mesmo, boa parte de nós já teria encerrado sua jornada. Mas algo mudou drasticamente. Hoje, vivemos, em média, 76,4 anos — mais do que o dobro, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)


É claro que houve avanços em saúde pública, saneamento e tecnologia, mas seria injusto ignorar o papel do agronegócio. A revolução silenciosa no campo brasileiro colocou alimentos mais nutritivos, acessíveis e variados no prato de milhões, transformando a realidade de uma nação que, um dia, dependia da importação para sobreviver.


A criação da EMBRAPA e os investimentos em pesquisa e tecnologia não só aumentaram a produtividade, mas também permitiram que regiões antes improdutivas florescessem. O resultado? Um salto monumental na produção de grãos: de 50 milhões de toneladas nos anos 1970 para mais de 300 milhões de toneladas em 2023.


Mas o impacto vai além dos números: alimentos mais acessíveis significam mesas mais fartas e saudáveis, algo essencial para a qualidade de vida. Por que isso é tão importante? Em 2050, segundo o IBGE, 29% da população brasileira será composta por idosos — 66 milhões de pessoas. E viver mais não basta; é preciso viver melhor.


Para isso, a nutrição é fundamental. Felizmente, o Brasil tem tudo para cumprir essa missão, com uma agricultura diversificada e sustentável que, mais do que quantidade, foca na qualidade. A diversidade de culturas permitem uma alimentação balanceada, essencial para todas as idades, especialmente para os idosos, em quem deficiências nutricionais são comuns.


Quer um exemplo de impacto direto? O agrião, um humilde vegetal, foi coroado pelo Centers for Disease Control and Prevention (CDC), uma agência do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, como o alimento mais nutritivo do planeta. Rico em vitaminas e minerais, ele simboliza a potência de uma agricultura focada não apenas em alimentar, mas em nutrir.


No entanto, celebrar o agro brasileiro não se resume a destacar suas conquistas; é também reconhecer os desafios que ainda enfrentamos — e lembrar que não podemos baixar a guarda. Mudanças climáticas, desmatamento ilegal, desperdício de alimentos, insegurança jurídica e barreiras logísticas são algumas das pedras no caminho.


Apesar disso, o setor continua inovando e se adaptando, guiado por um propósito maior: garantir que o Brasil permaneça não só um celeiro de alimentos, mas também uma fonte de saúde e longevidade para todos. E você, já parou para pensar? A cada refeição, a cada prato colorido que você saboreia, há uma imensa cadeia de trabalho e dedicação silenciosa por trás.


O agro não promete vida eterna, mas, sem dúvida, tem contribuído para que possamos viver mais e melhor. Por isso, saúde e vida longa — a você, ao agro e ao futuro que estamos semeando juntos.


(https://forbes.com.br/colunas/2024/12/forbesmulher-agro-agronegocio)
"Claro que houve avanços em saúde pública, saneamento e tecnologia, mas seria injusto ignorar o papel do agronegócio."

Dentre as alterações ocorridas com o Novo Acordo Ortográfico, o emprego do hífen foi o que mais gerou dúvidas quanto ao seu emprego.

O vocábulo 'agronegócio' não é hifenizado. Os apresentados a seguir perderam o hífen com o Novo Acordo, EXCETO:
Alternativas
Q3157660 Português
Em conformidade com o Novo Acordo Ortográfico, em relação ao emprego do hífen, analise as regras abaixo, destaque a única que foi elaborada corretamente.
Alternativas
Q3155124 Português

O amor não acaba, nós é que mudamos



    Um homem e uma mulher vivem uma intensa relação de amor, e depois de alguns anos se separam, cada um vai em busca do próprio caminho, saem do raio de visão um do outro. Que fim levou aquele sentimento? O amor realmente acaba?


    O que acaba são algumas de nossas expectativas e desejos, que são substituídos por outros no decorrer da vida. As pessoas não mudam na sua essência, mas mudam muito de sonhos, mudam de pontos de vista e de necessidades, principalmente de necessidades. O amor costuma ser amoldado a nossa carência de envolvimento afetivo, porém essa carência não é estática, ela se modifica à medida que vamos tendo novas experiências, à medida que vamos aprendendo com as dores, com os remorsos e com nossos erros todos. O amor se mantém o mesmo apenas para aqueles que se mantêm os mesmos.


    Se nada muda dentro de você, o amor que você sente, ou que você sofre, também não muda. Amores eternos só existem para dois grupos de pessoas. O primeiro é formado por aqueles que se recusam a experimentar a vida, para aqueles que não querem investigar mais nada sobre si mesmo, estão contentes com o que estabeleceram como verdade numa determinada época e seguem com esta verdade até os 120 anos. O outro grupo é o dos sortudos: aqueles que amam alguém, e mesmo tendo evoluído com o tempo, descobrem que o parceiro também evoluiu, e essa evolução se deu com a mesma intensidade e seguiu na mesma direção. Sendo assim, conseguem renovar o amor, pois a renovação particular de cada um foi tão parecida que não gerou conflito.


    O amor não acaba. O amor apenas sai do centro das nossas atenções. O tempo desenvolve nossas defesas, nos oferece outras possibilidades e a gente avança porque é da natureza humana avançar. Não é o sentimento que se esgota, somos nós que ficamos esgotados de sofrer, ou esgotados de esperar, ou esgotados da mesmice. Paixão termina, amor não. Amor é aquilo que a gente deixa ocupar todos os nossos espaços, enquanto for bem-vindo, e que transferimos para o quartinho dos fundos quando não funciona mais, mas que nunca expulsamos definitivamente de casa.


(MEDEIROS, Martha. Almas gêmeas. Em: outubro de 2022.)

Assim como a palavra “bem-vindo” em “Amor é aquilo que a gente deixa ocupar todos os nossos espaços, enquanto for bem-vindo, [...]” (4º§), está grafada corretamente com o emprego do hífen a seguinte palavra:
Alternativas
Q3147662 Português
Texto 19A1

        Em uma teoria da compreensão de texto, o primeiro aspecto importante é a noção de língua que se adota. Alguns manuais escolares concebem a língua simplesmente como um código ou um sistema de sinais autônomo, totalmente transparente, sem história, e fora da realidade social dos falantes. Mas a língua é muito mais do que um sistema de estruturas fonológicas, sintáticas e lexicais. A rigor, a língua não é sequer uma estrutura; ela é estruturada simultaneamente em vários planos, seja o fonológico, sintático, semântico e cognitivo no processo de enunciação. A língua é um fenômeno cultural, histórico, social e cognitivo que varia ao longo do tempo e de acordo com os falantes: ela se manifesta no uso e é sensível ao uso.

         Portanto, a língua é uma atividade constitutiva com a qual podemos construir sentidos; é uma forma cognitiva com a qual podemos expressar nossos sentimentos, ideias, ações e representar o mundo; é uma forma de ação pela qual podemos interagir com nossos semelhantes. Em consequência, a língua se manifesta nos processos discursivos, no nível da enunciação, concretizando-se nos usos textuais mais diversos. É importante não confundir a língua com o discurso.

        Nessa perspectiva, a língua é mais do que um simples instrumento de comunicação; mais do que um código ou uma estrutura. Enquanto atividade, ela é indeterminada sob o ponto de vista semântico e sintático. Por isso, as significações e os sentidos textuais e discursivos não podem estar aprisionados no interior dos textos pelas estruturas linguísticas. A língua é opaca, não é totalmente transparente, podendo ser ambígua, polissêmica, de modo que os textos podem ter mais de um sentido, e o equívoco nas atividades discursivas é um fato comum.

         Na realidade, um texto bem-sucedido é aquele que consegue dizer o suficiente para ser bem-entendido, supondo apenas aquilo que é possível esperar como sabido pelo ouvinte ou leitor. É interessante notar que, se o autor ou falante de um texto diz uma parte e supõe outra parte como de responsabilidade do leitor ou ouvinte, então a atividade de produção de sentidos (ou de compreensão de texto) é sempre uma atividade de coautoria. Isto quer dizer que os sentidos são parcialmente produzidos pelo texto e parcialmente completados pelo leitor.

         Ao lado da noção de língua, é necessário ter uma noção de texto. A escola trata o texto como um produto acabado e que funciona como uma cesta natalina, de onde a gente tira coisas. O texto não é um produto nem um simples artefato pronto; ele é um processo. Assim, não sendo um produto acabado, objetivo, como uma espécie de depósito de informações, mas sendo um processo, o texto se acha em permanente elaboração e reelaboração ao longo de sua história e ao longo das diversas recepções pelos diversos leitores. Em suma, texto é uma proposta de sentido e ele se acha aberto a várias alternativas de compreensão.

Luiz Antônio Marcuschi. Exercícios de compreensão ou copiação nos manuais de ensino de língua?
Em Aberto, Brasília, ano 16, n.º 69, jan.-mar./1996 (com adaptações).

Julgue o item a seguir, em relação à separação silábica, à translineação e à acentuação tônica e gráfica de vocábulos empregados no texto 19A1.


Na translineação de vocábulos compostos, a exemplo de “bem-sucedido”, é obrigatória a repetição do hífen na linha seguinte, diferentemente do que ocorre em palavras como “concretizando-se”, caso em que essa repetição é facultativa. 

Alternativas
Respostas
1: C
2: A
3: A
4: E
5: D
6: E
7: B
8: B
9: A
10: E
11: C
12: A
13: C
14: E
15: C
16: D
17: B
18: E
19: A
20: E