Questões de Concurso Sobre estrutura das palavras: radical, desinência, prefixo e sufixo em português

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Q3094061 Português
O quadrinho a seguir serve de base para a questão, leia-o atentamente.


Captura_de tela 2024-12-02 165435.png (252×315)

Disponível em: https://www.instagram.com/p/C_ObO2hPgJW/?img_index=1. Acesso em: 29 ago. 2024.
Acerca do quadrinho, considere as seguintes afirmativas.

I- O texto tem a intenção de informar sobre a previsão do tempo.
II- A informatividade exerce um papel importante no estabelecimento da coerência do texto, pois é necessário conhecer a história da arca de Noé para que o quadrinho faça sentido.
III- A presença de substantivos é fundamental para a coerência do texto, através da nomeação de seres, objetos e lugares.
IV- A palavra cruzeiro é formada por prefixação. 

É CORRETO o que se afirma apenas em:
Alternativas
Q3093829 Português
Leia o texto a seguir:


Iniciativas de impacto socioambiental possibilitam futuro
mais justo



Impulsionadas pelo avanço tecnológico, organizações
desenvolvem projetos de sustentabilidade, justiça social e
economia colaborativa




Ana Luiza Prudente



A visão de que o mundo vai "de mal a pior" está equivocada. De fato, estamos enfrentando enormes e complexos desafios, mas, em contrapartida, assistimos em tempo real ao surgimento de inúmeras soluções potencializadas pelo avanço tecnológico.


E, melhor, guiadas pela "sociedade 5.0", conceito surgido no Japão, dentro de uma visão ousada e otimista do futuro, que integra avanços tecnológicos como inteligência artificial, internet das coisas, big data e robótica a valores humanos fundamentais, como empatia, criatividade e sustentabilidade.


É, sem dúvida, um novo modelo social no qual o ser humano é colocado no centro, enquanto a tecnologia deve atender às suas necessidades, solucionar seus problemas e impulsionar seu bem-estar.


Ainda que as notícias, em sua esmagadora maioria, sejam negativas, estamos em meio a um grande "tsunami do bem". Uma onda gigante de iniciativas alimentadas por indivíduos, comunidades e organizações dedicadas a criar impacto social e ambiental positivo.


Essa onda vem se deslocando em alta velocidade e, junto com a tecnologia, irá nos carregar para um futuro mais justo, inclusivo e sustentável.


Enquanto o mundo enfrenta questões complexas como mudanças climáticas, desigualdade social e crises econômicas, é essencial reconhecer e celebrar esforços que estão sendo feitos para superar esses desafios.


Desde iniciativas de sustentabilidade e justiça social até a promoção de uma economia colaborativa e a implementação de tecnologias avançadas para o bem-estar social, esse movimento nos lembra que um mundo melhor é possível e que todos nós temos um importante papel a desempenhar nesse processo.


Dados do Relatório Global de Sustentabilidade de 2023 mostram que empresas que adotam práticas sustentáveis crescem 2,5 vezes mais rápido do que aquelas que não o fazem, e 90% dos consumidores afirmam preferir marcas que demonstram compromisso com a responsabilidade social.


Além disso, um estudo da McKinsey revela que iniciativas de diversidade e inclusão podem aumentar a probabilidade de desempenho acima da média em 35%.


Com a missão de garantir que a tecnologia não amplie desigualdades existentes, Isabel Opice e João Abreu decidiram aproveitar suas renomadas formações (os dois são mestres em desenvolvimento internacional pela Universidade Harvard) para fundar o ImpulsoGov.


A organização sem fins lucrativos nasceu para apoiar profissionais do SUS (Sistema Único de Saúde), impulsionando o uso inteligente de dados e tecnologia para que todas as pessoas no Brasil tenham acesso a serviços de saúde de qualidade.


Atualmente, o ImpulsoGov atua em mais de cem municípios, onde vivem 6 milhões de pessoas que dependem do SUS.


Rodrigo Belli e João Piedrafita fizeram o mesmo. Em 2020, dispostos a mudar a realidade de 35 milhões de brasileiros que não têm acesso à água limpa, os jovens moradores da zona sul do Rio de Janeiro uniram tecnologia e design para criar uma mochila que pode armazenar e filtrar até 15 litros de água e ser transportada para diferentes lugares.


A Água Camelo, startup de impacto socioambiental, atua hoje em 15 estados e em territórios como floresta amazônica, favelas e semiárido, já tendo impactado a vida de mais de 65 mil pessoas.


Esse fenômeno é a prova concreta de que somos capazes de grandes feitos quando unimos forças em prol de um objetivo comum. Celebrar e apoiar essas iniciativas é fundamental para inspirar mais pessoas, líderes e empreendedores a se envolverem e contribuírem para a transformação positiva da sociedade.


Cada ação conta e, juntos, podemos criar um futuro mais sustentável e possível a todos. 



Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/papo-de-responsa/2024/08/iniciativasde-impacto-socioambiental-possibilitam-futuro-mais-justo.shtml.
Acesso em: 19 ago. 2024.



Na palavra SURGIMENTO, o elemento destacado é um sufixo. A única palavra que apresenta esse mesmo sufixo, com significado e função semelhantes, é:
Alternativas
Q3086679 Português

Sou composta por urgências: minhas alegrias são intensas, minhas tristezas, absolutas. Me entupo de ausências, me esvazio de excessos. Eu não caibo no estreito, eu só vivo nos extremos. Eu caminho, desequilibrada, em cima de uma linha tênue entre a lucidez e a loucura. De ter amigos eu gosto porque preciso de ajuda para sentir, embora quem se relacione comigo saiba que é por conta própria e alto-risco. O que tenho de mais obscuro, é o que me ilumina. E a minha lucidez é que é perigosa (como dizia Clarice Lispector). Se eu pudesse me resumir, diria que sou irremediável!


Marla de Queiroz


https://www.pensador.com/frase/NjA3NDgy/

A palavra "irremediável" em "Se eu pudesse me resumir, diria que sou irremediável!" possui a seguinte estrutura morfológica: Prefixo: "ir-", Radical: "remedi-", e o Sufixo: "-ável" O sufixo é um elemento que forma adjetivos e indica a capacidade ou possibilidade de algo ser feito. A junção desses elementos forma um adjetivo que descreve algo que não pode ser remediado.
Alternativas
Q3086678 Português

Sou composta por urgências: minhas alegrias são intensas, minhas tristezas, absolutas. Me entupo de ausências, me esvazio de excessos. Eu não caibo no estreito, eu só vivo nos extremos. Eu caminho, desequilibrada, em cima de uma linha tênue entre a lucidez e a loucura. De ter amigos eu gosto porque preciso de ajuda para sentir, embora quem se relacione comigo saiba que é por conta própria e alto-risco. O que tenho de mais obscuro, é o que me ilumina. E a minha lucidez é que é perigosa (como dizia Clarice Lispector). Se eu pudesse me resumir, diria que sou irremediável!


Marla de Queiroz


https://www.pensador.com/frase/NjA3NDgy/

Na palavra "desequilibrada" em "Eu caminho, desequilibrada, em cima de uma linha tênue entre a lucidez e a loucura", o sufixo "-da" é um elemento formador de adjetivos que denota a característica ou estado resultante da ação do verbo ao qual está associado. Neste caso, ele transforma o radical "equilibra-" em um adjetivo que descreve algo que está em um estado de desequilíbrio.
Alternativas
Q3084079 Português

Ele quem mesmo?



    Depois de um bom tempo dizendo que eu era a mulher da vida dele, um belo dia eu recebo um e-mail dizendo: “olha, não dá mais”. Tá certo que a gente tava quase se matando e que o namoro já tinha acabado mesmo, mas não se termina nenhuma história de amor (e eu ainda o amava muito) com um e-mail, não é mesmo? Liguei pra tentar conversar e terminar tudo decentemente e ele respondeu: “mas agora eu tô comendo um lanche com amigos”. Enfim, fiquei pra morrer algumas semanas até que decidi que precisava ser uma mulher melhor para ele. Quem sabe eu ficando mais bonita, mais equilibrada ou mais inteligente, ele não volta pra mim?

     Foi assim que me matriculei simultaneamente numa academia de ginástica, num centro budista e em um curso de cinema. Nos meses que se seguiram eu me tornei dos seres mais malhados, calmos, espiritualizados e cinéfilos do planeta. E sabe o que aconteceu? Nada, absolutamente nada, ele continuou não lembrando que eu existia. Aí achei que isso não podia ficar assim, de jeito nenhum, eu precisava ser ainda melhor pra ele. Sim, ele tinha que voltar pra mim de qualquer jeito!

    Pra isso, larguei de vez a propaganda, que eu não suportava mais, e resolvi me empenhar na carreira de escritora. Participei de vários livros, terminei meu próprio livro, ganhei novas colunas em revistas, quintupliquei o número de leitores do meu site e nada aconteceu. Mas eu sou taurina com ascendente em áries, lua em gêmeos, filha única! Eu não desisto fácil assim de um amor, e então resolvi tinha que ser uma super ultra mulher para ele, só assim ele voltaria pra mim.

    Foi então que passei 35 dias na Europa, exclusivamente em minha companhia, conhecendo lugares geniais, controlando meu pânico em estar sozinha e longe de casa, me tornando mais culta e vivida. Voltei de viagem e tchân, tchân, tchân, tchân: nem sinal de vida.

    Comecei um documentário com um grande amigo, aprendi a fazer strip, cortei meu cabelo 145 vezes, aumentei a terapia, li mais uns 30 livros, ajudei os pobres, rezei pra Santo Antonio umas 1.000 vezes, torrei no sol, fiz milhares de cursos de roteiro, astrologia e história, aprendi a nadar, me apaixonei por praia, comprei todas as roupas mais lindas de Paris. Como última cartada para ser a melhor mulher do planeta, eu resolvi ir morar sozinha. Aluguei um apartamento charmoso, decorei tudo brilhantemente, chamei amigos para a inauguração, servi bom vinho e comidinhas feitas, claro, por mim, que também finalmente aprendi a cozinhar. Resultado disso tudo: silêncio absoluto.

    O tempo passou, eu continuei acordando e indo dormir todos os dias querendo ser mais feliz para ele, mais bonita para ele, mais mulher para ele.

    Até que algo sensacional aconteceu…

    Um belo dia eu acordei tão bonita, tão feliz, tão realizada, tão mulher, que eu acabei me tornando mulher demais para ele.

    Ele quem mesmo?


(MEDEIROS, Martha. Recanto das Letras. Em: março de 2011.)

“Foi assim que me matriculei simultaneamente numa academia de ginástica, num centro budista e em um curso de cinema.” (2º§) A expressão sublinhada é formada por derivação:
Alternativas
Q3083262 Português

INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto 01 e, a seguir, responda a questão que a ele se refere.


Texto 01


“Tô péssima, mas tô linda”: quando a aparência atropela a saúde mental


Karla Dunder


“Tô péssima, mas tô linda: quando a aparência atropela a saúde mental” foi o tema da palestra da psiquiatra e professora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Dra. Carmita Abdo, uma das palestrantes do 22.º Brain, Behavior and Emotions, congresso científico na área da Neurociência. A professora chamou a atenção para o impacto das redes sociais para a formação da autoimagem e da aceitação – ou não – da aparência.

No Brasil, 13% dos jovens de 12 a 17 anos relatam sofrer de depressão e 32% ansiedade. Para a professora, o número elevado pode estar associado ao uso das redes sociais. “A depressão está aumentando, particularmente entre as meninas. Pesquisadores sugerem que o aumento de doenças mentais está, pelo menos em parte, relacionado ao crescimento do uso de mídias sociais entre adolescentes e jovens adultos”, explica. “É uma preocupação também para os adultos jovens, já que 25% deles de 18 a 25 anos relatam ter algum tipo de doença mental.”

A imagem corporal é um problema maior para os jovens, afetando homens e mulheres, mas, principalmente, em mulheres na adolescência e jovens adultas (até nove em cada 10 afirmam que estão infelizes com seu corpo). Meninas que acessam as mídias sociais expressam maior desejo de mudar sua aparência, como rosto, cabelo e/ou pele, e fazer cirurgia estética para ter melhor aparência nas fotos (muitas vezes cirurgias invasivas e desnecessárias). O uso do Instagram tem sido apontado como fator de depressão, baixa autoestima, ansiedade com a aparência e insatisfação corporal entre as mulheres, principalmente quando expostas a imagens de beleza e fitness.

“Comparações com pessoas conhecidas podem aumentar os potenciais efeitos prejudiciais da mídia social sobre a imagem corporal de adolescentes, fornecendo imagens editadas (manipuladas) que retratam um padrão de beleza inatingível”, observa. “A comparação social com essas imagens idealizadas pode aumentar a diferença percebida entre sua aparência ideal e a real, resultando em insatisfação com o corpo.”

Estudo experimental com mulheres de 17 a 25 anos demonstrou humor mais negativo após apenas 10 minutos de navegação em sua conta do Facebook em comparação com aquelas que navegaram em um site de controle com aparências neutras. As participantes com alta tendência de comparação de aparências relataram maior desejo de mudar a aparência de seu rosto, cabelo ou pele, após passar um tempo no Facebook, em comparação com aquelas que navegaram no site de controle.

Pacientes com transtorno dismórfico corporal (TDC) têm preocupação extrema com defeitos físicos pessoais que não são percebidos pelos outros e podem levar a graves prejuízos na realização social e profissional. Está associado a várias comorbidades, principalmente a outros transtornos psiquiátricos: transtorno depressivo, transtorno de abuso de substâncias, fobia social, transtorno obsessivo-compulsivo e transtornos alimentares.

A professora orienta que os médicos discutam com os jovens e suas famílias os riscos conhecidos do uso de mídias sociais. “A comunicação com adolescentes é mais eficaz no contexto de uma aliança terapêutica aberta e sem julgamento, despertando confiança e oferecendo inclusão e autonomia. Incentivar os pais a se envolverem proativamente na limitação do uso de smartphones e mídias sociais por crianças e adolescentes pode ser útil (1 a 2 horas diárias é o limite)”.

Pacientes com sintomas sugestivos de TDC geralmente se apresentam em consultórios de cuidados primários ou clínicas especializadas, como dermatologia ou cirurgia plástica. É importante que esses profissionais reconheçam e encaminhem esses pacientes para avaliação especializada. 


Disponível em: https://vidasimples.co/saude-e-bem-estar/. Acesso em: 5 jun. 2024. Adaptado. 

Considere o trecho “Pacientes com transtorno dismórfico corporal (TDC) têm preocupação extrema com defeitos físicos pessoais que não são percebidos pelos outros e podem levar a graves prejuízos na realização social e profissional.” Analise as afirmativas a seguir, tendo em vista a organização morfossintática do referido trecho.


I- O verbo “têm” encontra-se acentuado para indicar a terceira pessoa do plural do presente do indicativo, concordância que faz com o núcleo do sujeito “pacientes”.


II- O termo “que” foi usado como elemento de coesão, uma vez que retoma o termo “defeitos físicos pessoais”, anteriormente expresso.


III- O termo “dismórfico” foi formado pelo processo de derivação prefixal e sufixal, já que os afixos -dis e -ico se juntam ao radical -morf.


IV- O termo “que” foi usado como elemento de coesão, pois se trata de uma conjunção integrante, a qual liga uma oração principal a uma oração subordinada substantiva.


V- O verbo “têm” foi acentuado porque as palavras monossílabas átonas devem ser acentuadas graficamente quando terminadas por -em.


Estão CORRETAS as afirmativas

Alternativas
Q3079124 Português
Atenção: Leia atentamente o texto a seguir e responda a questão:

Uso de combustíveis fósseis atinge recordes em meio ao calor, fogo e tempestade.

Relatório publicado pelo Instituto de Energia mostra um cenário sombrio de um mundo que luta para se afastar de combustíveis que aquecem o planeta.

20/06/2024

O mundo consumiu quantidades recordes de petróleo, carvão e gás no ano passado, elevando a poluição por carbono do planeta a um novo patamar, de acordo com um relatório publicado na quinta-feira (20), frustrando as esperanças dos cientistas climáticos.
O crescimento dos combustíveis fósseis gerou um aumento de 2,1% nas emissões relacionadas à energia no ano passado, elevando-as acima de 40 bilhões de toneladas pela primeira vez, de acordo com o relatório publicado quinta-feira pelo Instituto de Energia. [...]
O calor extremo brutal está atualmente queimando áreas do planeta. Uma onda de calor diferente de qualquer outra já vista em décadas está varrendo grandes partes dos EUA, que também está lutando com incêndios mortais, tempestades e inundações severas.
Centenas de pessoas morreram quando as temperaturas subiram para 51 graus Celsius durante a peregrinação anual Hajj a Meca, na Arábia Saudita. E a Índia está atualmente lutando com uma onda de calor mortal de verão que matou dezenas de pessoas.
O relatório também mostra que, embora o mundo esteja adicionando energias renováveis limpas em níveis recordes, a demanda global de energia está crescendo tão rapidamente que os combustíveis fósseis estão preenchendo as lacunas.
O ano passado foi “mais um ano de altos em nosso mundo faminto por energia”, disse Juliet Davenport, presidente do Instituto de Energia. “A energia é central para o progresso humano”, acrescentou. “Também é central para a nossa própria sobrevivência.”
O consumo global de petróleo, carvão e gás aumentou 1,5% em 2023, impulsionado, em particular, por um forte crescimento do petróleo. No ano passado, o mundo consumiu mais de 100 milhões de barris por dia pela primeira vez, segundo o relatório. Os EUA continuaram a ser o maior produtor de petróleo, aumentando sua produção em 8% no ano passado. No geral, a proporção de combustíveis fósseis na matriz energética global de 2023 permaneceu em grande parte a mesma em 81,5%, uma queda de apenas 0,5% em relação ao ano anterior.
O crescimento dos combustíveis fósseis foi particularmente forte nas economias em desenvolvimento, segundo o relatório. Na Índia, o consumo destes combustíveis subiu 8% no ano passado e, pela primeira vez, o país usou mais carvão do que a Europa e a América do Norte juntas.
Na China, o uso de combustíveis fósseis atingiu um novo recorde em 2023, um aumento de 6%, com o fim de seus bloqueios prolongados da Covid levando a uma recuperação destes combustíveis. No entanto, a participação dos combustíveis fósseis na matriz energética geral do país está diminuindo, à medida que a China continua a adicionar grandes quantidades de energias renováveis. [...]
Foi constatado que o uso de combustíveis fósseis nas principais economias avançadas provavelmente atingiu um pico e está começando a cair. Nos EUA, os combustíveis fósseis caíram para 80% da energia total consumida. Na Europa, os combustíveis fósseis representaram menos de 70% da matriz energética pela primeira vez desde a Revolução Industrial, impulsionados pela redução da demanda e pelo crescimento das energias renováveis.
A geração de energia a partir de fontes renováveis, excluindo a energia hidrelétrica, aumentou 13% quase inteiramente devido a um boom de energia eólica e solar, de acordo com o relatório, embora o aumento das fontes renováveis não tenha sido suficiente para corresponder ao aumento da demanda global por energia, que aumentou 2% em 2023. [...]
Dave Jones, diretor de insights globais do think tank Ember, que não estava envolvido no relatório, disse que deveria ser um alerta para os governos agirem. “O mundo continua faminto de energia. Para que vire a maré no uso de combustíveis fósseis, as energias renováveis precisam subir muito mais rápido, mantendo um olho no uso da energia de uma forma a não desperdiçá-la”, disse ele à CNN.
Para limitar o aquecimento global a 1,5 grau Celsius acima dos níveis pré-industriais, uma meta acordada pelos países no Acordo de Paris em 2015, o mundo precisa reduzir as emissões aproximadamente pela metade até o final desta década.

Adaptado
https://www.cnnbrasil.com.br
 

O vocábulo do texto que não apresenta desinência de gênero é:
Alternativas
Q3079030 Português
Atenção: Leia atentamente o texto a seguir e responda a questão:

IA testa a credulidade humana

Quem acredita naquelas cafonices com iluminação perfeita acredita em tudo.

         A imagem em movimento mostra um pássaro filhote com mais cores e plumas que uma escola de samba inteira, pés mergulhados num fio d’água tão cristalino quanto uma taça cheia de San Pellegrino ao sol do Mediterrâneo.
       Parecendo desconfortável com a proximidade da câmera, mas não a ponto de fugir, o bichinho nos mira com olhos de desenho animado. É como se dissesse: "Pode existir criatura mais linda e cativante do que eu?".
     Reparamos então, com assombro, que o festival de cores em seu peito e suas asas se organiza em pinceladas desconcertantes que lembram um pintor atormentado, talvez Van Gogh; ao mesmo tempo, explode em mil tons alegres e solares, como numa tela naïf.
        O que dizer diante de imagem tão singular? O que muitas pessoas têm dito, nas redes sociais, são variações em torno desta ideia emocionada: "Ah, como a natureza é incrível! Como ela é generosa com a gente!".
        Ah, e como essas pessoas estão erradas! Há tanta "natureza" no filhote com plumagem de catálogo de loja de tintas quanto num pacote de Baconzitos. O mesmo pode ser dito dos seus colegas.
       Espera aí - colegas? Sim: mergulhando meio palmo no tema dos pássaros artificiais (digitando "AI birds" no Google, por exemplo), vamos descobrir que essas criaturas de fantasia já são incontáveis; se ainda não superaram em número as espécies do mundo *ornitológico, isso parece uma questão de tempo.
      Justiça seja feita: a maioria dos bichos é tão bizarra que não parece querer enganar ninguém. Como nosso filhote fofo, quase todos gritam, berram "inteligência artificial" em cada **pixel. Quando os pixels acabam, continuam a berrar eternidade afora.
      No entanto, por alguma razão a ser desvendada, parte considerável da nossa espécie parece incapaz de ouvir a gritaria. A aceitação de tudo o que a IA produz é, para essa turma crédula, uma espécie de reflexo.
     Depois de tantos anos vendo pessoas letradas que merecem (mereciam?) meu respeito compartilharem frases de autoajuda em para-choque de caminhão como se fossem de Drummond e Clarice, talvez eu não devesse me chocar. Mas me choco.
      Não sou o único. O linguista Marcos Bagno é outro que anda indignado. Esta semana, a propósito da comoção provocada por uma imagem de "Chico Buarque criança", explodiu no Facebook: "Acordem para a vida, criaturas! Será que vamos mesmo ficar reféns da robozada?".

*ornitológico=parte da zoologia que estuda a morfologia, a fisiologia, a anatomia e os hábitos das aves. **pixel=qualquer dos mínimos elementos discretos que em conjunto constituem uma imagem.

Adaptado - 26/06/2024
*Sérgio Rodrigues - Escritor e jornalista
https://www1.folha.uol.com.br
“[...] se ainda não superaram em número as espécies do mundo *ornitológico [...].”. A palavra destacada nessa frase tem na sua estrutura o elemento ornito- que significa “ave”, sendo classificado como:
Alternativas
Q3075850 Português

TEXTO PARA A QUESTÃO.



Fonte: https://www.tumblr.com/tirasarmandinho/115708976239/tirinhaoriginal

Na palavra "desemprego", o prefixo "des-" indica:
Alternativas
Q3071052 Português
Prédios abandonados e pessoas em busca de moradia: as contradições no Centro de SP


O Centro de São Paulo é uma das regiões com a maior concentração de serviços na cidade. Além disso, também possui muitos prédios abandonados e procura por moradia - são cerca de 30 mil imóveis vazios. E 42 deles foram ocupados por movimentos de moradia popular.

As repórteres Clara Velasco e Mayara Teixeira mostram as contradições dessa região, em que ao mesmo tempo prédios seguem vazios, centenas de famílias moram em ocupações e cortiços da região, muitas vezes em condições insalubres. As famílias contam que sonham com a casa própria e com o momento em que mais iniciativas de moradia social vão tomar o Centro da cidade.

As repórteres conheceram um imóvel ocupado com 14 andares e banheiro coletivo. Jomarina Alves, líder da ocupação, conta que o prédio de salas comerciais estava vazio e foi ocupado por 102 famílias. Vitor Paiva tinha 5 anos quando se mudou para o prédio com a mãe e o irmão. Hoje ele tem 14. “Me mudei no meu aniversário. Eu gostei de mudar. Morava na Zona Leste e era complicado para minha mãe. A gente teve que vir para cá”, lembra.

Claudilene Santos, professora e comerciante, conta que a vida dela e da filha mudou para melhor quando foram para o Centro. “A gente morava na Zona Leste de São Paulo e ela estuda numa escola no Ipiranga, escola para deficiente visual. Era bem difícil. A gente tinha que sair de casa às 4h30 da manhã para embarcar no ônibus e ela chegar às 7h na escola”, conta. Perguntada sobre o que acha dos prédios vazios, Claudilene diz que é um desperdício.

Francineide da Silva, diarista desempregada, vive em um cortiço com os dois filhos há quatro anos. O espaço tem um quarto e uma cozinha. “Aqui a gente não tem conforto nenhum, mesmo sendo em três pessoas”, mostra. Ela conta que antes pagava R$ 250, mas hoje não paga mais nada.

Ano passado, ela e outras moradoras do cortiço ocuparam o terreno em frente, antes de virar um estacionamento. “Ele estava abandonado e ninguém ficava lá. Como o pessoal não tinha como pagar aqui, nós fomos para lá”. Depois de um tempo, ela e outras famílias voltaram para o cortiço.


EM: https://g1.globo.com/profissaoreporter/noticia/2021/06/09/predios-abandonados-e-pessoasem-busca-de-moradia-as-contradicoes-no-centro-de-sp.ghtml
O prefixo da palavra insalubre possui valor semântico de:
Alternativas
Q3067785 Português

Leia o texto a seguir para responder à questão.


Moda é política e reflete as transformações no mundo


        Se você fosse presidente do Brasil, que tipo de roupa usaria? Terninho com tênis como a Kamala Harris, vice-presidente dos Estados Unidos? As cores fortes dos blazers da ex-chanceler da Alemanha, Angela Merkel? Vestiria um jeans, de vez em quando, para mostrar conexão com as ruas? Ou biojoias e roupas nacionais, de marcas que ensaiam práticas sustentáveis, para ressaltar a consciência em relação ao meio ambiente e apoiar o design local?

        A cada eleição no Brasil, torço muito para ser surpreendida com candidatas mulheres assumindo governos, dominando o Congresso, em sintonia com os anseios contemporâneos e com as necessidades sociais do país – de preferência, usando a moda para ajudá-las a expressar suas convicções e propósitos.

        Acho triste ver políticos se vestindo de forma pasteurizada. O uso obrigatório do terno no Congresso tem a ver com isso, já que a moda autêntica expõe verdades – convenientes ou não. Enquanto estão de terno, aparentemente são todos iguais. Imponentes, trabalhando dentro das convenções e mantendo a estrutura patriarcal que, infelizmente, domina nossa sociedade e se reflete no governo.

        Como diria Costanza Pascolato, as aparências realmente não enganam. Repare que, quando alguém tenta se disfarçar usando uma roupa sem convicção, seu estilo nunca parece ajustado. Ao contrário: em geral, a pessoa acaba transmitindo uma imagem incoerente, falsa.

       É que a moda joga na cara nossas intenções e crenças, mesmo quando não nos damos conta disso. Assim, pode funcionar como armadilha para os políticos (honestos) que, seguindo orientações de seus marketeiros, repetem uma fórmula que não lhes cabe no vestuário – e, enquanto fingem ser quem não são, acabam escondendo suas verdades.

      [...]

        Difícil de escapar quando o Regimento Interno do Congresso, em vigor entre 2019 e 2023, aconselha às congressistas que usem tailleurs ou vestidos e sapatos sociais. Essa orientação ao público feminino tem origem no fato de que as mulheres só puderam começar a usar calças compridas no plenário (pasmem!) em 1997. Ainda hoje, o uso de jeans, tênis e sandálias rasteiras é estritamente proibido por lá.

       Espelho de uma época, a moda reflete as transformações do mundo, do novo movimento feminista à urgência por diversidade, da equidade racial às causas LGBTQIAP+. Na posse da vice-presidente norte- -americana, Kamala Harris, o grande destaque foi a variedade de looks – a maioria de designers negros e mulheres – em tons de roxo, alusão ao movimento sufragista, desfilados por convidadas e pela própria.

        Recentemente também, o movimento Time’s Up, criado por atrizes, diretoras e produtoras de Hollywood, denunciou abuso e assédio sexual no meio, no Globo de Ouro de 2018, com todas de preto no tapete vermelho.

        Moda é exatamente sobre isso. Podemos nos vestir sem pensar o que nossas escolhas significam, ou fazer das roupas uma voz para defender nossos ideais. Não só os políticos, mas cada um de nós. Vale na vida, no look de tomar vacina ou votar – mas vale mais ainda na hora de escolher as pessoas que vão representar você a partir de janeiro. E sempre.


(Texto adaptado. Maria Rita Alonso, Revista Marie Claire, 16/02/2022. Disponível em: https://revistamarieclaire.globo.com/Blogs/Maria-Rita-Alonso/noticia/2022/02/ moda-e-politica-e-reflete-transformacoes-no-mundo.html)

Assinale a alternativa em que a palavra estrangeira é popularmente utilizada em língua portuguesa por meio do processo de formação por derivação sufixal. 
Alternativas
Q3067449 Português
Leia o texto a seguir:



Por que a geração Z e os millennials não atendem mais o telefone


"Olá, esta é a caixa postal de Yasmin Rufo. Por favor, não deixe mensagem, pois não vou ouvir, nem ligar de volta."

Infelizmente, esta não é a mensagem da minha caixa postal. Mas eu certamente gostaria que fosse, bem como a maior parte dos jovens da geração Z (nascidos entre 1995 e 2010) e dos millennials (nascidos entre 1981 e 1995).

Uma pesquisa recente concluiu que 25% das pessoas com 18 a 34 anos de idade nunca atendem o telefone. Os participantes responderam que ignoram o toque, respondem por mensagens de texto ou pesquisam o número online se for desconhecido.

A pesquisa do site Uswitch envolveu 2 mil pessoas. Ela também concluiu que cerca de 70% das pessoas com 18 a 34 anos preferem mensagens de texto a chamadas telefônicas.

Para as gerações mais velhas, falar ao telefone é normal. Meus pais passaram a adolescência brigando com seus irmãos pelo telefone fixo no corredor, o que só fazia com que toda a família ouvisse as suas conversas.

Já a minha adolescência foi passada em mensagens de texto. Fiquei obcecada por elas desde o momento em que ganhei meu Nokia cor-de-rosa de presente de aniversário, com 13 anos de idade.

Eu passava todas as noites depois da escola redigindo textos de 160 caracteres para os meus amigos.

Eu retirava todas as vogais e espaços desnecessários, até que a mensagem parecesse um grupo de consoantes aleatórias que os próprios serviços de inteligência teriam dificuldade de decifrar. Afinal, eu nunca iria pagar a mais para escrever 161 caracteres.

E, em 2009, as ligações telefônicas do meu celular custavam uma fortuna. "Nós não demos este telefone para você fofocar com suas amigas a noite inteira", relembravam meus pais sempre que recebiam minha conta telefônica, todos os meses.

Foi assim que surgiu uma geração de pessoas que só se comunicam por texto. As ligações por telefone celular eram para emergências e o telefone fixo era usado raramente para falar com os avós.


Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/articles/cwyw96x064eo. Acesso em: 31 ago. 2024.

Na palavra “INFELIZMENTE”, há:
Alternativas
Q3067011 Português
Qual das palavras a seguir é um exemplo de neologismo:
Alternativas
Q3067010 Português
Possui o mesmo radical a seguinte sequência de palavras:
Alternativas
Q3066879 Português

Leia o texto abaixo e, em seguida, responda:


Bichectomia, homoeomorfo e ninfoplastia

(Ruy Castro*)



    Nas últimas semanas, comecei a estranhar a incidência de palavras como sofrência, refrescância e picância no vocabulário das pessoas. Referiam-se respectivamente a sofrimento, refresco e picante. Não que estivessem erradas. Afinal, se temos ardência, ignorância e superabundância, por que não, como no mundo do futebol, valência, volância e centroavância, referindo-se aos valores (qualidades) de um jogador e às posições de volante e centroavante?

    O fato é que palavras antes nunca usadas estão entrando no nosso dia a dia como se não pudéssemos mais passar sem elas. Quem terá sido o primeiro a falar esta ou aquela? Como ela se propagou? Ninguém estranhou ao ouvi-la? Ou fez de conta que sabia do que se tratava? Eis algumas:

    Animicidade, aristopopulismo, bichectomia, bioestilador, cleptocracia, conspiritualidade, criptoassalto, cromoterapia, despolarização, ecocídio, economocrata, fibroplastia, flavorizante, hipergamia, hipomania, homoemorfo, hotelificação, informata, jogoteca, labioplastia, ludopatia, mastopexia, mentoria, microagulhamento, microfocagem, nepobaby, ninfoplastia, normopata, opinódromo, oxidativo, pornotortura, probiótico, reflexologia, reformômetro, romantasia, sináptico, sologamia, subótimo, supramáximo, tiktokização, tocofobia, e turbidez.

     Colhi todas essas palavras dos jornais dos últimos 30 dias, em textos que não se deram ao trabalho de defini-las. Note bem, todas são plausíveis, têm formação perfeita, e basta conhecer seus componentes para captar o seu significado, mas, que são esdrúxulas, são – e não me refiro a trocadilhos como jesuscidência, patriotário e neopentelhocostal, divertidos, mas, como todo trocadilho, infames.

    Confesso que boiei em algumas palavras e, ao ir ao dicionário, me surpreendi. Aliás, é o que lhe acontecerá se você for buscar o significado de, digamos, bichectomia, homoeomorfo ou ninfoplastia. Mas quero ver se algum deles nos dirá do que se tratam aruspicatório, carboxiterapia, criolipólise, fotoblastia, incretinomimético, mastócito, melasmítico, microbiota, lipocavitação, orofacial, picossegundo, tecarterapia e tranexâmico.


* Jornalista e escritor, Ruy Castro é autor das biografias de Carmen Miranda, Garrincha e Nelson Rodrigues, e membro da Academia Brasileira de Letras Edição Digital do jornal Folha de São Paulo, de 22 de setembro de 2024.

Dadas as assertivas:

I. Podem ocorrer transformações na configuração de um idioma, ao longo do tempo, e uma delas pode incidir na renovação de seu repertório vocabular;
II. No que diz respeito à organização lexical de uma língua, os trocadilhos têm a mesma estrutura e composição dos neologismos; e
III. Os neologismos especificados no texto, ainda que sejam estranhos, apresentam plausibilidade na sua composição e significação.

Está(Estão) correta(s) a(s) seguinte(s) assertiva(s), de acordo com o texto:
Alternativas
Q3066673 Português
Palavras feias, bonitas, difíceis, ambíguas: qual é, língua portuguesa?


    Tem gente que gosta de colecionar sapatos. Eu, particularmente, acho que ocupam muito espaço. Tem os que colecionam moedas. Meio pesado e sujinho, não? Eu gosto de colecionar palavras, que são leves, limpinhas e dá para carregar no bloco de notas do celular. Por exemplo, você já reparou que existem palavras feias e bonitas? Isso não tem a ver, necessariamente, com o significado, a grafia ou a sonoridade delas. É simplesmente uma sensação pessoal. De todo modo, vou dar alguns exemplos, quem sabe vocês concordam comigo. A ver: subalterno, sopapo, jocoso, gutural. Lombriga, embuste, mixórdia, pernóstico. Catapulta, gororoba, hediondo, escroque. Apesar de interessantes, alguém discorda que são palavras de beleza duvidosa? Dentro do universo das palavras feias, ainda temos uma categoria especial. São as palavras feias com significados nojentos. Desculpa aí: catarro (a gente já fala arranhando a garganta), sovaco (você não sente o cheiro?), furúnculo (pus?), verruga (berruga?).

    A maternidade é uma das coisas mais lindas da vida, mas as palavras puerpério, regurgito e colostro não são fáceis. Aliás, essa última é a palavra feia perfeita: significado esquisito, sonoridade desagradável e tem mais um diferencial. Se você reparar, é esteticamente feio de pronunciar. Tenta comigo: co-loooss-tro. Dá até uma vergonhinha. E tem as palavras bonitas. A magnânima saudade não nos deixa mentir. Nuvem, lágrima, infinito, azul, memória, magia, goiabada, alma, maio e luz só vêm engrossar o coro das metidinhas. E tem as que são dúvidas, tipo: jaboticaba, galhofa, labirinto, bocejo, chafariz. Joanete também me deixa balançada. Imbróglio, palíndromo e acabrunhado, independentemente da estética, têm uma vantagem em relação às outras, dão uma coceirinha na ponta da língua.

   Vocês me dão licença, mas eu vou fazer um parágrafo dedicado aos chamados “palavrões”. Palavras consideradas obscenas, grosseiras ou pornográficas. Vocábulos que vivem à margem, coitados. Justiça seja feita, os palavrões nos exigem bem mais do que as palavras difíceis. Eles têm que ser escalados na hora certa, empregados precisamente e para o público adequado. Sob pena de falar mal de quem os fala. Se alguém conta uma fofoca de arrepiar, o que dá mais prazer em responder? “É mesmo? Santo Deus!” ou “Sério? C.!”? Nota-se que, ao falarmos esse palavrão, a boca se abre como a de um leão mugindo. Agradável, não? O lance do palavrão é que, na maioria das vezes, o seu significado se perdeu. Aquele show “do c.” nada tem a ver com um órgão reprodutor masculino enrugado. Por exemplo, seu amigo foi demitido. O que é mais empático de dizer a ele? “Puxa vida, que chato, hein?” ou “C., que b.!”? Palavrão gostoso se fala arrastado. Você acaba de descobrir que sua ex tá com outro. O que te alivia mais? “Não tô nem aí. Que se dane” ou “Ah é? F-se.”? Você foi calçar o sapato e se deparou com um bicho dentro dele. Sozinho, o que você diz? “Nossa, o que que é isso, minha gente?” ou “Que p. é essa, mano?”. Eu sei que começa até a dar um mal-estar ouvir tantos palavrões. Ainda mais escritos. (...)

    Agora vamos do baixo ao alto calão. Se você é advogado, pula essa parte porque para você vai ser mole. Se não é, vem queimar a mufa aqui comigo. Tem palavras que foram feitas para nos sacanear. Elas são infrequentes, mas muito parecidas com outras do nosso dia a dia. Bobeou, somos induzidos a erros, muitas vezes ridículos. Alguns exemplos para vocês. Fustigado: cansadão? Não, pior. Maltratado. Alijado: deficiente? Não, afastado. Escrutínio: escrotinho? Exame minucioso. Arroubar: abrir à força? Nope, extasiar. Capcioso: relativo a carpaccio? Não, ardiloso. Engodar: crescer a pança? Not, enganar. Ignóbil: ignorante com imbecil? Quase. Infame, desprezível, baixo, vil, asqueroso, sórdido…

   Em relação às palavras comprimento, cumprimento, tráfico, tráfego, descriminar, discriminar, infligir, infringir, deferir, diferir não vou nem perder o meu tempo amaldiçoando o mau-caráter que as inventou. Confundir o significado das palavras parece escabroso, mas tem sua poesia. É um perigo iminente (ou eminente?) usar palavras que não dominamos. Mas, em relação ao uso delas, sou tanto impávida quanto pusilânime (Google: corajosa/medrosa). E, por pura adrenalina, uso todas e ainda faço cara de letrada. Afinal, (...), me respeita que eu sou escritora.


(GARBATO, Bia. Palavras feias, bonitas, difíceis, ambíguas: qual é, língua portuguesa? Jovem Pan, 2022. Adaptado.)
Assinale a alternativa em que a presença do sufixo -inh(o/a) intensifica a ideia expressa no termo destacado.
Alternativas
Q3053247 Português

A fim de promover aprofundamento do conhecimento sistêmico que envolve os vários níveis da organização linguística, tais como os dos âmbitos léxico-semântico e morfológico, o professor selecionou um grupo de vocábulos extraídos de texto previamente estudado com o objetivo didático de guiar as observações e percepções dos estudantes:


fast-girl – love – they-that – some – more – and – cat – run – the – book – time – sad


Em relação aos vocábulos referidos, o critério que justifica as escolhas feitas pelo professor é:

Alternativas
Q3053198 Português
O sufixo -ada é empregado muitas vezes para indicar “golpe ou agressão”, como no seguinte caso:
Alternativas
Q3047017 Português
Julgue o item subsequente.

O c, com valor de oclusiva velar, das sequências interiores cc (segundo c com valor de sibilante), cç e ct, e o p das sequências interiores pc (c com valor de sibilante), pç e pt, ora se conservam, ora se eliminam. Assim, conservam-se nos casos em que são invariavelmente proferidos nas pronúncias cultas da língua: compacto, convicção, convicto, ficção, friccionar, pacto, pictural; adepto, apto, díptico, erupção, eucalipto, inepto, núpcias, rapto.
Alternativas
Q3046975 Português
Julgue o item que se segue.

Os sufixos na língua portuguesa representam uma estrutura morfológica versátil e produtiva, sendo elementos adicionados ao final das palavras que desempenham um papel crucial na formação de novos termos, na derivação de palavras e na flexão gramatical, refletindo a dinâmica evolutiva e adaptativa do sistema linguístico.
Alternativas
Respostas
41: B
42: B
43: C
44: E
45: A
46: B
47: A
48: D
49: D
50: D
51: E
52: D
53: A
54: E
55: B
56: D
57: B
58: A
59: C
60: C