Questões de Concurso Comentadas sobre estrutura do verbo (radical, vogal temática, desinências) em português

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Q1704794 Português
Assinale a alternativa em que há INCORREÇÃO quanto ao que se diz sobre a morfologia de palavras do texto.
Alternativas
Q1406823 Português

Leia as afirmativas a seguir:


I. O verbo é toda palavra que indica ação, estado ou fenômeno da natureza. Na língua portuguesa, os verbos formam uma classe rica em possibilidades flexionais, pois as oposições entre tempos e modos referem-se a muitos tempos verbais.

II. O ensino de língua portuguesa no Ensino Fundamental deve organizar-se de modo que os alunos sejam capazes de compreender os textos orais e escritos com os quais se defrontam em diferentes situações de participação social.


Marque a alternativa CORRETA:

Alternativas
Q1761380 Português
Atenção! O texto será subsídio para a questão

Uma caneta esferográfica funcionaria em Marte?

  Ninguém nunca foi lá para testar, é óbvio. Mas é bem provável que não. Você já deve ter ouvido que as canetas esferográficas comuns não funcionam no espaço por conta da baixa gravidade. E é verdade. A gravidade é responsável por empurrar a tinta para baixo, fazendo a caneta funcionar. Mas não é só isso. O próprio movimento de bolinha da caneta consegue “puxar” a tinta e fazer a caneta funcionar por um tempo – mesmo contra a gravidade.

  Faça o seguinte experimento: pegue uma caneta e um caderno e tente fazer rabiscos de cabeça para baixo. A caneta funciona inicialmente, mas depois de alguns segundos ela começa a falhar.

  É difícil saber qual é a gravidade mínima para fazê-la funcionar. Marte tem pouco mais de um terço da gravidade terrestre, então é provável que você consiga usar a caneta no início. Logo, porém, ela começaria a falhar.(...)

Fonte: https://super.abril.com.br/blog/oraculo/uma-caneta-esferografica-funcionaria-em-marte/
Observe os verbos em destaque: “Faça o seguinte experimento: pegue uma caneta e um caderno e tente fazer rabiscos de cabeça para baixo”. É CORRETO o expresso em:
Alternativas
Q1369120 Português
Sobre estrutura e formação de palavras, segundo Cegalla, considere as seguintes afirmações:
I. Raiz, radical, tema são considerados elementos mórficos ou estruturais das palavras. II. Afixos, desinências, vogal temática são elementos modificadores da significação do radical. III. Radical é o elemento originário e irredutível em que se concentra a significação das palavras, consideradas do ângulo histórico. Geralmente monossilábico, o radical encerra o sentido lato e geral, comum às palavras da mesma família etimológica. IV. Raiz é o elemento básico e significativo das palavras, consideradas sob o aspecto gramatical e prático, dentro da língua portuguesa atual. V. Na língua Portuguesa, há três processos gerais para a formação de palavras: a derivação, a composição e a formatação; essa última decorrente do avanço tecnológico.
Quais estão corretas?
Alternativas
Q1147561 Português
Comportamento: jovens de hoje


        Ser jovem hoje é mais difícil do que foi em outras épocas, mesmo que isto possa parecer inverossímil, pelas facilidades atuais.
       Os pais são mais compreensivos, tolerantes, há maior liberdade sexual, de expressão e escolha profissional, o que era inimaginável no passado; entretanto, a dualidade do atual pensamento social coloca, lado a lado, toda a facilidade disponível e a exigência cada vez maior no que diz respeito à competência profissional, à estética, ao sucesso, entre outras coisas, constituindo e sendo responsável por novos sintomas que se manifestam nas relações familiares, na escola e no próprio corpo.
         No mundo, hoje, tudo é muito rápido, é mais tecnológico, é todo digital, interconectando uma aldeia global. Hoje não conversamos com a nossa vizinha, batendo um papo na janela.
         Os jovens de hoje vão direto para as redes sociais e, com isso, até os cafés agora também são virtuais. Vivemos uma época em que tudo se entrega, desde pizzas, vídeos, flores, livro, remédios, eletrodomésticos, até maconha.
      Nossos jovens vão formando suas personalidades num mundo de entregas rápidas, de soluções imediatas, de falta de espaço para a espera e o amadurecimento, por isso reúnem características diversas e, por vezes, conflitantes como: individualidade, consumismo, má-educação, agressividade, rebeldia, radicalidade, etc.
       Como exigir dos jovens que têm à sua disposição todas as facilidades proporcionadas pelos pais e professores, que saiam à luta, que encarem as frustrações que toda conquista requer?            Esta geração não está perdida, mas perdidos estarão os adultos se não compreenderem que, apesar do descartável e da correria, os jovens precisam da solidez dos valores e da experiência dos mais velhos, de uma boa estrutura familiar, mesmo que eles, com toda onipotência da juventude, achem isso tudo muito ultrapassado.
     Sem isso, a construção da identidade e personalidade do jovem estará irremediavelmente prejudicada. É na juventude que desbravamos o mundo, descobrimos quem somos, aprendemos com as experiências da vida e vivemos aquilo que, quando formos mais velhos, será a fonte da nossa sabedoria.
      Podem mudar o mundo, surgir novas tecnologias, novos ídolos, novas modas e um novo tudo, mas ser jovem vai ser sempre ser jovem e as coisas que acontecem na juventude ficarão sempre marcadas pela vida inteira.


(Ana Maria Alvin Moura. Sobre a Esperança – F. Beto & M. S.
Cortella. Acesso em: 18/03/2019. Com adaptações.)
De acordo com o emprego das classes de palavras, assinale a alternativa que apresenta a relação INCORRETA.
Alternativas
Q1083970 Português
De acordo com as classes de palavras da nossa língua portuguesa, aquilo que expressa ações ou estado, denomina-se:
Alternativas
Q970151 Português

Sobre a amizade

            O clássico pensador romano Cícero dizia que nada é mais difícil do que conservar intacta uma amizade até o último dia da vida. Para ele, os interesses e mesmo o caráter dos homens costumam variar com o tempo, por conta dos reveses ou dos sucessos por que passamos. As mais vivas amizades da infância podem não resistir aos anos da adolescência, quando grandes transformações nos atingem.

            Mesmo para aqueles cuja amizade resiste por muito tempo, há a possibilidade de desavenças políticas porem tudo a perder. Outras violentas dissensões surgem quando se exige de um amigo algo de inconveniente, como se tornar cúmplice de uma fraqueza nossa, ou quando se lhe pede uma providência que esteja acima de suas forças. Mas essas ameaças à amizade não devem enfraquecer a potência desse sentimento; devem nos lembrar o quanto um amigo é precioso, e quão preciosa será a conservação de sua leal companhia. 


(Cláudio Augusto Catilino, inédito)

É plenamente aceitável a articulação estabelecida entre os tempos e os modos verbais na frase:
Alternativas
Q970057 Português

Ninguém se cura permanecendo no mesmo ambiente em que adoeceu

Ninguém se cura sem cortar a causa do mal, sem se privar do que machuca e contamina sua felicidade, sem evitar ficar junto de quem não faz nada mais do que sofrer.


            A gente adoece por várias razões, tanto físicas quanto psicológicas. O mesmo se dá com os tipos de doenças: existem males do corpo e males da alma. Mente e corpo são indissociáveis, assim como na Antiguidade já se ensinava, ou seja, temos que cuidar de tudo o que nos constitui, por dentro e por fora. De nada adianta um corpo perfeito habitado por uma alma sucateada, e vice-versa.

            Infelizmente, é difícil atentarmos para essa necessidade de equilibrarmos o que vem de fora e o que nasce aqui dentro, o que o espelho reflete e o que não, o que fazemos com nosso corpo e o que fazem com nossa alma. O mundo todo supervaloriza as aparências, o que dificulta a atenção que deve ser voltada ao que sentimos, ao que nos faz bem. Sabemos muito bem qual roupa queremos vestir, mas é complicado saber o que acelera o nosso coração.

            Talvez ninguém consiga se livrar da infelicidade que toma conta de si, caso permaneça parado, sem sair do lugar. Aquilo que nos adoece deve ser evitado, seja o vento gelado, seja o tratamento frio do outro. Ser descuidado com a saúde adoece, ser descuidado com os sentimentos também. Práticas saudáveis incluem tanto atividades físicas quanto exercitar o amor próprio. Alimentar o corpo e a alma, sempre. 

            Ninguém há de ser feliz permanecendo em histórias cujo final não tem chance de ser feliz. Ninguém se cura sem cortar a causa do mal, sem se privar do que machuca e contamina sua felicidade, sem evitar ficar junto de quem não faz nada mais do que sofrer. Ninguém volta a sorrir nos lugares onde sua felicidade foi perdida, roubada, aviltada, negada. 

            Entender que as dores e doenças são alertas que nos pedem calma, que nos clamam por um repensar, por um respirar, por sobrevivência, acaba nos encorajando a tomar as atitudes certas, por mais que doam, que entristeçam, que pareçam impossíveis. Nada é impossível, quando ainda há sonhos a serem alcançados e vida dentro da gente. Caso não consigamos cair fora do que nos adoece, então morrerão os sonhos, morrerão os planos, morreremos nós, ainda que com vida. Ainda que por muitos dias. Por anos…

Por Marcel Camargo

Disponível em: https://www.contioutra.com/ninguem-se-cura-permanecendo-no-mesmo-ambiente-em-que-adoeceu/

A alternativa incorreta quanto à classe gramatical das palavras do trecho “De nada adianta um corpo perfeito habitado por uma alma sucateada” é:
Alternativas
Q1243261 Português
TEXTO III

Dois rios 
Samuel Rosa, Lô Borges e Nando Reis

O sol é o pé e a mão
O sol é a mãe e o pai
Dissolve a escuridão

O sol se põe se vai
E após se pôr
O sol renasce no Japão

Eu vi também
Só pra poder entender
Na voz da vida ouvi dizer

Que os braços sentem
E os olhos veem
E os lábios beijam
Dois rios inteiros
Sem direção.
(fragmento)

Fonte: http://goo.gl/XYxr2q

Releia o fragmento do texto acima:


“Que os braços sentem

E os olhos veem

E os lábios beijam

Dois rios inteiros

Sem direção.”


As palavras destacadas, são, respectivamente:

Alternativas
Q987812 Português

                                              A FELICIDADE

                                                                                                         Vinicius de Moraes

                                                              Compositor: Vinicius De Moraes E Tom Jobim


Tristeza não tem fim Felicidade sim

A felicidade é como a gota De orvalho numa pétala de flor Brilha tranquila Depois de leve oscila E cai como uma lágrima de amor.

A felicidade é uma coisa louca Mas tão delicada, também Tem flores e amores de todas as cores Tem ninhos de passarinhos Tudo de bom ela tem E é por ela ser assim tão delicada Que eu sempre trato dela muito bem.

Tristeza não tem fim Felicidade sim.

                                    https://www.vagalume.com.br/vinicius-de-moraes/afelicidade.html

Considere as assertivas abaixo elencadas, quanto à classificação morfológica dos termos sublinhados e, assinale V para a verdadeira e F para a falsa:


( ) Em: “A felicidade é como a gota”, o vocábulo “é ” é um verbo de ligação.

( ) No trecho: “E cai como uma lágrima de amor”, a palavra lágrima” é classificada como um adjetivo.

( ) Em “Mas tão delicada, também” o vocábulo tão é um advérbio.

( ) No fragmento “E é por ela ser assim tão delicada” a palavra assim é um advérbio.

( ) No trecho “Que eu sempre trato dela muito bem” a palavra “que” é uma conjunção.


As afirmativas sã o, respectivamente:

Alternativas
Q961440 Português

Imagem associada para resolução da questão

A palavra “Bonitão”, tal como utilizada no texto, comporta-se como um
Alternativas
Ano: 2017 Banca: CONPASS Órgão: Prefeitura de Gurjão - PB
Q1193855 Português
Entre os itens a seguir, indique aquele em que o elemento mórfico destacado está analisado incorretamente.
Alternativas
Q987377 Português
Texto para responder à questão.

O amor romântico prega coisas mentirosas, diz psicanalista

Hamurabi Dias

   O amor. Um dia ele chega para todo mundo, acredite você le itor (le ito ra ), ou não. Na contemporaneidade, o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, em seu livro “O Amor Líquido”, transforma a célebre frase marxista - “tudo que é sólido se desmancha no ar” - em ponto de partida para debater a fragilidade dos laços humanos e lançar o conceito de “líquido mundo moderno”. Em síntese, o autor traz uma reflexão crítica de como esse mundo “fluido", uma das principais características dos compostos líquidos, fragilizou os relacionamentos humanos. O sociólogo observa que o amor tornou-se, na sociedade moderna, como um passeio no shopping Center - ícone do capitalismo - e como tal deve ser consumido instantaneamente e usado uma só vez, sem preconceito. É o que considera a sociedade consumista do amor. Pois bem, é nesta linha fluida, sem preconceito e destarte liberal, com frases como “Ter parceiro único pode se tornar coisa do passado” e “Variar é bom, todo mundo gosta”, que a psicanalista e escritora Regina Navarro Lins, crítica do que considera “amor romântico”, lança os dois volumes do "O Livro do Amor”.
    “O Livro do Amor” é um estudo que começa desde a pré-história, seguindo por todos os períodos da humanidade, até chegar à atualidade. “Descobri coisas muito interessantes, como que o amor é uma construção social, e que em cada época ele se apresenta de uma forma”, avalia. No século XX, o livro é dividido em três partes. Para a psicanalista o que mudou o amor na contemporaneidade foram duas invenções: o automóvel e o telefone. “Pela primeira vez na história as pessoas puderam marcar encontro pelo telefone, mesmo com os moralistas defendendo que era uma indecência a voz do homem entrar pelo ouvido da mulher”, lembrou. Regina Navarro Lins acredita que muito dos nossos comportamentos atuais têm origem em períodos históricos passados, como o “amor romântico", surgido lá... no século XII. “Eu aponto também as tendências de como o amor está se transformando. A repressão diminuiu, ainda bem. O sexo é da natureza, é desejável, mas a nossa cultura judaico-cristã sempre viu o sexo com maus olhos. Nos últimos dois mil anos foi visto como algo abominável, a repressão sexual foi horrorosa”, apontou.
    Sobre o tão alardeado amor romântico, Lins inicia sua critica observando o caráter sub-humano que foi atribuído à mulher ao longo dos anos. “A mulher foi considerada incompetente e burra. O cavalheirismo é uma ideia péssima para as mulheres.Gentileza é outra coisa. O cavalheirismo implica sempre em o homem tratar a mulher como se ela fosse incompetente. Não tem sentido, se observarmos como a mulher foi considerada no passado, até hoje pessoas defenderem a ideia de que a mulher não pode puxar uma cadeira", comparou a psicanalista.
     Regina Navarro defende também que o amor romântico é baseado na idealização do outro, a invenção de uma pessoa, atribuindo a ela características que não tem. “Depois passa a vida 'azucrinando' o outro para mudar o jeito de ser, para se enquadrar naquilo que se imaginou. Esse tipo de amor prega coisas mentirosas, como de que não existe desejo por mais ninguém, de que os amados vão se completar e nada mais vai faltar, que um terá todas as suas necessidades completadas pelo outro. É um amor prejudicial, o que critico é o que ele propõe. As pessoas só vão viver bem em um relacionamento se houver a liberdade de ir e vir”, observou.

Disponível em:
<http://www.bomdiafeira.com.br/noticias/palcocultural/9534/0+amor+rom%C3%A2ntico+prega+coisas+
mentirosas,+diz+psicanalista&gt;. Acesso em: 23 de outubro de 2017. (Adaptado).
“Não tem sentido, se observarmos como a mulher foi considerada no passado, até hoje pessoas defenderem a ideia de que a mulher não pode puxar uma cadeira.” A respeito do trecho acima, quanto aos aspectos gramatical, sintático e semântico, analise as afirmativas a seguir. I. A forma verbal FOI CONSIDERADA está na voz passiva. II. A oração "de que a mulher não pode puxar uma cadeira” completa o sentido de um elemento nominal. III. O segmento NO PASSADO funciona como locução adjetiva. correto apenas o que se afirma em:
Alternativas
Q721279 Português
Assinale a alternativa que mostra uma forma verbal de estrutura plena, isto é, com quatro morfemas.
Alternativas
Q671764 Português
Texto I
A leitura literária e o ensino de literatura
    Segundo Aguiar e Bordini (1988), o livro é o instrumento que expressa todo e qualquer conteúdo humano individual e social de forma cumulativa. A partir da leitura, o indivíduo é capaz de compreender melhor sua realidade e seu papel como sujeito nela inserido. Os textos, especialmente os literários, são capazes de recriar as informações sobre a humanidade, vinculando o leitor aos indivíduos de outros tempos. Nas palavras de Larrosa (2000), ler consiste em ver as coisas diferentes, coisas dantes nunca vistas, entregar-se ao texto, abandonar-se nele e não apenas apropriar-se dele para nossos fins. As pessoas crescem lendo e são permanentemente leitoras em formação, recebendo a cada etapa de sua vida uma nova carga significativa para os conhecimentos já acumulados por suas leituras anteriores.
    Um texto não é um objeto fixo em um momento histórico; ele lança seus sentidos e tem sua continuidade nas composições de leitura que suscita. Não cabe ensinar literatura perguntando apenas “O que o texto pode querer dizer?”, mas sim, e especialmente, “Como o texto funciona em relação ao que quer dizer?”. O leitor ou interlocutor interage com o texto, constrói sentidos, expõe suas relações com a língua, exterioriza seus conhecimentos prévios, preconceitos, pontos de vista. Ao final de cada leitura, o texto já é um novo texto.

(ZAFALON, Miriam. A leitura e o ensino da Literatura no Nível Médio.
Tese de Mestrado. UEM)
"Os textos, especialmente os literários, são capazes de recriar as informações sobre a humanidade, vinculando o leitor aos indivíduos de outros tempos. Nas palavras de Larrosa (2000), ler consiste em ver as coisas diferentes, coisas dantes nunca vistas, entregar-se ao texto abandonar-se nele e não apenas apropriar-se dele para nossos fins”. As palavras sublinhadas correspondem a formas de infinitivo. Assinale a opção que indica o infinitivo que tem classe morfológica diferente dos demais.
Alternativas
Q633135 Português

O assassino era o escriba


Paulo Leminsky

                   

                       Meu professor de análise sintática era o tipo do

                                         sujeito inexistente.

                     Um pleonasmo, o principal predicado da sua vida,

                       regular como um paradigma da 1ª conjugação.

                         Entre uma oração subordinada e um adjunto

                                                 adverbial,

                       ele não tinha dúvidas: sempre achava um jeito

                           assindético de nos torturar com um aposto.

                                     Casou com uma regência.

                                                   Foi infeliz.

                                Era possessivo como um pronome.

                                           E ela era bitransitiva.

                                         Tentou ir para os EUA.

                                                   Não deu.

                        Acharam um artigo indefinido em sua bagagem.

                           A interjeição do bigode declinava partículas

                                                    expletivas,

                        conectivos e agentes da passiva, o tempo todo.

                       Um dia, matei-o com um objeto direto na cabeça.

No texto, o autor faz menção ao fato do sujeito ser “regular como um paradigma da primeira conjugação”. A respeito dos paradigmas de conjugação verbal, considere as afirmativas abaixo e assinale a alternativa que NÃO corresponde corretamente às funções, características e modos desse tópico gramatical.
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Q633123 Português

                                              Lembrança

      Lembro-me de que ele só usava camisas brancas. Era um velho limpo e eu gostava dele por isso. Eu conhecia outros velhos e eles não eram limpos. Além disso, eram chatos. Meu avô não era chato. Ele não incomodava ninguém. Nem os de casa ele incomodava. Ele quase não falava. Não pedia as coisas a ninguém. Nem uma travessa de comida na mesa ele gostava de pedir. Seus gestos eram firmes e suaves e quando ele andava não fazia barulho.

      Ficava no quartinho dos fundos e havia sempre tanta gente e tanto movimento na casa que às vezes até se esqueciam da existência dele. De tarde costumava sair para dar uma volta. Ia só até a praça da matriz que era perto. Estava com setenta anos e dizia que suas pernas estavam ficando fracas. Levava-me sempre com ele. Conversávamos mas não me lembro sobre o que conversávamos. Não era sobre muita coisa. Não era muita coisa a conversa. Mas isso não tinha importância. O que gostávamos era de estar juntos.

      Lembro-me de que uma vez ele apontou para o céu e disse: 'olha'. Eu olhei. Era um bando de pombos e nós ficamos muito tempo olhando. Depois ele voltou-se para mim e sorriu. Mas não disse nada. Outra vez eu corri até o fim da praça e lá de longe olhei para trás. Nessa hora uma faísca riscou o céu. O dia estava escuro e uma ventania agitava as palmeiras. Ele estava sozinho no meio da praça com os braços atrás e a cabeça branca erguida contra o céu. Então eu pensei que meu avô era maior que a tempestade.

      Eu era pequeno, mas sabia que ele tinha vivido e sofrido muita coisa. Sabia que cedo ainda a mulher o abandonara. Sabia que ele tinha visto mais de um filho morrer. Que tinha sido pobre e depois rico e depois pobre de novo. Que durante sua vida uma porção de gente o havia traído e ofendido e logrado. Mas ele nunca falava disso. Nenhuma vez o vi falar disso. Nunca o vi queixar-se de qualquer coisa. Também nunca o vi falar mal de alguém. As pessoas diziam que ele era um velho muito distinto.

      Nunca pude esquecer sua morte. Eu o vi, mas na hora não entendi tudo. Eu só vi o sangue. Tinha sangue por toda parte. O lençol estava vermelho. Tinha uma poça no chão. Tinha sangue até na parede. Nunca tinha visto tanto sangue. Nunca pensara que, uma pessoa se cortando, pudesse sair tanto sangue assim. Ele estava na cama e tinha uma faca enterrada no peito. Seu rosto eu não vi. Depois soube que ele tinha cortado os pulsos e aí cortado o pescoço e então enterrado a faca. Não sei como deu tempo dele fazer isso tudo, mas o fato é que ele fez. Tudo isso. Como, eu não sei. Nem por quê.  

      No dia seguinte eu ainda tornei a ver a sua camisa perto da lavanderia e pensei que mesmo que ela fosse lavada milhares de vezes nunca mais poderia ficar branca. Foi o único dia em que não o vi limpo. Se bem que sangue não fosse sujeira. Não era. Era diferente.

                                                (VILELA, Luiz. Tarde da noite. 6. Ed. São Paulo: Ática, 2000.) 

Em:

“O que gostávamos era de estar juntos.” A divisão correta dos elementos formadores da palavra em destaque é

Alternativas
Q625292 Português
Assinale a alternativa que mostra a separação correta dos morfemas do verbo dado.
Alternativas
Q621093 Português
TEXTO 2

“Cabe ressaltar que a falta de educação, saúde, segurança pública, de políticas públicas, de conselhos comunitários eficazes (integrando os adolescentes às atividades da comunidade), de efetividade dos direitos fundamentais e de aparelhamento nos institutos de internação de menores são algumas das causas imediatas e mediatas desse fenômeno que é a delinquência infanto-juvenil. Por isso, não devemos conceber apenas o lado da penalidade aos jovens. Tem-se, de longas décadas, a omissão do poder público no tocante à prática de atos concernentes à viabilização das normas constitucionais garantidoras de direitos essenciais, tendo em vista que grande parte da população é excluída do digno convívio social. Isso enaltece o desnivelamento de classes e por via refletiva afrontando a dignidade da pessoa humana, surgindo, ainda que não justificante, uma camada criminalizada da população, constituindo-se em um núcleo de violência que atinge toda a sociedade."

                         (Revista Visão Jurídica, Sande Nascimento de Arruda)
O vocábulo “educação" é um substantivo derivado de um verbo com a ajuda de um sufixo; o mesmo ocorre no seguinte vocábulo do texto:
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Q577476 Português
Leia o texto para responder à questão.

Uma conhecida convidou os quatro netos pré-adolescentes para lanchar. Queria passar um tempo com eles, como fazem as avós. Sentaram-se numa lanchonete. Pediram sanduíches e refrigerantes. Daí, os quatro sacaram os celulares. Ficaram todo o tempo trocando mensagens com amigos, rindo e se divertindo. Com cara de mamão murcho, a avó esperou alguma oportunidade de bater papo. Não houve. Agora, ela já prometeu:
– Desisti. Não saio mais com meus netos.
Cada vez mais as pessoas “abandonam" os outros para viver num mundo de relações via celular. Às vezes de maneira assustadora.
Em certos almoços, mesmo de negócios, é impossível tratar do assunto que importa. O interlocutor escolhe o prato com a orelha no celular. Quando desliga, abre para verificar e-mails. Responde. Pacientemente espero. Iniciamos o papo que motivou o almoço. O celular toca novamente. Dá vontade de levantar da mesa e ir embora. Não posso, seria falta de educação. Mas não é pior ficar como espectador enquanto a pessoa resolve suas coisas pelo celular, sem dar continuidade à conversa?
Faço cara de paisagem enquanto a pessoa discute algo que nada tem a ver comigo. Penso: seria melhor, muito melhor, não ter marcado reunião nenhuma. Mais fácil seria, sim, me impor através do celular, porque através dele entro na sala de alguém quando quero, sem marcar hora. O aparelhinho invade até situações íntimas. Se fosse só comigo, estaria traumatizado por me sentir pouco interessante. Mas sei de casos em que, entre um beijo e outro, um dos parceiros atende o celular. Para tudo, sai do clima. Quando termina a ligação, é preciso de um tempo para retomar. Mas aí, pode tocar novamente e... enfim, até nos momentos mais eróticos, o aparelhinho atrapalha.
Ainda sou daquele tempo de ter conversas francas e profundas, de olhar nos olhos. Hoje é quase impossível aprofundar-se nos olhos de alguém. Estão fixados na tela de seu modelo de última geração. Conheço algumas raras pessoas que se recusam (ainda!) a ter celular. Cada vez mais, se rendem. A vida ficou impossível sem ele. Eu descobri uma estratégia que sempre funciona, se quero realmente falar com alguém. Convido para jantar, por exemplo. Ela saca o celular. Pego o meu e envio uma mensagem para ela mesma, em frente a mim. Não falha. Seja quem for, acha divertidíssimo. E assim continuamos até o cafezinho. Sem palavras, mas trocando incríveis mensagens pelo celular. Todo mundo acha divertidíssimo.

(Walcyr Carrasco, Má educação e celular. Revista Época. Disponível em: <http://epoca.globo.com>. Acesso em: 27.01.2015. Adaptado)
Observe a seguinte passagem do texto:
– Mais fácil seria, sim, me impor através do celular …
Seguindo o modelo da conjugação do verbo “impor", presente nessa passagem, assinale a alternativa em que a conjugação e a concordância do verbo em destaque estão de acordo com a norma-padrão.
Alternativas
Respostas
61: E
62: A
63: B
64: A
65: C
66: B
67: C
68: A
69: C
70: A
71: D
72: E
73: D
74: B
75: B
76: C
77: B
78: C
79: A
80: C