Questões de Concurso Sobre figuras de linguagem em português

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Q1786417 Português
Assinale a alternativa que CORRESPONDE à figura de linguagem em destaque no excerto a seguir: “Só um tio só que casou e que tem filho. Em compensação, ele disparou, teve nove! Agora, já minhas tias, todas elas casaram, todas elas tiveram filhos, né?” (VASCO, 2006 apud AZEREDO, 2010)
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Q1785137 Português

Psicologia do espaço: as implicações da arquitetura no comportamento humano

Visto que seres humanos passam a maior parte de suas vidas em ambientes fechados, não nos surpreende o fato de que determinadas características do espaço construído têm um impacto significativo em nosso comportamento psíquico. Condições de iluminação, de escala e proporção assim como os materiais e suas texturas são características espaciais que emitem informações para nossos sentidos, afetando a maneira como nos relacionamos com o espaço, produzindo um sem fim de sensações e reações.

Determinadas características do espaço construído são capazes de induzir sensações de tranquilidade e segurança nas pessoas, de fazer com que se sintam bem e relaxadas ou até de aumentar a concentração e a produtividade dos usuários em seu ambiente de trabalho. Independente de qual sejam as sensações que nos provocam, não se pode negar que as características dos espaços em que vivemos – ou trabalhamos – desempenham um papel fundamental na maneira como as pessoas se sentem e como elas se relacionam com o espaço.

No entanto, pessoas foram sendo empilhadas em caixas para servir um sistema de produção em massa destinado a alimentar uma sociedade faminta pelo consumismo. De fato, o empilhamento, ou verticalização, é um fenômeno que surgiu em resposta à Revolução Industrial e ao consequente aumento exponencial das pessoas que, em busca de ofertas de emprego, começaram a abarrotar cidades completamente despreparadas para absorver tal contingente humano. As unidades habitacionais se tornaram mais compactas para que os edifícios pudessem acomodar um número cada vez maior de habitantes. 

As características dos espaços que projetamos são capazes de induzir determinados tipos de comportamento nas pessoas”, diz a psicóloga ambiental e designer de interiores Migette Kaup. Por exemplo, projetos que incorporam noções de equilíbrio, proporção, simetria e ritmo são capazes de provocar uma sensação de tranquilidade e harmonia. As cores, por sua vez, também são capazes de provocar sensações de conforto ou estimular a comunicação entre as pessoas. A luz é um universo em si e depende muito da tipologia de espaço de que estamos falando. Uma luz suave sugere um espaço mais introspectivo, enquanto uma luz mais intensa caracteriza um espaço mais extrovertido. Para a psicóloga, a iluminação natural abundante é um excelente estímulo à produtividade e ao bem estar físico e mental das pessoas.

Por outro lado, determinadas características espaciais provocam ansiedade, outras estimulam uma sensação de equilíbrio e serenidade. Acontece que nem sempre somos conscientes de nossas reações e acabamos agindo sem saber porquê. Irving Weiner, professor de psicologia ambiental do Massasoit Community College de Middleborough, Massachusetts, afirma que “muitas dessas características ambientais não podem ser vistas ou apreendidas por nossos sentidos, mas, ainda assim, são capazes de influenciar diretamente o nosso comportamento ou humor”.


Adaptado de: <https://www.archdaily.com.br/br/936143/psicologiado-espaco-as-implicacoes-da-arquitetura-no-comportamentohumano>. Acesso em: 09 jul. 2020.

Em “O sistema de produção em massa é destinado a alimentar uma sociedade faminta pelo consumismo.”, as palavras em destaque estão sendo utilizadas para indicar uma figura de linguagem denominada 
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Q1785089 Português

Como Criamos Significados Na Linguagem Cotidiana?

Lilian Ferrari

   É comum, nos dias atuais, ouvirmos expressões como “maratonar um seriado”, “combater fake news” ou “bloquear um contato no WhatsApp”. E embora não tenhamos nenhuma dificuldade em produzir ou compreender essas expressões, nem sempre nos damos conta de que esses usos, como tantos outros em nossa linguagem cotidiana, não são literais, mas sim metafóricos. Isso porque tudo o que nos foi ensinado sobre metáforas faz com que pensemos que só é possível encontrá-las em textos elaborados, produzidos por especialistas que têm uma habilidade especial no manejo da linguagem, tais como escritores, poetas e afins.

   A verdade, entretanto, é que as metáforas ocorrem na linguagem como reflexo do nosso pensamento. Somos capazes de pensar metaforicamente e, por isso, também falamos metaforicamente. E se é assim, faz sentido que não apenas os textos literários, mas também a nossa linguagem cotidiana seja permeada de metáforas.

   Mas como são esses processos de pensamento? Por que, afinal de contas, temos a habilidade de pensar metaforicamente? A resposta é relativamente simples, e tem a ver com o fato de que temos que lidar com ideias que não fazem parte de nossa experiência corporal mais direta. Se aquilo que podemos ver, ouvir, provar, cheirar ou tocar é acessível à nossa compreensão, o mesmo não acontece quando se trata de uma ideia abstrata como, por exemplo, o tempo. Embora tenhamos que lidar com o tempo em nosso cotidiano – acordamos cedo para trabalhar, tomamos remédios com hora marcada, etc. –, o tempo não é diretamente captável por nossos sentidos. Diferentemente de casas, árvores, carros, livros e tudo o que faz parte de nossa experiência direta, o conceito de tempo é abstrato. E, por isso, para pensarmos sobre o tempo fica mais fácil usar a estratégia de “traduzi-lo” para algo mais familiar. Essa espécie de tradução é justamente a metáfora, que nos permite tratar conceitos abstratos de forma mais concreta. 

   No caso do tempo, uma das possibilidades é pensar no tempo como se fosse espaço, e mais especificamente, como se fosse um local. Nesse caso, assim como podemos falar que estamos em um determinado lugar (ex. “Estamos na praça”), podemos nos referir a um período de tempo usando a mesma ideia de local (ex. “Estamos na primavera”). [...]

Adaptado de: <http://www.roseta.org.br/pt/2020/05/29/comocriamos-significados-na-linguagem-cotidiana>. Acesso em: 13 jul. 2020.

A partir da leitura do texto, é correto afirmar que
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Q1784794 Português
Leia atentamente o texto a seguir para responder à questão.

Os pais devem consolar o seu filho ou deixar que ele se acalme sozinho? Maria Montessori nos orienta sobre isso.


Acessado em 3/03/2020
O enunciado A sobrecarga de tarefas e o infinito de informação nos fazem cada vez mais distanciados daqueles que amamos e, talvez, até mesmo daquilo que amamos em nós mesmos (linhas 1 a 3), contém um exemplo de
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Ano: 2018 Banca: EDUCA Órgão: Prefeitura de Patos - PB Provas: EDUCA - 2018 - Prefeitura de Patos - PB - Advogado SUAS | EDUCA - 2018 - Prefeitura de Patos - PB - Assistente Social - SEMUDES | EDUCA - 2018 - Prefeitura de Patos - PB - Bioquímico | EDUCA - 2018 - Prefeitura de Patos - PB - Contador | EDUCA - 2018 - Prefeitura de Patos - PB - Educador Físico | EDUCA - 2018 - Prefeitura de Patos - PB - Enfermeiro | EDUCA - 2018 - Prefeitura de Patos - PB - Engenheiro Civil | EDUCA - 2018 - Prefeitura de Patos - PB - Farmacêutico | EDUCA - 2018 - Prefeitura de Patos - PB - Fisioterapeuta | EDUCA - 2018 - Prefeitura de Patos - PB - Médico do Trabalho | EDUCA - 2018 - Prefeitura de Patos - PB - Médico Neurologista | EDUCA - 2018 - Prefeitura de Patos - PB - Médico Psiquiatra | EDUCA - 2018 - Prefeitura de Patos - PB - Nutricionista - SEMUSA | EDUCA - 2018 - Prefeitura de Patos - PB - Psicólogo | EDUCA - 2018 - Prefeitura de Patos - PB - Terapeuta Ocupacional | EDUCA - 2018 - Prefeitura de Patos - PB - Professor de Educação Básica II - Português | EDUCA - 2018 - Prefeitura de Patos - PB - Professor de Educação Básica II - Matemática | EDUCA - 2018 - Prefeitura de Patos - PB - Professor de Educação Básica II - Geografia | EDUCA - 2018 - Prefeitura de Patos - PB - Professor de Educação Básica II - História | EDUCA - 2018 - Prefeitura de Patos - PB - Professor de Educação Básica II - Língua Inglesa | EDUCA - 2018 - Prefeitura de Patos - PB - Pedagogo | EDUCA - 2018 - Prefeitura de Patos - PB - Procurador Municipal |
Q1784581 Português
Leia o texto e responda à questão.


Novidade criada na reforma trabalhista, contrato
intermitente ainda não decolou

    Criado com a reforma trabalhista com a promessa de formalizar o trabalhador sem jornada fixa, o contrato intermitente ainda decepciona. No acumulado deste ano, o saldo de vagas de emprego desse tipo – a diferença entre os postos que foram abertos e fechados – representa 5% do saldo total de postos entre janeiro e julho, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.
   O Caged de julho aponta que o saldo de vagas era de 47,3 mil para todos os tipos de contratação, mas apenas 3,4 mil deles eram contratos intermitentes.
  O intermitente surgiu com a reforma trabalhista, em novembro, como uma maneira de formalizar quem trabalha sob demanda. Esse empregado é chamado para prestar serviços de tempos em tempos, sendo convocado pela empresa para trabalhar com até três dias de antecedência e recebendo por hora trabalhada. É diferente do trabalhador temporário, contratado por até 180 dias e que são prorrogáveis por mais 90.
   Por envolver ocupações específicas, é até natural que o contrato intermitente não represente a maioria dos novos postos e, na saída da recessão, o mercado de trabalho anda a passos lentos. Mas, segundo o economista Bruno Ottoni, do Ibre/FGV e da consultoria IDados, já era para o intermitente estar mais consolidado.
   Um outro dado, do IBGE, dá pistas sobre o baixo crescimento dos intermitentes, afirma Ottoni. No fim do ano passado, 12 milhões de brasileiros diziam estar satisfeitos em ter jornadas de trabalho reduzidas, mesmo sendo informais. 
   “A reforma quis formalizar o trabalho que não tem jornada contínua, mas os números decepcionam. Temos de entender por que os informais não estão virando intermitentes mais rapidamente e o que faz com que essa forma de contratar ainda não esteja funcionando direito.”
   Em outubro do ano passado, o governo havia estimado que a reforma trabalhista geraria 6 milhões de empregos. Só de intermitentes, a previsão era criar 2 milhões de ocupações em três anos.
   A evolução do trabalho intermitente, ainda que tímida, também é inflada. Os dados do Caged consideram contratos assinados, mas o empregado não necessariamente foi chamado para trabalhar naquele mês. Como o trabalhador também pode ter contratos com várias empresas, isso daria a impressão de que há mais intermitentes empregados do que na realidade.
   Quando a reforma trabalhista entrou em vigor, as grandes varejistas foram as primeiras a celebrar o trabalho intermitente. Segundo advogados, como as grandes empresas têm uma estrutura jurídica mais consolidada, o que aliviaria a insegurança para contratar, a abertura de vagas intermitentes vai ocorrer antes nessas companhias.
https://economia.estadao.com.br/noticias, 11/09/2018
A figura de linguagem presenteem “o mercado de trabalho anda a passos lentos” é a:
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Q1783941 Português

Fonte: adaptado por Augusto Nunes Revista Veja, 31 de julho de 2020. Disponível em: https://veja.abril.com.br/blog/augusto

nunes/8220-escrever-8221-um-texto-de-joaquim-ferreira-dos-santos/

No 12º parágrafo do texto, o autor faz uma observação sobre estrangeirismos na escrita. Nesse contexto, Joaquim Ferreira dos Santos utilizou, para construir a crítica, um recurso linguístico denominado:
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Q1783938 Português

Fonte: adaptado por Augusto Nunes Revista Veja, 31 de julho de 2020. Disponível em: https://veja.abril.com.br/blog/augusto

nunes/8220-escrever-8221-um-texto-de-joaquim-ferreira-dos-santos/

O texto traz, em sua estrutura, várias metáforas. O fragmento em que se percebe um exemplo de metáfora está em:
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Q1783646 Português

    O tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2017, “Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil”, acompanhou a importância que a prova passou a dar aos alunos surdos, tanto que, pela primeira vez, há a versão em vídeo para os candidatos que não são ouvintes.

    “Ser o tema do Enem é uma forma de expandir a discussão para todos os alunos. Os surdos devem fazer parte da sociedade e ter consciência disso é parte importante do processo”, afirma Cyntia Teixeira, doutoranda da PUC-SP e professora no Instituto Federal de São Paulo.

    O primeiro ponto ressaltado é o diagnóstico do sistema educacional do Brasil. “Existe a carência de intérpretes capacitados para atuar em escolas e universidades, por exemplo. A formação costuma ser generalista”, afirma Carla Sparano, intérprete da Língua Brasileira de Sinais (Libras) e doutoranda em Linguística Aplicada e Estudos de Linguagem na PUC-SP.

    O professor Everton Pessôa de Oliveira, tradutor-intérprete de Libras-português, explica que a formação desses profissionais costuma ocorrer em ambientes informais, como em espaços religiosos e familiares.

    Everton reforça que, apesar de a legislação proibir, há escolas particulares que negam a matrícula de crianças surdas ou cobram taxas extras da família para que seja contratado um professor bilíngue ou intérprete. “E nas públicas, o quadro não é diferente: a lei não é sempre cumprida. Dou aula no município de Mauá (SP) e lá temos um intérprete de Libras para cada aluno surdo. Mas isso é exceção: não ocorre em todas as escolas municipais, muito menos nas estaduais”, afirma.

    É importante ressaltar que incluir vai muito além de aceitar a matrícula do aluno com deficiência. A mera presença da criança surda na escola não garante que ela esteja incluída. É preciso adaptar atividades e investir na formação de docentes, por exemplo, além de reforçar a relação entre escola, família e comunidade. “O professor necessita compreender as necessidades do aluno surdo, entender que é preciso investir em uma pedagogia mais visual. Não dá para aplicar uma atividade separada para o aluno com deficiência. É preciso adaptar as tarefas para a sala inteira”, diz Carla Sparano.

    Cyntia Teixeira diz que a educação dos surdos não deve ser uma preocupação apenas da comunidade deles. É preciso que o coletivo se mobilize para aprender a dominar Libras. “Se fosse uma preocupação de todos desde a infância, a inclusão no mercado de trabalho deixaria de ser um obstáculo, por exemplo”, afirma.

    Uma das propostas de intervenção na redação poderia ser essa, inclusive: a disciplina de Libras só existe nas licenciaturas e nos cursos de pedagogia e de fonoaudiologia, segundo o decreto nº 5626, de 2005. “Mesmo nesses casos, é mais uma reflexão sobre o assunto que um aprendizado”, diz o professor Everton. “Deveria existir uma formação desde a escola e em todas as graduações. ”

    Existem especialistas que defendem a importância das escolas bilíngues (Libras-português) exclusivas para surdos, em vez de apostarem na inclusão em colégios regulares. “A política de inclusão vale para cegos, cadeirantes ou pessoas com deficiência intelectual, que compartilham a mesma língua: o português. Eles necessitam de adaptações de conteúdo ou arquitetônicas no prédio, por exemplo. No caso dos surdos, a grosso modo, o que deve ser oferecido é a educação na língua em que eles falam: Libras”, explica Daniela Takara, professora em uma escola municipal bilíngue em São Paulo. “O que é necessário para um surdo obter sucesso escolar é um lugar onde as pessoas consigam de fato se comunicar com ele e, a partir da discussão, trocar informação, construir conhecimento. O português está para o surdo assim como inglês está para nós. É a segunda língua”, completa.

    Karin Strobel é surda, professora de Libras-Letras na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e autora do livro “As imagens do outro sobre a cultura surda”. Ela concorda com a importância da criação de escolas bilíngues para a primeira etapa de ensino e enfatiza que só depois de dominarem Libras é que os alunos deveriam ser incluídos nas escolas regulares. “A contratação dos intérpretes em escolas regulares é importante para os adolescentes, no ensino médio, por exemplo. Mas em ensino infantil e fundamental, é preciso introduzir Libras, investir na pedagogia visual, nos materiais didáticos próprios para eles”, explica.


(TENENTE, Luiza. Disponível em: https://g1.globo.com/educacao/enem/2017/noticia/ redacao-do-enem-especialistas-em-educacao-de-surdos-sugerem-argumentos-para-o-texto.ghtml. Acesso em 11 de maio de 2017. Adaptado)

As figuras de linguagem são recursos da língua que conferem expressividade aos enunciados. Nesse sentido, observe as frases a seguir.


I. Esta questão é apenas a ponta do iceberg.

II. Aquele candidato ficou rico por meios ilícitos.

III. Tomamos vinte garrafas de cerveja durante a festa.

IV. O ônibus leva uma eternidade para chegar.


As figuras de linguagem utilizadas em cada frase são, respectivamente:

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Q1781729 Português
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão.

Maria Firmina dos Reis, a abolicionista negra que se tornou a primeira romancista do Brasil 


(Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2019/10/11/politica/1570793304_499201.htm
– texto adaptado especialmente para esta prova). 
Assinale a alternativa INCORRETA sobre elementos de coesão no texto.
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Q1781640 Português

Oi, Chico!

Clarice Lispector


    Oh, Chico Buarque, pois não é que recebi uma carta de uma cidade do Rio Grande do Sul, Santa Maria, a respeito de você e de mim? É o seguinte: a moça me lê num jornal de Porto Alegre. E, muito jovem, diz que sente grande afinidade comigo, que eu escrevo exatamente como ela sente. Mas que sua maior afinidade comigo vem do fato de eu ter escrito sobre você, Chico. Diz: "Eu, como você, tenho uma inclinação enorme por ele. Achava eu que esta inclinação (que é motivo de troça de meus amigos) era um pouco de infantilismo meu, talvez uma regressão à infância, mas lendo seus bilhetes descobri que não, que a razão é justamente conforme suas palavras: ser ele altamente gostável e possuir candura. Você também tem candura, que se percebe ao ler uma só linha sua." Ela, Chico, não entendeu que você não é meu ídolo; eu não tenho ídolos. Você para mim é um rapaz de ouro, cheio de talento e bondade. Inclusive fico simplesmente feliz em ouvir quinhentas vezes em seguida "A banda", e um dia desse dancei com um de meus filhos. Mas é só, meu caro amigo. [...] Olhe, moça simpática, sua carta é um amor, e tenho certeza de que Chico ia gostar de você, é impossível não. Pois se Chico tem candura, e você acha que também tenho, você, minha amiguinha, é mil vezes mais cândida do que nós. Mando-lhe um beijo e tenho certeza de que Chico lhe manda outro beijo ― não, não desmaie. [...]

(Texto publicado originalmente no Jornal do Brasil, de 23/03/1968 e, posteriormente, no livro Todas as crônicas, de 2018.

Adaptado de: https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/15396/oi-chico). Acesso em: 14 ma. 2021.)

Qual é a figura de linguagem presente nos excertos “Inclusive fico simplesmente feliz em ouvir quinhentas vezes em seguida ‘A banda’ [...]” e “[...] você, minha amiguinha, é mil vezes mais cândida do que nós.”?
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Q1780921 Português
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo.

Fonte: https://leonardoboff.wordpress.com/2012/05/06/sustentabilidade-e-educacao/ Texto adaptadespecialmente para esta prova.
Assinale V, se verdadeiras, ou F, se falsas, nas seguintes assertivas feitas sobre o texto.
( ) Trechos como “educação pode criar novas mentes e novos corações” (l. 07 e 08) e “conheceremos a escuridão” (l. 12) estão em sentido conotativo ou figurado. ( ) O autor escreve em primeira pessoa; percebe-se isso ao menos em duas passagens do texto. ( ) Leonardo Boff considera urgente a necessidade de relacionarmos o pensamento ecológico à educação.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
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Q1780091 Português

TEXTO I

Quartetos


Como nos tempos d’antanho já dis: merci beaucoup

obrigado a ti, Poesia, mil vezes obrigado

porque posso carregar fantasmas a tiracolo

E dizer: eu tenho o mundo. 


Na verdade, o tempo e a miséria eu tenho

e a mágoa de ter nascido ó minha mãe!

Quantas vezes, meu Deus, desci aos infernos

para tirar de lá apenas um poema e nada

mais...


Nos pensamentos enormes

somente o voo do pássaro é que importa

mas eu bendigo a dor de ter sofrido

para colher a rosa da esperança, a tênue rosa


O poetas do romantismo

vós vos matáveis por amor

porém nós, poetas do modernismo,

temos amor e não nos matamos.


Se me perguntassem (quem ousaria?)

qual o maior poeta do mundo

o que sofreu na carne a dor da poesia

responderia apenas: infelizmente, eu! 


Que dissolução nos sentidos

à hora morta do sono sem remédio.

O verso é como o acalanto

mas a criança não dorme há muitos anos...


E dormir é viver, é sonhar

e desperta quem há de achar

a palavra – a simples palavra

(Mulher) e o que engrandece?

( Antônio Girão Barroso Rev. Acad. Cear. Let. N° 35 – 1971)

No segundo verso da primeira estrofe temos um recurso poético utilizado pelo eu lírico e que aqui se encontra destacado. A tal recurso, denominamos:
“obrigado a ti, Poesia, mil vezes obrigado”
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Q1779225 Português
Relacione as colunas sobre figuras da linguagem e marque a alternativa verdadeira.
COLUNA I.
A- Metonímia. B- Onomatopeia. C- Anáfora. D- Aliteração. E- Assonância. F- Sinestesia.
COLUNA II.
(1) “Gela o som, gela a cor”. (2) “Quem se salva nessa brasa / Quem acende um fogo novo / Cruza a crise, colhe a calma / Alegra a alma desse povo / Vive em paz e harmonia / Abre as portas da alegria”. (3) “Amar no frio o cobertor / Amar os dias de calor / Amar a chuva no verão / Amar o sol toda manhã / Amar o sonho, a ilusão”. (4) “A gente almoça e só se coça e se roça e só se vicia”. (5) “A reunião acabou virando um blá-blá-blá sem pé nem cabeça”. (6) “Há níqueis reservados para ele em toda casa”.
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Q1778678 Português
Relacione as colunas sobre figuras de linguagem e assinale a alternativa correta.

Coluna I. A) Metáfora. B) Metonímia. C) Catacrese. D) Prosopopeia. E) Antítese. F) Hipérbole. G) Eufemismo.
Coluna II. 1 - Naquela terrível luta, muitos adormeceram para sempre. 2 - Não sente no braço da poltrona. 3 - Amor é fogo que arde sem se ver. (Camões). 4 - O vento acariciava seu rosto. 5 - Tomamos uma Coca. 6 - Já pedi isso mil vezes a você. 7 - Bebo silenciosamente a essa imagem da morte e da vida. (Rubem Braga).
Alternativas
Q1778568 Português
A Semântica é definida como o estudo sincrônico ou diacrônico da significação como parte dos sistemas das línguas naturais, ou ainda, num sistema linguístico, o componente do sentido das palavras e da interpretação das sentenças e dos enunciados. Frente ao ensino da Semântica, considere a alternativa que aponte, corretamente, um campo de conhecimento do ensino, ligado a ela:
Alternativas
Q1778439 Português
A figura de linguagem de que a voz poética se utiliza para a construção da mensagem denomina-se de
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Q1776660 Português

(Peter Burke. Quando foi a globalização? In: O historiador como colunista: ensaios da Folha. RJ: Civilização Brasileira, 2009. Adaptado.)

A figura de linguagem correspondente à expressão “McDonaldização” do mundo no texto é:
Alternativas
Q1776101 Português
Para responder à questão , leia, a seguir, o fragmento da letra da canção “Nóis é jeca mais é jóia”, composta em 1998 pelo tocantinense Juraildes da Cruz e incluída, em 2004, no CD “Cantoria de festa”, de Xangai, produzido pela Kuarup Discos. 

[...]
“Andam falando que nóis é caipira
que nossa onda é montar a cavalo
que nossa calça é amarrada com imbira
que nossa valsa é briga de galo

Andam falando que nóis é butina
mais nóis num gosta de tramóia
nóis gosta é das minina

nóis é jeca mais é jóia

mais nóis num gosta de jibóia
nóis gosta é das minina
nóis é jeca mais é joia”
[...]

CRUZ, Juraildes da (compositor). Nóis é jeca mais é
jóia. [Letra] Disponível em:
https://www.cifraclub.com.br/juraildes-da-cruz/nois-ejeca-mais-e-joia/letra/ e em
https://www.letras.mus.br/juraildes-da-cruz/704230/
Acesso em: 7 dez. 2020. Mantida a grafia original
Sobre os recursos linguísticos usados no texto e seu(s) efeito(s) na constituição dos sentidos, é correto o que se afirma na alternativa:
Alternativas
Q1776100 Português

Leia o trecho a seguir do conto “Corpo Fechado”, da obra Sagarana, de Guimarães Rosa.

“José Boi, Desidério, Miligido, Dêjo... Só podia haver um valentão de cada vez. Mas o último, o Targino, tardava em ceder o lugar. O challenger não aparecia: rareavam os nascidos sob o signo de Marte, e Laginha estava, na ocasião, mal provida de bate-paus.

Havia, sim, os sub-valentões, sedentários de mão pronta e mau gênio, a quem, por garantia, todos gostavam de dar os filhos para batizar” (ROSA, Guimarães, 2015, p.245).

O termo em destaque, “sub-valentões”, faz parte de um fenômeno linguístico bastante comum na obra do autor. Trata de um(a): 
Alternativas
Q1776097 Português

Leia os versos a seguir.

Por você

Maurício Barros

Mauro Sta. Cecília e

Roberto Frejat

“Por você eu dançaria tango no teto

Eu limparia os trilhos do metrô

Eu iria a pé do Rio a Salvador

Eu aceitaria a vida como ela é

Viajaria a prazo pro inferno

Eu tomaria banho gelado no inverno (...)”

Muitas vezes, quando buscamos um sentido mais expressivo para aquilo que dizemos ou escrevemos, usamos construções conotativas, ou seja, atribuímos-lhe o sentido figurado. Nesse sentido, a figura de linguagem que se aplica ao texto apresentado é:
Alternativas
Respostas
1361: B
1362: D
1363: A
1364: E
1365: B
1366: A
1367: A
1368: B
1369: C
1370: A
1371: A
1372: B
1373: D
1374: B
1375: A
1376: E
1377: B
1378: D
1379: E
1380: B