Questões de Concurso Sobre funções morfossintáticas da palavra se em português

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Q2852063 Português

Em ranking dos países mais inovadores, Brasil fica entre os 5 últimos 15/4/2015 16:00

Em “A Bloomberg, portal americano especializado em economia, atribuiu uma nota para cada país.”, o segmento entre vírgulas consiste em um:
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Q2804658 Português

Depois do sol

Cecília Meireles

Fez-se noite com tal mistério,

Tão sem rumor, tão devagar,

Que o crepúsculo é como um luar

Iluminando um cemitério...

Tudo imóvel... Serenidades...

Que tristeza, nos sonhos meus!

E quanto choro e quanto adeus

Neste mar de infelicidades!

Oh! Paisagens minhas de antanho...

Velhas, velhas... Nem vivem mais...

— As nuvens passam desiguais,

Com sonolência de rebanho . . .

Seres e coisas vão-se embora...

E, na auréola triste do luar,

Anda a lua, tão devagar,

Que parece Nossa Senhora

Pelos silêncios a sonhar...

Assinale a alternativa em que o fragmento destacado é adjunto adnominal:

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Q2803998 Português

TEXTO 2


A árvore que pensava


Houve uma árvore que pensava. E pensava muito. Um dia transpuseram-na para a praça no centro da cidade. Fez-lhe bem a deferência. Ela entusiasmou-se, cresceu, agigantou-se.


Aí vieram os homens e podaram seus galhos. A árvore estranhou o fato e corrigiu seu crescimento, pensando estar na direção de seus galhos a causa da insatisfação dos homens. Mas quando ela novamente se agigantou os homens voltaram e novamente amputaram seus galhos.


A árvore queria satisfazer os homens por julgá-los seus benfeitores, e parou de crescer. E como ela não crescesse mais, os homens a arrancaram da praça e colocaram outra em seu lugar.


Oswaldo França Jr. As laranjas iguais. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1996, p. 17.

No trecho: “E como ela não crescesse mais, os homens a arrancaram da praça e colocaram outra em seu lugar” (3º parágrafo), o segmento sublinhado expressa um sentido de:

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Q2797926 Português

A casa


Cris Guerra


Noite de terça-feira. A casa iluminada, os jardins floridos de gente. Autoridades, fotógrafos, o prefeito. Fazia tempo que nós cinco não voltávamos juntos àquele lugar. A casa repleta de desconhecidos e vazia dos que lá habitaram. À nossa volta, o público nem sequer desconfiava. Irmãos invisíveis voltando a um lugar-chave de sua linha do tempo. Como administrar a saudade em noite de celebração?

Quando finalmente pudemos entrar, sabíamos de cor onde era a cozinha, a sala de jogos, o mezanino, o quarto dela. De modo que demos um jeito de subir logo até lá, não sem antes notar um detalhe ou outro a nos falar sobre a elegância de nossos avós. Quem sonharia ter seu passado romanceado por arquitetos contadores de histórias?

Os quatro chegaram ao quarto dela minutos antes de mim. Encontrei-os sob o impacto do que ali viram. Do teto, fios transparentes sustentavam retratos antigos: JK, Vovô Joubert, Vovó Juju, Papai, Mamãe, alguns de nós ainda pequenos. A caixinha de música numa redoma de vidro. Cada móvel em seu devido lugar, relatando os movimentos e trajetos dela. Deles. Nossos.

Teremos de voltar muitas vezes para acreditar: nossa infância eternizada num museu da arquitetura modernista dos anos 40 a 60. A nova Casa Kubitschek enriquece a memória do visionário JK. Mas seus móveis restaurados contam muito mais que um modo de morar.

Concluído em 1943 para ser a casa de fim de semana do então prefeito Juscelino, o espaço foi projetado por Niemeyer com jardins de Burle Marx. Serviu a JK por apenas dois anos - logo que pôde, vovô comprou o imóvel. Passaram a ser nossos os domingos ali. Vovó alimentava os peixes e pássaros, dava suco de groselha aos beija-flores, oferecia pão com patê aos gatos. Cobria as mesas com pedaços de feltro, construindo sob os tampos de vidro seus próprios quadros modernistas.

Depois que ele se foi, ela viveu ali por muitos anos, buscando alento nos jardins para as perdas que ainda viria a sofrer. Minha mãe em 1994, meu pai em 2001. “Que absurdo as coisas durarem mais que as pessoas”, ela me disse dias depois da morte dele. E duraram. Mais até do que ela, que nos deixou em 2004. Mas as pessoas, que não são feitas de coisas, cuidaram de fazer do afeto memória.

A Casa abre suas portas de terça a sábado. Aos domingos, a entrada é restrita às nossas lembranças. Vovô lê os jornais na mesa da varanda, Maria prepara um peixe à milanesa, Vicenza me nega o suco de mexerica antes do almoço. Eles jogam bilhar, elas passeiam pelas boas-novas do jardim - a flor que se abriu, a árvore que se encheu de lichias.

Quando for a sua vez de visitar a Casa Kubitschek, respire fundo e aproveite o dia: é um domingo na minha infância.

Disponível em: http://vejabh.abril.com.br/edicoes/casa-cris-guerra-755432.shtml Acesso: maio 2013

Há uma oração subordinada adjetiva explicativa em:

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Q2797146 Português

TEXTO IV

Aulas com pipas!


Papagaio, pandorga, arraia, cafifa ou, simplesmente, pipa. Não importa o nome que receba esse brinquedo, feito com varetas de madeira leve, papel fino e linha: qualquer pessoa tem tudo para se encantar com ele! Pudera: colocar uma pipa para bailar no ar é a maior diversão! E sabia que, na sala de aula, a pipa tem muito a ensinar?

Nas aulas de português, as pipas inspiravam poesias e redações e a professora de história aproveitava para, obviamente, falar um pouco sobre a história das pipas. Quer saber o resultado de tanta integração? Excelentes notas no final do ano e um grande festival de pipas para comemorar!

Ah! E se você há muito tempo gosta de soltar papagaios por aí, responda depressa: está tomando os cuidados necessários para não sofrer um acidente?

Então, anote algumas dicas: nunca use cerol uma mistura de cola e vidro moído, extremamente cortante e perigosa e procure soltar suas pipas em lugares apropriados, longe de fios elétricos.


Disponível em: <http://cienciahoje.uol.com.br/controlPanel/materia/view/2194. Acesso em: 22 nov. 2004. (Adaptação).

No último parágrafo do Texto IV, observa-se um apelo direto à atenção do leitor sobre os cuidados que devem ser tomados para não tornar a pipa um brinquedo perigoso para si e para os outros.


Do ponto de vista gramatical, o efeito de sentido pretendido é obtido por meio do uso de

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Q2797122 Português

TEXTO III

O poeta

O poeta não gosta de

palavras: escreve para se ver livre delas.

A palavra

torna o poeta

pequeno e sem invenção.

Quando,

sobre o abismo da morte,

o poeta escreve terra,

na palavra ele se apaga

e suja a página de areia.

Quando escreve sangue

o poeta sangra

e a única veia que lhe dói

é aquela que ele não sente.

Com raiva,

o poeta inicia a escrita

como um rio desflorando o chão.

Cada palavra é um vidro em que se corta.

O poeta não quer escrever.

Apenas ser escrito.

Escrever, talvez,

apenas enquanto dorme.

COUTO, Mia. Vagas e lumes. Lisboa: Editorial Caminho, 2014.

Sobre o emprego da conjunção e, nos versos “A palavra/ torna o poeta/pequeno e sem invenção”, é correto afirmar que esse conectivo coordena os núcleos do

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Q2797099 Português

TEXTO I


Ouvindo a leitura


[...] ouvi um cão latir ao longe. Outros latidos foram respondendo, até que, trazido pelo vento que agora soprava de leve sobre o Passo, chegou aos meus ouvidos um urro selvagem, que parecia vir de muito longe, tão longe quanto a imaginação pode alcançar. Esse é um dos trechos de Drácula, de Bram Stoker. A descrição tenta compor um cenário sombrio, com uivos, latidos, o som do vento, mas deixa parte dessa tarefa para o leitor, para onde sua imaginação puder alcançar. O trecho destacado foi retirado de uma versão eletrônica de Drácula, feita para e-readers, uma entre tantas novidades que as tecnologias de comunicação trouxeram para o mundo dos livros. Nesse suporte o leitor pode ir além do texto, acessando links na internet relacionados ao conteúdo da obra, fazer anotações, ou comentar sobre o que está lendo nas redes sociais

Uma das novidades tecnológicas mais recentes é um aplicativo que produz ambientes sonoros para livros. Sincronizado com trechos das obras, o booktrack, nome dessa tecnologia, propõe uma espécie de trilha sonora para a leitura. Com o aplicativo, ao ler o trecho acima, ouviríamos o latido do cão ao longe, o som do vento, os uivos. Mas, que efeitos isso teria em nosso modo de ler? Como fica nossa capacidade de imaginar, de compor um cenário a partir da leitura

O filósofo e psicanalista André Martins, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), não acredita que essas tecnologias afetem nossa capacidade de imaginar. Para ele, tal receio é análogo ao que tivemos quando surgiram os primeiros livros ilustrados, ou quando o cinema floresceu. A imaginação sempre existirá com toda a sua potência. E, certamente, se a novidade das trilhas sonoras dos livros pegar, passará a haver uma grande inventividade na criação de trilhas para os mesmos livros, ou mesmo a opção de cada leitor criar sua própria trilha, diz. Além do mais, não penso que os e-books substituirão os livros; apenas tendem a ser uma nova mídia, que proporcionará prazeres diferentes, e não uma mídia substituta, que extinga a anterior, complementa.

Um caminho promissor para a compreensão dos impactos das tecnologias no mundo da leitura talvez seja admitir vários tipos de leitores, vários tipos de leituras convivendo simultaneamente. Para o presidente da Associação de Leitura do Brasil (ALB), Antonio Carlos Amorim, é certo que a leitura estimula a imaginação, assim como o fazem o cinema, e, em certa medida, as práticas culturais baseadas na oralidade. Ele aponta, no entanto, que a leitura participa da circulação de um conjunto de significações culturais que constituem imaginários sociais. Os sujeitos leitores, em contato com imagens, sons e odores, por exemplo, entrarão em contato com a leitura do livro em atravessamentos vários e distintos daquele suposto envolvimento da leitura silenciosa ou em voz alta das letras impressas em papel. E tal situação pode significar mais uma abertura do que uma restrição à experiência leitora, que estimula ou permite ou valoriza a imaginação, afirma. Ainda segundo ele, em uma sociedade que prima pelo multissensorial e pela experiência do efêmero e do inusitado, essas tecnologias serão efetivamente capazes de atrair novos leitores.


MARIUZZO, Patrícia. Revista da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, São Paulo, v.64, n.3, p. 61-62, 2012.

O trecho destacado foi retirado de uma versão eletrônica de Drácula, feita para e-readers, uma entre tantas novidades que as tecnologias de comunicação trouxeram para o mundo dos livros. [...]


Nesse trecho, foi usado um pronome relativo, que exerce a função de

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Q2797094 Português

TEXTO I


Ouvindo a leitura


[...] ouvi um cão latir ao longe. Outros latidos foram respondendo, até que, trazido pelo vento que agora soprava de leve sobre o Passo, chegou aos meus ouvidos um urro selvagem, que parecia vir de muito longe, tão longe quanto a imaginação pode alcançar. Esse é um dos trechos de Drácula, de Bram Stoker. A descrição tenta compor um cenário sombrio, com uivos, latidos, o som do vento, mas deixa parte dessa tarefa para o leitor, para onde sua imaginação puder alcançar. O trecho destacado foi retirado de uma versão eletrônica de Drácula, feita para e-readers, uma entre tantas novidades que as tecnologias de comunicação trouxeram para o mundo dos livros. Nesse suporte o leitor pode ir além do texto, acessando links na internet relacionados ao conteúdo da obra, fazer anotações, ou comentar sobre o que está lendo nas redes sociais

Uma das novidades tecnológicas mais recentes é um aplicativo que produz ambientes sonoros para livros. Sincronizado com trechos das obras, o booktrack, nome dessa tecnologia, propõe uma espécie de trilha sonora para a leitura. Com o aplicativo, ao ler o trecho acima, ouviríamos o latido do cão ao longe, o som do vento, os uivos. Mas, que efeitos isso teria em nosso modo de ler? Como fica nossa capacidade de imaginar, de compor um cenário a partir da leitura

O filósofo e psicanalista André Martins, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), não acredita que essas tecnologias afetem nossa capacidade de imaginar. Para ele, tal receio é análogo ao que tivemos quando surgiram os primeiros livros ilustrados, ou quando o cinema floresceu. A imaginação sempre existirá com toda a sua potência. E, certamente, se a novidade das trilhas sonoras dos livros pegar, passará a haver uma grande inventividade na criação de trilhas para os mesmos livros, ou mesmo a opção de cada leitor criar sua própria trilha, diz. Além do mais, não penso que os e-books substituirão os livros; apenas tendem a ser uma nova mídia, que proporcionará prazeres diferentes, e não uma mídia substituta, que extinga a anterior, complementa.

Um caminho promissor para a compreensão dos impactos das tecnologias no mundo da leitura talvez seja admitir vários tipos de leitores, vários tipos de leituras convivendo simultaneamente. Para o presidente da Associação de Leitura do Brasil (ALB), Antonio Carlos Amorim, é certo que a leitura estimula a imaginação, assim como o fazem o cinema, e, em certa medida, as práticas culturais baseadas na oralidade. Ele aponta, no entanto, que a leitura participa da circulação de um conjunto de significações culturais que constituem imaginários sociais. Os sujeitos leitores, em contato com imagens, sons e odores, por exemplo, entrarão em contato com a leitura do livro em atravessamentos vários e distintos daquele suposto envolvimento da leitura silenciosa ou em voz alta das letras impressas em papel. E tal situação pode significar mais uma abertura do que uma restrição à experiência leitora, que estimula ou permite ou valoriza a imaginação, afirma. Ainda segundo ele, em uma sociedade que prima pelo multissensorial e pela experiência do efêmero e do inusitado, essas tecnologias serão efetivamente capazes de atrair novos leitores.


MARIUZZO, Patrícia. Revista da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, São Paulo, v.64, n.3, p. 61-62, 2012.

Sobre o período Uma das novidades tecnológicas mais recentes é um aplicativo que produz ambientes sonoros para livros, é correto afirmar que a segunda oração mantém com a primeira uma relação de

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Q2777518 Português

Leia o texto a seguir para responder as questões de 01 a 05.


Charlie Sheen confirma que é HIV positivo.


Ator de 50 anos disse em entrevista ao programa 'Today', da rede NBC, que foi diagnosticado com o vírus há quatro anos. O ator Charlie Sheen, ex-astro da série "Two and A Half Men", disse nesta terça-feira, 17, que é HIV positivo. Sheen, de 50 anos, disse em entrevista ao programa "Today", da rede NBC, que foi diagnosticado com o vírus há quatro anos. "Estou aqui para admitir que sou HIV positivo", disse Sheen. "São três letras difíceis de absorver". Sheen, três vezes divorciado, atuou como o mulherengo Charlie Harper na famosa série de comédia norte-americana por oito anos, até ser demitido em 2011 por condutas inadequadas, como festas com estrelas pornô e uma condenação por agredir a ex-mulher.

Em "Estou aqui para admitir que sou HIV positivo", o trecho sublinhado corresponde:

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Q2777516 Português

Leia o texto a seguir para responder as questões de 01 a 05.


Charlie Sheen confirma que é HIV positivo.


Ator de 50 anos disse em entrevista ao programa 'Today', da rede NBC, que foi diagnosticado com o vírus há quatro anos. O ator Charlie Sheen, ex-astro da série "Two and A Half Men", disse nesta terça-feira, 17, que é HIV positivo. Sheen, de 50 anos, disse em entrevista ao programa "Today", da rede NBC, que foi diagnosticado com o vírus há quatro anos. "Estou aqui para admitir que sou HIV positivo", disse Sheen. "São três letras difíceis de absorver". Sheen, três vezes divorciado, atuou como o mulherengo Charlie Harper na famosa série de comédia norte-americana por oito anos, até ser demitido em 2011 por condutas inadequadas, como festas com estrelas pornô e uma condenação por agredir a ex-mulher.

No trecho “O ator Charlie Sheen, ex-astro da série "Two and A Half Men", disse nesta terça-feira, que é HIV positivo. A frase em negrito pode ser classificada como:

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Q2774845 Português

A falsa liberdade e a Síndrome do “TER DE”


Lya Luft


Essa é uma manifestação típica do nosso tempo, contagiosa e difícil de curar porque se alimenta da nossa fragilidade, do quanto somos impressionáveis, e da força do espírito de rebanho que nos condiciona a seguir os outros. Eu tenho de fazer o que se espera de mim. Tenho de ambicionar esses bens, esse status, esse modo de viver – ou serei diferente, e estarei fora.

Temos muito mais opções agora do que alguns anos atrás, as possibilidades que se abrem são incríveis, mas escolher é difícil: temos de realizar tantas coisas, são tantos os compromissos, que nos falta o tempo para uma análise tranquila, uma decisão sensata, um prazer saboreado.

A gente tem de ser, como escrevi tantas vezes, belo, jovem, desejado, bom de cama (e de computador). Ou a gente tem de ser o pior, o mais relaxado, ou o mais drogado, o chefe da gangue, a mais sedutora, a mais produzida. Outra possibilidade é ter de ser o melhor pai, o melhor chefe, a melhor mãe, a melhor aluna; seja o que for, temos de estar entre os melhores, fingindo não ter falhas nem limitações. Ninguém pode se contentar em ser como pode: temos de ser muito mais que isso, temos de fazer o impossível, o desnecessário, até o absurdo, o que não nos agrada – ou estamos fora.

A gente tem de rir dos outros, rebaixar ou denegrir nem que seja o mais simples parceiro de trabalho ou o colega de escola com alguma deficiência ou dificuldade maior. A gente tem de aproveitar o mais que puder, e isso muitos pais incutem nos filhos: case tarde, aproveite antes! (O que significa isso?) [...]

A propaganda nos atordoa: temos de ser grandes bebedores (daquela marca de bebida, naturalmente), comprar o carro mais incrível, obter empréstimos com menores juros, fazer a viagem maravilhosa, ter a pele perfeita, mostrar os músculos mais fortes, usar o mais moderno celular, ir ao resort mais sofisticado.

Até no luto temos de assumir novas posturas: sofrer vai ficando fora de moda. Contrariando a mais elementar psicologia, mal perdemos uma pessoa amada, todos nos instigam a passar por cima. “Não chore, reaja”, é o que mais ouvimos. “Limpe a mesa dele, tire tudo do armário dela, troque os móveis, roupas de cama, mude de casa.” Tristeza e recolhimento ofendem nossa paisagem de papelão colorido. Saímos do velório e esperam que se vá depressa pegar a maquilagem, correr para a academia, tomar o antidepressivo, depressa, depressa, pois os outros não aguentam mais, quem quer saber da minha dor?

O “ter de” nos faz correr por aí com algemas nos tornozelos, mas talvez a gente só quisesse ser um pouco mais tranquilo, mais enraizado, mais amado, com algum tempo para curtir as coisas pequenas e refletir. Porém temos de estar à frente, ainda que na fila do SUS.

Se pensar bem, verei que não preciso ser magro nem atlético nem um modelo de funcionário, não preciso ter muito dinheiro ou conhecer Paris, não preciso nem mesmo ser importante ou bem-sucedido. Precisaria, sim, ser um sujeito decente, encontrar alguma harmonia comigo mesmo, com os outros, e com a natureza na qual fervilha a vida e a morte é apaziguadora.

Em lugar disso, porém, abraçamos a frustração, e com ela a culpa.

A culpa, disse um personagem de um filme, “é como uma mochila cheia de tijolos. Você carrega de um lado para o outro, até o fim da vida. Só tem um jeito: jogá-la fora”. Mas ela tem raízes fundas em religiões e crenças, em ditames da família, numa educação pelo excessivo controle ou na deseducação pela indiferença, na competitividade no trabalho e na pressão de nosso grupo, que cobra coisas demais. [...]

Nessa rede de complexidades, seria bom resistir à máquina da propaganda e buscar a simplicidade, não sucumbir ao impulso da manada que corre cegamente em frente. Com sorte, vamos até enganar o tempo sendo sempre jovens, sendo quem sabe imortais com nariz diminuto, boca ginecológica e olhar fatigado num rosto inexpressivo. Não nos faltam recursos: a medicina, a farmácia, a academia, a ilusão, nos estendem ofertas que incluem músculos artificiais, novos peitos, pele de porcelana, e grandes espelhos, espelho, espelho meu. Mas a gente nem sabe direito onde está se metendo, e toca a correr porque ainda não vimos tudo, não fizemos nem a metade, quase nada entendemos. Somos eternos devedores.

Ordens aqui e ali, alguém sopra as falas, outro desenha os gestos, vai sair tudo bem: nada depressivo nem negativo, tudo tem de parecer uma festa, noite de estreia com adrenalina e aplausos ao final.


Disponível em: http://www.contioutra.com/a-falsa-liberdade-e-a-sindrome-do-ter-de-lya-

luft/#ixzz4HMEDzQMU Acesso em 14 ago. 2016 (Adaptado)

Os termos destacados exercem a função de adjunto adverbial, EXCETO em:

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Q2771464 Português

Para responder as questões propostas, de 1 a 3, leia com atenção o texto abaixo.


ALMA FATIGADA

Cruz e Sousa


Nem dormir nem morrer na fria eternidade!

mas repousar um pouco e repousar um tanto,

os olhos enxugar das convulsões do pranto,

enxugar e sentir a ideal serenidade.

A graça do consolo e da tranquilidade

de um céu de carinhoso e perfumado encanto,

mas sem nenhum carnal e mórbido quebranto,

sem o tédio senil da vã perpetuidade.

Um sonho lirial d'estrelas desoladas,

onde as almas febris, exaustas, fatigadas

possam se recordar e repousar tranquilas!


Um descanso de Amor, de celestes miragens,

onde eu goze outra luz de místicas paisagens

e nunca mais pressinta o remexer das argilas!

Analisando a e composição da segunda estrofe, constatamos que ela:

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Q2769627 Português

Assinale a alternativa em que o fragmento destacado é adjunto adnominal:

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Q2769054 Português

Indique a opção em que a circunstância NÃO condiz com o adjunto adverbial.

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Q2766332 Português

AS QUESTÕES 1 A 13 ESTÃO RELACIONADAS AO TEXTO BAIXO


TEXTO


TÁ TRANQUILO, TÁ FAVORÁVEL!


1 __ _ _Em 1997, em um show de um grupo chamado movimento Funk Clube, um funkeiro pegou o

2 microfone da mão de um dos integrantes do grupo e, olhando para as dançarinas em cima do palco, gritou:

3 "Há! Eu tô maluco".

4 __ __O grito foi repetido pelos integrantes do grupo e logo sampleado pelos DJs de todos os bailes do

5 Rio e, pouco tempo depois, de todo o Brasil. Logo todos os brasileiros gritavam que estavam malucos, e teve

6 gente gritando até no exterior.

7 __ __Se tratando do funk, eu poderia usar várias histórias como essa aqui, mas esse grito pra mim é o

8 exemplo que eu mais gosto de usar.

9 _ _ __Isso, só uma cultura realmente popular é capaz de fazer: dar o poder ao público na arte, sem

10 deixar de valorizar o artista.

11 ____No início desse ano, Mc Bin Laden "estourou" um vídeo na internet sem muito roteiro, sem muita

12 produção, mas fez tanto sucesso que mesmo com tantos problemas que o Brasil está passando, todo mundo

13 está gritando que "tá tranquilo, tá favorável".

14 ____Mais do que uma música, o Mc Bin Laden estourou uma gíria, pois toda vez que alguém falar que

15 "tá tranquilo", alguém irá, no mínimo, pensar que "tá favorável".

16 ____Mc Bin Laden é o maior fenômeno do funk da atualidade, esconde o quanto ganha, mas dizem que

17 é cerca de R$ 60 mil por dia.

18 ____Certa vez, um repórter perguntou para o Mr. Catra o que era o funk pra ele. Ele então respondeu:

19 "O funk é um presente de Deus para nós, é a válvula de escape para todos nós favelados".

20____ Vendo o que o funk proporcionou na vida dele e de vários outros MCs, inclusive na minha, eu

21 concordo plenamente com a resposta do Mr. Catra.

22 ____Mesmo com tantos problemas que os bailes funk enfrentam para continuar existindo - falo das

23 proibições de todos os órgãos públicos que praticamente perseguem os produtores desses bailes -, mesmo

24 com tanta corrupção nas rádios e televisões - falo dos famosos "jabás" que todos os chamados grandes

25 artistas pagam -, o funk, sem dinheiro e sem espaço, consegue penetrar nas festas de todas as classes e até

26 nos grandes programas de televisão.

27____ Isso tudo acontece por um espaço que ainda pode ser ocupado de maneira democrática e popular:

28 a internet.

29 ____Já ouvi muita gente dizendo que se não fosse a internet o funk não existiria mais. Eu discordo, mas

30 concordo que nesse momento a internet está cumprindo um papel importantíssimo na vida dessa cultura.

31 ____Se mesmo com tanta perseguição e negação de sua existência, o funk consegue ser a cultura

32 musical que mais tem vídeo postado e assistido na internet, imagina o funk sendo tratado da maneira que

33 lhe é de direito?

34 ____Para aqueles que não suportam ouvir funk eu tenho más notícias: o funk ainda vai acontecer.

35 ____Tenho essa certeza porque quando eu era criança não era fácil ouvir música e o funk nem existia.

36 Hoje se tem uma facilidade enorme em ouvir a música que quiser e as crianças já nascem ouvindo funk.

37 ____Que venham novos MCs, que venham novos vídeos e, consequentemente, outros sucessos, pois, na

38 internet, além de ainda estar tranquilo, também está favorável.


MC LEONARDO. TÁ TRANQUILO, TÁ FAVORÁVEL. IN: Caros amigos, p.22, n. 228, Abr. 2016. - MC LEONARDO é cantor, compositor e fundador da APAFUNK.

Ao usar a partícula “se” em “Hoje se tem uma facilidade enorme em ouvir a música que quiser,..” (L.36), o Autor

Alternativas
Q2759908 Português

TEXTO I


Ser deficiente é privilégio de ser diferente


___Uma cena usual no dia a dia de um parampa (que é como os paraplégicos paulistas se denominam, melhorzinho que o metálico chumbado, termo preferido pelos cariocas): num estacionamento, esperando o manobrista número um trazer o carro. Se aproxima o manobrista número dois, olha minha cadeira de rodas, o horizonte, e pergunta na lata: Foi acidente? Olho rápido para a rua e devolvo: Onde? Algum ferido? Melhor chamar uma ambulância! Vocês têm telefone?

___Outra cena: numa fila de espera, se aproxima um sujeito, aponta a cadeira de rodas e diz: É duro, né? Minha resposta: Não, é até confortável. Quer experimentar? Mais uma: uma criança brincando pelos corredores de um shopping me vê na cadeira e pergunta: Por que você está na cadeira de rodas? Devolvo: Porque eu quero. E você, por que não está na sua? Já vi crianças me apontando e dizendo para os pais: Quero uma igual àquela! Quando o pai vem se desculpar (e não sei por quê, vem sempre se desculpar), eu logo interrompo: Compre logo uma para ele. Sem contar os incontáveis comentários tipo Tem que se conformar, O que se pode fazer?, A vida tem dessas coisas...

___Peculiar curiosidade essa de saber se um paraplégico é um acidentado ou de nascença. À beira da piscina de um hotel, lá vem o hóspede. Para ao meu lado e solta um Foi acidente?. Antes que eu exibisse minha grosseria e impaciência, ele foi avisando: Sou ortopedista. Costumo operar casos como o seu. Aqui na região há muitos motoqueiros que se acidentam... Entramos numa conversa técnica que até poderia render se ele não dissesse, me olhando nos olhos: Jesus cura isso aí. Antes que eu perguntasse o endereço do consultório desse Jesus, ele continuou: Você pode não acreditar, mas já o vi curando muitos iguais a você. Eu não quero ser curado. Eu estou bem assim costuma ser minha resposta que, se não me engano, é verdadeira.

___Aliás, Paulo Roberto, paraplégico, professor de filosofia de Brasília, anunciou seu novo enunciado: “Nós não devemos ser curados. Seria um trauma maior que o próprio acidente. Não conseguiríamos reconstruir uma terceira identidade. Não saberíamos administrar nossa falta de diferença. O homem cultural, diferente do homem natural, é aquele que constrói a si próprio, pelo respeito ao que possa ter de igual e de diferente.” Foi minha última e definitiva revelação nesses 13 anos de paraplegia. Se alguém me ouvisse, um dia, nas ruas do centro, dizendo a mim mesmo Que sorte ter ficado paraplégico, não acreditaria. Mas eu disse: Conheço um mundo que poucos conhecem. Sou diferente. Sou um privilegiado.


PAIVA, Marcelo Rubens. Crônicas para ler na escola. Seleção

Regina Zilberman. Rio de Janeiro: Objetiva, 2011.

Peculiar curiosidade essa de saber se um paraplégico é um acidentado ou “de nascença”.[...]


Nesse período, a segunda oração, em relação à primeira, tem uma função

Alternativas
Q2759876 Português

A função sintática do se na frase “O professor atrapalhou-se” é:

Alternativas
Q2754705 Português

Em “Investigue uma única coisa: onde ele trabalha.”, a função sintática desempenhada pela expressão destacada é:

Alternativas
Q2754702 Português

No período, “Não só cantou mas também dançou”, ocorre:

Alternativas
Q2754691 Português

Texto para as questões de 25 a 27

“[...]

Na semana passada, o vírus B também foi associado à morte súbita de uma menina de oito anos em São Paulo. Houve um teste positivo, mas ainda não se sabe se foi ele o responsável pela parada cardíaca que a levou à morte.

[...]”.

(Folha de S.Paulo, 6/4/16 – B1)

“(...) mas ainda não se sabe se foi ele o responsável pela parada cardíaca que a levou à morte”.

Assinale a opção que apresenta, respectivamente, a correta análise das palavras destacadas.

Alternativas
Respostas
921: B
922: B
923: C
924: D
925: A
926: C
927: D
928: C
929: A
930: A
931: A
932: E
933: B
934: C
935: A
936: D
937: B
938: E
939: D
940: E