Questões de Português - Grafia e Emprego de Iniciais Maiúsculas para Concurso
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Texto CB2A1-I
Ser mais humano em meio a um mundo cada vez mais digital — esse é o grande desafio das organizações para o ano de 2022 no Brasil e em todo o mundo. O equilíbrio entre home office e escritório, em um modelo híbrido de trabalho, deve ser a tendência para os próximos anos. E, no contexto da vida pós-pandemia, há desafios que os departamentos de recursos humanos (RH) vão enfrentar para manter uma relação saudável e positiva entre empresas e colaboradores e garantir, ainda, a produtividade do negócio. E no meio de tudo isso, a tecnologia mais uma vez surge como a viabilizadora de bons resultados.
O primeiro desafio do RH é demonstrar segurança em um mundo de incertezas. É fundamental que toda a comunicação da companhia com seus colaboradores seja feita de maneira clara, precisa e sem hesitação, para evitar dúvidas e ansiedades, transmitindo-se segurança às equipes de trabalho. Nesse sentido, uma plataforma digital workplace, a famosa intranet, é uma ferramenta indispensável para sustentar uma comunicação de fato eficiente.
Não há mais espaço para um modelo de trabalho independente e não colaborativo nas organizações, depois de quase dois anos de mudanças profundas nas relações de trabalho. Se o RH não dá as respostas certas no tempo certo, os gestores tendem a agir sozinhos em busca de soluções para seus desafios de atração e retenção de talentos. O resultado é uma desvalorização da área de recursos humanos, que é um dos pilares para a produtividade e sustentabilidade de qualquer empresa.
O suporte da tecnologia ganha um papel cada vez mais estratégico para apoiar a tomada de decisão, que precisa ser cada vez mais humanizada. Não se trata de usar a tecnologia para automatizar e otimizar processos em uma estrutura “robotizada”, mas de ampliar o uso de ferramentas que humanizem as relações a partir de dados mais ricos e informações mais completas e valiosas, para buscar o melhor tanto para os colaboradores quanto para a própria empresa.
Em 2022, o foco deve ser encontrar soluções que possam resolver os desafios da gestão de capital humano das organizações. Mesmo com toda a tecnologia existente, a ideia não é substituir pessoas, mas conferir-lhes poder para que suas tomadas de decisões sejam ainda melhores. É a tecnologia viabilizando relações mais humanas, precisas, por meio de dados reais, confiáveis. Esse é o caminho para o futuro. Robson Campos.
Internet: <www.abeinfobrasil.com.br>
Em relação a aspectos linguísticos do texto CB2A1-I, julgue o seguinte item.
Sem prejuízo da correção gramatical e da coerência do texto,
o primeiro e o segundo períodos do quarto parágrafo
poderiam ser unidos em um só período com o emprego da
expressão ou seja, entre vírgulas, após “humanizada”, desde
que feito o devido ajuste de maiúscula para minúscula na
palavra “Não”.
Assim como "enxaimel", utilizado no texto, assinale a
alternativa em que todos os vocábulos devem ser
escritos com X:
I – No décimo primeiro parágrafo, segundo período, o vocábulo infraestrutura foi grafado corretamente, sem o uso do hífen.
II – Tal qual o vocábulo infraestrutura, também é correta a grafia de antiinflamatório.
III – No décimo primeiro parágrafo, terceiro período, o vocábulo escassez, derivado do adjetivo escasso, foi corretamente grafado, com -z, a exemplo de frigidez (< frígido), palidez (< pálido), entre outros.
IV – O vocábulo Emgepron foi grafado corretamente com letra inicial maiúscula, pois se trata de nome próprio de empresa.
V – No primeiro parágrafo, segundo período, o vocábulo dezembro foi grafado incorretamente, pois os nomes dos meses, na língua portuguesa, devem ser escritos com inicial maiúscula.
Está correto apenas o que se afirma em
A verdadeira história do Papai Noel
O Papai Noel que conhecemos hoje, gordo e bonachão, barba branca, vestes vermelhas, é produto de um imemorial sincretismo1 de lendas pagãs e cristãs, a tal ponto que é impossível identificar uma fonte única para o mito. Sabe-se, porém, que sua aparência foi fixada e difundida para o mundo na segunda metade do século 19 por um famoso ilustrador e cartunista americano, Thomas Nast. Nas gravuras de Nast, o único traço que destoa significativamente do Noel de hoje é o longo cachimbo que o personagem dele fumava sem parar, algo que nossos tempos antitabagistas já não permitem ao bom velhinho.
O sucesso da representação pictórica feita por Nast não significa que ele possa reivindicar qualquer naco2 da paternidade da lenda, mas apenas que seu Santa Claus – o nome de Papai Noel em inglês – deixou no passado e nas enciclopédias de folclore a maior parte das variações regionais que a figura do distribuidor de presentes exibia, dos trajes verdes em muitos países europeus aos chifres de bode (!) em certas lendas nórdicas.
Antes de prevalecer a imagem atual, um fator de unificação desses personagens era a referência mais ou menos direta, quase sempre distorcida por crenças locais, a São Nicolau, personagem historicamente nebuloso que viveu entre os séculos 3 e 4 da era cristã e que gozou da fama de ser, além de milagreiro, especialmente generoso com os pobres e as crianças. É impreciso o momento em que o costume de presentear as crianças no dia de São Nicolau, 6 de dezembro, foi transferido para o Natal na maior parte dos países europeus, embora a data primitiva ainda seja observada por parte da população na Holanda e na Bélgica. Nascia assim o personagem do Père Noël (como o velhinho é chamado na França) ou Pai Natal (em Portugal) – o Brasil, como se vê, optou por uma tradução pela metade.
(Sérgio Rodrigues. Em: https://veja.abril.com.br. Adaptado)
1 sincretismo: combinação
2 naco: parte, pedaço
“A pobreza menstrual, como a situação ficou conhecida, chegou ao Senado por iniciativa popular. Vindas de mulheres.”
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, há erro referente à
Texto CG1A1-I
Começarei por vos contar em brevíssimas palavras um fato notável da vida camponesa ocorrido numa aldeia dos arredores de Florença há mais de quatrocentos anos. Permito-me pedir toda a vossa atenção para este importante acontecimento histórico porque, ao contrário do que é corrente, a lição moral extraível do episódio não terá de esperar o fim do relato, saltar-vos-á ao rosto não tarda.
Estavam os habitantes nas suas casas ou a trabalhar nos cultivos quando se ouviu soar o sino da igreja. O sino ainda tocou por alguns minutos mais, finalmente calou-se. Instantes depois a porta abria-se e um camponês aparecia no limiar. Ora, não sendo este o homem encarregado de tocar habitualmente o sino, compreende-se que os vizinhos lhe tenham perguntado onde se encontrava o sineiro e quem era o morto. “O sineiro não está aqui, eu é que toquei o sino”, foi a resposta do camponês. “Mas então não morreu ninguém?”, tornaram os vizinhos, e o camponês respondeu: “Ninguém que tivesse nome e figura de gente, toquei a finados pela Justiça porque a Justiça está morta”.
Que acontecera? Acontecera que o ganancioso senhor do lugar andava desde há tempos a mudar de sítio os marcos das estremas das suas terras. O lesado tinha começado por protestar e reclamar, depois implorou compaixão, e finalmente resolveu queixar-se às autoridades e acolher-se à proteção da justiça. Tudo sem resultado, a espoliação continuou. Então, desesperado, decidiu anunciar a morte da Justiça. Não sei o que sucedeu depois, não sei se o braço popular foi ajudar o camponês a repor as estremas nos seus sítios, ou se os vizinhos, uma vez que a Justiça havia sido declarada defunta, regressaram resignados, de cabeça baixa e alma sucumbida, à triste vida de todos os dias.
Suponho ter sido esta a única vez que, em qualquer parte do mundo, um sino chorou a morte da Justiça. Nunca mais tornou a ouvir-se aquele fúnebre dobre da aldeia de Florença, mas a Justiça continuou e continua a morrer todos os dias. Agora mesmo, neste instante, longe ou aqui ao lado, à porta da nossa casa, alguém a está matando. De cada vez que morre, é como se afinal nunca tivesse existido para aqueles que nela tinham confiado, para aqueles que dela esperavam o que da Justiça todos temos o direito de esperar: justiça, simplesmente justiça. Não a que se envolve em túnicas de teatro e nos confunde com flores de vã retórica judicialista, não a que permitiu que lhe vendassem os olhos e viciassem os pesos da balança, não a da espada que sempre corta mais para um lado que para o outro, mas uma justiça pedestre, uma justiça companheira cotidiana dos homens, uma justiça para quem o justo seria o mais rigoroso sinônimo do ético, uma justiça que chegasse a ser tão indispensável à felicidade do espírito como indispensável à vida é o alimento do corpo. Uma justiça exercida pelos tribunais, sem dúvida, sempre que a isso os determinasse a lei, mas também, e sobretudo, uma justiça que fosse a emanação espontânea da própria sociedade em ação, uma justiça em que se manifestasse, como um iniludível imperativo moral, o respeito pelo direito a ser que a cada ser humano assiste.
José Saramago. Este mundo da injustiça globalizada.
Internet:<dominiopublico.gov.br>
Leia o texto abaixo e responda as questões 1 a 4.
Gol descalço. Você consegue imaginar que, em uma partida de futebol de um campeonato tão importante como a Copa do Mundo, um jogador fez um gol descalço? Não? Pois acredite: isso aconteceu de verdade! Foi na Copa do Mundo de 1938. O Brasil jogava contra a Polônia debaixo de forte temporal, quando de repente o jogador brasileiro Leônidas Silva perdeu uma de suas chuteiras e, com o pé descalço, fez um golaço! Atualmente, esse gol certamente seria anulado, mas na época foi aceito.
(autor desconhecido. www.misturadealegria.blogspot.com.br)
(autor desconhecido. www.misturadealegria.blogspot.com.br)
Leia as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta, em relação ao texto:
I. Leônidas, Brasil e Polônia são nomes que devem ser iniciados com letra maiúscula. II. Na expressão forte temporal, a palavra “forte” é qualidade do substantivo “temporal”. III. O ponto de exclamação ( ! ), na terceira linha, expressa espanto e admiração. IV. Descalço e golaço são ações, verbos.
Estão corretas as afirmativas:
Texto 1 para responder à questão.
Acerca dos aspectos gramaticais e dos sentidos do texto apresentado, julgue o item.
Seria gramaticalmente correto e adequado aos sentidos
do texto colocar entre aspas o trecho “para nós você não
escreve tão bonito” (linha 29) e iniciá-lo com letra
maiúscula.
A questão desta prova se relaciona a fatos da cultura popular brasileira; o texto foi particularmente aproveitado para questão de compreensão e interpretação de texto e para a verificação da competência de escrita culta em nossa língua.
Texto 4 – A Quadrilha
“A quadrilha, também conhecida como quadrilha junina, quadrilha caipira ou quadrilha matuta é um estilo de dança folclórica coletiva típica das festas juninas brasileiras. Que acontecem, geralmente, nos meses de Junho e Julho em todas as regiões do Brasil, principalmente no Nordeste. Por isso, as apresentações de quadrilha fazem referências a cultura nordestina, por exemplo, a caracterização do homem do campo, do caipira ou do matuto.
No entanto, a quadrilha é de origem francesa. Dessa forma, a ‘quadrille’ surgiu em Paris, no século XVIII. Ademais, era uma dança de salão composta por quatro casais, no entanto, era uma dança da elite europeia. Antes de chegar à França, a dança pertencia aos ingleses, onde era conhecida como ‘contredanse’, cuja origem vinha dos camponeses no século XIII. Depois, se difundiu por toda Europa.
Em suma, foi trazida ao Brasil, para a cidade do Rio de Janeiro
durante o período da Regência, em 1830, logo, se popularizando
em todo o país.” (Segredos do Mundo, 01/04/2021. Adaptado)
Leia a frase abaixo e assinale a alternativa INCORRETA.
O sertanejo é, antes de tudo, um forte. Não tem o raquitismo dos mestiços neurastênicos do litoral. A sua aparência, entretanto, ao primeiro lance de vista revela o contrário. Falta-lhe a plástica impecável, o desempeno, a estrutura corretíssima das organizações atléticas.
(Euclides da Cunha. “Os Sertões”. Editora Nova
Cultural. 2003, p.77.)
( ) Em “...sem contar milhares de seguidores dos formandos...”, a palavra “milhares” é um numeral masculino que está indicando a quantidade exata que é correspondente a dez centenas ou mil unidades. ( ) Em “A sessão solene presidida...”, a palavra “sessão” é um exemplo de palavra homônima, que tem como significados “partes de obra literária e de artigo científico, repartições públicas, setores de instituições privadas, subdivisões de um estabelecimento comercial, entre outros.”. ( ) Em “...em seus perfis pessoais.”, a palavra, no singular, é “perfil”, portanto um substantivo masculino terminado em il, cujo plural se faz mudando o “l” em “s”.
Assinale a alternativa com a sequência correta: