Questões de Concurso
Sobre interpretação de textos em português
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Assinale a frase que se apoia em uma intimidação.
Nenhum ser humano é 100% mau e nenhum ser humano é 100% bom.
Sobre a estruturação do texto, assinale a afirmativa correta.
A coesão se refere às ferramentas gramaticais e lexicais que ligam frases e parágrafos, como conectores, pronomes, advérbios e elipses. Por exemplo, em "João comprou um carro novo. Ele está muito satisfeito com a compra", o pronome "Ele" substitui "João", criando uma ligação coesa. A coerência, por outro lado, refere-se à clareza e lógica das ideias, assegurando que elas sejam bem organizadas e sigam uma progressão natural. Um texto coerente sobre a importância da educação poderia iniciar abordando os benefícios individuais, seguir discutindo os impactos sociais e concluir com exemplos de sucesso.
Um texto pode ser considerado coeso e consistente mesmo sem o uso de pronomes ou conjunções, desde que as palavras sejam escolhidas corretamente. Assim, frases como "O cachorro latiu. O gato correu. A porta estava aberta." são suficientes para um texto bem estruturado, pois a repetição dos substantivos evita confusões. Portanto, a coesão e a coerência são secundárias na construção textual.
A concordância verbal e nominal pode variar, dependendo do estilo do escritor. Por exemplo, é correto dizer "O menino inteligente passou na prova" porque a ênfase está na inteligência do menino, não no número. Da mesma forma, a construção "As menina estudam muito" é aceitável em certos contextos, nos quais a simplicidade da frase é mais importante do que a concordância gramatical. Essas variações mostram que a flexibilidade na concordância é uma característica da língua portuguesa moderna.
Fim do Livro?
Arlindo Machado
No prefácio à obra clássica de Henry-Jean Martin (1992:14) sobre a história do livro, o historiador Lucien Febvre vislumbrara um possível desaparecimento desse instrumento tido como dos mais fundamentais na construção das civilizações modernas. "Não temos certeza de que o livro possa ainda por muito tempo continuar a desempenhar seu papel, ameaçado como está por tantas invenções baseadas em princípios totalmente diferentes''.
Para o ilustre historiador, o livro, "que começou sua carreira na metade do século XV", parece hoje resumir-se a um acontecimento datado: depois de ter contribuído para a revolução do mundo moderno, ele encontra-se agora constrangido a justificar o seu papel numa sociedade governada pela velocidade, numa sociedade em que as informações circulam segundo a temporalidade própria das ondas eletromagnéticas e das redes de fibras ópticas.
O modo de produção do livro é lento demais para um mundo que sofre mutações vertiginosas a cada minuto. Os atrativos do livro empalidecem diante do turbilhão de possibilidades aberto pelos meios audiovisuais, enquanto sua estrutura e funcionalidade padecem de uma rigidez cadavérica quando comparadas com os recursos informatizados, interativos e multimidiáticos das escrituras eletrônicas.
Como se tudo não bastasse, os custos de produção do livro impresso crescem agora em progressão geométrica (e não apenas no Brasil), chegando mesmo a ultrapassar os custos de muitos dos novos meios, mesmo dos mais sofisticados. Ora, como se sabe, a ampla difusão a preços baixos foi a principal responsável pelo sucesso da imprensa como forma de circulação de ideias a partir do Renascimento. Caso se intensifique a tendência de encarecimento progressivo e de eficácia regressiva, é de se supor que, dentro de mais algum tempo, o livro de papel será um artigo de luxo, vendido em antiquários e lojas de porcelanas para uma seleta clientela de resistentes nostálgicos.
Se o livro vai morrer ou não, essa é uma discussão restrita apenas aos círculos de filólogos, pois, no fundo, tudo é uma questão de definir o que estamos chamando de livro. O homem continuará, de qualquer maneira, a inventar dispositivos para dar permanência, consistência e alcance ao seu pensamento e às invenções de sua imaginação. E tudo fará também para que esses dispositivos sejam adequados ao seu tempo. A sabedoria, como dizia Brecht, continuará sempre passando de boca em boca, mas nada impede que estendamos um microfone às bocas que falam, para lhes dar maior alcance.
(https://www.scielo.br/j/ea/a/TGCqQnq7sScKqsfC54tcDjp/, com adaptações)
Fim do Livro?
Arlindo Machado
No prefácio à obra clássica de Henry-Jean Martin (1992:14) sobre a história do livro, o historiador Lucien Febvre vislumbrara um possível desaparecimento desse instrumento tido como dos mais fundamentais na construção das civilizações modernas. "Não temos certeza de que o livro possa ainda por muito tempo continuar a desempenhar seu papel, ameaçado como está por tantas invenções baseadas em princípios totalmente diferentes''.
Para o ilustre historiador, o livro, "que começou sua carreira na metade do século XV", parece hoje resumir-se a um acontecimento datado: depois de ter contribuído para a revolução do mundo moderno, ele encontra-se agora constrangido a justificar o seu papel numa sociedade governada pela velocidade, numa sociedade em que as informações circulam segundo a temporalidade própria das ondas eletromagnéticas e das redes de fibras ópticas.
O modo de produção do livro é lento demais para um mundo que sofre mutações vertiginosas a cada minuto. Os atrativos do livro empalidecem diante do turbilhão de possibilidades aberto pelos meios audiovisuais, enquanto sua estrutura e funcionalidade padecem de uma rigidez cadavérica quando comparadas com os recursos informatizados, interativos e multimidiáticos das escrituras eletrônicas.
Como se tudo não bastasse, os custos de produção do livro impresso crescem agora em progressão geométrica (e não apenas no Brasil), chegando mesmo a ultrapassar os custos de muitos dos novos meios, mesmo dos mais sofisticados. Ora, como se sabe, a ampla difusão a preços baixos foi a principal responsável pelo sucesso da imprensa como forma de circulação de ideias a partir do Renascimento. Caso se intensifique a tendência de encarecimento progressivo e de eficácia regressiva, é de se supor que, dentro de mais algum tempo, o livro de papel será um artigo de luxo, vendido em antiquários e lojas de porcelanas para uma seleta clientela de resistentes nostálgicos.
Se o livro vai morrer ou não, essa é uma discussão restrita apenas aos círculos de filólogos, pois, no fundo, tudo é uma questão de definir o que estamos chamando de livro. O homem continuará, de qualquer maneira, a inventar dispositivos para dar permanência, consistência e alcance ao seu pensamento e às invenções de sua imaginação. E tudo fará também para que esses dispositivos sejam adequados ao seu tempo. A sabedoria, como dizia Brecht, continuará sempre passando de boca em boca, mas nada impede que estendamos um microfone às bocas que falam, para lhes dar maior alcance.
(https://www.scielo.br/j/ea/a/TGCqQnq7sScKqsfC54tcDjp/, com adaptações)
Fim do Livro?
Arlindo Machado
No prefácio à obra clássica de Henry-Jean Martin (1992:14) sobre a história do livro, o historiador Lucien Febvre vislumbrara um possível desaparecimento desse instrumento tido como dos mais fundamentais na construção das civilizações modernas. "Não temos certeza de que o livro possa ainda por muito tempo continuar a desempenhar seu papel, ameaçado como está por tantas invenções baseadas em princípios totalmente diferentes''.
Para o ilustre historiador, o livro, "que começou sua carreira na metade do século XV", parece hoje resumir-se a um acontecimento datado: depois de ter contribuído para a revolução do mundo moderno, ele encontra-se agora constrangido a justificar o seu papel numa sociedade governada pela velocidade, numa sociedade em que as informações circulam segundo a temporalidade própria das ondas eletromagnéticas e das redes de fibras ópticas.
O modo de produção do livro é lento demais para um mundo que sofre mutações vertiginosas a cada minuto. Os atrativos do livro empalidecem diante do turbilhão de possibilidades aberto pelos meios audiovisuais, enquanto sua estrutura e funcionalidade padecem de uma rigidez cadavérica quando comparadas com os recursos informatizados, interativos e multimidiáticos das escrituras eletrônicas.
Como se tudo não bastasse, os custos de produção do livro impresso crescem agora em progressão geométrica (e não apenas no Brasil), chegando mesmo a ultrapassar os custos de muitos dos novos meios, mesmo dos mais sofisticados. Ora, como se sabe, a ampla difusão a preços baixos foi a principal responsável pelo sucesso da imprensa como forma de circulação de ideias a partir do Renascimento. Caso se intensifique a tendência de encarecimento progressivo e de eficácia regressiva, é de se supor que, dentro de mais algum tempo, o livro de papel será um artigo de luxo, vendido em antiquários e lojas de porcelanas para uma seleta clientela de resistentes nostálgicos.
Se o livro vai morrer ou não, essa é uma discussão restrita apenas aos círculos de filólogos, pois, no fundo, tudo é uma questão de definir o que estamos chamando de livro. O homem continuará, de qualquer maneira, a inventar dispositivos para dar permanência, consistência e alcance ao seu pensamento e às invenções de sua imaginação. E tudo fará também para que esses dispositivos sejam adequados ao seu tempo. A sabedoria, como dizia Brecht, continuará sempre passando de boca em boca, mas nada impede que estendamos um microfone às bocas que falam, para lhes dar maior alcance.
(https://www.scielo.br/j/ea/a/TGCqQnq7sScKqsfC54tcDjp/, com adaptações)
Para fazer uma boa dissertação é necessário conhecer bem sobre o assunto tratado e ter habilidade com a Língua Portuguesa, principalmente na utilização de palavras que deixem o texto com sentido ou com boa organização semântica.
As elipses são recursos gramaticais empregados com o intuito de acrescentar informações adicionais e tornar o texto mais elaborado, especialmente em contextos formais da língua portuguesa.
A metonímia é uma figura de linguagem que opera por meio da substituição de um termo por outro termo intimamente relacionado, geralmente por proximidade de significado ou associação contextual, contribuindo para a expressividade e a economia linguística nos textos.
As frases interrogativas são usadas para obter informações, confirmar entendimento ou iniciar uma interação verbal direcionada ao receptor da mensagem. Essas frases podem ser formadas por meio de mudanças na estrutura sintática, como inversão sujeito-verbo ou uso de palavras interrogativas, como "quem", "o quê", "como", "quando", "onde" e "por quê".
As metáforas são figuras de linguagem que estabelecem uma relação simbólica entre dois termos, atribuindo características de um objeto ou ideia a outro de maneira não literal, ampliando a expressividade e a profundidade semântica dos textos por meio de associações evocativas e sugestivas.
A narração, enquanto gênero textual, transcende fronteiras culturais e históricas, adaptando-se a diversas formas artísticas e tecnológicas, como evidenciado pela popularidade contínua de narrativas em diferentes mídias, desde livros e cinema até jogos digitais e realidade virtual.
As frases declarativas representam uma categoria sintática fundamental que se caracteriza pela expressão objetiva de informações assertivas ou descritivas, constituindo uma forma linguística universal que reflete a capacidade humana de comunicar pensamentos e percepções de maneira direta e inequívoca.
A carta argumentativa é um gênero textual intricado que combina estratégias retóricas sofisticadas com o propósito de persuadir o destinatário, utilizando argumentos embasados em evidências, raciocínio lógico e apelo emocional.
Os textos narrativos, ao adotarem uma estrutura linear aparentemente convencional, ocultam camadas de experimentação narrativa sutilmente integradas, desafiando as expectativas do leitor em relação à forma e à progressão da história.
Na oração "o vento sussurra nas folhas" temos um exemplo de personificação, que em língua portuguesa consiste na atribuição de características humanas a objetos inanimados, animais ou fenômenos naturais, criando uma identidade antropomórfica que enriquece a narrativa com elementos ficcionais.