Questões de Concurso
Sobre interpretação de textos em português
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Assinale a opção em que isso foi feito de forma adequada.
A forma de fazer isso que não está corretamente indicada, é:
Assinale a opção em que esse novo termo é intensificador do anterior.
O gerente da loja pegou o cartaz feito pela empresa de publicidade contratada e o colocou na entrada da loja.
A promessa de preços mais baixos deveria atrair clientes, promessa essa ajudada pelas belas imagens das camisas.
Sobre esse ato, assinale a afirmativa inadequada.

Sobre o cartaz acima, assinale a afirmativa correta.
I – Tipos textuais – realizações linguísticas concretas definidas por propriedades sociocomunicativas.
II – Gêneros textuais – constituem textos empiricamente realizados cumprindo funções em situações comunicativas.
III – Tipos textuais – designações teóricas dos tipos: narração, argumentação, descrição, injunção e exposição.
IV – Gêneros textuais – sua nomeação abrange um conjunto aberto e praticamente ilimitado de designações concretas determinadas pelo canal, estilo, conteúdo, composição e função.
É falso o que se afirma em:
I – Função referencial – oportuniza a reflexão sobre a própria linguagem.
II – Função emotiva – influencia os indivíduos.
III – Função poética – explicita emoções.
IV - Função fática – expressa sentimentos por meio do significado do texto, bem como, das formas das palavras.
É falso o que se afirma em:
Leia o texto a seguir para responder à questão.
A tarde a multidão
Todos estão tristes às 4h25 da tarde, na avenida Nossa Senhora de Copacabana. São muitas pessoas e todos os rostos são apreensivos. É como se houvesse uma causa comum, essencial, anterior. Todos caminham amargurados às 4h25 da tarde, na avenida Nossa Senhora de Copacabana.
Por quê, se não vai chover e se o mar não vai transbordar? Por que esse ar de todos, tão aflito, de quem não se sabe achar?
Tempos atrás, passei pela avenida Nossa Senhora de Copacabana, todos eram felizes. O amargurado era eu. Hoje, na multidão, não tenho mais que dois problemas. Dói-me a botina nova, no pé esquerdo, e vou comprar um ferro elétrico. Quanto à botina, bastará descalçá-la quando chegar em casa. E sentir a dor passando, que é um prazer muito maior que o de nunca ter tido dor nenhuma. Mas, o ferro elétrico? E o ferro elétrico? Como é que se compra um ferro elétrico?
Pergunta-me o homem do balcão:
— Como é que o senhor quer o ferro elétrico?
Hesito e respondo, na medida do possível:
— Um que seja bem elétrico.
Sim, porque se vou comprar um ferro elétrico, quanto mais elétrico for, melhor. Se fosse comprar um quadro-negro, tinha que ser o mais negro de todos.
Volto à rua e as pessoas estão ainda mais aflitas às 5h15 da tarde, na avenida Nossa Senhora de Copacabana. A tarde vã, desperdiçada, no rosto de cada semelhante. Como se cada um tivesse uma coisa sem remédio na parte alta da cavidade torácica. Uma angústia, uma falta de ar, malgrado a tarde estival.
Falta de exercício respiratório. Nada mais que isso. O homem se desentende consigo mesmo porque se esquece de respirar. É preciso aspirar, no mínimo, quatro litros de oxigênio em cada tomada de ar. O homem de hoje não respira, ofega. Como os cachorros. E isto altera o equilíbrio moral de cada um.
Aflige-me o pobre olhar das multidões. Por nada. Não há culpa ou causa comum. Cada qual carrega o seu deserto, seu calvário particular, porque na angústia, no fundo da grande angústia, há uma cômoda preguiça, um estágio de lânguido torpor como o do ópio. Não há nada a fazer pelas pessoas da tarde, na avenida Nossa Senhora de Copacabana.
MARIA, A. A tarde e a multidão. In: TAUIL, G. (Org.) Vento vadio: as crônicas de Antônio Maria, 2021, p. 122-123.
Leia o texto a seguir para responder à questão.
A tarde a multidão
Todos estão tristes às 4h25 da tarde, na avenida Nossa Senhora de Copacabana. São muitas pessoas e todos os rostos são apreensivos. É como se houvesse uma causa comum, essencial, anterior. Todos caminham amargurados às 4h25 da tarde, na avenida Nossa Senhora de Copacabana.
Por quê, se não vai chover e se o mar não vai transbordar? Por que esse ar de todos, tão aflito, de quem não se sabe achar?
Tempos atrás, passei pela avenida Nossa Senhora de Copacabana, todos eram felizes. O amargurado era eu. Hoje, na multidão, não tenho mais que dois problemas. Dói-me a botina nova, no pé esquerdo, e vou comprar um ferro elétrico. Quanto à botina, bastará descalçá-la quando chegar em casa. E sentir a dor passando, que é um prazer muito maior que o de nunca ter tido dor nenhuma. Mas, o ferro elétrico? E o ferro elétrico? Como é que se compra um ferro elétrico?
Pergunta-me o homem do balcão:
— Como é que o senhor quer o ferro elétrico?
Hesito e respondo, na medida do possível:
— Um que seja bem elétrico.
Sim, porque se vou comprar um ferro elétrico, quanto mais elétrico for, melhor. Se fosse comprar um quadro-negro, tinha que ser o mais negro de todos.
Volto à rua e as pessoas estão ainda mais aflitas às 5h15 da tarde, na avenida Nossa Senhora de Copacabana. A tarde vã, desperdiçada, no rosto de cada semelhante. Como se cada um tivesse uma coisa sem remédio na parte alta da cavidade torácica. Uma angústia, uma falta de ar, malgrado a tarde estival.
Falta de exercício respiratório. Nada mais que isso. O homem se desentende consigo mesmo porque se esquece de respirar. É preciso aspirar, no mínimo, quatro litros de oxigênio em cada tomada de ar. O homem de hoje não respira, ofega. Como os cachorros. E isto altera o equilíbrio moral de cada um.
Aflige-me o pobre olhar das multidões. Por nada. Não há culpa ou causa comum. Cada qual carrega o seu deserto, seu calvário particular, porque na angústia, no fundo da grande angústia, há uma cômoda preguiça, um estágio de lânguido torpor como o do ópio. Não há nada a fazer pelas pessoas da tarde, na avenida Nossa Senhora de Copacabana.
MARIA, A. A tarde e a multidão. In: TAUIL, G. (Org.) Vento vadio: as crônicas de Antônio Maria, 2021, p. 122-123.
Leia o texto a seguir para responder à questão.
A tarde a multidão
Todos estão tristes às 4h25 da tarde, na avenida Nossa Senhora de Copacabana. São muitas pessoas e todos os rostos são apreensivos. É como se houvesse uma causa comum, essencial, anterior. Todos caminham amargurados às 4h25 da tarde, na avenida Nossa Senhora de Copacabana.
Por quê, se não vai chover e se o mar não vai transbordar? Por que esse ar de todos, tão aflito, de quem não se sabe achar?
Tempos atrás, passei pela avenida Nossa Senhora de Copacabana, todos eram felizes. O amargurado era eu. Hoje, na multidão, não tenho mais que dois problemas. Dói-me a botina nova, no pé esquerdo, e vou comprar um ferro elétrico. Quanto à botina, bastará descalçá-la quando chegar em casa. E sentir a dor passando, que é um prazer muito maior que o de nunca ter tido dor nenhuma. Mas, o ferro elétrico? E o ferro elétrico? Como é que se compra um ferro elétrico?
Pergunta-me o homem do balcão:
— Como é que o senhor quer o ferro elétrico?
Hesito e respondo, na medida do possível:
— Um que seja bem elétrico.
Sim, porque se vou comprar um ferro elétrico, quanto mais elétrico for, melhor. Se fosse comprar um quadro-negro, tinha que ser o mais negro de todos.
Volto à rua e as pessoas estão ainda mais aflitas às 5h15 da tarde, na avenida Nossa Senhora de Copacabana. A tarde vã, desperdiçada, no rosto de cada semelhante. Como se cada um tivesse uma coisa sem remédio na parte alta da cavidade torácica. Uma angústia, uma falta de ar, malgrado a tarde estival.
Falta de exercício respiratório. Nada mais que isso. O homem se desentende consigo mesmo porque se esquece de respirar. É preciso aspirar, no mínimo, quatro litros de oxigênio em cada tomada de ar. O homem de hoje não respira, ofega. Como os cachorros. E isto altera o equilíbrio moral de cada um.
Aflige-me o pobre olhar das multidões. Por nada. Não há culpa ou causa comum. Cada qual carrega o seu deserto, seu calvário particular, porque na angústia, no fundo da grande angústia, há uma cômoda preguiça, um estágio de lânguido torpor como o do ópio. Não há nada a fazer pelas pessoas da tarde, na avenida Nossa Senhora de Copacabana.
MARIA, A. A tarde e a multidão. In: TAUIL, G. (Org.) Vento vadio: as crônicas de Antônio Maria, 2021, p. 122-123.
Leia o texto a seguir para responder à questão.
A tarde a multidão
Todos estão tristes às 4h25 da tarde, na avenida Nossa Senhora de Copacabana. São muitas pessoas e todos os rostos são apreensivos. É como se houvesse uma causa comum, essencial, anterior. Todos caminham amargurados às 4h25 da tarde, na avenida Nossa Senhora de Copacabana.
Por quê, se não vai chover e se o mar não vai transbordar? Por que esse ar de todos, tão aflito, de quem não se sabe achar?
Tempos atrás, passei pela avenida Nossa Senhora de Copacabana, todos eram felizes. O amargurado era eu. Hoje, na multidão, não tenho mais que dois problemas. Dói-me a botina nova, no pé esquerdo, e vou comprar um ferro elétrico. Quanto à botina, bastará descalçá-la quando chegar em casa. E sentir a dor passando, que é um prazer muito maior que o de nunca ter tido dor nenhuma. Mas, o ferro elétrico? E o ferro elétrico? Como é que se compra um ferro elétrico?
Pergunta-me o homem do balcão:
— Como é que o senhor quer o ferro elétrico?
Hesito e respondo, na medida do possível:
— Um que seja bem elétrico.
Sim, porque se vou comprar um ferro elétrico, quanto mais elétrico for, melhor. Se fosse comprar um quadro-negro, tinha que ser o mais negro de todos.
Volto à rua e as pessoas estão ainda mais aflitas às 5h15 da tarde, na avenida Nossa Senhora de Copacabana. A tarde vã, desperdiçada, no rosto de cada semelhante. Como se cada um tivesse uma coisa sem remédio na parte alta da cavidade torácica. Uma angústia, uma falta de ar, malgrado a tarde estival.
Falta de exercício respiratório. Nada mais que isso. O homem se desentende consigo mesmo porque se esquece de respirar. É preciso aspirar, no mínimo, quatro litros de oxigênio em cada tomada de ar. O homem de hoje não respira, ofega. Como os cachorros. E isto altera o equilíbrio moral de cada um.
Aflige-me o pobre olhar das multidões. Por nada. Não há culpa ou causa comum. Cada qual carrega o seu deserto, seu calvário particular, porque na angústia, no fundo da grande angústia, há uma cômoda preguiça, um estágio de lânguido torpor como o do ópio. Não há nada a fazer pelas pessoas da tarde, na avenida Nossa Senhora de Copacabana.
MARIA, A. A tarde e a multidão. In: TAUIL, G. (Org.) Vento vadio: as crônicas de Antônio Maria, 2021, p. 122-123.
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.
(Disponível em: https://www.brasildefato.com.br/artes/2024/01/25/aqui-jaz-a-justica. Acesso em 10 nov. 2024.)
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.
(Disponível em: https://www.brasildefato.com.br/artes/2024/01/25/aqui-jaz-a-justica. Acesso em 10 nov. 2024.)