Questões de Concurso Comentadas sobre morfologia em português

Foram encontradas 14.025 questões

Q3073377 Português
Preencha corretamente os itens abaixo e, a seguir, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:

I – Maria tem horror ____ escorpião. II – Todos aspiramos ____ sucesso. III – Domingo assistimos ____ jogo juntos. 
Alternativas
Q3073376 Português
Todas as palavras são formadas pelo mesmo processo, exceto: 
Alternativas
Q3073297 Português
Considere a crônica a seguir, de autoria de Clarice Lispector, para responder à questão.


Insônia infeliz e feliz 

        De repente os olhos bem abertos. E a escuridão toda escura. Deve ser noite alta. Acendo a luz da cabeceira e para o meu desespero são duas horas da noite. E a cabeça clara e lúcida. Ainda arranjarei alguém igual a quem eu possa telefonar às duas da noite e que não me maldiga. Quem? Quem sofre de insônia? E as horas não passam.
        Saio da cama, tomo café. E ainda por cima com um desses horríveis substitutos do açúcar porque Dr. José Carlos Cabral de Almeida, dietista, acha que preciso perder os quatro quilos que aumentei com a superalimentação depois do incêndio. E o que se passa na luz acesa da sala? Pensa-se uma escuridão clara. Não, não se pensa. Sente-se. Sente-se uma coisa que só tem um nome: solidão.
        Ler? Jamais. Escrever? Jamais. Passa-se um tempo, olha-se o relógio, quem sabe são cinco horas. Nem quatro chegaram. Quem estará acordado agora? E nem posso pedir que me telefonem no meio da noite pois posso estar dormindo e não perdoar. Tomar uma pílula para dormir?
        Mas e o vício que nos espreita? Ninguém me perdoaria o vício. Então fico sentada na sala, sentindo. Sentindo o quê? O nada. E o telefone à mão. Mas quantas vezes a insônia é um dom. De repente acordar no meio da noite e ter essa coisa rara: solidão. Quase nenhum ruído. Só o das ondas do mar batendo na praia. E tomo café com gosto, toda sozinha no mundo. Ninguém me interrompe o nada. É um nada a um tempo vazio e rico. E o telefone mudo, sem aquele toque súbito que sobressalta.
        Depois vai amanhecendo. As nuvens se clareando sob um sol às vezes pálido como uma lua, às vezes de fogo puro. Vou ao terraço e sou talvez a primeira do dia a ver a espuma branca do mar. O mar é meu, o sol é meu, a terra é minha. E sinto-me feliz por nada, por tudo. Até que, como o sol subindo, a casa vai acordando e há o reencontro com meus filhos sonolentos.

(“Insônia infeliz e feliz”, por Clarice Lispector, com adaptações)
Na parte final do texto, a autora se refere ao “reencontro com meus filhos sonolentos”. Com relação à palavra “reencontro”, assinale a alternativa que apresenta o processo por meio do qual ela é formada. 
Alternativas
Q3073225 Português
Assinale a frase que contém o maior número de palavras formadas por derivação. 
Alternativas
Q3072908 Português
No que se refere ao feminino dos substantivos, assinale a alternativa incorreta:
Alternativas
Q3072791 Português
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas dos itens abaixo:

I – Que tal assistirmos ____ filme? II – Chegamos ____ local indicado no GPS. III – João tem horror ____ rato. 
Alternativas
Q3072789 Português
Assinale a palavra que é formada pelo processo de derivação regressiva: 
Alternativas
Q3072717 Português
Congresso Internacional do Medo
(Carlos Drummond de Andrade)


Provisoriamente não cantaremos o amor,
que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.
Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,
não cantaremos o ódio, porque este não existe,
existe apenas o medo, nosso pai e nosso
companheiro,
o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos,
o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das
igrejas,
cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos
democratas,
cantaremos o medo da morte e o medo de depois da
morte.
Depois morreremos de medo
e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e
medrosas.
Assinale a alternativa que NÃO há presença de numeral: 
Alternativas
Q3072411 Português
Na frase “O avião veio do Rio de Janeiro.” temos uma preposição de: 
Alternativas
Q3072327 Português
No que tange à flexão dos substantivos, assinale a alternativa incorreta:
Alternativas
Q3071564 Português
Educação financeira: o exemplo que deve ser
oferecido desde cedo


Por Paulo Melo



A educação financeira é um tema cada vez mais presente na realidade e currículo das escolas e considerado fundamental para ser trabalhado desde cedo com as crianças, para que elas cresçam sabendo desenvolver uma relação mais saudável com o dinheiro. Mas tão importante quanto trabalhar o tema dentro das escolas é conscientizar os pais para que esse seja um trabalho realizado em parceria com as famílias. Todo cidadão pode - e deve - desenvolver habilidades que melhorem sua qualidade de vida e a de seus familiares, a partir de atitudes comportamentais e de conhecimentos básicos sobre gestão de finanças pessoais. O que a educação financeira se propõe a fazer é amplificar esse trabalho de consciência nas pessoas, inclusive nas crianças.



Quando um indivíduo tem as finanças em ordem, ele toma decisões e enfrenta melhor as adversidades, como, por exemplo, o momento atual da pandemia. E isso ajuda não só na organização da vida financeira como também em aspectos pessoais e familiares. Nesse sentido, ao ensinar uma criança a lidar bem com o dinheiro desde pequena, quando adulta, ela terá maiores chances de aprender a administrar o seu salário, empreender e organizar a sua vida, sabendo comprar e poupar com consciência.



Consumidores bem-educados financeiramente demandam serviços e produtos adequados às suas necessidades, incentivam a competição e desempenham papel relevante no monitoramento do mercado, uma vez que exigem maior transparência das instituições financeiras e contribuem, dessa maneira, para a solidez e para a eficiência do sistema financeiro que tanto precisamos. Além disso, a qualidade das decisões financeiras dos indivíduos influencia toda a economia, por estar intimamente ligada a questões como os níveis de endividamento e de inadimplência das pessoas e a capacidade de investimento do país.



Por isso tudo, torna-se tão importante estabelecer, desde cedo, as bases para uma relação equilibrada com o dinheiro. E para que esse trabalho seja bem sucedido, a educação financeira deve ir ao encontro da realidade de cada indivíduo e de sua família, a importante aliada nesse aprendizado. Aprendemos muito com os acontecimentos da vida, por meio dos conhecimentos adquiridos e das experiências, assim como as ações e emoções exercem grande influência em nossas decisões financeiras. Somos dependentes de fatores fisiológicos - que podem ser alterados ou influenciados, dependendo das escolhas feitas - e de fatores psicológicos. Esses últimos são mais complexos, mostrando que a relação que os pais e familiares possuem com o dinheiro tem grande influência nas escolhas dos filhos. Se os pais se relacionam com o dinheiro de forma descontrolada e sem consciência, não podem cobrar que seus filhos sejam diferentes […]



[…] O principal objetivo de educar os filhos em relação ao dinheiro é levá-los a atingir maturidade financeira, ou seja, a capacidade de adiar desejos de agora em função de futuros benefícios. É da natureza humana querer obter satisfação imediata em todos os sentidos. A educação financeira para a criança deve ser um projeto permanente. Não existe idade certa para começar. A necessidade vai aparecer na vida de todos os pais no momento em que começam os famosos pedidos "compra isso, quero aquilo".




Disponível:https://www.paulomelo.blog.br/2021/10/o
piniao-educacao-financeira-o-exemplo.html, acesso
em: 05 de junho de 2024.
Leia a frase e responda a alternativa correta. "Por isso tudo, torna-se tão importante estabelecer, desde cedo, as bases para uma relação equilibrada com o dinheiro." Assim, é correto afirmar que a expressão em destaque é classificada como: 
Alternativas
Q3071358 Português
Poema Em Linha Reta
(Álvaro de Campos)

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em
tudo. E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco,
tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para
tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos
tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e
arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais
ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços
de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido
emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho
agachado,
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas
ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste
mundo. Toda a gente que eu conheço e que fala
comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe — todos eles príncipes —
na vida...Quem me dera ouvir de alguém a voz
humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que
uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos, Arre, estou farto de
semideuses!
Onde é que há gente no mundo? Então sou só eu que
é vil e errôneo nesta terra? Poderão as mulheres não
os terem amado,
Podem ter sido traídos — mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem
titubear?
Eu, que tenho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
Assinale a palavra que se forma pelo processo de derivação regressiva: 
Alternativas
Q3071053 Português
Prédios abandonados e pessoas em busca de moradia: as contradições no Centro de SP


O Centro de São Paulo é uma das regiões com a maior concentração de serviços na cidade. Além disso, também possui muitos prédios abandonados e procura por moradia - são cerca de 30 mil imóveis vazios. E 42 deles foram ocupados por movimentos de moradia popular.

As repórteres Clara Velasco e Mayara Teixeira mostram as contradições dessa região, em que ao mesmo tempo prédios seguem vazios, centenas de famílias moram em ocupações e cortiços da região, muitas vezes em condições insalubres. As famílias contam que sonham com a casa própria e com o momento em que mais iniciativas de moradia social vão tomar o Centro da cidade.

As repórteres conheceram um imóvel ocupado com 14 andares e banheiro coletivo. Jomarina Alves, líder da ocupação, conta que o prédio de salas comerciais estava vazio e foi ocupado por 102 famílias. Vitor Paiva tinha 5 anos quando se mudou para o prédio com a mãe e o irmão. Hoje ele tem 14. “Me mudei no meu aniversário. Eu gostei de mudar. Morava na Zona Leste e era complicado para minha mãe. A gente teve que vir para cá”, lembra.

Claudilene Santos, professora e comerciante, conta que a vida dela e da filha mudou para melhor quando foram para o Centro. “A gente morava na Zona Leste de São Paulo e ela estuda numa escola no Ipiranga, escola para deficiente visual. Era bem difícil. A gente tinha que sair de casa às 4h30 da manhã para embarcar no ônibus e ela chegar às 7h na escola”, conta. Perguntada sobre o que acha dos prédios vazios, Claudilene diz que é um desperdício.

Francineide da Silva, diarista desempregada, vive em um cortiço com os dois filhos há quatro anos. O espaço tem um quarto e uma cozinha. “Aqui a gente não tem conforto nenhum, mesmo sendo em três pessoas”, mostra. Ela conta que antes pagava R$ 250, mas hoje não paga mais nada.

Ano passado, ela e outras moradoras do cortiço ocuparam o terreno em frente, antes de virar um estacionamento. “Ele estava abandonado e ninguém ficava lá. Como o pessoal não tinha como pagar aqui, nós fomos para lá”. Depois de um tempo, ela e outras famílias voltaram para o cortiço.


EM: https://g1.globo.com/profissaoreporter/noticia/2021/06/09/predios-abandonados-e-pessoasem-busca-de-moradia-as-contradicoes-no-centro-de-sp.ghtml
A palavra desempregada é formada pelo processo de derivação:
Alternativas
Q3071052 Português
Prédios abandonados e pessoas em busca de moradia: as contradições no Centro de SP


O Centro de São Paulo é uma das regiões com a maior concentração de serviços na cidade. Além disso, também possui muitos prédios abandonados e procura por moradia - são cerca de 30 mil imóveis vazios. E 42 deles foram ocupados por movimentos de moradia popular.

As repórteres Clara Velasco e Mayara Teixeira mostram as contradições dessa região, em que ao mesmo tempo prédios seguem vazios, centenas de famílias moram em ocupações e cortiços da região, muitas vezes em condições insalubres. As famílias contam que sonham com a casa própria e com o momento em que mais iniciativas de moradia social vão tomar o Centro da cidade.

As repórteres conheceram um imóvel ocupado com 14 andares e banheiro coletivo. Jomarina Alves, líder da ocupação, conta que o prédio de salas comerciais estava vazio e foi ocupado por 102 famílias. Vitor Paiva tinha 5 anos quando se mudou para o prédio com a mãe e o irmão. Hoje ele tem 14. “Me mudei no meu aniversário. Eu gostei de mudar. Morava na Zona Leste e era complicado para minha mãe. A gente teve que vir para cá”, lembra.

Claudilene Santos, professora e comerciante, conta que a vida dela e da filha mudou para melhor quando foram para o Centro. “A gente morava na Zona Leste de São Paulo e ela estuda numa escola no Ipiranga, escola para deficiente visual. Era bem difícil. A gente tinha que sair de casa às 4h30 da manhã para embarcar no ônibus e ela chegar às 7h na escola”, conta. Perguntada sobre o que acha dos prédios vazios, Claudilene diz que é um desperdício.

Francineide da Silva, diarista desempregada, vive em um cortiço com os dois filhos há quatro anos. O espaço tem um quarto e uma cozinha. “Aqui a gente não tem conforto nenhum, mesmo sendo em três pessoas”, mostra. Ela conta que antes pagava R$ 250, mas hoje não paga mais nada.

Ano passado, ela e outras moradoras do cortiço ocuparam o terreno em frente, antes de virar um estacionamento. “Ele estava abandonado e ninguém ficava lá. Como o pessoal não tinha como pagar aqui, nós fomos para lá”. Depois de um tempo, ela e outras famílias voltaram para o cortiço.


EM: https://g1.globo.com/profissaoreporter/noticia/2021/06/09/predios-abandonados-e-pessoasem-busca-de-moradia-as-contradicoes-no-centro-de-sp.ghtml
O prefixo da palavra insalubre possui valor semântico de:
Alternativas
Q3071026 Português
Assinale a alternativa que seja considerada um exemplo de preposição. 
Alternativas
Q3071025 Português
Como é chamada a classe de palavras responsável por nomear as coisas, podendo ser dividido em comum ou próprio, primitivo ou derivado, simples ou composto, abstrato ou concreto? 
Alternativas
Q3070477 Português
Assinale a frase que mostra um vocábulo substantivado.
Alternativas
Q3070476 Português
A frase em que o advérbio formado com o sufixo -mente mostra uma classificação diferente da de advérbio de modo, é:
Alternativas
Q3070469 Português
As frases a seguir apresentam uma forma de diminutivo; assinale a frase em que o valor do diminutivo é diferente do das demais. 
Alternativas
Q3069896 Português
Seríamos vítimas da Matrix? As redes sociais e a nossa saúde mental


Ainda que seja muito complicado – e talvez controverso – produzir uma comprovação científica que evidencie a correlação entre a popularização das redes sociais e o aumento do sofrimento psíquico, as observações clínicas que apontam nesse sentido são abundantes e permitem que essa correlação seja presumida. No divã, são cada vez mais frequentes as queixas em relação à autoimagem, às dificuldades de socialização, ou direcionadas à infinita impotência das idealizações (de corpo, de consumo, de estilo de vida…) vendidas nas redes sociais, frente aos acachapantes impactos de uma realidade cada vez mais dura e precária para muita gente.


E não para por aí. Além de sofrimentos como esses, é possível observar outro efeito grave, sutil e profundamente nocivo: o esfacelamento do domínio da linguagem. Enquanto as redes sociais se especializam na comunicação imagética, através do compartilhamento massivo de fotos e vídeos – cada vez mais curtos, diga-se de passagem –, é possível observar o aumento da dificuldade de expressão verbal e nomeação dos fenômenos do nosso mundo interno, sobretudo entre jovens.


A capacidade de nomear o que acontece em nossa vida emocional é uma habilidade na busca por sentido naquilo que acontece em nossa vida. Com o empobrecimento da linguagem e da nossa capacidade de nomeação do que se passa ao nosso redor e em nosso mundo interno, perdemos ferramentas poderosas que nos auxiliam no árduo trabalho de compreensão da realidade, assim como de elaboração e ressignificação dos nossos afetos e sofrimentos.


Matrix, o clássico do cinema lançado no fim da década de 1990, retrata um universo em que não éramos nós, seres humanos, que utilizávamos as máquinas para facilitar a nossa vida, mas o contrário, eram elas que faziam de nós objetos de uso para o desenvolvimento de um mundo onde apenas elas prosperavam. A trama propõe um domínio das máquinas e o aprisionamento das nossas mentes em um simulacro da realidade. Hoje, com a popularização das redes sociais e o surgimento de uma nova geração de inteligência artificial, começam a pulular os temores de que as fronteiras das nossas mentes estariam realmente em risco.


Talvez reine um medo que a ficção científica dos filmes e livros tenham plantado em nosso imaginário. Ou talvez o avanço desses dispositivos e sistemas tenha evidenciado um antigo alerta freudiano: o de que o entendimento do ser humano está sempre atrasado, acontece sempre a posteriori.


Seguindo tal raciocínio, o esquecimento do alerta de Freud pode nos ter levado a negligenciar o devido cuidado com os rumos que damos no uso e à aplicação das novas tecnologias.


Precisamos assumir o protagonismo no debate sobre como queremos que as redes sociais e as inteligências artificiais sejam construídas. Não podemos permitir que o debate sobre o desenvolvimento das tecnologias desconsidere os impactos sobre as novas subjetividades, sobretudo quando já temos o entendimento de que, até aqui, o mundo digital tem contribuído ativamente no surgimento de uma nova humanidade, mais vulnerável e psicologicamente mais sofrida.


Não precisamos seguir nesse rumo. Ao contrário, podemos deixar de lado o terror da Matrix e utilizar uma outra metáfora para pensar sobre o assunto. Uma metáfora onde a tecnologia é bem-vinda: humanidade e as máquinas já são duas espécies distintas que se juntaram e se adaptaram para sobreviver. É importante percebermos que as máquinas já utilizam, há tempos, os seres humanos para a sua evolução. Não que estejam vivas, ou que tenham se tornado conscientes do processo. Longe disso. Nós é que estamos inconscientes demais.


E, quase que sem nos darmos conta, já estamos servindo de apoio para o desenvolvimento das máquinas e algoritmos. Eles evoluem muito mais por tudo o que tem sido negligenciado, por tudo aquilo que fica no campo do não dito, que fica inconsciente em nossa sanha de progresso a todo custo. Mas não temos motivos para crer que os robôs nos substituirão em uma disputa pela dominação global. Há uma mutualidade aí: as máquinas dependem de nós para a sua evolução, e nós dependemos delas para a nossa sobrevivência. O que está em jogo é como cuidaremos dos efeitos dessa nova espécie que surge a partir da união de duas entidades distintas.


(Francisco Nogueira. Disponível em: https://saude.abril.com.br/. Acesso em: julho de 2024. Adaptado.)
Em relação à morfologia, as palavras são divididas em classes. Assinale a alternativa cuja palavra sublinhada apresenta a classe indicada adequadamente.
Alternativas
Respostas
181: B
182: C
183: D
184: C
185: D
186: B
187: D
188: C
189: A
190: D
191: A
192: D
193: B
194: D
195: B
196: D
197: A
198: D
199: B
200: D