Questões de Português - Morfologia para Concurso
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Julgue o item a seguir.
Os termos “dúzia”, “dezena” e “grosa” podem ser
considerados numerais coletivos, os quais representam,
respectivamente, 12, 10 e 144 unidades de alguma coisa.
Julgue o item a seguir.
Em “O pensamento do homem era deixar aquela sala” e
“A presença da lua deixava a cena mais poética”, a
substituição das locuções adjetivas “do homem” e “da
lua” pelos adjetivos “humano” e “lunar” manteria a
correção gramatical e o sentido das sentenças.
Julgue o item a seguir.
Em “A uberização do trabalho consiste em um fenômeno
recente de modelo de trabalho”, o termo “uberização”,
além de ser uma sufixação e um hibridismo, constitui um
neologismo.
Julgue o item a seguir.
Nas sentenças: “Certamente, choveu, porque o quintal
está molhado” e “O quintal está molhado porque choveu”,
a conjunção PORQUE, bem como as orações que ela
introduz, têm valor semântico e classificação sintática
diferentes.
Julgue o item a seguir.
Em “Hoje, calmamente, ele abriu a porta e deixou-se estar
ali”, há três advérbios.
Julgue o item a seguir.
Em “Ela não é uma cirurgiã qualquer, é A cirurgiã!”, o
artigo definido em destaque com letra maiúscula
apresenta valor qualificativo, dando ideia de notoriedade.
Julgue o item a seguir.
As formas “Corpanzil”, “Copázio”, “Mãozorra” e “Povaréu”
são, respectivamente, aumentativos dos substantivos
“corpo”, “copo”, “mão” e “povo”.
Julgue o item que se segue.
Em “Choveu que alagou tudo”, “Acho que não podemos” e
“Tenho que tentar”, “que” apresenta função de,
respectivamente, conjunção adverbial, conjunção
integrante e preposição.
Julgue o item subsequente.
Em “Choveu que alagou tudo”, “Acho que não podemos” e
“Tenho que tentar”, “que” apresenta função de,
respectivamente, conjunção adverbial, conjunção
integrante e preposição.
Texto 1
Gestão social
É possível compreender a gestão social como aquela exercida por coletivos para coletivos. Ela, portanto, difere da gestão empresarial, por não possuir um caráter competitivo e concorrencial, conforme é conhecida no mundo capitalista empresarial. Ela difere da gestão pública por não ter natureza burocrática, centrada em regras, normas leis e tratados. A gestão social tem ênfase nas relações entre sujeitos autônomos, com propósitos não individualistas e voltados para a gestão de organizações solidárias. Ela envolve temas de interesse público, sempre baseada em relações de decisões tomadas por meio do diálogo, e na participação entre sujeitos que devem se considerar iguais. Trata-se, portanto, de uma gestão dialógica, conforme pontua o professor Fernando Tenório.
A gestão social tem sido objeto de práticas associadas a arranjos da sociedade civil, com viés comunitário, podendo incluir, ainda, o monitoramento e avaliação de políticas públicas em colegiados. Ela é pautada, por exemplo, pelo combate à pobreza, promoção da sustentabilidade e do meio ambiente, trabalhos voluntários e ações associativas com diversas finalidades, a exemplo de grupos de produção solidária e de geração de renda como aqueles que se enquadram na chamada economia solidária.
Há, ainda, um conjunto de organizações privadas com interesse público, com ações de saúde, esporte, educação, cultura, lazer. Nesse ponto, é possível identificar um braço socioassistencial não governamental. É não governamental porque são organizações criadas por coletivos de pessoas privadas, que resolveram se associar para realizar ações de interesse público. Há, também, um viés de resistência, de embate público protagonizado, por exemplo, por associações que buscam a garantia de direitos, sindicatos, organizações ambientalistas.
É possível afirmar também que é no chamado terceiro setor que tal ambiente organizacional se realiza. Mas, lembrando que há um lado dócil, mas, também, outro combativo, em que há posicionamentos políticos. Por isso, gestão social não pode ser reduzida a uma noção de docilidade. Ela é um espaço privilegiado de interação social e de busca de ações solidárias.
Disponível em: https://ccsa.ufrn.br/portal/?p=12516. Acesso em 02 de nov. 2023 (adaptado)
I. Em: “Há, ainda, um conjunto de organizações privadas com interesse público, com ações de saúde, esporte, educação, cultura, lazer”, apesar de ser um advérbio de inclusão “ainda” está denotando sentido de tempo.
II. Em: “Por isso, gestão social não pode ser reduzida a uma noção de docilidade.”, a locução conjuntiva “por isso” introduz uma explicação para as informações apresentadas anteriormente, no mesmo parágrafo em que essa locução está.
Marque a alternativa correta:
Texto - “Negócio de Ocasião”.
(por Fernando Sabino)
Quando mandou colocar mármore no chão de seu apartamento, o vizinho de baixo veio reclamar: oito horas da manhã os operários começavam a quebrar mármore mesmo em cima de sua cabeça. Durma-se com um barulho desses!
– Está bem – concordou ele, acalmando o vizinho: - Vou
mandar começar mais tarde.
Mandou que os operários só começassem a trabalhar a partir das nove horas. Dois dias depois tornava o vizinho:
– Assim não é possível. Já reclamei, o senhor prometeu, e o barulho continua! – Mas é só por uns dias – argumentou ele: - o senhor vai ter paciência ...
E mandou que os trabalhos só se iniciassem a partir das dez horas. Com isso, pensava haver contentado o vizinho. Para surpresa sua, todavia, o homem voltou ainda para protestar, e desta vez furibundo, armado de revólver:
– Ou o senhor para com esse barulho ou faço um estrago louco.
Olhou espantado para a arma e, cordato, convidou-o a entrar:
– Não precisa se exaltar, que diabo. Vamos resolver a coisa como gente civilizada. Eu disse que era só por uns dias... Se o senhor quiser que eu pare, eu paro. Cuidado com esse negócio, costuma disparar. Qual é o calibre?
– Trinta e dois.
– Prefiro trinta e oito. Mas esse parece ser muito bom...
Que marca?
– Smith-Wesson.
– Ah! Então deve ser muito bom. Cabo de madrepérola... Quanto o senhor pagou por ele?
– Cinco mil cruzeiros.
– Não foi caro. Sempre tive vontade de ter um revólver desses. Quem sabe o senhor me venderia?
– Não vim aqui para vender revólver – explodiu o outro – mas para te avisar que esse barulho...
– Não haverá mais barulho, esteja tranquilo. Agora, quanto ao revólver... Quer vender?
– O senhor está brincando...
Não estou não: pela vida de minha mãezinha. Quer saber de uma coisa? Dou dez mil por ele. Sempre tive vontade... Vamos, aceite! Dez mil, pago na hora. O homem começou a titubear. Olhou o revólver, pensativo: dez mil era um bom preço. Já pensava mesmo em vendê-lo... Olhou o dono da casa, tornou a olhar o revólver:
– Toma, é seu – decidiu-se.
Antes de entrar na posse da arma, o comprador
foi lá dentro, trouxe dez abobrinhas e estendeu-as ao
vizinho. Depois, empurrou o revólver e chegou-lhe aos
peitos:
– Bem, agora ponha-se daqui pra fora. E fique sabendo que eu faço o barulho que quiser e quando quiser, entendeu? Venha aqui outra vez reclamar e vai ver quem é que acaba fazendo um estrago louco.
Fernando Sabino. A Mulher do Vizinho. 2ª.ed. RJ, Ed do Autor, 1962 p.186.
“A operação saída para este longo final de semana, que começa com o dia de Nossa Senhora de Aparecida, e a coincidência com a festa de ontem à noite provocaram um grande colapso circulatório no Rio de Janeiro durante toda a tarde, de modo que as principais vias de saída da cidade não puderam suportar os mais de quinhentos mil automóveis que se previa que sairiam, e o caos durou até as primeiras horas da madrugada.”
Esse pequeno texto mostra um conjunto de problemas de escritura; o problema identificado abaixo que NÃO ocorre nesse texto, é: