Questões de Concurso Comentadas sobre morfologia em português

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Q2170374 Português
Leia o texto para responder a questão.

Baseado em fatos reais
Por Mentor Neto

Eu deveria ter uns cinco anos.
Assistia uma dessas séries japonesas dos anos 70, na TV preto e branco na casa dos meus avôs.
Ultraman, talvez, mas não tenho certeza.
A certa altura, um monstro gigantesco se aproxima de uma cidade que para um adulto seria evidentemente uma maquete, mas para uma criança era tão real quanto o bairro vizinho.
Meu coração batia forte, daquele jeito que arregala os olhos e entreabre a boca.
Um monstro emerge do oceano e entra pelo porto.
Afunda navios com petelecos e joga longe os contêineres como se fossem caixas de fósforos.
A criatura caminha inabalável em direção ao centro da cidade que eu jurava que estava a umas poucas quadras da minha casa.
Pisa numa ponte e faz os carros voarem em todas as direções.
Ato contínuo, o episódio é interrompido pelo logo da emissora.
Edição Extraordinária.
O apresentador, em tom sombrio, informa – por uma dessas coincidências impossíveis – que uma ponte havia acabado de desabar.
Pense no efeito dessa notícia nesta pobre criança.
Era a prova que eu precisava de que o monstro estava a ponto de destruir minha existência.
Fiz o que qualquer Super-homem faria: desliguei a TV e me enfiei debaixo do sofá, que como todos sabem, é o único refúgio seguro em caso de cataclisma global.
Mas não foi dessa vez.
Cresci e o trauma deve ter ficado em algum canto do cérebro.
Talvez por isso nunca gostei de histórias distópicas, essas tipo Jogos Vorazes, ou mesmo as sagas dos heróis da Marvel.
Prefiro realidade à fantasia.
No máximo uma comediazinha romântica com Tom Hanks.
Mas os fantasmas do passado sempre voltam.
E esse ano, quem diria, meu Godzila voltou.
Da noite para o dia viramos figurantes em uma dessas sagas pós-apocalípticas, tipo Zombieland, onde a salvação só aparece nas últimas cenas.
Em nossa Gothan City não há Batman para nossos vilões.
Ao invés de um lagarto gigante, um vírus letal, como em Os 12 Macacos.
Ainda não me acostumei a sair nas ruas e ver tantos mascarados, como se fossem ladrões de banco em um western.
As cidades viraram cenários de Blade Runner.
A quarentena e a distância social, tão importantes, fazem lembrar os filmes da segunda guerra, Pearl Harbor com suas sirenes alertando sobre um ataque aéreo iminente.
No nosso caso, a tragédia é tão constante, nos noticiários, nas contagens de mortos, que nem são necessárias sirenes para nos recolhermos a nossos bunkers domésticos.
E nossa (su)realidade vai mais longe.
Como no Anjo Exterminador de Buñuel, estamos aprisionados a lideranças políticas que não poderiam ser criadas pelo mais criativo roteirista.
Nosso Poderoso Chefão nega a Ciência, nega as evidências com frequência diária.
Como em Ensaio Sobre Cegueira, deixamos de enxergar.
Viramos uns Mad Max tentando sobreviver ao Apocalipse.
E quando achamos que talvez o pior tenha passado, repetindo o clichê dos filmes em que o vilão ressuscita na cena final, voltam a circular notícias alertando que os casos de covid-19 começam a crescer novamente.
Esse vírus é um Twister, um Tsunami devastador, com direito a primeira e a segunda onda.
Na semana passada, a ultraviolência saiu da tela de Laranja Mecânica e revelou um assassinato ao vivo, nos celulares e jornais de TV.
Da noite para o dia viramos figurantes em uma dessas sagas pós-apocalípticas, tipo Zombieland.
Vimos e repetimos o vídeo.
Os socos.
Os gritos.
A violência corriqueira não abala como antes.
Vírus e violência parecem não relacionados.
Mas suspeito que no roteiro do nosso destino não existam coincidências.
Estamos apáticos e complacentes.
Tudo está relacionado, como costurado por Hitchcock.
As máscaras são nossa Janela Indiscreta.
Revelam nossas lágrimas e ocultam nossos sorrisos.
Disponível em https://istoe.com.br/baseado-em-fatos-reais/
Analise: “Da noite para o dia viramos figurantes em uma dessas sagas pós-apocalípticas, tipo Zombieland, onde a salvação só aparece nas últimas cenas.” E assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q2169494 Português
Considere o conto de Carlos Drummond de Andrade, para responder à questão.

A beleza total

        A beleza de Gertrudes fascinava todo mundo e a própria Gertrudes. Os espelhos pasmavam diante de seu rosto, recusando-se a refletir as pessoas da casa e muito menos as visitas. Não ousavam abranger o corpo inteiro de Gertrudes. Era impossível, de tão belo, e o espelho do banheiro, que se atreveu a isto, partiu-se em mil estilhaços.

            A moça já não podia sair à rua, pois os veículos paravam à revelia dos condutores, e estes, por sua vez, perdiam toda a capacidade de ação. Houve um engarrafamento monstro, que durou uma semana, embora Gertrudes houvesse voltado logo para casa.

            O Senado aprovou lei de emergência, proibindo Gertrudes de chegar à janela. A moça vivia confinada num salão em que só penetrava sua mãe, pois o mordomo se suicidara com uma foto de Gertrudes sobre o peito.

             Gertrudes não podia fazer nada. Nascera assim, este era o seu destino fatal: a extrema beleza. E era feliz, sabendo-se incomparável. Por falta de ar puro, acabou sem condições de vida, e um dia cerrou os olhos para sempre. Sua beleza saiu do corpo e ficou pairando, imortal. O corpo já então enfezado de Gertrudes foi recolhido ao jazigo, e a beleza de Gertrudes continuou cintilando no salão fechado a sete chaves.

(ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos plausíveis. São Paulo: Companhia das Letras, 2012)
O termo que qualifica o substantivo, conferindo a ele ideia de inexorabilidade, compõe a seguinte expressão:
Alternativas
Q2169408 Português
   O consumo de bebidas alcoólicas é estimulado e romantizado na nossa sociedade, a ponto do mesmo ser frequentemente associado na mídia à juventude, beleza, bem-estar, sucesso pessoal e sexo.
  Não é incomum assistir, em pleno horário nobre televisivo, a propagandas de cerveja recheadas de erotismo, com mulheres jovens, bonitas e com pouca roupa. Não é à toa, portanto, que o álcool é a droga recreativa mais popular no Brasil.
  O consumo de cerveja, aguardente, vinho e uísque faz parte do contexto cultural do país, sendo frequentemente incorporado a eventos, reuniões sociais e festas (umas bebidas mais que as outras, dependendo da classe social).
   Na nossa sociedade, o consumo de bebida alcoólica não só é aceito como também é frequentemente estimulado e glamourizado. O problema é a consequência desse costume.
    O álcool é uma droga que, se consumida em excesso, pode provocar inúmeros problemas de saúde física e psicológica. Em vez de trazer o bem-estar e sucesso sugeridos pela publicidade, o álcool pode destruir famílias e vidas profissionais. Poucos sabem desta estatística, mas 1 a cada 3 homens que consomem bebidas alcoólicas o faz excessivamente.

(Fonte: MDSaúde - adaptado.)
Assinalar a alternativa que apresenta o tipo de conjunção sublinhada no trecho abaixo:
“Não é à toa, portanto, que o álcool é a droga recreativa mais popular no Brasil.” 
Alternativas
Q2169287 Português
Sobre as formas plurais dos substantivos, analisar os itens abaixo:
I. Anães. II. Alemãos. III. Açúcares. IV. Corações.
Estão CORRETOS:
Alternativas
Q2169282 Português
Considerando-se o grau aumentativo das palavras abaixo, numerar a 2ª coluna de acordo com a 1ª e, após, assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
(1) Cão (animal). (2) Cara (face).
(_) Canzarrão. (_) Carão. (_) Canaz. 
Alternativas
Q2169229 Português
Leia o texto a seguir para responder à questão.

Avanço da inteligência artificial abre debate sobre riscos da tecnologia
Descobertas preocupam empresas e governos, geram forte reação da sociedade e levam pesquisadores a buscar novas formas de controle.
Por Alessandro Giannini – Publicado em 7 abr 2023.

O bioquímico e escritor de ficção científica russo-americano Isaac Asimov (1920-1992) foi responsável por antecipar e popularizar, em meados do século XX, o conceito de inteligência artificial – IA na literatura. Influenciado pela emergente corrida espacial e pela ebulição tecnológica de seu tempo, Asimov explorou temas como moralidade, ética e as consequências da inovação para a humanidade. No livro Eu, Robô, lançado em 1950, ele reúne nove contos que mostram a evolução dos autômatos ao longo do tempo. Os enredos se passam em um mundo no qual uma série de regras, chamadas “Três Leis da Robótica”, protegem os seres humanos das máquinas. Visionário, Asimov anteviu em sua obra os temores expressos na carta divulgada há alguns dias pelo Future of Life Institute, organização que busca reduzir o risco de grandes tecnologias para a humanidade. Com milhares de assinaturas, a missiva pede aos laboratórios de pesquisa que parem imediatamente o desenvolvimento dos modelos de inteligência artificial – IA, que estariam se tornando perigosamente ativos na realização de tarefas mais complexas. “Esses sistemas só devem progredir quando estivermos confiantes de que seus efeitos serão positivos e seus riscos, gerenciáveis”, adverte o texto.

Subscrito por nomes insuspeitos do mundo digital, como Elon Musk, dono da Tesla e do Twitter, e Steve Wozniak, um dos fundadores da Apple, o documento se tornou um grande sinal de alerta. Entre os riscos descritos na mensagem estão a disseminação de propaganda falsa e desinformação, a potencial obsolescência humana e a perda do controle da civilização. Além do caráter alarmista, surpreende o fato de personagens cuja trajetória está diretamente ligada à inovação — Musk e Wozniak em especial — desejarem deter o avanço tecnológico. Se eles estão apreensivos com o desabrochar da inteligência artificial, imagina-se que algo realmente danoso possa nos atingir.

O temor tem crescido em intensidade e levou a reações em série de governos, empresas e organismos sociais. Na Europa, a Itália bloqueou o funcionamento do ChatGPT, aplicativo criado pela OpenAI que simula conversação humana. Segundo os italianos, o app viola a lei local de dados pessoais. França e Alemanha estão considerando seguir os mesmos passos do país vizinho. Na semana passada, o presidente americano Joe Biden se reuniu com seu conselho de consultores em ciência e tecnologia para debater os “riscos e oportunidades” envolvidos no campo da IA, agora aquecido pela competição aguerrida de conglomerados como as americanas Microsoft e Google e as chinesas Baidu e Tencent, entre outros gigantes. Uma das propostas na mesa seria regulamentar o setor. “A questão é que grupos relativamente pequenos, com recursos limitados, podem avançar a pesquisa nessas áreas”, disse a VEJA o brasileiro Marcelo Gleiser, físico, astrônomo e professor da Dartmouth College, nos EUA. “Portanto, a regulamentação torna-se muito complexa. Quem poderá garantir que as leis serão seguidas?”

A perspectiva histórica enriquece o debate. Quando se analisam com atenção as inovações do passado — as máquinas a vapor, a internet ou o sequenciamento de genomas, é importante observar que elas, especialmente em seu período de afirmação, foram alvo de questionamentos e consideradas perigosas para a humanidade. Contudo, todas se comportaram como o mito da Caixa de Pandora: uma vez aberta, seu conteúdo não pode mais ser contido. A mesma lógica vale para a inteligência artificial? Provavelmente, sim.

[...] Duvidar do potencial das novas tecnologias é típico do espírito humano. Em 1943, o então presidente da IBM, Thomas Watson, disse algo que se tornou risível com o passar dos anos: “Eu acredito que há mercado para talvez cinco computadores”. Em 1946, Darryl Zanuck, fundador do estúdio 20th Century Fox, declarou que “a televisão não vai conseguir se segurar no mercado por mais de seis meses”.

É fácil criticar o passado com os olhos do presente. Mais difícil talvez seja compreender o potencial disruptivo de uma tecnologia e dimensionar seus riscos. Não são poucos os perigos associados à inteligência artificial. Entre os mais marcantes estão a concentração de poder nas mãos de poucas empresas, o desaparecimento de empregos pela automação de atividades, a disseminação descontrolada de ataques cibernéticos e o desenvolvimento de armas autônomas. [...] Mas há um aspecto vital que não pode ser ignorado: o econômico. O mercado de IA está avaliado em 142,3 bilhões de dólares e continua a avançar impulsionado pelo fluxo crescente dos investimentos que recebe. [...] Muitos cientistas, empresários e empreendedores argumentam que os benefícios da tecnologia superam os riscos embutidos nela. O bilionário e filantropo Bill Gates está entre os que pensam dessa maneira. Gates reconheceu e listou avanços gerados pela inteligência artificial que podem ser conquistados em campos como bem-estar social, educação e meio ambiente. Ao mesmo tempo, faz uma importante ponderação. Segundo ele, é imperativo garantir que todos — e não apenas os ricos — desfrutem da nova tecnologia.

Em linhas gerais, existem quatro níveis básicos de inteligência artificial. A primeira, a “fraca”, está associada a tarefas como trancar a porta do carro. No segundo patamar, chamado de “geral”, ela é aplicável a atividades automatizadas que quase não precisam de supervisão humana, como linhas de produção ou a gestão de lavouras. A terceira vertente, denominada “superinteligência artificial”, é usada em máquinas capazes de tomar decisões rápidas de forma quase autônoma, como os carros sem motorista. Recentemente, surgiu a “generativa”, capaz de criar textos, imagens, códigos de programação, vídeos ou qualquer outra linguagem natural, a partir de sistemas de aprendizado de máquina e grandes modelos de linguagem (LLM, na sigla em inglês). O aplicativo “aprende” a partir de buscas em bancos de dados abertos e também analisando os estímulos (“prompts”) alimentados pelos usuários.

Sucesso desde que foi lançado, no fim do ano passado, o ChatGPT conquistou corações e mentes ao responder a estímulos escritos dos usuários como se fosse uma pessoa real. A despeito dos tropeços iniciais, o chatbot, como é chamada a ferramenta criada pela empresa americana OpenAI, ganhou tração popular e atraiu a atenção da Microsoft. [...] É importante reconhecer que esses modelos de linguagem não são perfeitos e têm limitações, como produzir respostas incorretas e sem sentido, além de possíveis vieses.

Mais ou menos ao mesmo tempo, surgiram os geradores de imagens como DALL-E (também da OpenAI), Midjourney e Stable Diffusion, que produzem cenas realistas a partir de definições propostas pelos usuários. Os resultados são tão impressionantes que uma fotografia falsa do papa Francisco vestindo um sobretudo de tecido sintético acolchoado enganou até veículos especializados em moda. Imagens do ex-presidente americano Donald Trump sendo preso em Nova York e do presidente francês Emmanuel Macron atacando manifestantes em Paris rodaram a internet. [...] “Só há uma solução”, disse a VEJA o eng. de robótica israelense Hod Lipson, professor da Universidade Columbia e estudioso do assunto. “Você sempre pode gerar outra inteligência artificial para distinguir o real e o falso.”

A despeito da evolução das tecnologias associadas à inteligência artificial, é consenso entre especialistas e pesquisadores que a natureza humana e sua integridade devem prevalecer. Criador do conceito de realidade virtual e ferrenho crítico das redes sociais, o cientista da computação americano Jaron Lanier declarou recentemente, em tom jocoso, que o maior perigo desses aplicativos não é seu potencial destrutivo, mas a possibilidade de que “nos deixem loucos”. Também signatário da carta que defende um freio de arrumação na inteligência artificial, o historiador e escritor israelense Yuval Noah Harari afirma que avançar na sofisticação dos computadores “pode servir apenas para fortalecer a estupidez natural dos humanos”. As possibilidades são infinitas e, de fato, algumas são assustadoras. Mas a verdade é que a inteligência artificial já está entre nós — e esse é um movimento irreversível.

Adaptado https://veja.abril.com.br/tecnologia/avanco-da-inteligencia-artificial-abredebate-sobre-riscos-da-tecnologia
O segundo parágrafo apresenta a seguinte afirmação:
Se eles estão apreensivos com o desabrochar da inteligência artificial, imagina-se que algo realmente danoso possa nos atingir.”
A respeito das palavras sublinhadas nessa frase pode-se afirmar que
Alternativas
Q2169225 Português
Leia o texto a seguir para responder à questão.

Avanço da inteligência artificial abre debate sobre riscos da tecnologia
Descobertas preocupam empresas e governos, geram forte reação da sociedade e levam pesquisadores a buscar novas formas de controle.
Por Alessandro Giannini – Publicado em 7 abr 2023.

O bioquímico e escritor de ficção científica russo-americano Isaac Asimov (1920-1992) foi responsável por antecipar e popularizar, em meados do século XX, o conceito de inteligência artificial – IA na literatura. Influenciado pela emergente corrida espacial e pela ebulição tecnológica de seu tempo, Asimov explorou temas como moralidade, ética e as consequências da inovação para a humanidade. No livro Eu, Robô, lançado em 1950, ele reúne nove contos que mostram a evolução dos autômatos ao longo do tempo. Os enredos se passam em um mundo no qual uma série de regras, chamadas “Três Leis da Robótica”, protegem os seres humanos das máquinas. Visionário, Asimov anteviu em sua obra os temores expressos na carta divulgada há alguns dias pelo Future of Life Institute, organização que busca reduzir o risco de grandes tecnologias para a humanidade. Com milhares de assinaturas, a missiva pede aos laboratórios de pesquisa que parem imediatamente o desenvolvimento dos modelos de inteligência artificial – IA, que estariam se tornando perigosamente ativos na realização de tarefas mais complexas. “Esses sistemas só devem progredir quando estivermos confiantes de que seus efeitos serão positivos e seus riscos, gerenciáveis”, adverte o texto.

Subscrito por nomes insuspeitos do mundo digital, como Elon Musk, dono da Tesla e do Twitter, e Steve Wozniak, um dos fundadores da Apple, o documento se tornou um grande sinal de alerta. Entre os riscos descritos na mensagem estão a disseminação de propaganda falsa e desinformação, a potencial obsolescência humana e a perda do controle da civilização. Além do caráter alarmista, surpreende o fato de personagens cuja trajetória está diretamente ligada à inovação — Musk e Wozniak em especial — desejarem deter o avanço tecnológico. Se eles estão apreensivos com o desabrochar da inteligência artificial, imagina-se que algo realmente danoso possa nos atingir.

O temor tem crescido em intensidade e levou a reações em série de governos, empresas e organismos sociais. Na Europa, a Itália bloqueou o funcionamento do ChatGPT, aplicativo criado pela OpenAI que simula conversação humana. Segundo os italianos, o app viola a lei local de dados pessoais. França e Alemanha estão considerando seguir os mesmos passos do país vizinho. Na semana passada, o presidente americano Joe Biden se reuniu com seu conselho de consultores em ciência e tecnologia para debater os “riscos e oportunidades” envolvidos no campo da IA, agora aquecido pela competição aguerrida de conglomerados como as americanas Microsoft e Google e as chinesas Baidu e Tencent, entre outros gigantes. Uma das propostas na mesa seria regulamentar o setor. “A questão é que grupos relativamente pequenos, com recursos limitados, podem avançar a pesquisa nessas áreas”, disse a VEJA o brasileiro Marcelo Gleiser, físico, astrônomo e professor da Dartmouth College, nos EUA. “Portanto, a regulamentação torna-se muito complexa. Quem poderá garantir que as leis serão seguidas?”

A perspectiva histórica enriquece o debate. Quando se analisam com atenção as inovações do passado — as máquinas a vapor, a internet ou o sequenciamento de genomas, é importante observar que elas, especialmente em seu período de afirmação, foram alvo de questionamentos e consideradas perigosas para a humanidade. Contudo, todas se comportaram como o mito da Caixa de Pandora: uma vez aberta, seu conteúdo não pode mais ser contido. A mesma lógica vale para a inteligência artificial? Provavelmente, sim.

[...] Duvidar do potencial das novas tecnologias é típico do espírito humano. Em 1943, o então presidente da IBM, Thomas Watson, disse algo que se tornou risível com o passar dos anos: “Eu acredito que há mercado para talvez cinco computadores”. Em 1946, Darryl Zanuck, fundador do estúdio 20th Century Fox, declarou que “a televisão não vai conseguir se segurar no mercado por mais de seis meses”.

É fácil criticar o passado com os olhos do presente. Mais difícil talvez seja compreender o potencial disruptivo de uma tecnologia e dimensionar seus riscos. Não são poucos os perigos associados à inteligência artificial. Entre os mais marcantes estão a concentração de poder nas mãos de poucas empresas, o desaparecimento de empregos pela automação de atividades, a disseminação descontrolada de ataques cibernéticos e o desenvolvimento de armas autônomas. [...] Mas há um aspecto vital que não pode ser ignorado: o econômico. O mercado de IA está avaliado em 142,3 bilhões de dólares e continua a avançar impulsionado pelo fluxo crescente dos investimentos que recebe. [...] Muitos cientistas, empresários e empreendedores argumentam que os benefícios da tecnologia superam os riscos embutidos nela. O bilionário e filantropo Bill Gates está entre os que pensam dessa maneira. Gates reconheceu e listou avanços gerados pela inteligência artificial que podem ser conquistados em campos como bem-estar social, educação e meio ambiente. Ao mesmo tempo, faz uma importante ponderação. Segundo ele, é imperativo garantir que todos — e não apenas os ricos — desfrutem da nova tecnologia.

Em linhas gerais, existem quatro níveis básicos de inteligência artificial. A primeira, a “fraca”, está associada a tarefas como trancar a porta do carro. No segundo patamar, chamado de “geral”, ela é aplicável a atividades automatizadas que quase não precisam de supervisão humana, como linhas de produção ou a gestão de lavouras. A terceira vertente, denominada “superinteligência artificial”, é usada em máquinas capazes de tomar decisões rápidas de forma quase autônoma, como os carros sem motorista. Recentemente, surgiu a “generativa”, capaz de criar textos, imagens, códigos de programação, vídeos ou qualquer outra linguagem natural, a partir de sistemas de aprendizado de máquina e grandes modelos de linguagem (LLM, na sigla em inglês). O aplicativo “aprende” a partir de buscas em bancos de dados abertos e também analisando os estímulos (“prompts”) alimentados pelos usuários.

Sucesso desde que foi lançado, no fim do ano passado, o ChatGPT conquistou corações e mentes ao responder a estímulos escritos dos usuários como se fosse uma pessoa real. A despeito dos tropeços iniciais, o chatbot, como é chamada a ferramenta criada pela empresa americana OpenAI, ganhou tração popular e atraiu a atenção da Microsoft. [...] É importante reconhecer que esses modelos de linguagem não são perfeitos e têm limitações, como produzir respostas incorretas e sem sentido, além de possíveis vieses.

Mais ou menos ao mesmo tempo, surgiram os geradores de imagens como DALL-E (também da OpenAI), Midjourney e Stable Diffusion, que produzem cenas realistas a partir de definições propostas pelos usuários. Os resultados são tão impressionantes que uma fotografia falsa do papa Francisco vestindo um sobretudo de tecido sintético acolchoado enganou até veículos especializados em moda. Imagens do ex-presidente americano Donald Trump sendo preso em Nova York e do presidente francês Emmanuel Macron atacando manifestantes em Paris rodaram a internet. [...] “Só há uma solução”, disse a VEJA o eng. de robótica israelense Hod Lipson, professor da Universidade Columbia e estudioso do assunto. “Você sempre pode gerar outra inteligência artificial para distinguir o real e o falso.”

A despeito da evolução das tecnologias associadas à inteligência artificial, é consenso entre especialistas e pesquisadores que a natureza humana e sua integridade devem prevalecer. Criador do conceito de realidade virtual e ferrenho crítico das redes sociais, o cientista da computação americano Jaron Lanier declarou recentemente, em tom jocoso, que o maior perigo desses aplicativos não é seu potencial destrutivo, mas a possibilidade de que “nos deixem loucos”. Também signatário da carta que defende um freio de arrumação na inteligência artificial, o historiador e escritor israelense Yuval Noah Harari afirma que avançar na sofisticação dos computadores “pode servir apenas para fortalecer a estupidez natural dos humanos”. As possibilidades são infinitas e, de fato, algumas são assustadoras. Mas a verdade é que a inteligência artificial já está entre nós — e esse é um movimento irreversível.

Adaptado https://veja.abril.com.br/tecnologia/avanco-da-inteligencia-artificial-abredebate-sobre-riscos-da-tecnologia
Leia com atenção cada afirmação das alternativas a seguir e marque a que explica corretamente a estrutura da palavra.
Alternativas
Q2169222 Português
Leia o texto a seguir para responder à questão.

Avanço da inteligência artificial abre debate sobre riscos da tecnologia
Descobertas preocupam empresas e governos, geram forte reação da sociedade e levam pesquisadores a buscar novas formas de controle.
Por Alessandro Giannini – Publicado em 7 abr 2023.

O bioquímico e escritor de ficção científica russo-americano Isaac Asimov (1920-1992) foi responsável por antecipar e popularizar, em meados do século XX, o conceito de inteligência artificial – IA na literatura. Influenciado pela emergente corrida espacial e pela ebulição tecnológica de seu tempo, Asimov explorou temas como moralidade, ética e as consequências da inovação para a humanidade. No livro Eu, Robô, lançado em 1950, ele reúne nove contos que mostram a evolução dos autômatos ao longo do tempo. Os enredos se passam em um mundo no qual uma série de regras, chamadas “Três Leis da Robótica”, protegem os seres humanos das máquinas. Visionário, Asimov anteviu em sua obra os temores expressos na carta divulgada há alguns dias pelo Future of Life Institute, organização que busca reduzir o risco de grandes tecnologias para a humanidade. Com milhares de assinaturas, a missiva pede aos laboratórios de pesquisa que parem imediatamente o desenvolvimento dos modelos de inteligência artificial – IA, que estariam se tornando perigosamente ativos na realização de tarefas mais complexas. “Esses sistemas só devem progredir quando estivermos confiantes de que seus efeitos serão positivos e seus riscos, gerenciáveis”, adverte o texto.

Subscrito por nomes insuspeitos do mundo digital, como Elon Musk, dono da Tesla e do Twitter, e Steve Wozniak, um dos fundadores da Apple, o documento se tornou um grande sinal de alerta. Entre os riscos descritos na mensagem estão a disseminação de propaganda falsa e desinformação, a potencial obsolescência humana e a perda do controle da civilização. Além do caráter alarmista, surpreende o fato de personagens cuja trajetória está diretamente ligada à inovação — Musk e Wozniak em especial — desejarem deter o avanço tecnológico. Se eles estão apreensivos com o desabrochar da inteligência artificial, imagina-se que algo realmente danoso possa nos atingir.

O temor tem crescido em intensidade e levou a reações em série de governos, empresas e organismos sociais. Na Europa, a Itália bloqueou o funcionamento do ChatGPT, aplicativo criado pela OpenAI que simula conversação humana. Segundo os italianos, o app viola a lei local de dados pessoais. França e Alemanha estão considerando seguir os mesmos passos do país vizinho. Na semana passada, o presidente americano Joe Biden se reuniu com seu conselho de consultores em ciência e tecnologia para debater os “riscos e oportunidades” envolvidos no campo da IA, agora aquecido pela competição aguerrida de conglomerados como as americanas Microsoft e Google e as chinesas Baidu e Tencent, entre outros gigantes. Uma das propostas na mesa seria regulamentar o setor. “A questão é que grupos relativamente pequenos, com recursos limitados, podem avançar a pesquisa nessas áreas”, disse a VEJA o brasileiro Marcelo Gleiser, físico, astrônomo e professor da Dartmouth College, nos EUA. “Portanto, a regulamentação torna-se muito complexa. Quem poderá garantir que as leis serão seguidas?”

A perspectiva histórica enriquece o debate. Quando se analisam com atenção as inovações do passado — as máquinas a vapor, a internet ou o sequenciamento de genomas, é importante observar que elas, especialmente em seu período de afirmação, foram alvo de questionamentos e consideradas perigosas para a humanidade. Contudo, todas se comportaram como o mito da Caixa de Pandora: uma vez aberta, seu conteúdo não pode mais ser contido. A mesma lógica vale para a inteligência artificial? Provavelmente, sim.

[...] Duvidar do potencial das novas tecnologias é típico do espírito humano. Em 1943, o então presidente da IBM, Thomas Watson, disse algo que se tornou risível com o passar dos anos: “Eu acredito que há mercado para talvez cinco computadores”. Em 1946, Darryl Zanuck, fundador do estúdio 20th Century Fox, declarou que “a televisão não vai conseguir se segurar no mercado por mais de seis meses”.

É fácil criticar o passado com os olhos do presente. Mais difícil talvez seja compreender o potencial disruptivo de uma tecnologia e dimensionar seus riscos. Não são poucos os perigos associados à inteligência artificial. Entre os mais marcantes estão a concentração de poder nas mãos de poucas empresas, o desaparecimento de empregos pela automação de atividades, a disseminação descontrolada de ataques cibernéticos e o desenvolvimento de armas autônomas. [...] Mas há um aspecto vital que não pode ser ignorado: o econômico. O mercado de IA está avaliado em 142,3 bilhões de dólares e continua a avançar impulsionado pelo fluxo crescente dos investimentos que recebe. [...] Muitos cientistas, empresários e empreendedores argumentam que os benefícios da tecnologia superam os riscos embutidos nela. O bilionário e filantropo Bill Gates está entre os que pensam dessa maneira. Gates reconheceu e listou avanços gerados pela inteligência artificial que podem ser conquistados em campos como bem-estar social, educação e meio ambiente. Ao mesmo tempo, faz uma importante ponderação. Segundo ele, é imperativo garantir que todos — e não apenas os ricos — desfrutem da nova tecnologia.

Em linhas gerais, existem quatro níveis básicos de inteligência artificial. A primeira, a “fraca”, está associada a tarefas como trancar a porta do carro. No segundo patamar, chamado de “geral”, ela é aplicável a atividades automatizadas que quase não precisam de supervisão humana, como linhas de produção ou a gestão de lavouras. A terceira vertente, denominada “superinteligência artificial”, é usada em máquinas capazes de tomar decisões rápidas de forma quase autônoma, como os carros sem motorista. Recentemente, surgiu a “generativa”, capaz de criar textos, imagens, códigos de programação, vídeos ou qualquer outra linguagem natural, a partir de sistemas de aprendizado de máquina e grandes modelos de linguagem (LLM, na sigla em inglês). O aplicativo “aprende” a partir de buscas em bancos de dados abertos e também analisando os estímulos (“prompts”) alimentados pelos usuários.

Sucesso desde que foi lançado, no fim do ano passado, o ChatGPT conquistou corações e mentes ao responder a estímulos escritos dos usuários como se fosse uma pessoa real. A despeito dos tropeços iniciais, o chatbot, como é chamada a ferramenta criada pela empresa americana OpenAI, ganhou tração popular e atraiu a atenção da Microsoft. [...] É importante reconhecer que esses modelos de linguagem não são perfeitos e têm limitações, como produzir respostas incorretas e sem sentido, além de possíveis vieses.

Mais ou menos ao mesmo tempo, surgiram os geradores de imagens como DALL-E (também da OpenAI), Midjourney e Stable Diffusion, que produzem cenas realistas a partir de definições propostas pelos usuários. Os resultados são tão impressionantes que uma fotografia falsa do papa Francisco vestindo um sobretudo de tecido sintético acolchoado enganou até veículos especializados em moda. Imagens do ex-presidente americano Donald Trump sendo preso em Nova York e do presidente francês Emmanuel Macron atacando manifestantes em Paris rodaram a internet. [...] “Só há uma solução”, disse a VEJA o eng. de robótica israelense Hod Lipson, professor da Universidade Columbia e estudioso do assunto. “Você sempre pode gerar outra inteligência artificial para distinguir o real e o falso.”

A despeito da evolução das tecnologias associadas à inteligência artificial, é consenso entre especialistas e pesquisadores que a natureza humana e sua integridade devem prevalecer. Criador do conceito de realidade virtual e ferrenho crítico das redes sociais, o cientista da computação americano Jaron Lanier declarou recentemente, em tom jocoso, que o maior perigo desses aplicativos não é seu potencial destrutivo, mas a possibilidade de que “nos deixem loucos”. Também signatário da carta que defende um freio de arrumação na inteligência artificial, o historiador e escritor israelense Yuval Noah Harari afirma que avançar na sofisticação dos computadores “pode servir apenas para fortalecer a estupidez natural dos humanos”. As possibilidades são infinitas e, de fato, algumas são assustadoras. Mas a verdade é que a inteligência artificial já está entre nós — e esse é um movimento irreversível.

Adaptado https://veja.abril.com.br/tecnologia/avanco-da-inteligencia-artificial-abredebate-sobre-riscos-da-tecnologia
“Os resultados são tão impressionantes que uma fotografia falsa do Papa Francisco [...] enganou até veículos especializados em moda. [...].” 10º§
A conjunção sublinhada introduz uma oração com sentido de
Alternativas
Q2169182 Português
Em toda construção de textos, a colocação das palavras em determinadas posições exerce papéis diferentes. A partir da leitura do texto abaixo, identifique a alternativa que relaciona corretamente a classificação das palavras em destaque com a sua função.
Imagem associada para resolução da questão
https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/educacaoempreende dora/parceriamec - acesso em 12/05/2022

I. O substantivo MEC exerce a função de objeto direto. II. O substantivo Sebrae tem a função de sujeito da frase. III. O verbo construir é um verbo intransitivo. IV. O substantivo futuro tem a função de objeto direto na frase.

Assinale a alternativa que apresenta correta relação entre classes de palavras e sua função no texto. 
Alternativas
Q2169072 Português
TEXTO:

Quem cuidará de você?

       Em 2030, os idosos brasileiros serão, segundo o IBGE, quase tão numerosos quanto os jovens. Esta é uma notícia positiva, pois estamos vivendo mais, e preocupante, pois não existe planejamento no atendimento adequado aos cuidados, necessários que tal população exige – sejam médicos, domiciliares, de lazer, de alternativas profissionais.
     O problema não é somente brasileiro. Os países desenvolvidos também estão diante de uma situação complicada, só que muitos estão enfrentando o desafio há décadas. Alguns conseguiram um planejamento exitoso.
       Em 2030, os EUA terão 72,1 milhões de adultos acima de 65 anos, mais que o dobro do número de idosos em 2005. Os americanos têm por regra poupar para chegar à terceira idade em condições de viver em lugares planejados, em comunidade. Os que podem, planejam essa independência e assistência.
      Na França, com grande número de idosos solitários, a ex-ministra do Trabalho Martine Aubry criou um programa que capacitava jovens a serem visitadores de idosos. Eles realizavam compras, levavam os idosos para caminhar, pegavam o metrô para levá-los à fisioterapia, a consultas.
      No Brasil, os idosos têm aposentadoria. Porém, mais que tudo, contam com a família. Para falar a verdade, com as mulheres da família. A filha solteira, a que larga o emprego para cuidar dos pais, a casada que abriga o idoso em sua residência. E sempre houve uma ojeriza da família ou do próprio idoso a ir para uma casa de repouso. Isso está mudando: mais pessoas envelhecem e a família não dá conta.
      Um grande número de mulheres não querem ou não podem mais abdicar de suas profissões para cuidar dos pais. Um enorme número que tinha como “natural” cuidar dos filhos e depois dos pais abriu mão desse programa por necessidade ou por mudanças de expectativa de realizações femininas neste século.
   A Constituição de 1988 fez avanços importantes, mas envelhecemos em plena fase de desenvolvimento, com um país sendo construído em todas as áreas. A redução da pobreza extrema que tivemos é recente. Parte dos idosos são chefes de família e não têm como pensar em si mesmos.
      Quando o idoso não chefia a família, mas depende dela, enfrenta graves problemas. Quem tem um pouco mais de poder aquisitivo não encontra bons cuidadores com facilidade. Falta qualificação. Quem procura casas de repouso encontra, nas mais acessíveis, péssimos serviços.
       Existem programas em andamento, mas precisamos acelerar soluções. Em particular, ações que façam frente ao crescimento de demandas de saúde, previdência e assistência social. E, urgentemente, capacitar cuidadores. O jovem Brasil envelhece rapidamente.

(Marta Suplicy, Folha de São Paulo, 23/07/2011) 

Observe o texto e numere as palavras grifadas de acordo com as classes a que pertencem. 

1. Substantivo

2. Pronome relativo

3. Pronome demonstrativo

4. Pronome indefinido

5. Verbo

6. Adjetivo


“Os países desenvolvidos ( ) também estão diante de uma situação ( ) complicada. Alguns ( ) conseguiram um planejamento. Os ( ) que ( ) podem, planejam ( ) essa independência e assistência.”  


A sequência está correta em 

Alternativas
Q2169035 Português

 Considerando-se a forma plural dos adjetivos compostos, assinalar a alternativa que preenche a lacuna abaixo CORRETAMENTE:


Todos os estudantes dessa escola usam uniformes ______________.

Alternativas
Q2168992 Português
Leia a manchete e responda à questão abaixo.
Imagem associada para resolução da questão
https://g1.globo.com/economia/tecnologia/noticia/2022/05/11/grupoque-coordena-implantacao-do-5g-recomenda-a-anatel-adiar-inicioda-tecnologia-nas-capitais.ghtml -acesso em 11/05/2022
No texto apresentado acima é possível identificar a utilização de várias classes de palavras. Assinale a alternativa que indica correta e respectivamente a classe de palavras e a sua função dentro da frase.
Alternativas
Q2168592 Português
Texto I
'Ser bom ou mau é escolha': confira entrevista com o filósofo e professor Mario Sergio Cortella

Por Patrícia Santos Dumont - Em 05/12/2019

Quem é você? Justo, generoso ou intolerante e ganancioso? Tem mais vícios ou virtudes? Costuma ser bom o tempo todo ou às vezes se pega fazendo pequenas maldades? Já parou para refletir sobre os próprios comportamentos e o que o levou a tê-los: circunstâncias da vida ou escolhas que fez? Sobre isso e as possibilidades de sermos “anjos ou demônios” bati um papo – descontraído, apesar do tema – com o filósofo, professor e escritor Mario Sergio Cortella.

Patrícia - Como se deu a concepção de “Nem Anjos Nem Demônios”, seu livro com a Monja Coen?
Cortella - Tenho outros livros, nessa coleção, sobre ética, política, sobre moral, esperança. Mas nunca tinha colocado num diálogo mais direto alguém com a marca da filosofia ocidental, da religiosidade ocidental, como eu, e alguém ligado à concepção oriental asiática, caso da Monja. Juntamos essas duas formas mais usuais de entendimento sobre essa temática para trazer um debate mais forte sobre o que acontece no cotidiano, a necessidade de pensar a vida como escolha. A noção do bem e do mal como resultado de decisões e não como fatalidades.

Ser bom ou ser mau, portanto, não tem a ver com as circunstâncias da vida? Não somos o que somos levados a ser? São escolhas? Essa ideia de que as escolhas feitas são sem alternativa não é uma percepção que a gente possa ter. A ideia de liberdade de escolha que temos é o que se chama de livre arbítrio. Quando alguém é movido por circunstâncias opressivas e tem uma reação a isso, até o campo da legislação criminal ou penal admite como sendo um atenuante. Mas, no conjunto das vezes, não é a circunstância que gere. Para mim, não é a ocasião que faz o ladrão. A ocasião apenas o revela. A decisão de ser ladrão ou não é anterior à ocasião. Há milhares de pessoas que encontram ocasião todos os dias, de desviar, de ter uma conduta negativa, e não o são. Portanto, a ocasião apenas permite que a pessoa se mostre naquilo que decidiu ser.

Patrícia - Na primeira página do livro, vocês falam sobre vícios e virtudes, que seriam qualidades negativas e positivas, certo? Podemos, então, dizer que tudo bem ter vícios, já que também são qualidades?
Cortella - Sim. Eles existem na sua contraposição. Nós não elogiamos os vícios, apenas admitimos a existência deles. O fato de a gente ter doenças não significa que isso se sobreponha à nossa forma desejada de saúde. Por isso, a constatação da existência dos vícios apenas nos deixa em estado de alerta. Apenas sei que eles existem e que são possíveis em outras pessoas e também em mim. Neste sentido, admitir a presença de vícios é saber que nossa humanidade conta com essa condição, mas que não podemos, em nome da ideia de que errar é humano, justificar qualquer erro porque uma parte grande deles são escolhas. Não está tudo bem, então, em ser “mau” de vez em quando? Isso não nos ajudaria a levar a vida com mais leveza, mantendo um certo equilíbrio?

Não, não está tudo bem. É preciso não se acomodar com a ideia porque quando se diz nem anjos nem demônios não se está dizendo tanto faz, está se fazendo um alerta. O alerta é: nós podemos ser angelicais ou demoníacos. Cuidado! Ser angelical, isto é, ser alguém que se move pela bondade, é algo desejável. Ser alguém que se move pela maldade é uma possibilidade também. Ser anjo ou demônio é uma escolha.

Mas não traria mais leveza para nossa existência se a gente tivesse a permissão, talvez, de em alguns momentos tender mais para um do que para outro extremo?

Olha, poderia até tornar a vida mais emocionada, mas não há necessidade disso. Nós, humanos, temos uma coisa, até um sinal de inteligência nas espécies, que são os jogos, nossa capacidade lúdica. Quando você vê uma partida de futebol, uma disputa dentro de quadra, quando você tem um grupo jogando truco, existe ali a possibilidade de vencer o outro, de brincar com ele. O jogo é exatamente essa possibilidade do exercício eventual de algumas coisas que não são só angelicais. Eu, por exemplo, sou jogador de truco, um jogo que tem por finalidade brincar com o adversário, tripudiar, fingir que se tem uma carta. Na vida, eu não faria isso. Mas no truco eu posso. Então, sim, há momentos em que essa permissão vem à tona. Onde pode? No teatro, no cinema, na música, no jogo. A gente sabe que a brincadeira é séria, mas é brincadeira.

Nem todo mundo é bom ou mau o tempo todo. Mas muitos de nós buscam ser mais bons do que maus. É da natureza humana?

Em grande medida, nós desejamos primeiro a ideia de bondade que supere a maldade. Quando ninguém escapa de fazê-lo e quando a pessoa não é alguém marcada por algum tipo de desvio psiquiátrico, em grande medida preferimos a bondade à maldade porque ela nos faz ser aceitos, há uma solidariedade maior em relação à convivência. Isso também nos leva a receber de volta mais situações de bondade. Há pessoas que caminham numa trajetória da maldade como sendo sua escolha mais expressiva, mas são as que consideramos moralmente adoentadas, com algum tipo de desvio psiquiátrico ou com uma perspectiva de existência em que só consegue se glorificar na maldade. Ainda assim, o número de pessoas que têm essa perspectiva é muito reduzido, do contrário, nossa vida em comunidade já teria se rompido há muito tempo. O que não significa que a gente não tem em nós essa postura angelical como sendo uma escolha, e também a demoníaca como possibilidade. (...)

Disponível em https://www.hojeemdia.com.br/plural/ser-bom-ou-mau-%C3%A9-escolha-confira-com-o-fil%C3%B3sofo-e-professor-mario-sergio-cortella-1.760617. 
No período Portanto, a ocasião apenas permite que a pessoa se mostre naquilo que decidiu ser”, a conjunção em destaque liga períodos, estabelecendo entre eles uma ideia de  
Alternativas
Q2168430 Português
Ao longo da vida, oito em cada dez pessoas enfrentam dor nas costas.
Assinale a opção que contenha preposição e substantivo, nesta ordem. 
Alternativas
Q2168409 Português
Segundo dois médicos entrevistados pela BBC News Brasil, a afasia é um primeiro sinal frequente da demência frontotemporal.
Assinale a opção que contenha um substantivo e um adjetivo, independente da ordem. 
Alternativas
Q2168189 Português


Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo.


              Maioria dos professores recomendaria a carreira aos jovens. E você?




(Disponível em: porvir.org/maioria-dos-professores-recomendaria-a-carreira-aos-jovens-e-voce/ – texto adaptado especialmente para esta prova).

Analise o quadro abaixo: 

Imagem associada para resolução da questão

Assinale a alternativa que apresenta, correta e respectivamente, as classes gramaticais que representam cada grupo.
Alternativas
Q2168187 Português


Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo.


              Maioria dos professores recomendaria a carreira aos jovens. E você?




(Disponível em: porvir.org/maioria-dos-professores-recomendaria-a-carreira-aos-jovens-e-voce/ – texto adaptado especialmente para esta prova).

Tendo em vista a análise morfológica, analise as assertivas a seguir:
I. Na linha 01, o vocábulo “dois” é classificado como numeral ordinal. II. Na linha 08, o vocábulo “ao” foi formado pela contração de uma preposição com um artigo. III. Na linha 15, o termo “celebre” é um verbo. IV. Na linha 24, o termo “estável” é um adjetivo.
Quais estão corretas?
Alternativas
Q2167762 Português

                                          

Em “Dava muita canseira” (linha 80) e “Para que lado estará virada?” (linhas 117-118), os termos destacados classificam-se, respectivamente, como 
Alternativas
Q2166989 Português
Texto 4
PNEA/Política Nacional de Educação Ambiental
Conheça a Lei 9.795/1999, que dispõe sobre a Educação Ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências



ICMBio. Educação ambiental. Disponível em: https://www.icmbio.gov.br/educacaoambiental/politicas/pnea.html. Acesso em: 18 jan. 2023.
Com base no texto 4 e na variedade padrão da língua escrita, indique se as afirmativas abaixo são verdadeiras (V) ou falsas (F) e assinale a alternativa com a sequência correta de cima para baixo.
( ) As palavras seguintes são nomes abstratos derivados de adjetivos pelo acréscimo do sufixo “-idade”: “sustentabilidade” (linha 04), “habilidades” (linha 02), “totalidade” (linha 09) e “responsabilidade” (linha 31).
( ) As palavras seguintes são nomes abstratos derivados de verbos pelo acréscimo do sufixo “-ção”: “conservação” (linha 03), “educação” (linha 05), “avaliação” (linha 15) e “construção” (linha 29).
( ) As palavras seguintes são adjetivos derivados de substantivos pelo acréscimo do sufixo “-al”: “regionais” (linha 16), “individual” (linha 17), “legais” (linha 20) e “social” (linha 24).
( ) Duas das palavras seguintes não contêm prefixo em sua formação: “inseparável” (linha 27), “autodeterminação” (linha 32), “interdependência” (linha 09) e “reconhecimento” (linha 17).
( ) Duas das palavras seguintes não são derivadas de verbos pelo acréscimo do sufixo “-mento”: “desenvolvimento” (linha 19), “fortalecimento” (linha 23), “ambientalmente” (linha 29) e “fundamentos” (linha 34).
Alternativas
Q2166725 Português
No prefácio de um de seus livros, o escritor modernista Mário de Andrade escreveu: “Mas todo este prefácio, com todo o disparate das teorias que contém, não vale coisíssima nenhuma”. Sobre o curioso vocábulo “coisíssima”, é correto afirmar que:
Alternativas
Respostas
4261: C
4262: D
4263: A
4264: B
4265: A
4266: B
4267: E
4268: C
4269: A
4270: E
4271: D
4272: C
4273: A
4274: C
4275: C
4276: A
4277: D
4278: D
4279: D
4280: A