Questões de Concurso Comentadas sobre noções gerais de compreensão e interpretação de texto em português

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Q2232938 Português
         Em 1978, recebi o título de doutor honoris causa da Sorbonne. Dei, então, um testemunho pessoal, aproveitando a oportunidade única de autoapreciação que a velha Universidade me abria. Sendo quem sou, jamais a perderia.
         “Senhoras e senhores:
        Obrigado. Muito obrigado pelo honroso título que me conferem. Eu me pergunto se o mereci. Talvez sim, não, certamente, por qualquer feito, ou qualidade minha. Sim, como consolidação de meus muitos fracassos.
        Fracassei como antropólogo no propósito mais generoso que me propus: salvar os índios do Brasil. Sim, simplesmente salvá-los. Isto foi o que quis. Isto é o que tento há trinta anos. Sem êxito.
       Fracassei também na minha principal meta como Ministro da Educação: a de pôr em marcha um programa educacional que permitisse escolarizar todas as crianças brasileiras. Elas não foram escolarizadas. Menos da metade das nossas crianças completam quatro séries de estudos primários.           
      Fracassei, por igual, nos dois objetivos maiores que me propus como político e como homem do governo: o de realizar a reforma agrária e de pôr sob o controle do Estado o capital estrangeiro de caráter mais aventureiro e voraz.
       Outro fracasso meu, nosso, que me dói especialmente rememorar neste augusto recinto da Sorbonne foi o de reitor da Universidade de Brasília. Tentamos lá, com o melhor da intelectualidade brasileira, e tentamos em vão, dar à nova capital do Brasil a universidade necessária ao desenvolvimento nacional autônomo. Ousamos ali — e esta foi a maior façanha da minha geração — repensar radicalmente a universidade, como instituição central da civilização, com o objetivo de refazê-la desde as bases. Refazê-la para que, em vez de ser universidade-fruto, reflexo do desenvolvimento social e cultural prévio da sociedade que mantém, fosse uma universidade-semente, destinada a cumprir a função inversa, de promover o desenvolvimento.
      Nosso propósito era plantar na cidade-capital a sede da consciência crítica brasileira que para lá convocasse todo o saber humano e todo élan revolucionário, para a única missão que realmente importa ao intelectual dos povos que fracassaram na história: a de expressar suas potencialidades por uma civilização própria.
      O que pedíamos à Universidade de Brasília é que se organizasse para atuar como um acelerador da história, que nos ajudasse a superar o círculo vicioso do subdesenvolvimento, o qual, quanto mais progride, mais gera dependência e subdesenvolvimento.
      Desses fracassos da minha vida inteira, que são os únicos orgulhos que eu tenho dela, eu me sinto compensado pelo título que a Universidade de Paris VII me confere aqui, agora. Compensado e estimulado a retomar minha luta contra o genocídio e o etnocídio das populações indígenas; e contra todos que querem manter o povo brasileiro atado ao atraso e à dependência.
    Obrigado. Muito obrigado.”

Darcy Ribeiro. Testemunho. São Paulo: Editora Siciliano, 1990 (com adaptações).
A respeito das ideias, dos aspectos linguísticos e da classificação tipológica do texto anterior, julgue o item seguinte. 

É correto afirmar que as declarações de Darcy Ribeiro em seu discurso são abalizadas, dada sua reputação baseada no saber e na experiência, o que torna supérflua a prova dos fatos mencionados. 
Alternativas
Q2232937 Português
         Em 1978, recebi o título de doutor honoris causa da Sorbonne. Dei, então, um testemunho pessoal, aproveitando a oportunidade única de autoapreciação que a velha Universidade me abria. Sendo quem sou, jamais a perderia.
         “Senhoras e senhores:
        Obrigado. Muito obrigado pelo honroso título que me conferem. Eu me pergunto se o mereci. Talvez sim, não, certamente, por qualquer feito, ou qualidade minha. Sim, como consolidação de meus muitos fracassos.
        Fracassei como antropólogo no propósito mais generoso que me propus: salvar os índios do Brasil. Sim, simplesmente salvá-los. Isto foi o que quis. Isto é o que tento há trinta anos. Sem êxito.
       Fracassei também na minha principal meta como Ministro da Educação: a de pôr em marcha um programa educacional que permitisse escolarizar todas as crianças brasileiras. Elas não foram escolarizadas. Menos da metade das nossas crianças completam quatro séries de estudos primários.           
      Fracassei, por igual, nos dois objetivos maiores que me propus como político e como homem do governo: o de realizar a reforma agrária e de pôr sob o controle do Estado o capital estrangeiro de caráter mais aventureiro e voraz.
       Outro fracasso meu, nosso, que me dói especialmente rememorar neste augusto recinto da Sorbonne foi o de reitor da Universidade de Brasília. Tentamos lá, com o melhor da intelectualidade brasileira, e tentamos em vão, dar à nova capital do Brasil a universidade necessária ao desenvolvimento nacional autônomo. Ousamos ali — e esta foi a maior façanha da minha geração — repensar radicalmente a universidade, como instituição central da civilização, com o objetivo de refazê-la desde as bases. Refazê-la para que, em vez de ser universidade-fruto, reflexo do desenvolvimento social e cultural prévio da sociedade que mantém, fosse uma universidade-semente, destinada a cumprir a função inversa, de promover o desenvolvimento.
      Nosso propósito era plantar na cidade-capital a sede da consciência crítica brasileira que para lá convocasse todo o saber humano e todo élan revolucionário, para a única missão que realmente importa ao intelectual dos povos que fracassaram na história: a de expressar suas potencialidades por uma civilização própria.
      O que pedíamos à Universidade de Brasília é que se organizasse para atuar como um acelerador da história, que nos ajudasse a superar o círculo vicioso do subdesenvolvimento, o qual, quanto mais progride, mais gera dependência e subdesenvolvimento.
      Desses fracassos da minha vida inteira, que são os únicos orgulhos que eu tenho dela, eu me sinto compensado pelo título que a Universidade de Paris VII me confere aqui, agora. Compensado e estimulado a retomar minha luta contra o genocídio e o etnocídio das populações indígenas; e contra todos que querem manter o povo brasileiro atado ao atraso e à dependência.
    Obrigado. Muito obrigado.”

Darcy Ribeiro. Testemunho. São Paulo: Editora Siciliano, 1990 (com adaptações).
A respeito das ideias, dos aspectos linguísticos e da classificação tipológica do texto anterior, julgue o item seguinte. 
No texto, Darcy Ribeiro recorre a um raciocínio que, embora seja bem fundamentado e coerente, pauta-se em um recurso fundado por contradições, uma vez que ele utiliza o vocábulo fracasso em alusão ao que se poderia considerar uma carreira de sucesso.
Alternativas
Q2232933 Português
    Antropólogo, sociólogo, educador, escritor e político brasileiro, a personalidade multifacetada de Darcy Ribeiro torna longa a lista de “fazimentos”, como ele próprio gostava de chamar suas realizações. Graduou-se em ciências sociais, em 1946, na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP). Suas primeiras experiências profissionais foram no Serviço de Proteção aos Índios (SPI). Em 1956, Darcy organizou e passou a dirigir o Museu do Índio, sediado no Rio de Janeiro. Em 1957, conheceu Anísio Teixeira e passou a ter contato com o universo da educação. Foi coordenador do Centro Brasileiro de Pesquisas Educacionais, vinculado ao INEP. “Juscelino Kubitschek pediu a Anísio para criar o sistema educacional do Distrito Federal e implementar uma universidade em Brasília”, destaca Murilo Camargo, lembrando que o projeto iniciado em 1962 foi interrompido em 1964, com a ascensão do regime militar, e passou por muitas mudanças de configuração, sobretudo com a reforma universitária de 1968. Com o regime militar, o educador foi exilado para o Uruguai. Em Montevidéu, ajudou na reorganização da Universidade da República do Uruguai e de instituições públicas do continente americano, além da Universidade de Argel, na Argélia. De volta ao Brasil, em 1976, passou a se dedicar à educação pública. Vice-governador de Leonel Brizola, no governo do Rio de Janeiro, implantou os Centros Integrados de Ensino Público (CIEP), projeto pedagógico inspirado nas concepções de Anísio Teixeira e que garantia assistência em tempo integral aos estudantes, com atividades recreativas e culturais para além do ensino formal. Ao longo da vida, o antropólogo escreveu obras sobre etnologia, antropologia, educação, além de romances. Em 1992, Darcy Ribeiro foi eleito para a cadeira n.º 11 da Academia Brasileira de Letras, que ocupou até sua morte, em fevereiro de 1997.

Carolina Pires. Pioneiros.
In: Revista de Jornalismo Científico e Cultural da Universidade de Brasília,
n.º 23, jul.–dez./2019 (com adaptações)
Com referência às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir. 

O emprego do vocábulo “multifacetada”, no primeiro período do texto, permite concluir que a Darcy Ribeiro se atribui um rol de características variadas relacionadas às atividades por ele desenvolvidas. 
Alternativas
Q2232932 Português
    Antropólogo, sociólogo, educador, escritor e político brasileiro, a personalidade multifacetada de Darcy Ribeiro torna longa a lista de “fazimentos”, como ele próprio gostava de chamar suas realizações. Graduou-se em ciências sociais, em 1946, na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP). Suas primeiras experiências profissionais foram no Serviço de Proteção aos Índios (SPI). Em 1956, Darcy organizou e passou a dirigir o Museu do Índio, sediado no Rio de Janeiro. Em 1957, conheceu Anísio Teixeira e passou a ter contato com o universo da educação. Foi coordenador do Centro Brasileiro de Pesquisas Educacionais, vinculado ao INEP. “Juscelino Kubitschek pediu a Anísio para criar o sistema educacional do Distrito Federal e implementar uma universidade em Brasília”, destaca Murilo Camargo, lembrando que o projeto iniciado em 1962 foi interrompido em 1964, com a ascensão do regime militar, e passou por muitas mudanças de configuração, sobretudo com a reforma universitária de 1968. Com o regime militar, o educador foi exilado para o Uruguai. Em Montevidéu, ajudou na reorganização da Universidade da República do Uruguai e de instituições públicas do continente americano, além da Universidade de Argel, na Argélia. De volta ao Brasil, em 1976, passou a se dedicar à educação pública. Vice-governador de Leonel Brizola, no governo do Rio de Janeiro, implantou os Centros Integrados de Ensino Público (CIEP), projeto pedagógico inspirado nas concepções de Anísio Teixeira e que garantia assistência em tempo integral aos estudantes, com atividades recreativas e culturais para além do ensino formal. Ao longo da vida, o antropólogo escreveu obras sobre etnologia, antropologia, educação, além de romances. Em 1992, Darcy Ribeiro foi eleito para a cadeira n.º 11 da Academia Brasileira de Letras, que ocupou até sua morte, em fevereiro de 1997.

Carolina Pires. Pioneiros.
In: Revista de Jornalismo Científico e Cultural da Universidade de Brasília,
n.º 23, jul.–dez./2019 (com adaptações)
Com referência às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir. 

O texto pode ser enquadrado no gênero textual biografia, uma vez que apresenta fatos particulares de várias fases da vida de Darcy Ribeiro.
Alternativas
Q2232710 Português
Leia o texto a seguir para responder á questão

Redução de proteína explica envelhecimento acelerado associado à depressão?

Nos últimos anos, o diagnóstico de depressão tem se tornado cada vez mais comum e, segundo pesquisas recentes, o transtorno mental está relacionado a um envelhecimento mais rápido entre os pacientes. Um estudo feito por pesquisadores brasileiros da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e por cientistas franceses do Instituto Pasteur identificou mecanismos responsáveis por esse envelhecimento avançado em quem tem depressão.

Publicado em fevereiro no periódico Nature Aging, a pesquisa utilizou a metodologia translacional, em que são feitos experimentos laboratoriais em animais e em humanos.

Utilizando o método conhecido como Elisa, eles injetaram em camundongos a corticosterona, um hormônio associado ao estresse e que induz comportamento depressivo nos animais. Essa metodologia é conhecida por se basear em reações antígeno-anticorpo detectáveis por meio de reações enzimáticas.

Nos animais com comportamento depressivo, foi medido o índice de uma proteína rejuvenescedora chamada GDF11. A expectativa era que a taxa dessa proteína teria sido reduzida — e foi exatamente isso que os pesquisadores puderam observar. A diminuição da GDF11 está relacionada com a perda de concentração, memória e envelhecimento acelerado, sintomas que podem ser apresentados por quem convive com a depressão.

Em seguida, a proteína foi reposta aos animais e eles deixaram de apresentar comportamento depressivo. O baixo índice de GDF11 também foi identificado em jovens diagnosticados com o transtorno mental e a pesquisa indica que pacientes possam lidar com o envelhecimento acelerado mesmo na juventude. A proteína não foi injetada em humanos, pois pode provocar alergias. Mais estudos serão necessários para averiguar se a GDF11 poderá ser usada em tratamento inovadores contra a depressão.

Um dos maiores desafios da pesquisa, que foi realizada entre 2018 e 2023, foi mostrar o mecanismo que explica a redução da GDF11. Pois, eles tinham que mostrar e catalogar que a proteína estava baixa na depressão e que, ao se ter a reposição, o paciente saía da depressão através da autofagia, algo que os autores nem cogitam.

“Inicialmente tínhamos a ideia de que a proteína estaria baixa na depressão, e que dando a proteína melhoraria a depressão. Mas que era por meio da autofagia, isso a gente não sabia. Tivemos que ir testando vários outros mecanismos até isolar esse da autofagia”, afirma o professor Flávio Kapczinski, do departamento de Psiquiatria e Medicina Legal da UFRGS, ao Jornal da Universidade.

Feita ao longo de cinco anos, outro desafio enfrentado durante a pesquisa foi a formatura e a consequente saída de pós-doutorandos que estavam participando do projeto. “Demorou tanto que foi desmotivando os pesquisadores. A gente teve que se manter firme, fazendo aos pouquinhos cada um dos experimentos”, comenta Kapczinski, que também comemora a publicação do estudo. Revista GALILEU. Online.
Disponível em:  <https://revistagalileu.globo.com/saude/noticia/2023/04/reducao-de-proteina-explicaenvelhecimento-acelerado-associado-adepressao.ghtml>. Adaptado.
De acordo com o texto, assinale a alternativa que indica os efeitos observados pela reposição da proteína GDF11. 
Alternativas
Q2232709 Português
Leia o texto a seguir para responder á questão

Redução de proteína explica envelhecimento acelerado associado à depressão?

Nos últimos anos, o diagnóstico de depressão tem se tornado cada vez mais comum e, segundo pesquisas recentes, o transtorno mental está relacionado a um envelhecimento mais rápido entre os pacientes. Um estudo feito por pesquisadores brasileiros da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e por cientistas franceses do Instituto Pasteur identificou mecanismos responsáveis por esse envelhecimento avançado em quem tem depressão.

Publicado em fevereiro no periódico Nature Aging, a pesquisa utilizou a metodologia translacional, em que são feitos experimentos laboratoriais em animais e em humanos.

Utilizando o método conhecido como Elisa, eles injetaram em camundongos a corticosterona, um hormônio associado ao estresse e que induz comportamento depressivo nos animais. Essa metodologia é conhecida por se basear em reações antígeno-anticorpo detectáveis por meio de reações enzimáticas.

Nos animais com comportamento depressivo, foi medido o índice de uma proteína rejuvenescedora chamada GDF11. A expectativa era que a taxa dessa proteína teria sido reduzida — e foi exatamente isso que os pesquisadores puderam observar. A diminuição da GDF11 está relacionada com a perda de concentração, memória e envelhecimento acelerado, sintomas que podem ser apresentados por quem convive com a depressão.

Em seguida, a proteína foi reposta aos animais e eles deixaram de apresentar comportamento depressivo. O baixo índice de GDF11 também foi identificado em jovens diagnosticados com o transtorno mental e a pesquisa indica que pacientes possam lidar com o envelhecimento acelerado mesmo na juventude. A proteína não foi injetada em humanos, pois pode provocar alergias. Mais estudos serão necessários para averiguar se a GDF11 poderá ser usada em tratamento inovadores contra a depressão.

Um dos maiores desafios da pesquisa, que foi realizada entre 2018 e 2023, foi mostrar o mecanismo que explica a redução da GDF11. Pois, eles tinham que mostrar e catalogar que a proteína estava baixa na depressão e que, ao se ter a reposição, o paciente saía da depressão através da autofagia, algo que os autores nem cogitam.

“Inicialmente tínhamos a ideia de que a proteína estaria baixa na depressão, e que dando a proteína melhoraria a depressão. Mas que era por meio da autofagia, isso a gente não sabia. Tivemos que ir testando vários outros mecanismos até isolar esse da autofagia”, afirma o professor Flávio Kapczinski, do departamento de Psiquiatria e Medicina Legal da UFRGS, ao Jornal da Universidade.

Feita ao longo de cinco anos, outro desafio enfrentado durante a pesquisa foi a formatura e a consequente saída de pós-doutorandos que estavam participando do projeto. “Demorou tanto que foi desmotivando os pesquisadores. A gente teve que se manter firme, fazendo aos pouquinhos cada um dos experimentos”, comenta Kapczinski, que também comemora a publicação do estudo. Revista GALILEU. Online.
Disponível em:  <https://revistagalileu.globo.com/saude/noticia/2023/04/reducao-de-proteina-explicaenvelhecimento-acelerado-associado-adepressao.ghtml>. Adaptado.
De acordo com o texto, o trecho “perda de concentração, memória e envelhecimento acelerado”, refere-se: 
Alternativas
Q2232708 Português
Leia o texto a seguir para responder á questão

Redução de proteína explica envelhecimento acelerado associado à depressão?

Nos últimos anos, o diagnóstico de depressão tem se tornado cada vez mais comum e, segundo pesquisas recentes, o transtorno mental está relacionado a um envelhecimento mais rápido entre os pacientes. Um estudo feito por pesquisadores brasileiros da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e por cientistas franceses do Instituto Pasteur identificou mecanismos responsáveis por esse envelhecimento avançado em quem tem depressão.

Publicado em fevereiro no periódico Nature Aging, a pesquisa utilizou a metodologia translacional, em que são feitos experimentos laboratoriais em animais e em humanos.

Utilizando o método conhecido como Elisa, eles injetaram em camundongos a corticosterona, um hormônio associado ao estresse e que induz comportamento depressivo nos animais. Essa metodologia é conhecida por se basear em reações antígeno-anticorpo detectáveis por meio de reações enzimáticas.

Nos animais com comportamento depressivo, foi medido o índice de uma proteína rejuvenescedora chamada GDF11. A expectativa era que a taxa dessa proteína teria sido reduzida — e foi exatamente isso que os pesquisadores puderam observar. A diminuição da GDF11 está relacionada com a perda de concentração, memória e envelhecimento acelerado, sintomas que podem ser apresentados por quem convive com a depressão.

Em seguida, a proteína foi reposta aos animais e eles deixaram de apresentar comportamento depressivo. O baixo índice de GDF11 também foi identificado em jovens diagnosticados com o transtorno mental e a pesquisa indica que pacientes possam lidar com o envelhecimento acelerado mesmo na juventude. A proteína não foi injetada em humanos, pois pode provocar alergias. Mais estudos serão necessários para averiguar se a GDF11 poderá ser usada em tratamento inovadores contra a depressão.

Um dos maiores desafios da pesquisa, que foi realizada entre 2018 e 2023, foi mostrar o mecanismo que explica a redução da GDF11. Pois, eles tinham que mostrar e catalogar que a proteína estava baixa na depressão e que, ao se ter a reposição, o paciente saía da depressão através da autofagia, algo que os autores nem cogitam.

“Inicialmente tínhamos a ideia de que a proteína estaria baixa na depressão, e que dando a proteína melhoraria a depressão. Mas que era por meio da autofagia, isso a gente não sabia. Tivemos que ir testando vários outros mecanismos até isolar esse da autofagia”, afirma o professor Flávio Kapczinski, do departamento de Psiquiatria e Medicina Legal da UFRGS, ao Jornal da Universidade.

Feita ao longo de cinco anos, outro desafio enfrentado durante a pesquisa foi a formatura e a consequente saída de pós-doutorandos que estavam participando do projeto. “Demorou tanto que foi desmotivando os pesquisadores. A gente teve que se manter firme, fazendo aos pouquinhos cada um dos experimentos”, comenta Kapczinski, que também comemora a publicação do estudo. Revista GALILEU. Online.
Disponível em:  <https://revistagalileu.globo.com/saude/noticia/2023/04/reducao-de-proteina-explicaenvelhecimento-acelerado-associado-adepressao.ghtml>. Adaptado.
De acordo com o texto, assinale a alternativa que explica o sentido correto do termo método “Elisa”. 
Alternativas
Q2232707 Português
Leia o texto a seguir para responder á questão

Redução de proteína explica envelhecimento acelerado associado à depressão?

Nos últimos anos, o diagnóstico de depressão tem se tornado cada vez mais comum e, segundo pesquisas recentes, o transtorno mental está relacionado a um envelhecimento mais rápido entre os pacientes. Um estudo feito por pesquisadores brasileiros da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e por cientistas franceses do Instituto Pasteur identificou mecanismos responsáveis por esse envelhecimento avançado em quem tem depressão.

Publicado em fevereiro no periódico Nature Aging, a pesquisa utilizou a metodologia translacional, em que são feitos experimentos laboratoriais em animais e em humanos.

Utilizando o método conhecido como Elisa, eles injetaram em camundongos a corticosterona, um hormônio associado ao estresse e que induz comportamento depressivo nos animais. Essa metodologia é conhecida por se basear em reações antígeno-anticorpo detectáveis por meio de reações enzimáticas.

Nos animais com comportamento depressivo, foi medido o índice de uma proteína rejuvenescedora chamada GDF11. A expectativa era que a taxa dessa proteína teria sido reduzida — e foi exatamente isso que os pesquisadores puderam observar. A diminuição da GDF11 está relacionada com a perda de concentração, memória e envelhecimento acelerado, sintomas que podem ser apresentados por quem convive com a depressão.

Em seguida, a proteína foi reposta aos animais e eles deixaram de apresentar comportamento depressivo. O baixo índice de GDF11 também foi identificado em jovens diagnosticados com o transtorno mental e a pesquisa indica que pacientes possam lidar com o envelhecimento acelerado mesmo na juventude. A proteína não foi injetada em humanos, pois pode provocar alergias. Mais estudos serão necessários para averiguar se a GDF11 poderá ser usada em tratamento inovadores contra a depressão.

Um dos maiores desafios da pesquisa, que foi realizada entre 2018 e 2023, foi mostrar o mecanismo que explica a redução da GDF11. Pois, eles tinham que mostrar e catalogar que a proteína estava baixa na depressão e que, ao se ter a reposição, o paciente saía da depressão através da autofagia, algo que os autores nem cogitam.

“Inicialmente tínhamos a ideia de que a proteína estaria baixa na depressão, e que dando a proteína melhoraria a depressão. Mas que era por meio da autofagia, isso a gente não sabia. Tivemos que ir testando vários outros mecanismos até isolar esse da autofagia”, afirma o professor Flávio Kapczinski, do departamento de Psiquiatria e Medicina Legal da UFRGS, ao Jornal da Universidade.

Feita ao longo de cinco anos, outro desafio enfrentado durante a pesquisa foi a formatura e a consequente saída de pós-doutorandos que estavam participando do projeto. “Demorou tanto que foi desmotivando os pesquisadores. A gente teve que se manter firme, fazendo aos pouquinhos cada um dos experimentos”, comenta Kapczinski, que também comemora a publicação do estudo. Revista GALILEU. Online.
Disponível em:  <https://revistagalileu.globo.com/saude/noticia/2023/04/reducao-de-proteina-explicaenvelhecimento-acelerado-associado-adepressao.ghtml>. Adaptado.
De acordo com as informações presentes na reportagem, assinale a alternativa que apresenta uma análise INCORRETA
Alternativas
Q2232647 Português

Sobre racismo nos campos de futebol, leia o texto a seguir.


"Limpar as arquibancadas. Os insultos racistas se converteram em moeda corrente nos estádios de futebol. Desde as arquibancadas se vaiam os jogadores de cor da equipe contrária com insultos repugnantes ou com imitações aviltantes. São imagens que qualquer torcedor no estádio ou em casa poderá ver, sem dúvida, com muita frequência.
Para acabar com as atitudes racistas se requer tempo, determinação e a colaboração de uma maioria social que, sem dúvida, condene claramente o fato. Há modelos de atuação na Europa que funcionaram com eficácia para erradicar o mal, como no Reino Unido e na Holanda. Mas, para que isso funcione as autoridades devem transmitir à sociedade a mensagem clara de que atuará sem contemplação contra atitudes racistas. Se necessário, as partidas devem ser interrompidas -os árbitros estão autorizados a fazer isso ou até mesmo fechar os campos de futebol onde isso ocorra, além de identificarem-se os ofensores e aplicar-lhes multas significativas. Tais medidas são indispensáveis para que as arquibancadas não se convertam em refúgio ou vitrine do racismo."
El País, 02/03/2006.
Sobre a estruturação argumentativa desse texto, assinale a afirmativa incorreta.
Alternativas
Q2232644 Português
Leia o texto a seguir, publicado em um folheto de distribuição gratuita.

"O excesso de açúcar pode acarretar consequências importantes. A lista abaixo inclui alguns dos efeitos metabólicos do açúcar recolhidos de revistas médicas e outras publicações científicas.

1. O açúcar pode inibir o sistema imunológico e debilitar as defesas contra as enfermidades infecciosas; uma
2. Pode provocar rápida subida de adrenalina, hiperatividade, ansiedade, dificuldade de concentração e irritabilidade;
3.Pode provocar cárie, gengivite e tornar a saliva ácida;
4. Contribui para a obesidade;
5. Pode provocar dores de cabeça e enxaquecas."
Sobre o processo de argumentação desse texto, assinale a afirmativa correta.
Alternativas
Q2232641 Português
Leia a frase a seguir.
"Sem desastres nem guerras, com as doenças reduzidas, sem conventos, prolongada a velhice até a idade bíblica, onde irá parar o mundo?" Machado de Assis
Nessa frase, o autor alerta contra
Alternativas
Q2232639 Português
Assinale a opção que se apoia em uma argumentação subjetiva.
Alternativas
Q2232638 Português
Leia o texto a seguir.

Campeão do mundo, medalha de ouro...
Os homens inventaram esportes que os países, as regiões, as cidades e os povoados podem utilizar para lutarem uns contra os outros. Organizam campeonatos, copas do mundo e, claro, Jogos Olímpicos. É como se essas competições fossem inventos para substituírem as batalhas, como se existissem para que as pessoas pudessem lutar seguindo regras, com árbitros que controlam a violência. Guerrear com bolas, raquetes, em estádios, campos, praças... sempre será melhor que lutar nos campos de batalha com tanques, fuzis e bombas...
No entanto, muitos desses esportes continuam sendo violentos e provocam sofrimentos. Os esportistas se lesionam e às vezes arriscam suas vidas. (...) As pessoas não inventaram os Jogos Olímpicos pela disputa de um ramo de flores mais bonito, nem de uma carta de amor mais doce, nem de um jardim mais bem cuidado. Os grandes encontros esportivos costumam imitar a violência.
Em relação à estruturação e conteúdo do texto acima, assinale a afirmativa correta.
Alternativas
Q2232535 Português
Assinale a opção que mostra uma visão positiva, sem restrições, do casamento.
Alternativas
Q2232534 Português
Leia o texto a seguir.
"Digno de inveja é aquele que, transpondo o limiar da vida, deixa alguma coisa de si na memória e nos corações dos homens, fugindo assim ao comum olvido das gerações humanas."
Machado de Assis. A respeito dos componentes desse segmento textual, assinale a afirmativa correta.
Alternativas
Q2232533 Português
Leia o texto argumentativo a seguir.

"O número de pacientes com câncer no pulmão aumentou assustadoramente no hospital onde trabalho; o fumo faz muito mal à saúde, como sabemos. Agora criaram o cigarro eletrônico, que é mais chique, mas produz o mesmo estrago. O governo deveria aumentar enormemente os impostos sobre o fumo e sobre o álcool a fim de reduzir o consumo.
Sobre a estruturação desse texto, assinale a afirmativa correta.
Alternativas
Q2232212 Português
Sobre a significação das palavras no texto, analise as afirmações a seguir:
I.No título, "Novas vias para explorar o espaço", a palavra "vias" pode ser considerada ambígua. II.A palavra "nanossatélite" teve seu sentido construído a partir da adição de um prefixo ao radical. III.A palavra "lançamento" no trecho "O lançamento, em abril, de um satélite de 12 quilos (kg)..." significa que o projeto foi apresentado ao público.
É correto o que se afirma em: 
Alternativas
Q2231872 Português
O que sabemos sobre as profundezas do oceano

Embora as pessoas explorem a superfície do oceano há dezenas de milhares de anos, apenas cerca de 20% do fundo do mar foi mapeado, de acordo com dados de 2022 da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, em inglês), dos Estados Unidos.

Os pesquisadores costumam dizer que viajar para o espaço é mais fácil do que mergulhar no fundo do oceano. Enquanto 12 astronautas passaram um total coletivo de 300 horas na superfície lunar, apenas três pessoas passaram cerca de três horas explorando o Challenger Deep , o ponto mais profundo conhecido do fundo do mar da Terra, de acordo com a Woods Hole Oceanographic Institution.

Na verdade, "temos melhores mapas da Lua e de Marte do que do nosso próprio planeta", disse o pesquisador Gene Feldman, oceanógrafo emérito da Nasa que passou mais de 30 anos na agência espacial.

Há uma razão pela qual a exploração do mar profundo por humanos tem sido tão limitada: viajar para as profundezas do oceano significa entrar em um reino com níveis enormes de pressão quanto mais você desce - um empreendimento de alto risco. O ambiente é escuro com quase nenhuma visibilidade. As temperaturas frias são extremas.

O que está no fundo do oceano


Enquanto o que é considerado o oceano profundo se estende de 1.000 metros a 6.000 metros abaixo da superfície, as trincheiras do fundo do mar podem chegar a 11.000 metros, de acordo com a Woods Hole Oceanographic Institution . Essa região , chamada de zona hadal ou hadopelágica, recebeu o nome de Hades, o deus grego do submundo. Na zona hadal, as temperaturas estão um pouco acima de zero e nenhuma luz do sol alcança.

Os cientistas conseguiram provar pela primeira vez que existia vida abaixo de 7 mil metros em 1948, de acordo com a instituição. As descobertas no Challenger Deep foram notáveis, incluindo afloramentos rochosos "vibrantemente coloridos" que podem ser depósitos químicos, anfípodes supergigantes semelhantes a camarões e holoturianos ou pepinos-do-mar que vivem no fundo.

Feldman também se lembra de sua própria tentativa na década de 1990 de vislumbrar a evasiva lula gigante, que se esconde nas profundezas escuras do oceano. O primeiro vídeo de uma criatura viva, que pode chegar a quase 18 metros de comprimento, foi capturado no fundo do mar perto do Japão em 2012, de acordo com a NOAA.

Um novo mundo também se abriu na década de 1970, disse Feldman, quando "um ecossistema totalmente alienígena" foi descoberto pelo geólogo marinho Robert Ballard, então com a Woods Hole Oceanographic Institution , dentro do mar perto do Rift de Galápagos - "com esses vermes gigantes, gigantes amêijoas, caranguejos e coisas que viviam nessas... aberturas no fundo do mar."

As criaturas incomuns - algumas das quais brilham com bioluminescência para se comunicar, atraem presas e atraem parceiros - esculpiram habitats dentro das paredes íngremes das fossas oceânicas. Essas formas de vida se adaptaram para viver em ambientes extremos e não existem em nenhum outro lugar do planeta. Em vez de depender da luz solar para processos fundamentais, elas usam energia química expelida de vazamentos hidrotermais e aberturas formadas pelo magma que sobe do fundo do oceano.

A água fria do mar se infiltra pelas rachaduras do fundo do mar e se aquece a 400 graus Celsius ao interagir com as rochas aquecidas pelo magma. As reações químicas produzem minerais contendo enxofre e ferro, e as fontes expelem a água rica em nutrientes que sustenta o ecossistema de vida marinha incomum agrupada em torno delas.

Retirado e adaptado de: WATTLES, Jackie.; STRICKLAND, Ashley.; HUNT, Katie. O que sabemos sobre as profundezas do oceano - e por que é tão arriscado explorá-lo. CNN. Disponível em: nddezaassdoocea nooe--ppo-que--e-ao-arriscado-exploalo -sobre-as-profundezas-do-oceano-e-por-que-e-tao-arriscado-explora-lo/ Acesso em: 26 jun., 2023.
Considere o seguinte trecho retirado de "O que sabemos sobre as profundezas do oceano":
Enquanto o que é considerado o oceano profundo se estende de 1.000 metros a 6.000 metros abaixo da superfície, as trincheiras do fundo do mar podem chegar a 11.000 metros.
Agora, analise-o sintaticamente e reflita sobre as afirmações a seguir. Marque V, para verdadeiras, e F, para falsas: 
(__) O trecho se trata de um período composto por subordinação.
(__) No trecho, há uma ideia de temporalidade.
(__) "As trincheiras do fundo do mar" é o sujeito da oração subordinada.
Assinale a alternativa com a sequência correta:
Alternativas
Q2231501 Português
Leia o texto a seguir para responder à questão.

Por que Nova York está ‘esvaziando’?

        Uma casa com quintal e espaço para montar um escritório já era um sonho de Giovanna Almeida antes de o mundo ouvir falar de um tal de coronavírus pela primeira vez. Ela morava no Brooklyn quando teve de se isolar em casa durante o pico da pandemia.
        Na época em que ainda frequentava o escritório, ela gastava uma hora no trajeto entre a casa e o trabalho. Hoje, ela e o marido moram em Nova Jersey, estado vizinho a Nova York, onde o bebê de 11 meses logo vai poder correr à vontade no gramado, nos fundos da casa que eles compraram recentemente. Giovanna é um exemplo de uma tendência que transformou Nova York num dos estados que mais perderam moradores nos últimos dois anos.
        O professor da Universidade Columbia, Stijn Van Nieuwerburgh, acha que as autoridades precisam tomar providências urgentes para evitar que a cidade entre em um ciclo vicioso com menos arrecadação, população cada vez menor, empresas se mudando e os serviços cada vez mais precários.
        Basta dar uma caminhada pela rua 57, entre a Quinta e a Sexta avenidas, para entender o que está acontecendo. Com o aumento do trabalho remoto, essa área, que tinha um dos metros quadrados comerciais mais caros da cidade, tem agora várias lojas fechadas e prédios de escritório completamente vazios, com anúncios de “aluga-se”.
        Uma das propostas da prefeitura da cidade é converter esses escritórios em residências. O professor Nieuwerburgh afirma que a ideia é boa e barata. Basta mudar a lei do zoneamento. “Você pode manter a loja no primeiro andar e converter todos os escritórios nos outros andares porque vai gerar demanda para o comércio.”
        “Nenhuma cidade pode viver só dos profissionais de finanças, tecnologia e de advogados”, afirma. Para voltar a ser uma cidade vibrante, será necessário manter, também, artistas, funcionários de hotéis e de restaurantes e quem trabalha no entretenimento.
        O risco é ver Nova York repetir o que já enfrentou nos anos 1970 e o que Detroit ainda não conseguiu superar. Por isso, Nieuwerburgh aconselha: quanto mais rápido a cidade votar a mudança do zoneamento e converter prédios comerciais em residências, mais depressa a arrecadação vai voltar a crescer, garantindo a manutenção dos serviços de transporte, educação e segurança.
(Heloisa Villela. BBC News Brasil. 28 dezembro 2022)
A passagem do texto em que se pode identificar a ideia de proporção é:
Alternativas
Q2231497 Português
Leia o texto a seguir para responder à questão.

Por que Nova York está ‘esvaziando’?

        Uma casa com quintal e espaço para montar um escritório já era um sonho de Giovanna Almeida antes de o mundo ouvir falar de um tal de coronavírus pela primeira vez. Ela morava no Brooklyn quando teve de se isolar em casa durante o pico da pandemia.
        Na época em que ainda frequentava o escritório, ela gastava uma hora no trajeto entre a casa e o trabalho. Hoje, ela e o marido moram em Nova Jersey, estado vizinho a Nova York, onde o bebê de 11 meses logo vai poder correr à vontade no gramado, nos fundos da casa que eles compraram recentemente. Giovanna é um exemplo de uma tendência que transformou Nova York num dos estados que mais perderam moradores nos últimos dois anos.
        O professor da Universidade Columbia, Stijn Van Nieuwerburgh, acha que as autoridades precisam tomar providências urgentes para evitar que a cidade entre em um ciclo vicioso com menos arrecadação, população cada vez menor, empresas se mudando e os serviços cada vez mais precários.
        Basta dar uma caminhada pela rua 57, entre a Quinta e a Sexta avenidas, para entender o que está acontecendo. Com o aumento do trabalho remoto, essa área, que tinha um dos metros quadrados comerciais mais caros da cidade, tem agora várias lojas fechadas e prédios de escritório completamente vazios, com anúncios de “aluga-se”.
        Uma das propostas da prefeitura da cidade é converter esses escritórios em residências. O professor Nieuwerburgh afirma que a ideia é boa e barata. Basta mudar a lei do zoneamento. “Você pode manter a loja no primeiro andar e converter todos os escritórios nos outros andares porque vai gerar demanda para o comércio.”
        “Nenhuma cidade pode viver só dos profissionais de finanças, tecnologia e de advogados”, afirma. Para voltar a ser uma cidade vibrante, será necessário manter, também, artistas, funcionários de hotéis e de restaurantes e quem trabalha no entretenimento.
        O risco é ver Nova York repetir o que já enfrentou nos anos 1970 e o que Detroit ainda não conseguiu superar. Por isso, Nieuwerburgh aconselha: quanto mais rápido a cidade votar a mudança do zoneamento e converter prédios comerciais em residências, mais depressa a arrecadação vai voltar a crescer, garantindo a manutenção dos serviços de transporte, educação e segurança.
(Heloisa Villela. BBC News Brasil. 28 dezembro 2022)
De acordo com o texto, as transformações observadas na paisagem de Nova York
Alternativas
Respostas
3241: C
3242: C
3243: C
3244: C
3245: A
3246: A
3247: D
3248: C
3249: D
3250: C
3251: C
3252: A
3253: B
3254: E
3255: D
3256: B
3257: C
3258: C
3259: E
3260: A