Questões de Concurso Comentadas sobre noções gerais de compreensão e interpretação de texto em português

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Q1737463 Português
Texto 1A1-I

    Estou escrevendo um livro sobre a guerra...
    Eu, que nunca gostei de ler livros de guerra, ainda que, durante minha infância e juventude, essa fosse a leitura preferida de todo mundo. De todo mundo da minha idade. E isso não surpreende — éramos filhos da Vitória. Filhos dos vencedores.
    Em nossa família, meu avô, pai da minha mãe, morreu no front; minha avó, mãe do meu pai, morreu de tifo; de seus três filhos, dois serviram no Exército e desapareceram nos primeiros meses da guerra, só um voltou. Meu pai.
     Não sabíamos como era o mundo sem guerra, o mundo da guerra era o único que conhecíamos, e as pessoas da guerra eram as únicas que conhecíamos. Até agora não conheço outro mundo, outras pessoas. Por acaso existiram em algum momento?
     A vila de minha infância depois da guerra era feminina. Das mulheres. Não me lembro de vozes masculinas. Tanto que isso ficou comigo: quem conta a guerra são as mulheres. Choram. Cantam enquanto choram.
     Na biblioteca da escola, metade dos livros era sobre a guerra. Tanto na biblioteca rural quanto na do distrito, onde meu pai sempre ia pegar livros. Agora, tenho uma resposta, um porquê. Como ia ser por acaso? Estávamos o tempo todo em guerra ou nos preparando para ela. E rememorando como combatíamos. Nunca tínhamos vivido de outra forma, talvez nem saibamos como fazer isso. Não imaginamos outro modo de viver, teremos que passar um tempo aprendendo.
     Por muito tempo fui uma pessoa dos livros: a realidade me assustava e atraía. Desse desconhecimento da vida surgiu uma coragem. Agora penso: se eu fosse uma pessoa mais ligada à realidade, teria sido capaz de me lançar nesse abismo? De onde veio tudo isso: do desconhecimento? Ou foi uma intuição do caminho? Pois a intuição do caminho existe...
     Passei muito tempo procurando... Com que palavras seria possível transmitir o que escuto? Procurava um gênero que respondesse à forma como vejo o mundo, como se estruturam meus olhos, meus ouvidos.
     Uma vez, veio parar em minhas mãos o livro Eu venho de uma vila em chamas. Tinha uma forma incomum: um romance constituído a partir de vozes da própria vida, do que eu escutara na infância, do que agora se escuta na rua, em casa, no café. É isso! O círculo se fechou. Achei o que estava procurando. O que estava pressentindo.

Svetlana Aleksiévitch. A guerra não tem rosto de mulher.
Companhia das Letras, 2016, p. 9-11 (com adaptações).  
Depreende-se do texto 1A1-I que um dos motivos que levou à escrita desse livro foi o fato de que
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Q1737415 Português
Leia o texto para responder a questão.

Noite de autógrafos

    Escritores, principalmente de ficção, mentem muito – ou não seriam escritores de ficção. Mas ninguém mente mais que escritores em campanha de lançamento de um livro, não importa o gênero. A noite de autógrafos, por exemplo, é um terreno fértil para tal autor delirar e sair dizendo, no dia seguinte, que assinou muito mais livros do que os modestos 15 ou 20 que autografou na vida real.

    Minha história favorita é a da bela romancista bissexta que, há anos, teria autografado 2000 livros de uma sentada, numa livraria em São Paulo. Já com uma certa prática na matéria, fiz os cálculos. Dois mil livros? Vamos supor que a autora tenha recebido cada leitor à mesa, aceitado o seu beijo, trocado com ele uma única e simpática frase, deixado fotografar-se abraçada ao dito, escrito algo bem simples, assinado, devolvido o livro, aceitado outro beijo e dito tchau – e tudo isso em 1 minuto cravado.

    Significa que os 2000 livros lhe terão tomado 2000 minutos. Ou seja, ela ficou sentada por 33 horas e 20 minutos, assinando sem parar. Nem os megassellers* americanos que aportam aqui e carimbam os livros em vez de assiná-los conseguiriam tal proeza.

    Já o autor mais consciencioso, em meio à sessão, dá uma espiada na fila, constata que ela está muito comprida e tenta apressar o processo. Mas nem sempre é possível, porque quem vai a tais eventos quer mais que um autógrafo – quer também trocar uma palavra com o autor e sentir, ao vivo, se ele se parece com o que escreve.

    É um momento bonito esse encontro do escritor com seus leitores. E não importa que tenha sido uma noite de 15 ou 20 autógrafos – ou de imaginários 2000.

(Ruy Castro. A arte de querer bem.
Rio de Janeiro: Estação Brasil, 2018, p. 59-60)

* megassellers: escritores que atingem a marca de milhões de exemplares vendidos.
Os termos destacados na passagem “Já o autor mais consciencioso, em meio à sessão, dá uma espiada na fila, constata que ela está muito comprida e tenta apressar o processo.” são empregados para modificar o sentido dos nomes a que se referem, imprimindo-lhes circunstância de
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Q1737414 Português
Leia o texto para responder a questão.

Noite de autógrafos

    Escritores, principalmente de ficção, mentem muito – ou não seriam escritores de ficção. Mas ninguém mente mais que escritores em campanha de lançamento de um livro, não importa o gênero. A noite de autógrafos, por exemplo, é um terreno fértil para tal autor delirar e sair dizendo, no dia seguinte, que assinou muito mais livros do que os modestos 15 ou 20 que autografou na vida real.

    Minha história favorita é a da bela romancista bissexta que, há anos, teria autografado 2000 livros de uma sentada, numa livraria em São Paulo. Já com uma certa prática na matéria, fiz os cálculos. Dois mil livros? Vamos supor que a autora tenha recebido cada leitor à mesa, aceitado o seu beijo, trocado com ele uma única e simpática frase, deixado fotografar-se abraçada ao dito, escrito algo bem simples, assinado, devolvido o livro, aceitado outro beijo e dito tchau – e tudo isso em 1 minuto cravado.

    Significa que os 2000 livros lhe terão tomado 2000 minutos. Ou seja, ela ficou sentada por 33 horas e 20 minutos, assinando sem parar. Nem os megassellers* americanos que aportam aqui e carimbam os livros em vez de assiná-los conseguiriam tal proeza.

    Já o autor mais consciencioso, em meio à sessão, dá uma espiada na fila, constata que ela está muito comprida e tenta apressar o processo. Mas nem sempre é possível, porque quem vai a tais eventos quer mais que um autógrafo – quer também trocar uma palavra com o autor e sentir, ao vivo, se ele se parece com o que escreve.

    É um momento bonito esse encontro do escritor com seus leitores. E não importa que tenha sido uma noite de 15 ou 20 autógrafos – ou de imaginários 2000.

(Ruy Castro. A arte de querer bem.
Rio de Janeiro: Estação Brasil, 2018, p. 59-60)

* megassellers: escritores que atingem a marca de milhões de exemplares vendidos.
A ideia presente na expressão verbal destacada na passagem “Minha história favorita é a da bela romancista bissexta que, há anos, teria autografado 2000 livros…” também pode ser corretamente identificada na expressão verbal destacada em:
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Q1737413 Português
Leia o texto para responder a questão.

Noite de autógrafos

    Escritores, principalmente de ficção, mentem muito – ou não seriam escritores de ficção. Mas ninguém mente mais que escritores em campanha de lançamento de um livro, não importa o gênero. A noite de autógrafos, por exemplo, é um terreno fértil para tal autor delirar e sair dizendo, no dia seguinte, que assinou muito mais livros do que os modestos 15 ou 20 que autografou na vida real.

    Minha história favorita é a da bela romancista bissexta que, há anos, teria autografado 2000 livros de uma sentada, numa livraria em São Paulo. Já com uma certa prática na matéria, fiz os cálculos. Dois mil livros? Vamos supor que a autora tenha recebido cada leitor à mesa, aceitado o seu beijo, trocado com ele uma única e simpática frase, deixado fotografar-se abraçada ao dito, escrito algo bem simples, assinado, devolvido o livro, aceitado outro beijo e dito tchau – e tudo isso em 1 minuto cravado.

    Significa que os 2000 livros lhe terão tomado 2000 minutos. Ou seja, ela ficou sentada por 33 horas e 20 minutos, assinando sem parar. Nem os megassellers* americanos que aportam aqui e carimbam os livros em vez de assiná-los conseguiriam tal proeza.

    Já o autor mais consciencioso, em meio à sessão, dá uma espiada na fila, constata que ela está muito comprida e tenta apressar o processo. Mas nem sempre é possível, porque quem vai a tais eventos quer mais que um autógrafo – quer também trocar uma palavra com o autor e sentir, ao vivo, se ele se parece com o que escreve.

    É um momento bonito esse encontro do escritor com seus leitores. E não importa que tenha sido uma noite de 15 ou 20 autógrafos – ou de imaginários 2000.

(Ruy Castro. A arte de querer bem.
Rio de Janeiro: Estação Brasil, 2018, p. 59-60)

* megassellers: escritores que atingem a marca de milhões de exemplares vendidos.
De acordo com o autor do texto, a
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Q1737390 Português
Com base nas relações lógico-discursivas do texto, no trecho Saiu da sala assim que tocou o sinal, os termos sublinhados expressam ideia de:
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Q1737389 Português

Para responder a questão, leia os seguintes versos: 


Hão de chorar por ela os cinamomos,

Murchando as flores ao tombar do dia.

Dos laranjais hão de cair os pomos,

Lembrando-se daquela que os colhia.


As estrelas dirão — “Ai! nada somos,

Pois ela se morreu silente e fria...”

E pondo os olhos nela como pomos,

Hão de chorar a irmã que lhes sorria.


A lua, que lhe foi mãe carinhosa,

Que a viu nascer e amar, há de envolvê-la

Entre lírios e pétalas de rosa.


Os meus sonhos de amor serão defuntos...

E os arcanjos dirão no azul ao vê-la,

Pensando em mim: — "Por que não vieram juntos?"


(Alphonsus de Guimaraens. Hão de chorar por ela os cinamomos.). 

Assinale a alternativa que apresenta o tema principal abordado no poema.
Alternativas
Q1737388 Português

Para responder a questão, leia os seguintes versos: 


Hão de chorar por ela os cinamomos,

Murchando as flores ao tombar do dia.

Dos laranjais hão de cair os pomos,

Lembrando-se daquela que os colhia.


As estrelas dirão — “Ai! nada somos,

Pois ela se morreu silente e fria...”

E pondo os olhos nela como pomos,

Hão de chorar a irmã que lhes sorria.


A lua, que lhe foi mãe carinhosa,

Que a viu nascer e amar, há de envolvê-la

Entre lírios e pétalas de rosa.


Os meus sonhos de amor serão defuntos...

E os arcanjos dirão no azul ao vê-la,

Pensando em mim: — "Por que não vieram juntos?"


(Alphonsus de Guimaraens. Hão de chorar por ela os cinamomos.). 

Acerca dos recursos empregados para a construção de sentidos do poema, pode-se afirmar que:
Alternativas
Q1737387 Português

Para responder à questão, leia a tirinha abaixo: 



Acerca da linguagem empregada na tirinha, lei as assertivas:
I. A expressão Dê-me um beijo é própria do registro formal. Em situações de emprego coloquial, mantendo-se o modo verbal, se usaria Me dê um beijo. II. A palavra Bah se configura como um regionalismo usual da região sul do Brasil. III. A onomatopeia, recurso empregado no segundo quadrinho, pouco acrescenta para a produção de sentidos da tirinha, pois diminui a expressividade do discurso.
Pode-se afirmar que:
Alternativas
Q1737386 Português

Para responder à questão, leia a tirinha abaixo: 



Pode-se afirmar que a construção do efeito de humor na tirinha se dá, principalmente, pela:
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Q1737384 Português
Considerando os elementos coesivos de um texto, pode-se afirmar que a relação de consequência está corretamente indicada em qual das seguintes frases?
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Q1737383 Português
Após a leitura do enunciado apresentado a seguir, leia as assertivas:
Gostei da reportagem sobre adoção. As informações sobre como funciona o processo de adoção no Brasil são realmente muito importantes. Pois muitas pessoas deixam de adotar uma criança por não saber como funciona e o que é preciso para tal gesto. Que essa matéria sirva de exemplo para que muitas pessoas possam dar um novo lar a uma criança. (Carta dos leitores. Antonio Luciano Vieira, Diadema, SP. Revista Época. Nº 327/2004).
I. A carta do leitor é um gênero textual veiculado pelos meios de comunicação, principalmente jornais e revistas, e pauta-se pela exposição crítica do leitor sobre determinados assuntos. II. De tipologia narrativa, a carta do leitor, geralmente, é narrada em 1ª pessoa e apresenta registro formal de escrita. III. Um dos elementos mais característicos da carta do leitor é a assinatura do emissor.
Pode-se afirmar que:
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Q1737077 Português
Álcool na juventude: como prevenir o consumo indevido?
Você já deve ter ouvido que, em doses moderadas, o álcool pode até ser vantajoso. Ora, vários estudos comprovam que uma taça de vinho por dia faz bem ao coração. E uma boa parcela da população toma seu drinque no fim de semana sem riscos. O consumo inadequado, porém, é um grave problema de saúde pública - e motivo de grande preocupação entre os pais de adolescentes.
No Brasil, meninos e meninas começam a beber, em média, entre os 10 e 13 anos. E o padrão de consumo mais frequente na adolescência é o binge, ou “beber para embriagar-se”, prática associada a comportamentos de risco, como dirigir alcoolizado e fazer sexo desprotegido, entre outros. Aos 17 anos, quase 40% dos estudantes brasileiros relatam já ter ficado bêbado alguma vez. Diante de dados tão preocupantes, como podemos mudar esse cenário?
Medidas restritivas não bastam. Até porque a lei existe e, mesmo que fosse bem fiscalizada, vivemos em um país onde falsificar o RG é algo recorrente. Os gestores públicos precisam, então, investir em políticas de prevenção, e os pais têm que estar mais atentos.
Nos últimos dez anos tenho ajudado a desenvolver estratégias nesse sentido, buscando evidências do que funciona para adaptar à realidade local, sempre com uma pitada de inovação. No programa “Na Responsa”, aplicado em parceria com ONGs e escolas, são realizadas atividades com jovens em diversos locais do país. Práticas que funcionam são multiplicadas.
Um exemplo é a “Balada sem álcool”, evento idealizado em Heliópolis, na capital paulista, em que o jovem tem uma experiência de diversão intensa sem bebida alcoólica. O programa - que já inspirou o Movimento Pé no Chão, implantado nas 5 300 escolas públicas de São Paulo - aborda também temas como consciência e empoderamento, com conteúdo todo produzido de jovem para jovem.
(Adaptado. Bettina Grajcer. Disponível em: http://www.diariodepernambuco.com.br/)
Com base no texto 'Álcool na juventude: como prevenir o consumo indevido?', leia as afirmativas a seguir: I. Nos fragmentos “O consumo inadequado, porém, é um grave problema de saúde pública...” e “... a lei existe e, mesmo que fosse bem fiscalizada, vivemos em um país onde falsificar o RG é algo recorrente...”, as conjunções possuem valor semântico de concessão e causa, respectivamente.
II. Por ser um texto opinativo, o autor optou pelo uso da terceira pessoa e pelas marcas de impessoalidade ocasionadas pela estrutura “verbo+pronome apassivador”. Por isso, evitou o uso da primeira pessoa.
Marque a alternativa CORRETA:
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Q1737016 Português
O QUE FALTA AO BRASIL?
Se no Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM fosse pedido aos examinandos uma redação sobre ‘O que falta no Brasil?’, os textos resultantes possivelmente constituiriam uma gigantesca coleção de listas em que estariam explicitados processos/produtos que vergonhosamente encontram-se ausentes entre nós. Essa mega-listagem poderia ser subdividida em listas diversas: o que falta na educação, saúde pública, segurança, economia, política, agricultura, indústria, mídia, tecnologia, nas artes, ciências e relações inter-poderes.
Poderíamos reunir, em uma lista, o que falta para a superação da fome, da pobreza, da miséria, da falta de habitações populares. Quanto à formação individual, compilaríamos uma lista de valores de que somos carentes: respeito, honestidade, integridade, espiritualidade. No universo de redações analisadas, encontraríamos exemplos de Cidadania Imaginativa: partidos políticos que priorizassem as necessidades de saúde (Partido pela Saúde do Povo?), de corresponsabilidade ambiental (Partido pela Dignidade Ambiental?). Assim, o oceano de ideias apresentadas nessas redações contribuiria para desenvolver nosso senso crítico com a devida humildade: adultos acolheriam sugestões de jovens, engajados em melhorar as condições de vida de nosso povo, em contribuir para uma verdadeira BRASILidade.
O que falta ao Brasil? Reflita e dê uma resposta formativa, caro(a) leitor(a). Além de criar sua lista, formule e implemente soluções que ajudem a TRANSformar nosso país. O que falta ao Brasil para ir além da Ordem e Progresso? PLURI-DIGNIDADE. Uma DIGNIsaúde, uma DIGNeducação, uma DIGNIpolítica, uma DIGNIvida comunitária. Continue, leitor, explorando a pluridimensionalidade da dignidade no contexto brasileiro atual.

(Francisco Gomes de Matos. Disponível em: http://www.diariodepernambuco.com.br/).
Com base no texto 'O QUE FALTA AO BRASIL?', leia as afirmativas a seguir: I. O termo “vergonhosamente” revela certa polaridade de julgamento em relação a processos/produtos.
II. No fragmento “Continue, leitor, explorando...”, a palavra entre vírgulas tem função sintática de objeto direto.
Marque a alternativa CORRETA:
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Q1737014 Português
O QUE FALTA AO BRASIL?
Se no Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM fosse pedido aos examinandos uma redação sobre ‘O que falta no Brasil?’, os textos resultantes possivelmente constituiriam uma gigantesca coleção de listas em que estariam explicitados processos/produtos que vergonhosamente encontram-se ausentes entre nós. Essa mega-listagem poderia ser subdividida em listas diversas: o que falta na educação, saúde pública, segurança, economia, política, agricultura, indústria, mídia, tecnologia, nas artes, ciências e relações inter-poderes.
Poderíamos reunir, em uma lista, o que falta para a superação da fome, da pobreza, da miséria, da falta de habitações populares. Quanto à formação individual, compilaríamos uma lista de valores de que somos carentes: respeito, honestidade, integridade, espiritualidade. No universo de redações analisadas, encontraríamos exemplos de Cidadania Imaginativa: partidos políticos que priorizassem as necessidades de saúde (Partido pela Saúde do Povo?), de corresponsabilidade ambiental (Partido pela Dignidade Ambiental?). Assim, o oceano de ideias apresentadas nessas redações contribuiria para desenvolver nosso senso crítico com a devida humildade: adultos acolheriam sugestões de jovens, engajados em melhorar as condições de vida de nosso povo, em contribuir para uma verdadeira BRASILidade.
O que falta ao Brasil? Reflita e dê uma resposta formativa, caro(a) leitor(a). Além de criar sua lista, formule e implemente soluções que ajudem a TRANSformar nosso país. O que falta ao Brasil para ir além da Ordem e Progresso? PLURI-DIGNIDADE. Uma DIGNIsaúde, uma DIGNeducação, uma DIGNIpolítica, uma DIGNIvida comunitária. Continue, leitor, explorando a pluridimensionalidade da dignidade no contexto brasileiro atual.

(Francisco Gomes de Matos. Disponível em: http://www.diariodepernambuco.com.br/).
Com base no texto 'O QUE FALTA AO BRASIL?', leia as afirmativas a seguir: I. Em “O que falta ao Brasil para ir além da Ordem e Progresso?”, há referência a uma frase externa ao texto que compromete o sentido pragmático da pergunta, caso o leitor não recupere a informação em sua memória.
II. As letras maiúsculas em “TRANSformar” foram usadas para dar realce ao prefixo que significa, no contexto, negação.
Marque a alternativa CORRETA:
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Q1736195 Português
Texto 1A2-I

    Este artigo questiona a informação histórica de que o Brasil se insere na modernidade-mundo, o chamado “mundo moderno”, através da realização da Semana de Arte Moderna de 1922. Tal inserção se daria, na verdade, pela construção do samba moderno a partir da ótica artística de Pixinguinha (1897-1973), em especial pela sua excursão com os Oito Batutas pela França, em 1921, patrocinada pelo multimilionário Arnaldo Guinle (1884-1963), apesar das críticas negativas de cunho racista dos cadernos culturais da época.
    O samba de Pixinguinha é resultante do amálgama das expressões culturais e religiosas afro-brasileiras e das trocas de experiências culturais entre diferentes expressões culturais que começavam a circular pelo mundo, de maneira mais ampla e rápida, graças às ondas sonoras de rádio, às gravações de discos e às partituras que chegavam ao Rio de Janeiro. Existia toda uma vida cultural que se desenvolvia em torno da vida portuária carioca, que funcionava como acesso das populações pobres e marginalizadas da cidade ao que de mais moderno ocorria no mundo, de maneiras inimaginadas pelas elites da época, com impactos ainda não devidamente situados e valorizados em suas importâncias e significados para a cultura brasileira. Há ainda a influência da música europeia como a polca ou a música de Bach, retrabalhadas e contextualizadas pelos músicos negros e mestiços que deram origem ao choro e ao maxixe, os quais seriam presenças seminais no artesanato musical de Pixinguinha.
     Pixinguinha e seus oito Batutas subvertem a ordem racista da elite brasileira da época conquistando –– literalmente –– a cidade luz, estabelecendo novos parâmetros culturais e de modernidade para os próprios europeus. No entanto, mesmo que seu impacto no exterior tenha se dado de maneira espaçada e pontual, a Semana de Arte Moderna de 1922 ficou conhecida como símbolo de nossa inserção na modernidade-mundo vigente, em detrimento do impacto imediato causado pela arte revolucionária de Pixinguinha e sua trupe musical entre os círculos culturais europeus. Cada apresentação era uma demonstração ao mundo de uma nova forma de música urbana, articulada e desenvolvida, com estrutura rítmica e harmoniosa de alta sofisticação. Não é por acaso que as gravações e partituras desse período em Paris tornaram-se referenciais para o cenário musical francês e para o mundo do jazz norte-americano, como ficaria comprovado pela admiração confessa de Louis Armstrong (1901-1971) por Pixinguinha ou pela regravação de Tico-Tico no fubá por Charlie Parker (1920-1955), no álbum La Paloma, em 1954. Christian Ribeiro. Pixinguinha, o samba e a construção do Brasil moderno. Internet: (com adaptações).  
Conforme o texto 1A2-I, a música de Pixinguinha
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Q1736194 Português
Texto 1A2-I

    Este artigo questiona a informação histórica de que o Brasil se insere na modernidade-mundo, o chamado “mundo moderno”, através da realização da Semana de Arte Moderna de 1922. Tal inserção se daria, na verdade, pela construção do samba moderno a partir da ótica artística de Pixinguinha (1897-1973), em especial pela sua excursão com os Oito Batutas pela França, em 1921, patrocinada pelo multimilionário Arnaldo Guinle (1884-1963), apesar das críticas negativas de cunho racista dos cadernos culturais da época.
    O samba de Pixinguinha é resultante do amálgama das expressões culturais e religiosas afro-brasileiras e das trocas de experiências culturais entre diferentes expressões culturais que começavam a circular pelo mundo, de maneira mais ampla e rápida, graças às ondas sonoras de rádio, às gravações de discos e às partituras que chegavam ao Rio de Janeiro. Existia toda uma vida cultural que se desenvolvia em torno da vida portuária carioca, que funcionava como acesso das populações pobres e marginalizadas da cidade ao que de mais moderno ocorria no mundo, de maneiras inimaginadas pelas elites da época, com impactos ainda não devidamente situados e valorizados em suas importâncias e significados para a cultura brasileira. Há ainda a influência da música europeia como a polca ou a música de Bach, retrabalhadas e contextualizadas pelos músicos negros e mestiços que deram origem ao choro e ao maxixe, os quais seriam presenças seminais no artesanato musical de Pixinguinha.
     Pixinguinha e seus oito Batutas subvertem a ordem racista da elite brasileira da época conquistando –– literalmente –– a cidade luz, estabelecendo novos parâmetros culturais e de modernidade para os próprios europeus. No entanto, mesmo que seu impacto no exterior tenha se dado de maneira espaçada e pontual, a Semana de Arte Moderna de 1922 ficou conhecida como símbolo de nossa inserção na modernidade-mundo vigente, em detrimento do impacto imediato causado pela arte revolucionária de Pixinguinha e sua trupe musical entre os círculos culturais europeus. Cada apresentação era uma demonstração ao mundo de uma nova forma de música urbana, articulada e desenvolvida, com estrutura rítmica e harmoniosa de alta sofisticação. Não é por acaso que as gravações e partituras desse período em Paris tornaram-se referenciais para o cenário musical francês e para o mundo do jazz norte-americano, como ficaria comprovado pela admiração confessa de Louis Armstrong (1901-1971) por Pixinguinha ou pela regravação de Tico-Tico no fubá por Charlie Parker (1920-1955), no álbum La Paloma, em 1954. Christian Ribeiro. Pixinguinha, o samba e a construção do Brasil moderno. Internet: (com adaptações).  
No trecho “mesmo que seu impacto no exterior tenha se dado de maneira espaçada e pontual, a Semana de Arte Moderna de 1922 ficou conhecida como símbolo de nossa inserção na modernidade-mundo vigente, em detrimento do impacto imediato causado pela arte revolucionária de Pixinguinha e sua trupe musical entre os círculos culturais europeus”, do texto 1A2-I, a expressão em detrimento de tem o mesmo sentido que
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Q1736191 Português
Texto 1A2-I

    Este artigo questiona a informação histórica de que o Brasil se insere na modernidade-mundo, o chamado “mundo moderno”, através da realização da Semana de Arte Moderna de 1922. Tal inserção se daria, na verdade, pela construção do samba moderno a partir da ótica artística de Pixinguinha (1897-1973), em especial pela sua excursão com os Oito Batutas pela França, em 1921, patrocinada pelo multimilionário Arnaldo Guinle (1884-1963), apesar das críticas negativas de cunho racista dos cadernos culturais da época.
    O samba de Pixinguinha é resultante do amálgama das expressões culturais e religiosas afro-brasileiras e das trocas de experiências culturais entre diferentes expressões culturais que começavam a circular pelo mundo, de maneira mais ampla e rápida, graças às ondas sonoras de rádio, às gravações de discos e às partituras que chegavam ao Rio de Janeiro. Existia toda uma vida cultural que se desenvolvia em torno da vida portuária carioca, que funcionava como acesso das populações pobres e marginalizadas da cidade ao que de mais moderno ocorria no mundo, de maneiras inimaginadas pelas elites da época, com impactos ainda não devidamente situados e valorizados em suas importâncias e significados para a cultura brasileira. Há ainda a influência da música europeia como a polca ou a música de Bach, retrabalhadas e contextualizadas pelos músicos negros e mestiços que deram origem ao choro e ao maxixe, os quais seriam presenças seminais no artesanato musical de Pixinguinha.
     Pixinguinha e seus oito Batutas subvertem a ordem racista da elite brasileira da época conquistando –– literalmente –– a cidade luz, estabelecendo novos parâmetros culturais e de modernidade para os próprios europeus. No entanto, mesmo que seu impacto no exterior tenha se dado de maneira espaçada e pontual, a Semana de Arte Moderna de 1922 ficou conhecida como símbolo de nossa inserção na modernidade-mundo vigente, em detrimento do impacto imediato causado pela arte revolucionária de Pixinguinha e sua trupe musical entre os círculos culturais europeus. Cada apresentação era uma demonstração ao mundo de uma nova forma de música urbana, articulada e desenvolvida, com estrutura rítmica e harmoniosa de alta sofisticação. Não é por acaso que as gravações e partituras desse período em Paris tornaram-se referenciais para o cenário musical francês e para o mundo do jazz norte-americano, como ficaria comprovado pela admiração confessa de Louis Armstrong (1901-1971) por Pixinguinha ou pela regravação de Tico-Tico no fubá por Charlie Parker (1920-1955), no álbum La Paloma, em 1954. Christian Ribeiro. Pixinguinha, o samba e a construção do Brasil moderno. Internet: (com adaptações).  
Conforme o texto 1A2-I,
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Q1736188 Português
Texto 1A1-II

    O conhecimento científico é muito frequentemente associado à formação escolar. Por conta disso, existe uma tendência a restringir o conhecimento oferecido pela ciência a determinadas esferas da vida. Nada mais limitante. A ciência versa sobre a maioria dos assuntos relacionados à nossa existência, inclusive aqueles raramente associados ao tema.
    A má compreensão da abrangência da ciência leva a outras questões, como o argumento de que o conhecimento científico deixa a beleza do universo diminuída, fria, distante, pois a fragmenta e a torna asséptica. Isso pode ajudar a explicar por que as pessoas raramente associam o estudo de um assunto como o amor à ciência. Uma eventual concepção de incompatibilidade entre o conhecimento científico e os mais diferentes temas que dizem respeito à vida cotidiana não faz sentido.
    A maioria das pessoas subestima o alcance e as possibilidades que uma visão científico-racional de mundo possui. Um olhar cético para o mundo pode permitir a redução dos preconceitos, mais tolerância a visões políticas e ideológicas divergentes, maior diálogo e consideração constante de que sua compreensão pode ser equivocada ou incompleta. Mas, ao mesmo tempo, esse exercício permite reconhecer que, ainda que falha, a compreensão válida naquele momento é a melhor possível à disposição.

Ronaldo Pilati. Ciência e pseudociência: por que acreditamos naquilo em que queremos acreditar. São Paulo: Editora Contexto, 2018, p. 26-8 (com adaptações).  
Conforme o texto 1A1-II, o conhecimento científico
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Q1736184 Português
 O termo “dado de pesquisa” tem uma amplitude de significados que vão se transformando de acordo com domínios científicos específicos, objetos de pesquisas, metodologias de geração e coleta de dados e muitas outras variáveis. Pode ser o resultado de um experimento realizado em um ambiente controlado de laboratório, um estudo empírico na área de ciências sociais ou a observação de um fenômeno cultural ou da erupção de um vulcão em um determinado momento e lugar. Dados digitais de pesquisa ocorrem na forma de diferentes tipos de dados, como números, figuras, vídeos, softwares; com diferentes níveis de agregação e de processamento, como dados crus ou primários, dados intermediários e dados processados e integrados; e em diferentes formatos de arquivos e mídias. Essa diversidade, que vai sendo delineada pelas especificidades de cada disciplina, suas condicionantes metodológicas, protocolos, workflows e seus objetivos, se torna um desafio — pelo alto grau de contextualização necessário — para o pesquisador na sua tarefa de definir precisamente o que é dado de pesquisa de uma forma transversal aos diversos domínios disciplinares.
    As definições encontradas nos dicionários e enciclopédias falham em capturar a riqueza e a variedade dos dados no mundo da ciência ou falham em revelar as premissas epistemológicas e ontológicas sobre as quais eles são baseados. Na esfera acadêmica, grande parte das definições são uma enumeração de exemplos: dados são fatos, números, letras e símbolos. Listas de exemplos não são verdadeiramente definições, visto que não estabelecem uma clara fronteira entre o que inclui e o que não inclui o conceito.

Luis Fernando Sayão; Luana Farias Sales. Afinal, o que é dado de pesquisa? In: Biblos: Revista do Instituto de Ciências Humanas e da Informação, Rio Grande. v. 34, n. 02, jul.-dez./2020, p.32-33. Internet: . (com adaptações).

De acordo com o texto 1A1-I,

Alternativas
Q1736001 Português
Analise o texto abaixo para responder a questão:

Devolva-Me

Rasgue as minhas cartas
E não me procure mais
Assim será melhor, meu bem!
O retrato que eu te dei
Se ainda tens, não sei
Mas se tiver, devolva-me!
Deixe-me sozinho
Porque assim
Eu viverei em paz
Quero que sejas bem feliz
Junto do seu novo rapaz

Rasgue as minhas cartas
E não me procure mais
Assim vai ser melhor, meu bem!
O retrato que eu te dei
Se ainda tens, não sei
Mas se tiver, devolva-me!
Devolva-me!
Devolva-me!
                                            Renato Barros e Lilian Knapp
O eu-lírico da canção fala diretamente a um hipotético leitor. Ele faz isso para:
Alternativas
Respostas
4861: D
4862: A
4863: C
4864: E
4865: A
4866: C
4867: C
4868: D
4869: D
4870: A
4871: C
4872: D
4873: B
4874: B
4875: A
4876: A
4877: E
4878: B
4879: A
4880: C