Questões de Concurso Comentadas sobre orações subordinadas reduzidas em português

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Q3167569 Português
Assinale a opção que indica a frase em que a modificação de uma oração reduzida para uma desenvolvida tenha sido feita de forma inadequada.
Alternativas
Q3156373 Português
A alternativa em que ocorre uma oração subordinada reduzida de gerúndio, de sentido condicional, é:
Alternativas
Q3152825 Português
Observe a seguinte frase:

“Na política a gente consegue eliminar os piores, mas nunca consegue eleger os melhores”.

Se substituirmos a oração reduzida “eleger os melhores” por uma oração desenvolvida, a forma adequada dessa oração seria: 
Alternativas
Q3164618 Português
O tempo passa mais devagar para crianças?
Teresa McCormack pesquisa há muito tempo se existe algo essencialmente distinto no processamento do tempo das crianças, como um relógio interno que funciona em uma velocidade em relação à dos adultos. "É estranho que não saibamos realmente as respostas para perguntas como quando as crianças passam a fazer uma distinção adequada entre o passado e o futuro, já que isso estrutura toda a maneira como pensamos sobre nossas vidas como adultos".
Ela explica que, embora não tenhamos uma compreensão clara de quando as crianças entendem o sentido de tempo linear, sabemos que, desde cedo no desenvolvimento, as crianças são sensíveis a eventos rotineiros, como a hora das refeições e de dormir. Ela enfatiza que isso não é o mesmo que ter um senso adulto de tempo linear.
Diferente das crianças, os adultos têm a capacidade de pensar em pontos no tempo, independentemente de quando um evento acontece, devido ao seu conhecimento do sistema convencional de horário e calendário. A semântica também desempenha um papel importante nesse sistema. "Leva tempo para que as crianças se tornem usuárias competentes da linguagem temporal, usando termos como antes, depois, amanhã e ontem".
Ela acrescenta que nossa compreensão das passagens de tempo também se baseia no momento em que as pessoas são solicitadas a fazer essas avaliações em relação ao tempo. "Você faz a pergunta enquanto o evento acontece ou após ele ter acontecido?", ela questiona, dando um exemplo com o qual muita gente se identificará.
"O tempo entre o nascimento do meu filho e quando ele saiu de casa, agora parece ter passado em um piscar de olhos. Mas, durante o período em que você está realmente envolvido na tarefa de criar filhos, um único dia dura uma eternidade."
https://www.bbc.com/portuguese/articles/ckg1jld22gzo.adaptado.
Diferente das crianças, os adultos têm a capacidade 'de pensar em pontos no tempo', independentemente de 'quando um evento acontece'.
As expressões destacadas trata-se de orações, respectivamente:
Alternativas
Q3054109 Português
Vinagre de maçã traz benefícios à saúde?


         Você já deve ter ouvido que o vinagre de maçã poderia ser a solução ideal para os seus problemas. O produto é sucesso nas redes sociais e já faz parte do cotidiano de celebridades. Obtido a partir de dois processos de fermentação — um alcoólico e outro acético — do suco de maçã, a substância é apontada como uma possível aliada para a saúde em diversas frentes, da perda de peso ao controle da anemia.

        Contudo, é preciso se atentar aos riscos e às _________ de seu consumo, bem como às limitações do uso do vinagre para fins terapêuticos. Além do ácido acético, o alimento possui componentes essenciais para o funcionamento do organismo, entre eles potássio, aminoácidos e _________. Alvo de pesquisas ao redor do mundo, o vinagre de maçã é investigado por seu potencial para: o controle dos níveis de açúcar — estudos mostram que a presença de ácido acético em sua composição reduziria os níveis de açúcar no sangue após as refeições, aprimorando a sensibilidade à insulina; o emagrecimento — uma de suas propriedades é o aumento da saciedade. Por si só, ele não faz perder peso, mas ajudaria quem tenta comer menos; a prevenção de problemas cardiovasculares — os efeitos __________ podem propiciar a melhora da saúde arterial e dos níveis de colesterol; a prevenção à anemia — além de contribuir para a produção de células sanguíneas, a substância poderia auxiliar na absorção de ferro pelo organismo.

        Mas é bom lembrar que ainda não há provas robustas sobre nenhum desses benefícios. Portanto, é cedo para considerar o vinagre um remédio. Por fim, estão sendo realizados estudos para entender seus benefícios para o aumento da imunidade, a proteção do fígado e o fornecimento de energia aos músculos. Em excesso, o vinagre pode aumentar a acidez estomacal, desencadeando reações adversas, como dificuldade de digestão, perda da densidade muscular, queimação na garganta e desgaste do esmalte dentário. Há ainda casos em que incorporar o produto à dieta não é nem sequer uma opção.

       A ingestão do líquido deve ser evitada por pessoas que possuam problemas estomacais, como gastrite e refluxo, ou alergias a alguma das substâncias de sua composição. Portanto, antes de usufruir dos seus possíveis benefícios, entre em contato com o seu médico ou nutricionista, especialmente se você tem histórico de alguma dessas condições.


Luana Pazutti. Veja Saúde. Adaptado. 
Qual alternativa NÃO apresenta uma oração subordinada?
Alternativas
Ano: 2024 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de Caraguatatuba - SP Provas: FGV - 2024 - Prefeitura de Caraguatatuba - SP - Advogado (SUAS) | FGV - 2024 - Prefeitura de Caraguatatuba - SP - Controlador Interno | FGV - 2024 - Prefeitura de Caraguatatuba - SP - Contador | FGV - 2024 - Prefeitura de Caraguatatuba - SP - Analista Ambiental | FGV - 2024 - Prefeitura de Caraguatatuba - SP - Arquiteto | FGV - 2024 - Prefeitura de Caraguatatuba - SP - Assistente Social | FGV - 2024 - Prefeitura de Caraguatatuba - SP - Biólogo | FGV - 2024 - Prefeitura de Caraguatatuba - SP - Cirurgião Dentista | FGV - 2024 - Prefeitura de Caraguatatuba - SP - Enfermeiro | FGV - 2024 - Prefeitura de Caraguatatuba - SP - Engenheiro de Aquicultura | FGV - 2024 - Prefeitura de Caraguatatuba - SP - Engenheiro Agrônomo | FGV - 2024 - Prefeitura de Caraguatatuba - SP - Engenheiro Civil | FGV - 2024 - Prefeitura de Caraguatatuba - SP - Fiscal Municipal | FGV - 2024 - Prefeitura de Caraguatatuba - SP - Farmacêutico | FGV - 2024 - Prefeitura de Caraguatatuba - SP - Fisioterapeuta | FGV - 2024 - Prefeitura de Caraguatatuba - SP - Fonoaudiólogo | FGV - 2024 - Prefeitura de Caraguatatuba - SP - Nutricionista | FGV - 2024 - Prefeitura de Caraguatatuba - SP - Psicólogo 30h | FGV - 2024 - Prefeitura de Caraguatatuba - SP - Técnico em Meio Ambiente | FGV - 2024 - Prefeitura de Caraguatatuba - SP - Técnico em Processamento de Dados | FGV - 2024 - Prefeitura de Caraguatatuba - SP - Terapeuta Ocupacional | FGV - 2024 - Prefeitura de Caraguatatuba - SP - Médico Cardiologista | FGV - 2024 - Prefeitura de Caraguatatuba - SP - Médico Clínico Geral | FGV - 2024 - Prefeitura de Caraguatatuba - SP - Professor de Educação Física | FGV - 2024 - Prefeitura de Caraguatatuba - SP - PEB II - Arte | FGV - 2024 - Prefeitura de Caraguatatuba - SP - PEB II - Educação Física | FGV - 2024 - Prefeitura de Caraguatatuba - SP - Médico Auditor | FGV - 2024 - Prefeitura de Caraguatatuba - SP - Médico Dermatologista | FGV - 2024 - Prefeitura de Caraguatatuba - SP - Médico do Trabalho | FGV - 2024 - Prefeitura de Caraguatatuba - SP - Médico Endocrinologista | FGV - 2024 - Prefeitura de Caraguatatuba - SP - Médico Gastroenterologista | FGV - 2024 - Prefeitura de Caraguatatuba - SP - Médico Geriatra | FGV - 2024 - Prefeitura de Caraguatatuba - SP - Médico Infectologista | FGV - 2024 - Prefeitura de Caraguatatuba - SP - Médico Ginecologista | FGV - 2024 - Prefeitura de Caraguatatuba - SP - PEB II - Ciências | FGV - 2024 - Prefeitura de Caraguatatuba - SP - PEB II - Geografia | FGV - 2024 - Prefeitura de Caraguatatuba - SP - PEB II - História | FGV - 2024 - Prefeitura de Caraguatatuba - SP - PEB II - Inglês | FGV - 2024 - Prefeitura de Caraguatatuba - SP - PEB II - Língua Portuguesa | FGV - 2024 - Prefeitura de Caraguatatuba - SP - Médico Veterinário | FGV - 2024 - Prefeitura de Caraguatatuba - SP - Médico Angiologista | FGV - 2024 - Prefeitura de Caraguatatuba - SP - Médico Neurologista | FGV - 2024 - Prefeitura de Caraguatatuba - SP - Médico Oftalmologista | FGV - 2024 - Prefeitura de Caraguatatuba - SP - Médico Ortopedista | FGV - 2024 - Prefeitura de Caraguatatuba - SP - Médico Otorrinolaringologista | FGV - 2024 - Prefeitura de Caraguatatuba - SP - Médico Pediatra | FGV - 2024 - Prefeitura de Caraguatatuba - SP - Médico Pneumologista | FGV - 2024 - Prefeitura de Caraguatatuba - SP - Médico Psiquiatra | FGV - 2024 - Prefeitura de Caraguatatuba - SP - Médico Reumatologista | FGV - 2024 - Prefeitura de Caraguatatuba - SP - Médico Ultrassonografista |
Q3049036 Português

Em cada frase abaixo há uma oração reduzida sublinhada.


Assinale a opção que a substitui por uma forma nominal equivalente.

Alternativas
Q3029538 Português
A frase em que a substituição da oração reduzida sublinhada por uma oração desenvolvida de mesmo significado foi feita de forma adequada é:
Alternativas
Q2658005 Português
Leia este anúncio publicado no jornal Correio do Estado para homenagear o dia do publicitário, 1º de fevereiro. Em seguida, analise as assertivas:

(Para facilitar a leitura: Dizem que publicitário gosta de aparecer. Por isso veiculamos este anúncio no jornal mais lido do Estado. 1º de fevereiro | Dia do Publicitário).


Imagem associada para resolução da questão



Disponível em: https://br.pinterest.com/pin/939141328532165568/. Acesso em: 13 jun. 2024.

I- Os caracteres maiores em “Dizem que” reforçam uma pretensa reputação dos publicitários de serem conhecidos por gostarem de aparecer.

II- Publicar o anúncio num jornal de renome é uma estratégia que confirma o texto em letras garrafais: “Dizem que publicitário gosta de aparecer”.

III- O período “Por isso veiculamos este anúncio no jornal mais lido do Estado”, escrito em letras muito menores, é subordinado ao período “Dizem que publicitário gosta de aparecer”.

IV- A palavra que em “Dizem que publicitário gosta de aparecer” é um pronome relativo.

V- A oração “Por isso veiculamos este anúncio no jornal mais lido do Estado” é subordinada adjetiva restritiva.


É CORRETO o que se afirma apenas em: 
Alternativas
Q2658002 Português

Veja a propaganda abaixo e analise as assertivas:





Imagem associada para resolução da questão




I- Mediante o texto verbal da propaganda, é válida a pressuposição de que os designers são pressionados pelo pouco tempo para criar um projeto.


II- No período composto “Não somos panela para trabalhar sob pressão”, temos um período composto por coordenação.


III- No período composto “Não somos panela para trabalhar sob pressão”, a oração em destaque é uma oração subordinada adverbial final.


IV- O enunciado “Respeite o tempo de um designer” visa a persuadir o interlocutor.


V- No período composto “Ideias levam tempo para serem desenvolvidas”, a oração em destaque se classifica como uma oração coordenada sindética conclusiva.




É CORRETO o que se afirma apenas em:

Alternativas
Q2540523 Português
Considerando o que diz a norma-padrão, a respeito de orações subordinadas reduzidas, analise as assertivas acerca das propostas de expansão e classificação das orações que se encontram reduzidas:
I- Reduzida: É essencial . comparecer à reunião pedagógica Desenvolvida: É essencial que você compareça à reunião pedagógica. Classificação da oração reduzida: Oração Subordinada Substantiva Subjetiva. II- Reduzida: Os alunos não sabiam ser dia de prova. Desenvolvida: Os alunos não sabiam que era dia de prova. Classificação da oração reduzida: Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta Reduzida de Particípio. III- Reduzida: Pensei estar preparado para a prova. Desenvolvida: Pensei que estivesse preparado para a prova. Classificação da oração reduzida: Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta Reduzida de Infinitivo.
É CORRETO o que se afirma em:
Alternativas
Q2536613 Português
Na conhecida frase “Ao persistirem os sintomas, o médico deverá ser consultado”, a circunstância expressa pela oração subordinada é a mesma observada em
Alternativas
Q2517149 Português
Assinale a opção em que a modificação de uma oração reduzida para uma desenvolvida tenha sido feita de forma adequada.
Alternativas
Q2496000 Português
Leia o texto a seguir:


 Cansado depois de uma reunião online? Cientistas descobrem o que causa fadiga e como evitá-la


Estudo da Universidade de Galway confirma que pessoas se sentem mais cansadas após videoconferências


Desde a pandemia de Covid-19, o aumento das reuniões virtuais e interações pelas telas deram espaço para um novo problema social: o cansaço causado pelas videochamadas, lives e outros modelos de conferências virtuais que os especialistas chamaram de “fadiga do Zoom”, em referência a um dos programas mais utilizados para essa finalidade.

Um estudo feito por acadêmicos da Universidade de Galway, na Irlanda, confirmou essa tendência e descobriu que as pessoas que participam dessas reuniões ficam ainda mais cansadas quando conseguem se ver na tela. Conduzida pelo professor Eoin Whelan, da Escola de Negócios e Economia, a análise foi feita por meio do monitoramento eletroencefalográfico (EEG) de 32 voluntários, sendo 16 homens e 16 mulheres, que participaram de uma reunião Zoom ao vivo, com o modo de autovisualização ativado e desativado em momentos diferentes.

Por meio do EEG, aparelho que registra a atividade espontânea no cérebro usando eletrodos colocados na cabeça, foi observado que os níveis de fadiga eram bem maiores durante os momentos em que os participantes podiam ver a própria imagem.

De acordo com estudos anteriores, baseados em relatos pessoais extraídos de entrevistas e questionários abertos, as mulheres experimentariam mais fadiga do Zoom do que os homens. Entre os principais motivos pensados para explicar essa diferença de gênero, os pesquisadores destacavam a maior autoconsciência que as mulheres têm da sua aparência quando se olham em um espelho.

No entanto, a pesquisa da Universidade de Galway contradiz as conclusões alcançadas no passado ao constatar que não foram captadas diferenças significantes no nível de fadiga neurofisiológica entre homens e mulheres.

Em um comunicado publicado no site da universidade, essas descobertas são celebradas como fundamentais para o estabelecimento de boas práticas para proteger o bem-estar dos funcionários na era do trabalho híbrido e remoto. — Nosso estudo mostra que a sensação de cansaço que você sente durante as videochamadas é real, e ver seu próprio reflexo torna tudo ainda mais cansativo. Simplesmente desligar a imagem espelhada pode ajudar a compensar o cansaço em reuniões virtuais — afirma Whelan.

Fonte: https://oglobo.globo.com/saude/noticia/2024/04/22/cansado-depois-deuma-reuniao-online-cientistas-descobrem-o-que-causa-fadiga-e-como-evita-la.ghtml?utm_source=Facebook&utm_medium=Social&utm_campaign=OGlobo. Acesso em 27 abr. 2024.
No trecho “os pesquisadores destacavam a maior autoconsciência que as mulheres têm da sua aparência quando se olham em um espelho” (4º parágrafo), há: 
Alternativas
Q2495868 Português
Assinale, a seguir, a alternativa que apresenta um período composto por subordinação e coordenação
Alternativas
Q2488481 Português
Texto I


Se eu fosse eu


     Quando não sei onde guardei um papel importante e a procura se revela inútil, pergunto-me: se eu fosse eu e tivesse um papel importante para guardar, que lugar escolheria? Às vezes dá certo. Mas muitas vezes fico tão pressionada pela frase “se eu fosse eu”, que a procura do papel se torna secundária, e começo a pensar. Diria melhor, sentir.

      E não me sinto bem. Experimente: se você fosse você, como seria e o que faria? Logo de início se sente um constrangimento: a mentira em que nos acomodamos acabou de ser levemente locomovida do lugar onde se acomodara. No entanto já li biografias de pessoas que de repente passavam a ser elas mesmas, e mudavam inteiramente de vida. Acho que se eu fosse realmente eu, os amigos não me cumprimentariam na rua porque até minha fisionomia teria mudado. Como? Não sei.

      Metade das coisas que eu faria se eu fosse eu, não posso contar. Acho, por exemplo, que por um certo motivo eu terminaria presa na cadeia. E se eu fosse eu daria tudo o que é meu, e confiaria o futuro ao futuro.

     “Se eu fosse eu” parece representar o nosso maior perigo de viver, parece a entrada nova no desconhecido. No entanto tenho a intuição de que, passadas as primeiras chamadas loucuras da festa que seria, teríamos enfim a experiência do mundo. Bem sei, experimentaríamos enfim em pleno a dor do mundo. E a nossa dor, aquela que aprendemos a não sentir. Mas também seríamos por vezes tomados de um êxtase de alegria pura e legítima que mal posso adivinhar. Não, acho que já estou de algum modo adivinhando porque me senti sorrindo e também senti uma espécie de pudor que se tem diante do que é grande demais.


(LISPECTOR. Clarice. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.)


Texto II


Como é que se escreve?


     Quando não estou escrevendo, eu simplesmente não sei como se escreve. E se não soasse infantil e falsa a pergunta das mais sinceras, eu escolheria um amigo escritor e lhe perguntaria: como é que se escreve?

    Porque, realmente, como é que se escreve? que é que se diz? e como dizer? e como é que se começa? e que é que se faz com o papel em branco nos defrontando tranquilo?

   Sei que a resposta, por mais que intrigue, é a única: escrevendo. Sou a pessoa que mais se surpreende de escrever. E ainda não me habituei a que me chamem de escritora. Porque, fora das horas em que escrevo, não sei absolutamente escrever. Será que escrever não é um ofício? Não há aprendizagem, então? O que é? Só me considerarei escritora no dia em que eu disser: sei como se escreve.


(LISPECTOR. Clarice. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.)
Considere o trecho no texto I: “No entanto tenho a intuição de que, passadas as primeiras chamadas loucuras da festa que seria, teríamos enfim a experiência do mundo.” (4º§) É correto afirmar que a forma nominal do verbo que inicia a oração subordinada sublinhada permite sua correta identificação como:
Alternativas
Q2473840 Português
À luz do que nos ensina Cegalla a respeito de orações subordinadas reduzidas, analise as assertivas acerca das propostas de expansão e classificação das orações que se encontram reduzidas:

I. Viam-se folhas girando no ar = Viam-se folhas que giravam no ar = Oração Subordinada Adjetiva Restritiva Reduzida de Gerúndio.
II. Ela não veio por se achar doente = Ela não veio porque se achava doente = Oração Subordinada Adverbial Condicional Reduzida de Infinitivo.
III. Pensei estar preparado para a prova = Pensei que estivesse preparado para a prova = Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta Reduzida de Particípio.

Quais estão corretas? 
Alternativas
Q2449839 Português
Assinale a frase em que a modificação de uma oração reduzida para uma desenvolvida tenha sido feita de forma inadequada
Alternativas
Q2394137 Português
A literatura, um produto a mais



Hélène Ling e Inès Sol Salas



        Há mais de trinta anos, as prateleiras saturadas das livrarias praticamente só se diferenciam pelos romances destinados ao sucesso: assinados por sobrenomes conhecidos, ou envolvidos por fitas como presentes com um preço de outono. Ora, esses títulos, que ocupam todo o espaço, não são apenas sinais da superprodução, muitas vezes denunciada e deplorada. Sua semelhança marcante revela antes de mais nada a uniformização em curso. As práticas de escrever são cada vez mais codificadas, baseadas em técnicas de publicidade e intercambiáveis. Aos poucos, a obra literária foi transformada em um objeto obsoleto, com conteúdos esperados e linguagem achatada – inclusive no academicismo da trivialidade. De onde vem essa padronização, essa uniformização do horizonte coletivo? É problema do público, ótimo cliente? Da suposta “democratização da literatura”? Das políticas editoriais?


     Apesar de seu status simbólico, a literatura jamais ficou longe da história econômica. Sob o bastão de conglomerados da indústria e da comunicação, o mundo da edição passou por uma longa série de reestruturações. Desde os anos 1990, o duplo fenômeno de superprodução e de concentração atinge totalmente a França. Atualmente, quatro grandes grupos (Hachette Livre, Éditis, Media Participation e Madrigall) dominam três quartos do mercado, em um jogo de fusões sempre instável. Quando, em 2022, os jurados do Prêmio Goncourt [de livro do ano] tiveram o cruel dilema de escolher entre Vivre vite [Viver rapidamente], de Brigitte Giraud, e Le Mage du Kremlin [O mago do Kremlin], de Giuliano da Empoli, os autores ficaram, sem dúvida, um pouco tensos; no entanto, suas editoras estavam nitidamente menos, uma vez que ambas – Flammarion, no caso da primeira, Gallimard no do segundo – pertencem à mesma editora matriz, a Madrigall. No entanto, os dois títulos em disputa testemunham sobretudo o que deve ser a literatura a ser premiada. Ambos têm gêneros comprovados: uma autoficção, narrativa íntima sobre um luto; o outro é um livro da atualidade “desvendando”, segundo o editor, “os bastidores da era Putin”. Duas categorias que fazem sucesso. Le Mage é vendido extraordinariamente. Vivre vite, que finalmente venceu o Prêmio Goncourt 2022, já é objeto de diversas propostas de adaptação para o cinema. Existem também, é óbvio, as viagens neoexóticas de Sylvain Tesson ou os romances úteis, L’Élégance du hérisson [A elegância do ouriço], de Muriel Barbery, ou Je vais mieux [Estou melhor], de David Foenkinos. Contudo, independentemente de sua declinação genérica, o livro que satura o espaço das livrarias nunca é mais do que simplesmente um “apêndice do império do entretenimento e da mídia”, segundo a expressão de André Schiffrin.


         Quando se observa o outro lado da questão, é no campo da recepção que se trava outra batalha nessas mesmas décadas. Para chamar uma atenção cada vez mais dispersa, sempre mais solicitada, as indústrias culturais impõem seus formatos – stream, threads, story – nas redes sociais. O que, a partir de então, se denomina “ficção” realiza a integração do romance, da narrativa e do longa-metragem na indústria da informação e do entretenimento. Ela poderá se desdobrar sucessivamente em filmes, séries e jogos. Na cadeia de produção de “conteúdos” multimídia, o livro é apenas um elemento. Reduzida a uma “história”, muitas vezes inspirada em “fatos reais”, fortalecida por emoções fortes e na maior parte das vezes provedora de um final feliz, a ficção está destinada a ser adaptada pela Netflix ou por outra plataforma, fonte de maior notoriedade e vendas.


         A evolução das estruturas tecnoeconômicas e a pressão pela rentabilidade e pelo sucesso transformaram, assim, rapidamente as próprias práticas literárias – suas disputas (sempre políticas) de forma e de linguagem, com a competição das grandes editoras, críticos, mídia, políticas públicas. Mesmo as vozes que se apresentam como rebeldes podem ser recuperadas. Virginie Despentes, identificada como punk e dissidente, participou assim, em 2013, de uma coletânea inspirada em notícias públicas, La Malle [A mala], para a editora Vuitton, que, na época, tinha recentemente se unido ao capital da Gallimard, editora da obra. Em 2015, Despentes foi membro do júri do Prêmio Fémina. Em 2016, ela entrou para a Academia Goncourt. Em 2022, com Cher Connard [Caro Connard], ela se beneficiou de um plano de promoção midiático que não deixou nada a desejar ao mais consensual dos best-sellers. De maneira geral, a posição crítica diante do mercado costuma se tornar um produto para o grande público ou para um nicho, o que acaba neutralizando qualquer efeito que faça sentido.


        Do mesmo modo, tornaram-se confusas as referências, as categorias implícitas da aceitação. As obras de David Foenkinos foram publicadas na Collection Blanche [Coleção Branca] da Gallimard – que sempre desfruta de reputação –; as considerações mundanas de Jean d’Ormesson tiveram a honra de ser publicadas pela Pléiade, ao lado de Claude Simon, Jules Vallès, André Breton… Esse novo consenso foi citado tanto pelo romancista de sucesso Marc Lévy como pelo comerciante Michel-Édouard Leclerc, que abriu em seus grandes supermercados “Espaços culturais”. O que foi batizado de “democratização” da cultura designa, na realidade, uma diversidade pseudodemocrática, que se tornou inteiramente normal.


      Os autores são também submetidos pessoalmente aos imperativos da rentabilidade do capitalismo tardio. O escritor se vê obrigado a trabalhar: na melhor das hipóteses, como ícone do vedetismo midiático, nos talk shows, à maneira do buzz e do entretenimento, como Yann Moix e Christine Angot, que comandaram a versão televisionada do espetáculo On n’est pas couché, de Laurent Ruquier, na emissora France 2; com mais frequência, como neoproletários em busca de dinheiro e residências, animam espaços públicos e escolares para sobreviver. A indicação do livro é enriquecida por um grande número de júris e de prêmios – promovidos pela mídia, por revistas, escolhidos pelo público leitor (em 2022, contamos com mais de 2 mil: Goncourt des Détenus [Goncourt dos Presidiários], Prix des Lecteurs U [Prêmio dos Leitores U], Prix RTLLire [prêmio cuja seleção dos livros é feita pela rádio RTL e pela revista literária Lire]). E se organiza um marketing digital muito profissionalizado: nomes conhecidos se instauram como verdadeiros símbolos e influenciadores, como a “Instapoetisa”, Rupi Kaur e a romancista Tatiana de Rosnay. Já a crítica, transformada em recomendação, se enfraquece sob a forma de crônicas de dois minutos em formato “booktube”, “bookstagram” ou “booktok”, quando não se trata simplesmente de palavras antecedidas de uma hashtag (#). E vai até as novas pedagogias digitais, que conseguem dialogar com o Bel-ami, de Guy de Maupassant, e suas conquistas no Facebook e em outras redes…


      É nesse panorama global que se inserem as próprias práticas de escrever. Seguindo a tendência geral, elas convergem para as categorias da comunicação, da atualidade, em uma série de registros e de estilos reconhecidos. As formas de pensamento singulares se tornam raras, pois o que aparece como critério de êxito é o leque da prática padronizada da linguagem. Assim, desencadeia-se a volta permanente a formas herdadas da modernidade, quase como um pastiche, que as transpõem sem de fato repensá-las: a narrativa neodurassiana (Ça raconte Sarah [Assim conta Sarah], de Pauline Delabroy-Allard), o romance pós-histórico plastificado (L’Été des quatre rois [O verão dos quatro reis], de Camille Pascal), o thriller artístico-realista (Chanson douce [Canção de ninar, no Brasil], de Leïla Slimani), o folhetim infinito da autoficção (Le Royaume [O reino], d’Emmanuel Carrère) etc. Contudo, o que domina há muito tempo todos eles é a tonalidade neonaturalista, que supõe pintar a realidade com toda a transparência. Na verdade, assistimos a uma renovação do romance como se fosse uma tese; por exemplo, é o caso de dois escritores quando tudo a priori opõe a exploração que fazem de avatares do desejo. Michel Houellebecq, tirando partido de sua imagem de multiartista, desenvolve em sua obra uma obsessiva fraseologia centrada nas formas do êxodo e projetada no declínio do Ocidente. No outro extremo do espectro, Édouard Louis (En finir avec Eddy Bellegueule [Acabando com Eddy Bellegueule] etc.) parece transcrever o discurso através de um prisma de teoria sociológica.


       Esse mercado do livro produto, que acabou modelando um gosto e impondo suas normas, é o oposto de uma verdadeira democratização da literatura. Em determinados períodos, essa aspiração começou a se concretizar, quando uma parte do povo se apropriou dos impressos, da poesia, como instrumentos de emancipação e recreação com objetivos coletivos. Foi o que ocorreu, entre outros casos, durante tensões em prol de uma revolução social, como testemunham os escritos e jornais operários da década de 1840, estudados por Jacques Rancière, ou, de forma muito diferente, por ocasião do surgimento da contracultura nos anos 1960-1970. As esperanças de ligar a experiência estética a uma mudança das formas de vida foram retomadas, trinta anos depois, e reduzidas à gestão neoliberal da indústria do entretenimento – o que reforça a canalização da atenção dada aos algoritmos.


        Emancipar-se deles, a partir de então, como ainda tentam fazê-lo muitos atores e atrizes desse ambiente – da escrita, da edição e da livraria independentes –, implicaria uma ruptura profunda e extensa com a esfera produtiva, que transformou a criação artística em bens de consumo culturalizados. Esse viés se impõe a qualquer obra vista, hoje, por meio do filtro e do condicionamento do marketing. O público é todo o tempo convidado a consumir a cultura, a título de divertimento, da última moda – ou como “assunto” da sociedade. Contudo, para se libertar da linguagem operacional e regulada por normas, seria preciso encontrar o substrato utópico que permanece no uso poético da língua, aquele que propicia o possível, o imprevisto, por meio do trabalho dos signos e do jogo de interpretação. Do lado oposto dessa cadeia de produtos que, a partir de então, é possível confundir com “os escritos” – os cálculos – de uma inteligência artificial, seria preciso recriar, segundo Walter Benjamin, essas utopias intermitentes, “nas quais alguma coisa autenticamente nova se faz sentir pela primeira vez com a serenidade de uma nova manhã”.



(Disponível em: <https://diplomatique.org.br/>. Acesso em: 25 ago. 2023)
Emancipar-se deles, a partir de então, como ainda tentam fazê-lo muitos atores e atrizes desse ambiente – da escrita, da edição e da livraria independentes –, implicaria uma ruptura profunda e extensa com a esfera produtiva, que transformou a criação artística em bens de consumo culturalizados.


De acordo com a Norma Gramatical Brasileira, no trecho, existem
Alternativas
Q2386361 Português
Texto I

Mirtes Aparecida da Luz

     Quando Mirtes Aparecida da Luz veio me abrir a porta, no mesmo instante em que eu dava as primeiras pancadinhas, tal foi a desenvoltura dela, que cheguei a duvidar de que a moça não enxergasse, tanto quanto eu. Com o mesmo desembaraço me apontou a cadeira, abriu a cristaleira para retirar as xícaras, coou o café e me passou os biscoitinhos caseiros, feitos por ela mesma. Só acreditei que Da Luz (a maneira pela qual ela gosta de ser chamada) não estava me enxergando do mesmo modo como eu a via, quando pediu licença para tocar o meu rosto e segurar as minhas mãos, para saber realmente com quem estava falando. E, depois de suaves toques sobre os meus cabelos, meus olhos, minha boca, e de leves tapinhas sobre as minhas mãos, concluiu que eu estava tensa. Não era ainda, portanto, a hora de começar a trocar nossas histórias. Aceitei as considerações dela. Era verdade, eu estava muito tensa. A condição de minha interlocutora me colocava em questão. Como contemplar os olhos dela encobertos por óculos escuros? Para mim, uma conversa, ainda mais que eu estava ali para ouvir, tinha de ser olho no olho. Para isso, o gravador ficava esquecido sobre a mesa e eu só me desvencilhava do olhar da depoente, ou deixava de olhá-la, quando tinha de virar ou colocar uma nova fita. E nos casos em que a narradora não me contemplava, eu podia acompanhar o olhar dela, como aconteceu, quando ouvi Campo Belo, que falava comigo, mas seu olhar estava dirigido para a foto da filha. Como acompanhar o olhar de Da Luz? Como saber para onde ela estava olhando? E, talvez adivinhando as minhas dúvidas e mesmo o meu constrangimento, horas depois de me mostrar toda a casa, de me chamar para um passeio pelas redondezas, de fazer duas belas tranças nagôs em meus cabelos, do mesmo jeito que estavam penteados os dela, Da Luz me conduziu ao seu quarto. Abriu a janela, deixando um ameno sol de final de tarde entrar, e me perguntou se eu me incomodava de conversarmos ali. – Lá fora corro o risco de me distrair com tudo que me cerca. Dizendo isso, suas mãos caminharam para o meu rosto, procurando suavemente os meus olhos. E, com gestos mais delicados ainda, seus dedos tocaram minhas pálpebras, em movimentos de cima para baixo. Levei um breve instante para entender as intenções de Da Luz. Ela queria que eu fechasse os olhos. Fechei. [...]


(EVARISTO, Conceição. Insubmissas lágrimas de mulheres. Rio de Janeiro: Malê, 2016, p. 81-82)
Em “Dizendo isso, suas mãos caminharam para o meu rosto”, destaca-se uma oração subordinada reduzida que, mantendo-se a equivalência semântica, poderia ser substituída pela seguinte forma desenvolvida:
Alternativas
Q2373511 Português
TEXTO 2


Os certinhos e os seres do abismo

Luís Fernando Veríssimo


           Era assim no meu tempo de frequentador de aulas ("estudante" seria um exagero), mas não deve ter mudado muito. A não ser quando a professora ou o professor designasse o lugar de cada um segundo alguma ordem, como a alfabética – e nesse caso eu era condenado pelo sobrenome a sentar no fundo da sala, junto com os Us, os Zs e os outros Vs –, os alunos se distribuíam pelas carteiras de acordo com uma geografia social espontânea, nem sempre bem definida, mas reincidente.

            Na frente sentava a Turma do Apagador, assim chamada porque era a eles que a professora recorria para ajudar a limpar o quadro-negro e os próprios apagadores. Nunca entendi bem por que se sujar com pó de giz era considerado um privilégio, mas a Turma do Apagador era uma elite, vista pelo resto da aula como favoritos do poder e invejada e destratada com a mesma intensidade. Quando passavam para os graus superiores, os apagadores podiam perder sua função e deixar de ser os queridinhos da tia, mas mantinham seus lugares e sua pose, esperando o dia da reabilitação, como todas as aristocracias tornadas irrelevantes.

          Não se deve confundir a Turma do Apagador com os Certinhos e os Bundas de Aço. Os certinhos ocupavam as primeiras fileiras para não se misturarem com a Massa que sentava atrás, os bundas de aço para estarem mais perto do quadro-negro e não perderem nada. Todos os apagadores eram certinhos, mas nem todos os certinhos eram apagadores, e os bundas de aço não eram necessariamente certinhos. Muitos bundas de aço, por exemplo, eram excêntricos, introvertidos, ansiosos – enfim, esquisitos. Já os certinhos autênticos se definiam pelo que não eram. Não eram nem puxa-sacos como os apagadores, nem estranhos como os bundas de aço, nem medíocres como a Massa, nem bagunceiros como os Seres do Abismo, que sentavam no fundo, e sua principal característica eram os livros encapados com perfeição.

             Atrás dos apagadores, dos certinhos e dos bundas de aço ficava a Massa, dividida em núcleos, como o Núcleo do Nem Aí, formado por três ou quatro meninas que ignoravam as aulas, davam mais atenção aos próprios cabelos e, já que tinham esse interesse em comum, sentavam juntas; o Clube de Debates, algumas celebridades (a garota mais bonita da aula, o cara que desenhava quadrinho de sacanagem) e seus respectivos círculos de admiradores, e nós do Centrão Desconsolado, que só tínhamos em comum a vontade de estar em outro lugar.

            E no fundo sentavam os Seres do Abismo, cuja única comunicação com a frente da sala eram os ocasionais mísseis que disparavam lá de trás e incluíam desde o gordo que arrotava em vários tons até uma proto-dark, provavelmente a primeira da história, com tatuagem na coxa.

              Mas isso, claro, foi na Idade Média.


Disponível em:<http://veja.abril.com.br/especiais/jovens> . Acesso em: 10 abr. 2023. 
Analise o período a seguir.

Quando passavam para os graus superiores, os apagadores podiam perder sua função e deixar de ser os queridinhos da tia, mas mantinham seus lugares e sua pose, esperando o dia da reabilitação, como todas as aristocracias tornadas irrelevantes.

No período, há duas orações
Alternativas
Respostas
1: C
2: B
3: B
4: C
5: B
6: B
7: E
8: A
9: E
10: D
11: E
12: B
13: B
14: E
15: D
16: A
17: A
18: B
19: B
20: A