Questões de Concurso Sobre pontuação em português

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Q3326302 Português
INSTRUÇÃO: Leia o texto I a seguir para responder à questão.

TEXTO I

O “impossível” voo das abelhas

Li certa vez que, na Nasa, há um poster com uma imagem de uma abelha e os seguintes dizeres: Aerodinamicamente o corpo de uma abelha não pode voar, mas o bom é que a abelha não sabe disto.

Do ponto de vista científico, o voo da abelha é realmente impressionante. Inicialmente, acreditava‑se que as abelhas não poderiam voar, com base nos princípios da aerodinâmica convencional, que se aplicam a aeronaves de asas rígidas. No entanto, o mistério foi desvendado quando se descobriu que suas asas não são rígidas como as de um avião. Em vez disso, as abelhas trabalham muito se movem de forma muito mais complexa – em ciclos de flexão e de torção – gerando pequenas turbulências que lhes permite manter‑se no ar, desafiando a aerodinâmica estacionária.

O verdadeiro valor dessa história, porém, está na lição que podemos aplicar às nossas vidas. Assim como o voo da abelha desafia as expectativas científicas, o amadurecimento humano muitas vezes desafia nossas próprias expectativas sobre o que somos capazes de enfrentar. Ao longo da vida, acumulamos experiências e conhecimentos que nos fazem enxergar a complexidade da existência com mais clareza. Essa conscientização, contudo, não deveria nos desencorajar. Pelo contrário, ela deve nos capacitar a encarar os desafios com resiliência e sabedoria.

Na maturidade, os desafios enfrentados muitas vezes parecem insuperáveis. Mudanças de carreira, perdas financeiras, separações, problemas de saúde ou até mesmo a busca por um propósito novo de vida são obstáculos frequentes para muitas pessoas. Esses desafios podem parecer tão intransponíveis quanto o voo de uma abelha deveria ser, segundo as leis tradicionais da física. No entanto, assim como a ciência desvendou o segredo do voo das abelhas, nós também precisamos encontrar dentro de nós a força necessária para superar as adversidades que a vida nos impõe, confiantes na vitória.

Superar os desafios não significa negar a complexidade da vida, mas sim reconhecê‑la e enfrentá‑la com determinação e perseverança. Assim como a abelha continua a voar sem saber das limitações impostas pelas leis da física convencional, também vive‑se plenamente, mesmo diante dos obstáculos que a maturidade nos impõe. O segredo para superar os desafios reside em nossa capacidade de adaptação. Assim como as asas das abelhas se ajustam ao ambiente, também devemos aprender a nos ajustar às circunstâncias, usando os recursos disponíveis para seguir em frente.

Muitas vezes, realizamos coisas que, à primeira vista, pareciam impossíveis, mas que, com coragem e resiliência, conseguimos concretizar. Assim como as abelhas, que voam sem saber que, teoricamente, não deveriam ser capazes de fazê‑lo, podemos superar nossas próprias limitações. Nos colocarmos no lugar das abelhas é o ideal para continuarmos avançando, tomando‑as como exemplo, pois, muitas vezes, os limites que acreditamos existir são apenas frutos de nossa limitação em realmente compreender os fatos.


CARDOSO, Juraciara Vieira. O “impossível” voo das abelhas.
Estado de Minas, Bem viver, 25 set. 2024 (adaptado).
Os sinais de pontuação funcionam como marcadores sintáticos, representam destaques e entonações na escrita, além de permitirem identificar se ela está conforme a norma‑padrão.

Com base nesse conceito, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q3326103 Português
Leia o texto a seguir:


Homem paga R$ 30 por prato em brechó e descobre que item vale quase R$ 30 mil


Peça encontrada em loja no estado de Illinois, nos Estados Unidos, é uma rara porcelana chinesa


    Um homem, identifi cado como John Carcerano, comprou um prato por US$ 4,99 (R$ 28,99 na cotação atual) em um brechó no estado de Illinois, nos Estados Unidos. O que ele não sabia é que a peça era uma rara porcelana chinesa avaliada em US$ 5.000 (R$ 29.050 na cotação atual).


    "Comprei uma rara placa heráldica chinesa do século XVIII para exportação em uma loja Goodwill por US$ 4,99; ela vale US$ 5.000", disse John. A compra ocorreu em outubro de 2024.

    Ele conta que a aquisição quase não aconteceu. "O prato estava embaixo de um prato moderno e três outras pessoas estavam cavando no carrinho comigo", lembra. "Quando todos se afastaram do carrinho, inclusive eu depois que passamos por ele, no canto do olho notei que o prato estava embaixo de um moderno."

     John administra uma empresa de limpeza de carpetes e compra e vende antiguidades há 35 anos, mas passou a gastar mais tempo em brechós após uma doença que teve em 2023. "Às vezes, passo algumas horas esperando os carrinhos saírem. Acho que é melhor pegá-los quando saem pela primeira vez porque, quando chegam às prateleiras, a maioria das coisas boas já acabou", disse. 

    A pesquisa do valor do prato foi feita a partir do Google Lens, e John afirma que apenas duas peças iguais foram vendidas nos últimos 50 anos.

     "Às vezes, é preciso cavar um pouco, mas eu fi z uma pesquisa no Google Lens e encontrei um que tinha sido vendido exatamente como ele por US$ 4.400 e eu sabia em cinco minutos que tinha algo valioso. Apenas dois desses foram vendidos nos últimos 50 anos de história de leilões." 

    Posteriormente, o item também foi analisado por especialistas, que atestaram seu valor. Em um dos e-mails trocados por John, um especialista da Sotheby's afi rmou que a "bandeja retangular chanfrada heráldica chinesa de exportação" é do período Qianlong da dinastia Qing, datada por volta de 1755, mede 35,5 cm de comprimento, além de ser "decorada com o brasão de Mendes da Costa" e ter um valor estimado entre US$ 4.000 (R$ 23.240 na cotação atual) e US$ 6.000 (R$ 34.860 na cotação atual).

    O prato será vendido no leilão da Sotheby's em Nova York, em junho.


Fonte: https://odia.ig.com.br/mundo-e-ciencia/2025/02/6997643-homem-paga-rs30-por-prato-em-brecho-e-descobre-que-item-vale-quase-rs-30-mil.html. Acesso em 04/02/2025
“A pesquisa do valor do prato foi feita a partir do Google Lens, e John afirma que apenas duas peças iguais foram vendidas nos últimos 50 anos” (5º parágrafo). Nesse trecho, a vírgula foi empregada para indicar que há:
Alternativas
Q3325907 Português

Leia o texto a seguir:



Baixa escolaridade é principal fator de risco para demência no Brasil, mostra estudo inédito



Em países do hemisfério norte, desenvolvimento da doença está associado a sexo e idade 



     A baixa escolaridade é o principal fator de risco para o declínio cognitivo entre idosos do Brasil, enquanto a falta de saúde mental desponta como possível causa de problemas de perda de autonomia, mostra estudo brasileiro publicado na revista The Lancet Global Health. O baixo acesso à educação superou variáveis tradicionalmente associadas ao sintoma, como idade ou sexo. 


   O projeto, liderado pelo professor Eduardo Zimmer, da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), e apoiado a saúde pelo Instituto Serrapilheira, evidencia a necessidade de políticas públicas que garantam o acesso universal ao ensino e o cuidado com mental desde cedo. "Para resolver o declínio cognitivo, precisamos colocar todo mundo na escola desde a infância. É fundamental garantir que crianças e adolescentes tenham acesso à educação", destaca Zimmer.


   O professor também ressalta que os resultados alertam para a importância de considerar as particularidades regionais ao analisar dados globais. Estudos feitos em países desenvolvidos, com outras realidades socioeconômicas, apontam idade e sexo como os principais fatores associados a essas doenças. 


   "Começamos ver que o cérebro do brasileiro diferente do é completamente cérebro do Norte Global", afirma o especialista. O país tem sofrido com um aumento no número de casos de demências, como o Alzheimer. O envelhecimento da população cumpre papel fundamental nesse cenário, mas a nova pesquisa reforça a influência de outros fatores. 


   A investigação, inédita, usou inteligência  artificial para comparar dados de 9,4 mil pacientes brasileiros obtidos por meio do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSA- Brasil). As informações socioeconômicas e de saúde foram comparadas com as de outros países latino-americanos de renda alta (Uruguai e Chile) e baixa ou média (Colômbia e Equador). No total, mais de 40 mil pessoas foram envolvidas.


Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2025/02/baixa-escolaridade- e-principal-fator-de-risco-para-demencia-no-brasil-mostra-estudo-inedito.shtml. Acesso em 05/02/2025 (Adaptado). 

“O envelhecimento da população cumpre papel fundamental nesse cenário, mas a nova pesquisa reforça a influência de outros fatores” (4º parágrafo). Nesse trecho, a vírgula foi empregada para: 
Alternativas
Q3324829 Português

Por que, em pleno século XXI, milhões de pessoas ainda estão fora da escola? 




(Disponível em: https://www.correiodopovo.com.br/blogs/2.221;15/01/2025 – texto adaptado especialmente para esta prova). 

Sobre a pergunta apresentada no último parágrafo do texto: “Afinal, qual futuro queremos construir se deixamos milhões sem acesso ao conhecimento?” (l. 23-24), analise as assertivas abaixo e assinale V, se verdadeiras, ou F, se falsas.

( ) O ponto de interrogação utilizado ao final do período atribui à frase entonação interrogativa ou de incerteza, também chamada de retórica.
( ) A pergunta, entre outras, tem a função de estimular o interlocutor a uma reflexão acerca do assunto discorrido no texto.
( ) O leitor é levado a pensar sobre o seu próprio futuro, visto a ocorrência do verbo flexionado na primeira pessoa do plural, dando, assim, ideia de inclusão na problemática.

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
Alternativas
Ano: 2025 Banca: FURB Órgão: CISAMVE - SC Prova: FURB - 2025 - CISAMVE - SC - Contador |
Q3323763 Português
Frio e calor mataram 142,7 mil pessoas em cidades brasileiras de 1997 a 2018


Elevações e quedas intensas de temperatura aumentam o risco de morte, em especial de pessoas desprotegidas, como as que vivem em situação de rua, ou das mais frágeis e sensíveis a alterações térmicas, caso das crianças pequenas e dos idosos. Temperaturas na casa dos 30 graus Celsius (ºC) já são suficientes para levar um trabalhador braçal à exaustão por calor, com suor intenso, respiração ofegante e pulso acelerado, além de tontura e confusão mental. Por volta dos 40ºC, mesmo quem está em casa, sentado no sofá, pode passar mal, apresentar os mesmos sintomas e precisar de internação se o ambiente não for climatizado. O aquecimento do corpo provoca a dilatação dos vasos sanguíneos e reduz a pressão arterial, obrigando o coração a funcionar mais para fazer o oxigênio chegar aos órgãos. O corpo também perde líquidos e sais minerais, o que complica o quadro. Já a exposição a temperaturas baixas por algumas horas costuma provocar alterações inversas, mas com efeitos semelhantes sobre a saúde. Os vasos sanguíneos se contraem e concentram o sangue nos órgãos internos. A pressão arterial e os batimentos cardíacos sobem e, se o corpo não se aquece e volta ao equilíbrio, o sistema cardiovascular pode entrar em colapso.


"O corpo humano funciona bem em uma faixa estreita de temperatura interna, em torno de 1 grau acima ou abaixo dos 36,5ºC. Fora dela , começa a haver problemas, mais graves em crianças, idosos e pessoas com doenças preexistentes", conta a meteorologista e médica Micheline Coelho. Com mestrado e doutorado na área de sua primeira graduação, ela se formou depois em medicina e trabalha como pesquisadora colaboradora do Laboratório de Patologia Ambiental e Experimental (Lapae) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) e na Universidade Monash, na Austrália. Em parceria com o patologista Paulo Saldiva, coordenador do Lapae, ela investiga a relação entre as condições atmosféricas e a saúde humana.


Saldiva e Coelho integram uma rede internacional de pesquisa que, na última década, começou a estimar o impacto dos dias mais quentes e mais frios na saúde das pessoas e na economia. Em um estudo recente, publicado na edição impressa de dezembro da revista Environmental Epidemiology, a dupla brasileira e pesquisadores de outros nove países calcularam a proporção de mortes que podem ser atribuídas aos extremos de frio e de calor em 13 nações da América Latina, além de três territórios ultramarinos franceses no continente, e o quanto representam em perdas financeiras.


As 69 localidades avaliadas estão situadas em países que vão do México ao Chile, incluindo o Brasil. Nelas, ao menos 408.136 pessoas morreram por causa do frio e 59.806 em decorrência do calor entre 1997 e 2019. Os óbitos pelas baixas temperaturas correspondem a 4,1% e os associados às altas a 0,6% dos 9,98 milhões de mortes notificadas nessas cidades no período. Combinadas, essas fatalidades geraram uma perda de cerca de US$ 2,4 bilhões por ano, calculada com base no valor estimado para um ano de vida e no número de anos que cada pessoa teria vivido se alcançasse a expectativa média de vida de sua população. As perdas relacionadas ao frio variaram de US$ 0,3 milhão ao ano, na Costa Rica, a US$ 472,2 milhões ao ano, na Argentina. Associado a menos óbitos, o calor gerou prejuízos anuais que foram de US$ 0,05 milhão, no Equador, a US$ 90,6 milhões no Brasil.


O Brasil, a propósito, contribuiu com um dos maiores números de localidades e a série histórica mais longa. Aqui, em 18 cidades onde vivem mais de 30 milhões de pessoas (12 delas capitais), houve 3,86 milhões de óbitos de 1997 a 2018. Nesses 22 anos, 113.528 mortes ocorreram em consequência do frio e 29.170 do calor, com perdas anuais que somaram US$ 352,5 milhões, no primeiro caso, e os já citados US$ 90,6 milhões, no segundo. "Um problema no Brasil é que, de modo geral, casas, escolas, hospitais e muitos locais de trabalho não estão preparados para enfrentar nem o frio intenso nem o calor elevado, que deve se tornar mais comum em muitas regiões do país como consequência das mudanças climáticas e das alterações no ambiente urbano", conta a médica e meteorologista.


As mortes são apenas o efeito mais extremo e evidente das variações de temperatura. O frio e o calor, porém, geram prejuízos econômicos e afetam a qualidade de vida. Em um trabalho anterior, publicado em 2023 na revista Science of the Total Environment, Saldiva, Coelho e colaboradores haviam computado em quase US$ 105 bilhões as perdas econômicas, em 510 cidades brasileiras, decorrentes do trabalho em condições térmicas inadequadas (muito quente ou frio) entre 2000 e 2019.


Em estudos como esses, as temperaturas associadas a óbitos são as que mais se afastam do valor considerado confortável para a população de cada cidade. Essa é a chamada temperatura de mortalidade mínima (TMM): a temperatura média ótima, calculada a partir dos valores medidos ao longo do dia, na qual se registra o menor número de óbitos. No trabalho da Environmental Epidemiology de dezembro, a TMM da maior parte das cidades brasileiras ficou por volta dos 23ºC − ela foi mais baixa (21ºC) em Curitiba (PR), e mais alta (em torno de 28ºC) em Palmas (TO) e São Luís (MA).


Dias com valores muito inferiores ou superiores à TMM são considerados de temperaturas extremas. Não são muitos. Eles são os 2,5% dos dias do ano em que os termômetros registraram as menores marcas, nos extremos de frio, e os 2,5% de temperaturas mais elevadas, nos de calor. Os pesquisadores observaram que, para a maior parte das cidades, o gráfico que representa o risco de morrer para cada temperatura tinha a forma da letra U. Isso indica que a probabilidade de óbito aumenta à medida que a temperatura cai ou aumenta em relação à TMM. Muitas vezes, o gráfico era em forma de U com o braço esquerdo levemente tombado, mostrando que o risco de morrer crescia mais rapidamente com o aumento do que com a queda da temperatura. Em Assunção, capital do Paraguai, por exemplo, onde a temperatura ideal era de cerca de 27ºC, uma elevação de 5 ou 6 graus fazia dobrar o risco de óbito, enquanto essa probabilidade aumentava 50% quando a temperatura ficava mais de 15 graus abaixo da TMM, embora uma proporção maior de pessoas morra de frio do que de calor.


O impacto da temperatura sobre a saúde varia de uma pessoa para outra − quem vive em regiões quentes geralmente está mais adaptado ao calor e vice-versa. Também depende do sexo, da idade e da existência de doenças crônicas, como asma ou hipotireoidismo, além do tempo disponível para se aclimatar à mudança. Ele é maior para crianças pequenas ou idosos, que enfrentam maior dificuldade em regular o calor corporal − com o avanço da idade, problemas de saúde e o uso de medicamentos se tornam mais frequentes e alteram o funcionamento do organismo, podendo agravar o efeito de temperaturas externas não ideais.



Retirado e adaptado de: SOARES, Giselle.; ZORZETTO, Ricardo. Frio e calor mataram 142,7 mil pessoas em cidades brasileiras de 1997 a 2018. Revista Pesquisa FAPESP. Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/frio-e-calor-mataram-1427-mil-pessoa s-em-cidades-brasileiras-de-1997-a-2018/ Acesso em: 03 mar., 2025.
As alternativas que seguem foram formadas a partir de uma mesma sentença, retirada do texto e que teve sua pontuação alterada em cada situação. Analise-as e assinale a alternativa cuja pontuação, mesmo com as alterações realizadas, mantém-se coerente com a sentença no texto:
Alternativas
Q3323074 Português
MEC assina novo Plano de Transformação Digital


Documento busca melhorar qualidade e acessibilidade na prestação de serviços digitais da pasta, além de otimizar e simplificar relação entre governo e cidadão. Medida atende a decreto presidencial de 2024.

O Ministério da Educação (MEC) – por meio da Secretaria-Executiva (SE) e da Secretaria de Gestão da Informação, Inovação e Avaliação de Políticas Educacionais (Segape) – assinou o novo Plano de Transformação Digital. Com o documento, a pasta visa promover a efetividade das políticas, a qualidade dos serviços públicos, assim como a inclusão e participação de todas as pessoas pelo uso de tecnologias digitais. O plano do MEC alinha-se à Estratégia Federal de Governo Digital, de modo que seu escopo se define por processos de mudança coerente e sustentada de serviços públicos, sistemas e infraestrutura de dados.

“O Plano de Transformação Digital do MEC é uma estratégia pactuada com o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos [MGI] para atender bem tanto o cidadão quanto os gestores estaduais e municipais e todos aqueles que buscam os serviços digitais do MEC”, apontou o secretário da Segape, Evânio Araújo. “Os serviços públicos são a face mais visível das políticas da pasta e é através deles que os cidadãos fazem adesão aos programas e acessam seus direitos. Precisam ser inclusivos e intuitivos a todos”, explicou.

Entre os objetivos do plano, estão: mapear, revisar processos, redesenhar e digitalizar serviços públicos prestados pelo MEC e pelas suas organizações vinculadas; transformar os 12 serviços mais acessados do MEC em serviços de excelência, integrando bases e aplicando sempre que possível princípios como proatividade e predição; revisar sistemas legados do MEC de maneira a amplificar sua robustez, capacidade e registro de informações de maneira segura e confiável; promover o treinamento e o letramento digital das redes e escolas para adoção de tecnologias digitais; entre outros.

Construção – Todas as secretarias da pasta se uniram para elaborar o novo Plano de Transformação Digital, com a finalidade de definir as prioridades de cada área em relação a sistemas, serviços e dados. A ação busca atender ao Decreto Presidencial nº 12.198/2024, de 24 de setembro, o qual estabelece que todos os ministérios devem pactuar um plano como esse.

PDA – Ainda em janeiro deste ano, o MEC publicou o Plano de Dados Abertos (PDA) para o biênio 2024-2026 por meio da Portaria nº 69/2025. O documento reafirma o compromisso do MEC com a transparência e o alinhamento às normas legais, além de contribuir para uma gestão pública mais responsável e participativa.

O plano dá visibilidade às ações e estratégias organizacionais que vão nortear as atividades de implementação e promoção da abertura de dados, de forma institucionalizada e sistematizada.

Ele descreve as ações para abertura, sustentação, monitoramento e fomento ao reuso dos conjuntos de dados, a fim de organizar e padronizar seus processos de publicação. Isso resulta em maior disponibilidade, acesso, qualidade e ampla reutilização dos dados abertos pelas partes interessadas – tanto a sociedade quanto a própria administração pública federal.

Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Segape

(Fonte: MEC assina novo Plano de Transformação Digital. Ministério da Educação, [s.d.]. Disponível em:

https://www.gov.br/mec/pt-br/assuntos/noticias/2025/fevereiro/mec-assina-novo-plano-de-tra nsformacao-digital. Acesso em: 17 fev. 2025.)
Assinale a alternativa em que o uso da vírgula está de acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa, considerando especialmente a mudança de sujeito entre as orações:
Alternativas
Q3320673 Português
Assinale a alternativa em que há erro de ortografia e pontuação:
Alternativas
Q3320672 Português
Assinale a alternativa em que há erro no uso do ponto final:
Alternativas
Q3320670 Português
Assinale a alternativa em que a vírgula está usada corretamente:
Alternativas
Q3320553 Português
Leia e interprete o texto a seguir, para responder à questão:


    O Conselho de Direitos Humanos da ONU iniciou esta segunda-feira em Genebra sua 58ª sessão com a presença do secretário-geral, António Guterres. O líder das Nações Unidas afirmou que todos os mecanismos e sistemas duramente conquistados e estabelecidos ao longo dos últimos 80 anos para proteger e promover os direitos humanos estão sob “ameaça direta”.

     Para ele, esse risco é causado por “senhores da guerra que desprezam o direito internacional”, por autocratas que “esmagam a oposição” e por um patriarcado que mantém as meninas fora da escola e as mulheres afastadas dos direitos básicos.

Guterres ressaltou que cada um dos direitos civis, culturais, econômicos, políticos e sociais estão sendo “sufocados”. Ele adicionou que o sistema financeiro global “moralmente falido”, as tecnologias “descontroladas” como a inteligência artificial e a crise climática também suprimem os direitos humanos, que são o “oxigênio da humanidade”. O secretário-geral ressaltou a preocupação com a crescente intolerância contra grupos como povos indígenas, migrantes e refugiados, comunidade Lgbtqi+ e pessoas com deficiência.

     Já o alto comissário de Direitos Humanos, Volker Turk, alertou que o sistema internacional está passando por uma mudança “tectônica”, colocando a construção dos direitos humanos ao longo de décadas sob uma pressão jamais vista.

   Turk enfatizou que o consenso global sobre o tema está desmoronando por ação de autoritários e oligarcas. Ele citou estimativas de que autocratas controlam hoje cerca de um terço da economia mundial, mais do que o dobro da proporção de 30 anos atrás. O alto comissário está preocupado com “retrocessos” na verificação de fatos online e moderação de conteúdo, o que levará a “mais ódio, mais ameaças e mais violência”.


(Trecho adaptado da reportagem "Líder da ONU alerta para sufocamento dos direitos humanos ao redor do mundo", de 24/02/2025. Fonte: news.un.org)
Qual a função das aspas duplas ao longo do texto analisado?
Alternativas
Q3320487 Português
Escolha a alternativa com pontuação correta:
Alternativas
Q3306794 Português
Texto CG1A1

        Em 2015, o professor Robert Waldinger participou de uma conferência apresentando uma palestra chamada “O que torna uma vida boa? Lições sobre o mais longo estudo sobre felicidade”. O tema se tornou, anos depois, um livro do palestrante sobre o assunto, que entrou na lista dos mais vendidos, segundo o jornal The New York Times.

        Professor de psiquiatria em Harvard, Waldinger é o quarto pesquisador a dirigir o Estudo sobre Desenvolvimento Adulto, que existe na universidade desde 1938 e está em andamento até hoje. O trabalho é o maior já realizado sobre o tema e monitora questões relativas a bem-estar, desenvolvimento e felicidade. Atualmente, a pesquisa está na segunda geração e dela participam os filhos dos primeiros participantes.

        O principal achado da pesquisa chama a atenção: a chave para uma vida mais feliz e saudável são os relacionamentos que cultivamos. Boas relações ajudam a reduzir os níveis de estresse e também influenciam a maneira como lidamos com dificuldades e situações desafiadoras.

        Waldinger afirma que cultivar relacionamentos recíprocos, que contam com apoio mútuo e espaço para crescimento, é o que traz mais felicidade. Por outro lado, passar muito tempo no trabalho é um constante arrependimento dos participantes do estudo.

        Além desses, há outros fatores que interferem na saúde mental e na sensação de felicidade — e um deles pode ser dinheiro.

        O pesquisador ressalta que ter muito dinheiro ou fama não tem relação direta com a felicidade. Contudo, a pobreza impacta a satisfação com a vida. Waldinger aponta que, enquanto não se tem as necessidades básicas garantidas, sentir-se feliz e pleno é uma tarefa difícil.

        Por outro lado, a partir do momento em que necessidades como alimentação, moradia e educação estão garantidas, ganhar mais dinheiro não significa sentir felicidade. É aí que está a importância de cultivar bons relacionamentos.

Internet:<folha.uol.com.br>  (com adaptações). 

Em relação aos sentidos e a aspectos linguísticos do texto CG1A1, julgue o item a seguir.  


No último período do penúltimo parágrafo, a vírgula empregada logo após o termo “que” poderia ser suprimida sem prejuízo da correção gramatical do texto. 

Alternativas
Q3306670 Português
Texto CG2A1

        Um dos principais benefícios da comunicação não violenta (CNV) é a promoção da empatia e da compaixão entre as pessoas. Ao reconhecer as necessidades e os sentimentos dos outros, somos capazes de nos colocar em seus lugares e compreender suas perspectivas, o que facilita a resolução de conflitos e a construção de relações mais saudáveis. Como afirma Marshall Bertram Rosenberg, em sua obra Comunicação não violenta, “a CNV nos guia na reformulação do nosso modo de expressão e escuta dos outros, pela concentração em quatro áreas: o que observamos, o que sentimos, do que necessitamos e o que pedimos para nos enriquecer a vida”. A CNV promove uma escuta, um respeito e uma empatia profundos. Algumas pessoas usam a CNV para reagir compassivamente a si mesmas; outras, para estabelecer maior profundidade em suas relações pessoais, e outras, ainda, para gerar relacionamentos eficazes no trabalho ou na política. No mundo inteiro, utiliza-se a CNV para mediar disputas e conflitos em todos os níveis.

        Particularmente no que se refere à função ministerial, é preciso que se evite o que o autor chama de comunicação alienante da vida, isto é, “os juízos morais, que atribuem erro ou ruindade às pessoas que não agem conforme certos valores”. Com efeito, um órgão acusatório inevitavelmente terá que formular, de modo técnico, imputações acerca da prática de ilícitos (uma denúncia criminal narrará a prática de uma conduta que se amolda a um tipo penal), o que não significa, contudo, que os agentes públicos que integram a instituição estejam autorizados a proferir julgamentos morais. No modelo de um Ministério Público dialógico, ou seja, aquele que efetivamente se abre à interlocução com a sociedade, a CNV é fator que transforma o discurso em prática, pois propicia o diálogo face a face com os mais diferentes e antagônicos setores e, a partir disso, a construção de confiança e o desenvolvimento do compromisso e da compreensão comuns entre os atores envolvidos.

Pedro Abi-Eçab e Walter Otsuka. Comunicação não violenta como ferramenta para a resolutividade do Ministério Público. In: Revista Jurídica – Corregedoria Nacional do Ministério Público, v. 8, 2023, p. 392-3 (com adaptações). 

Julgue o item que se segue, relativo a aspectos linguísticos do texto CG2A1.


No trecho “outras, para estabelecer maior profundidade em suas relações pessoais” (penúltimo período do primeiro parágrafo), a vírgula indica supressão de palavras.

Alternativas
Q3304949 Português
Considere o texto para responder à questão:

Por que a mão dos seres humanos é especial — e o maior desafio para robôs 'perfeitos'

A mão humana é uma das partes do corpo mais surpreendentemente sofisticadas e fisiologicamente intrincadas. Ela tem mais de 30 músculos, 27 articulações e uma rede de ligamentos e tendões que proporcionam 27 eixos de movimento. Há mais de 17 mil receptores de toque e terminações nervosas somente na palma da mão. Esses recursos permitem que nossas mãos executem uma variedade impressionante de tarefas altamente complexas por meio de uma ampla gama de movimentos diferentes.

Até mesmo pegar algo tão simples como uma caneta, e movê-la por nossos dedos até adotar uma posição para escrever envolve uma integração perfeita entre o corpo e o cérebro. As tarefas manuais que realizamos sem pensar exigem uma combinação refinada de controle motor e feedback sensorial — desde abrir uma porta até tocar piano.

Com esse nível de complexidade, não é de se admirar que as tentativas de igualar a versatilidade e a destreza das mãos humanas tenham sido evitadas por profissionais médicos e engenheiros durante séculos. Desde a rudimentar mão de ferro com mola de um cavaleiro alemão do século XVI até a primeira mão robótica do mundo com feedback sensorial criada na Iugoslávia na década de 1960, nada chegou perto de se equiparar às habilidades naturais da mão humana.

Os avanços na inteligência artificial estão dando início a uma geração de máquinas que estão chegando perto de corresponder à destreza humana. Próteses inteligentes podem antecipar e refinar os movimentos. Os robôs de colheita de frutas macias são capazes de colher um morango em um campo e colocá-lo delicadamente em uma caixinha com outras frutas sem amassá-las.

Os robôs guiados por visão conseguem até mesmo extrair cuidadosamente resíduos nucleares de reatores. Mas será que eles podem realmente competir com as incríveis capacidades da mão humana?

Como um bebê que aprende a usar as mãos, os robôs habilidosos que utilizam inteligência artificial integrada seguem um roteiro semelhante. Esses robôs devem coexistir com seres humanos em um ambiente e aprender a realizar tarefas físicas com base na experiência anterior. Eles reagem ao ambiente e ajustam seus movimentos em resposta a essas interações. A tentativa e o erro desempenham um papel importante nesse processo.

"A IA tradicional lida com informações, enquanto a IA integrada percebe, entende e reage ao mundo físico", diz Eric Jing Du, professor de engenharia civil da Universidade da Flórida, nos EUA.

"Essencialmente, ela oferece aos robôs a capacidade de 'ver' e 'sentir' o ambiente ao seu redor, permitindo que eles realizem ações de maneira semelhante à humana."
Mas essa tecnologia ainda está engatinhando. Os sistemas sensoriais humanos são tão complexos, e nossas habilidades perceptivas tão hábeis, que reproduzir a destreza no mesmo nível da mão humana continua sendo um grande desafio.

"Os sistemas sensoriais humanos podem detectar pequenas mudanças e se adaptar rapidamente às mudanças nas tarefas e nos ambientes", acrescenta Du. "Eles integram vários inputs sensoriais, como visão, tato e temperatura. Atualmente, os robôs não têm esse nível de percepção sensorial integrada."

Mas o nível de sofisticação está aumentando rapidamente. Veja o robô DEX-EE. Desenvolvido pela Shadow Robot Company em colaboração com o Google DeepMind, é uma mão robótica com três dedos que usa drivers do tipo tendão para obter 12 eixos de movimento. A equipe por trás do DEX-EE, projetado para "pesquisa de manipulação hábil", espera demonstrar como as interações físicas contribuem para o aprendizado e o desenvolvimento da inteligência generalizada. Cada um de seus três dedos contém sensores na ponta do dedo, que fornecem dados tridimensionais em tempo real sobre o ambiente, além de informações sobre sua posição, força e inércia. O dispositivo pode manusear e manipular objetos delicados, incluindo ovos e balões inflados, sem danificá-los. Ele aprendeu até mesmo a apertar as mãos — algo que exige que reaja à interferência de forças externas e situações imprevisíveis. No momento, o DEX-EE é apenas uma ferramenta de pesquisa, e não para ser usado em situações reais de trabalho em que poderia interagir com seres humanos.

Mas entender como realizar essas funções vai ser essencial à medida que os robôs se tornarem cada vez mais presentes ao lado das pessoas, tanto no trabalho quanto em casa. Com que força, por exemplo, um robô deve segurar um paciente idoso ao colocá-lo em uma cama?

Um projeto de pesquisa do Instituto Fraunhofer IFF em Magdeburg, na Alemanha, configurou um robô simples para "socar" repetidamente voluntários humanos no braço, num total de 19 mil vezes, para ajudar seus algoritmos a aprender a diferença entre uma força potencialmente dolorosa e uma confortável. Mas alguns robôs habilidosos já estão começando a aparecer no mundo real.


Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/articles/cx2pplx1352o. Acesso em 28/01/2025.
Considere o seguinte trecho: A equipe por trás do DEX-EE, projetado para “pesquisa de manipulação hábil”, espera demonstrar como as interações físicas contribuem para o aprendizado e o desenvolvimento da inteligência generalizada. O uso de aspas, no trecho grifado e no contexto em que se apresenta, justifica-se por tratar-se: 
Alternativas
Q3304811 Português
CONVERSA DE PÉ E SENTADO

        Mineiro dá tchau para alguém e reinicia a conversa. A impressão é que a despedida renova os créditos das palavras.

        Ou talvez porque o mineiro divida o papo em dois turnos. O primeiro é quando chega, e o segundo, quando ele acha que vai sair – somente acha. Porque não sai, fica papeando de pé.

        Metade da visita acontece no sofá, e a outra metade, na porta. Não sei qual é a mais longa. Na porta, ele fofoca. No sofá, desfia as preocupações. Na porta, ele relaxa. No sofá, ele põe os assuntos em dia. Na porta, é divertimento da amizade. No sofá, é responsabilidade. Na porta, são as perguntas sobre conhecidos em comum. No sofá, perguntas sobre a pessoa visitada.

        Todos nós sabemos que o mineiro gosta de uma boa trova. O que ninguém sabe é que ele odeia adeus.

        Tem uma grande dificuldade para virar as costas e se desvencilhar da acolhida. Mineiro não tem costas, é um anjo com as asas voltadas para o interior da casa.

        Não quer ir embora, porque acha que será custoso voltar. Então, aproveita para prolongar o convívio ao máximo possível e fazer estoque de afeto num único encontro. Assim, ninguém reclamará da demora para se ver no futuro.

        Desenlaces são quebrados pela urgência das lembranças.

        Em Minas, não há como prever quem realmente decidiu levantar voo – as movimentações são sempre ruidosas, peculiares daqueles que acabaram de pousar.

        Qualquer desfecho é palanque emocionado de confissões e agradecimentos.

        O carro ficará parado na frente do local de partida por mais de cinco minutos. O até logo, aqui, não será rápido, é o planejamento minucioso do próximo contato.

        Nas lojas, o mesmo frenesi acontece. É natural aquele consumidor que comprou no local comprar de novo. Pagou e reinicia as investidas nas araras. Em vez de parcelar as compras no cartão, parcela o cartão nas compras.

        A característica me conforta. Casado com uma mineira, parto da perspectiva de que o nosso casamento nunca se acabará. Quando ela tentar se despedir, ainda teremos mais 30 anos juntos pela frente. Com beijos demorados segurando a maçaneta.

Texto Adaptado
Fonte: CARPINEJAR, Fabrício. Conversa de pé e sentado. Disponível em: https://www.otempo.com.br/opiniao/fabricio-carpinejar/conversa-de-pe-esentado-1.2239390. Acesso em: 24 fev. 2025.
No trecho “Em Minas, não há como prever quem realmente decidiu levantar voo – as movimentações são sempre ruidosas, peculiares daqueles que acabaram de pousar”, o travessão foi empregado para
Alternativas
Q3304810 Português
CONVERSA DE PÉ E SENTADO

        Mineiro dá tchau para alguém e reinicia a conversa. A impressão é que a despedida renova os créditos das palavras.

        Ou talvez porque o mineiro divida o papo em dois turnos. O primeiro é quando chega, e o segundo, quando ele acha que vai sair – somente acha. Porque não sai, fica papeando de pé.

        Metade da visita acontece no sofá, e a outra metade, na porta. Não sei qual é a mais longa. Na porta, ele fofoca. No sofá, desfia as preocupações. Na porta, ele relaxa. No sofá, ele põe os assuntos em dia. Na porta, é divertimento da amizade. No sofá, é responsabilidade. Na porta, são as perguntas sobre conhecidos em comum. No sofá, perguntas sobre a pessoa visitada.

        Todos nós sabemos que o mineiro gosta de uma boa trova. O que ninguém sabe é que ele odeia adeus.

        Tem uma grande dificuldade para virar as costas e se desvencilhar da acolhida. Mineiro não tem costas, é um anjo com as asas voltadas para o interior da casa.

        Não quer ir embora, porque acha que será custoso voltar. Então, aproveita para prolongar o convívio ao máximo possível e fazer estoque de afeto num único encontro. Assim, ninguém reclamará da demora para se ver no futuro.

        Desenlaces são quebrados pela urgência das lembranças.

        Em Minas, não há como prever quem realmente decidiu levantar voo – as movimentações são sempre ruidosas, peculiares daqueles que acabaram de pousar.

        Qualquer desfecho é palanque emocionado de confissões e agradecimentos.

        O carro ficará parado na frente do local de partida por mais de cinco minutos. O até logo, aqui, não será rápido, é o planejamento minucioso do próximo contato.

        Nas lojas, o mesmo frenesi acontece. É natural aquele consumidor que comprou no local comprar de novo. Pagou e reinicia as investidas nas araras. Em vez de parcelar as compras no cartão, parcela o cartão nas compras.

        A característica me conforta. Casado com uma mineira, parto da perspectiva de que o nosso casamento nunca se acabará. Quando ela tentar se despedir, ainda teremos mais 30 anos juntos pela frente. Com beijos demorados segurando a maçaneta.

Texto Adaptado
Fonte: CARPINEJAR, Fabrício. Conversa de pé e sentado. Disponível em: https://www.otempo.com.br/opiniao/fabricio-carpinejar/conversa-de-pe-esentado-1.2239390. Acesso em: 24 fev. 2025.
No trecho “Mineiro não tem costas, é um anjo com as asas voltadas para o interior da casa”, o uso da vírgula antes da forma verbal “é” se justifica porque
Alternativas
Q3304754 Português
Considere o seguinte trecho: “O psicólogo Sam Carr, da Universidade de Bath, no Reino Unido, pesquisa os relacionamentos humanos. Ele acredita que o “maior mito” é que as pessoas são sempre a solução para a solidão”. O uso de aspas, no trecho grifado e no contexto em que se apresenta, justifica-se por tratar-se: 
Alternativas
Q3304314 Português
Leia o texto abaixo para responder à questão.


O Ladrão


    O bloco passava lá fora, “experimentando” o Carnaval. Minha amiga foi atender o telefone, e ao voltar viu que sumira o relógio de pulso, deixado sobre a mesinha de cabeceira. Abriu a gaveta e examinou a caixa de joias: vazia. Nada de preço, mas de estimação: colar de pérolas cultivadas, anéis, broches, essas coisas. Cada peça lhe viera de uma pessoa querida, e era como se os ofertantes vivessem ali, disfarçados e condensados pelo ourives. Minha amiga ficou aborrecida. Não que participasse do horror capitalista a ladrões. Sem capital, achava exagerado esse sentimento. Nas vezes em que discutira o problema, opinara quase favoravelmente aos gatunos. Coitados, não tiveram boa formação familial; a miséria é grande e espalhada, o corpo social se caracteriza pelo egoísmo. Erraram, apenas. E depois, tanto ladrão gordo por aí, recebido em sociedade, incólume, benemérito!

    Por isso mesmo, sentia-se chocada com o acontecimento. Por que lhe faziam uma dessas? Pedissem qualquer coisa razoável, daria. Se não tinham coragem de pedir, se eram pobres envergonhados, que diabo, levassem objetos caseiros, sem história. É certo que ladrão não pode saber se um objeto está carregado de afetividade, e que dinheiro nenhum o compra.

    Foi ao andar de cima conferenciar com o vizinho. Ele nada percebera, mas armou-se de pistola e resolveu caçar o ladrão, que pelo visto descera do morro próximo. Sempre desconfiamos do morro, como se esse acidente geográfico retivesse propriedades maléficas, extensíveis aos indivíduos que o habitam. Mas enfrentar o morro, àquela hora da noite, seria temeridade. Já ao transpor a porta da rua, o vizinho decidiu ficar por ali mesmo, pistola em punho, vistoriando os suspeitos que passassem, e não passaram.

    Na noite seguinte, passou foi a patrulha de Cosme e Damião, que, inteirada do fato, pensou logo em Curió.

      — Curió hoje de tarde estava querendo vender uns troços de ouro, umas correntinhas.

      — Então me tragam o Curió que eu quero conversar com ele. Mas por favor, não o maltratem, hem — pediu minha amiga.

    Curió apareceu pela manhã, encalistrado, com os policiais. Pequeno, modesto, simpático. O vizinho correu para apanhar a arma. “Não faça isso — ordenou-lhe minha amiga. Vamos conversar sentados no chão, que é melhor.” Cosme e Damião preferiram ficar de pé, Curió não se fez de rogado e o vizinho adotou o figurino.

      — Curió, foi você quem levou minhas joias de estimação?

      De cabeça baixa, Curió admitiu que sim. Passara por ali, à hora em que o bloco descia, viu luz acesa, nenhum movimento, janela baixa, e tal, ficou tentado. Conhecia de vista a moradora, até simpatizava com ela. Mas pra quê deixar tudo aberto, exposto, provocando a gente?

      Lealmente, ela aceitou a censura, reconhecendo que não cuidara.

      — Você fuma, Curió?

      — Aceito, madame.

    Cigarro ajuda a resolver. Cheio de boa vontade, Curió não podia restituir tudo. Parte dos objetos fora vendida, os brincos ele dera a uma senhorita. O colar, o relógio e dois broches, sim, devolveria se madame quebrasse o galho — e apontou para Cosme e Damião.

      — Estão aí com você?

      — Não, madame, mas pode fiar do meu compromisso.

   O vizinho ia exclamar: “Essa não”, porém minha amiga pediu-lhe que se abstivesse de comentários. Continuaram negociando amigavelmente. Aquela fora a primeira vez, Curió vive de biscates, vida apertada, madame compreende. No outro dia voltou com as joias, menos as vendidas, e prometeu tomar os brincos à namorada. Minha amiga achou que não valia a pena magoar a moça, e louvou o desprendimento de Curió. E agora sua casa tem, numa só pessoa, encerador, bombeiro e cão de guarda, procurados há muito. O vizinho é que, indignado, e dizendo-se sem garantias, pensa em mudar-se.


Andrade, Carlos Drummond de, 1902-1987. 70 historinhas.1ª ed. — São Paulo: Companhia das Letras, 2016. Adaptado.
Conforme a norma-padrão da Língua Portuguesa, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Ano: 2025 Banca: FCC Órgão: DPE-SP Prova: FCC - 2025 - DPE-SP - Analista de Defensoria |
Q3304050 Português
Está gramaticalmente correta a redação da seguinte frase: 
Alternativas
Q3303890 Português
Analise a pontuação do seguinte período:
"O escritor, após uma longa pausa em sua produção, publicou um romance que foi muito bem recebido pela crítica."

Com base na pontuação, é correto afirmar:
Alternativas
Respostas
1: D
2: D
3: D
4: D
5: B
6: E
7: D
8: C
9: C
10: D
11: B
12: E
13: C
14: C
15: A
16: C
17: D
18: E
19: D
20: D