Questões de Português - Pontuação para Concurso

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Q2036497 Português
Leia o texto a seguir para responder a questão.

Home office e trabalho híbrido desencadearam casos de Burnout entre jovens, aponta estudo.

Síndrome tem afetado principalmente a saúde menta dos trabalhadores da Geração Z, que têm papéis de liderança em suas empresas.

A pandemia da Covid-19 tem afetado não somente a dinâmica das relações de trabalho, mas também a saúde mental dos profissionais que estão trabalhando a distância. Segundo pesquisa feita pela LHH do Grupo Adecco, empresa suíça de recursos humanos que atua em 60 países, 38% das pessoas ouvidas dizem ter sofrido da Síndrome de Burnout ao longo do ano passado.

O levantamento mostrou também que 32% dos entrevistados informaram que a saúde mental piorou significativamente por conta do trabalho à distância. Os pesquisadores entrevistaram 15 mil pessoas, em meados de 2021, em diversos países do mundo.

A Síndrome de Burnout tem afetado especialmente as gerações mais jovens, principalmente as novas lideranças. Para 45% desses líderes, que fazem parte da geração da Geração Z (nascidos entre 1995 e 2010), o trabalho remoto e/ou híbrido desencadeou aumento da Síndrome de Burnout e o deterioramento da saúde mental.

Esse índice é de 42% entre a Geração Y (ou millennials), nascidos entre 1983 e 1999; 35% entre a Geração X (1961 e 1982) e de 27% entre os chamados Baby Boomers (1945 e 1960).

Roberto Aylmer, médico e especialista em gestão estratégica de pessoas, explica que, com o home office, as pessoas passaram a gerenciar questões de trabalho e familiares no mesmo ambiente.

“Com o aumento da pressão a partir do contexto da Covid, a capacidade de resistência que já estava bastante prejudicada se mostra insuficiente para fazer frente às demandas que aumentaram. Demandas de home office, que parecem simples, mas mudam o ambiente de trabalho, demandas de gerenciar famílias e relacionamentos, dentre outras”, destacou.

Aylmer também chamou atenção para o cenário futuro, com a diminuição do home office e os efeitos a longo prazo depois do período pandêmico.

“A expectativa é de que, com o fim da pandemia, o nível de preocupação diminua, mas os efeitos do impacto desse período de dois anos continuem aparecendo. O estresse pós-traumático, o transtorno obsessivo compulsivo, depressão, ansiedade e sintomas fóbicos tendem a aparecer. E todos eles fazem parte de um contexto que vai desembocar em Burnout, se não for tratado ou gerenciado adequadamente”, pontuou ele, destacando que, caso esses quadros não sejam olhados com atenção, a tendência é de que a saúde mental nos próximos anos piore ainda mais.

O levantamento mostrou ainda que o trabalho a distância tem, muitas vezes, elevado a carga de trabalho das pessoas, o que pode e deve contribuir para um cenário futuro preocupante. 40% dos entrevistados dizem ter produzido mais do que no período pré-pandêmico. Já 42% disseram que trabalharam tanto quanto, mesmo que estejam realizando suas tarefas a distância. Além disso, 63% dos respondentes disseram que estão trabalhando 40 horas ou mais por semana, e 43% afirmaram que, provavelmente, teriam que continuar realizando tarefas laborais mais de 40 horas por semana para completar toda a demanda exigida.

Maiti Junqueira, gerente de Desenvolvimento de Talentos da LHH, disse que os líderes precisam cada vez mais olhar com atenção para a saúde mental dos trabalhadores e criar espaços para que o tema não seja tratado em segundo plano.

“Estes dados nos obrigam a olhar a saúde de forma integral (física, mental e até mesmo espiritual) e não somente física, como já é o habitual do mundo corporativo. A pandemia criou um espaço de fala para saúde mental e vejo isso como uma oportunidade para líderes e profissionais de uma maneira geral entenderem melhor sobre o tema e o colocarem como pauta de discussão. Cada um pode, além de criar consciência, criar novos hábitos e se autocuidarem”, destacou.

O Burnout é um transtorno psíquico de caráter depressivo, com sintomas parecidos com os do estresse, da ansiedade e da síndrome do pânico, mas, segundo especialistas, é desencadeada por esgotamento profissional. Ela causa problemas como insônia, dificuldade de concentração, irritabilidade e sintomas físicos como dores pelo corpo.

A síndrome, que foi incluída na Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2019, em uma lista que entrará em vigor em 2022, se não tratada, pode evoluir para doenças como hipertensão, problemas gastrointestinais, depressão profunda, problemas coronarianos e alcoolismo.
02/02/2022 - https://www.cnnbrasil.com.br
“Roberto Aylmer, médico e especialista em gestão estratégica de pessoas, explica que [...].” 5º§
As vírgulas empregadas nesse período separam:
Alternativas
Q2035733 Português
Em todas as opções a seguir há um período composto por dois segmentos separados por um ponto.
Assinale a opção em que o conectivo substitui adequadamente esse ponto.
Alternativas
Q2035703 Português

Leia o texto a seguir para responder à questão.


TEXTO

FURTO DE FLOR

Carlos Drummond de Andrade

Furtei uma flor daquele jardim. O porteiro do edifício cochilava, e eu furtei a flor.

Trouxe-a para casa e coloquei-a no copo com água. Logo senti que ela não estava feliz. O copo destina-se a beber, e flor não é para ser bebida.

Passei-a para o vaso, e notei que ela me agradecia, revelando melhor sua delicada composição. Quantas novidades há numa flor, se a contemplarmos bem.

Sendo autor do furto, eu assumira a obrigação de conservá-la. Renovei a água do vaso, mas a flor empalidecia. Temi por sua vida. Não adiantava restituí-la no jardim. Nem apelar para o médico de flores. Eu a furtara, eu a via morrer.

Já murcha, e com a cor particular da morte, peguei-a docemente e fui depositá-la no jardim onde desabrochara.

O porteiro estava atento e repreendeu-me.

– Que ideia a sua, vir jogar lixo de sua casa neste jardim! 

No último parágrafo do texto, o sinal de travessão foi empregado para:
Alternativas
Q2035526 Português
As ciências e as humanidades

    Os grandes pensadores do Iluminismo eram tanto cientistas, muitos com grandes contribuições à matemática, às ciências da natureza e à física, como filósofos que refletiam sobre nossa condição humana compartilhada. Posteriormente, dentro de uma lógica instrumental, por razões didáticas e para possibilitar maior profundidade nas abordagens, optamos por especializar os domínios de saber e pesquisa.
     Isso nos trouxe inúmeras vantagens e permitiu que avanços importantes ocorressem em áreas mais diversas. Mas foram igualmente relevantes as perdas: o mundo real não é separado em disciplinas, ele apresenta problemas a desafiar nossa inventividade e senso de justiça.
     Precisamos ter mecanismos para religar os saberes, tanto na prática profissional e de pesquisa como na educação das novas gerações que terão que enfrentar um mundo muito distinto do nosso. Mas, mesmo dentro do que é específico de cada domínio de saber, parece que há distâncias intransponíveis para que se faça uso de ferramentas próprias de qualquer ciência, como o raciocínio matemático.
    Steven Pinker, psicólogo cognitivista e linguista, ressalta em seu livro recente, “Enlightenment Now” (Iluminismo já), a importância de análises quantitativas e do uso de evidências científicas nas humanidades.
    Isso me fez lembrar das nossas dificuldades para formar analistas de políticas sociais que não tiveram, no ensino superior, um aprendizado sólido de estatística e um raciocínio matemático bem desenvolvido. Afinal, políticas públicas devem ser avaliadas em seus resultados e em seu impacto. Dizer que determinado programa educacional é instigante, apaixonante não quer dizer necessariamente que funciona para assegurar aprendizado em alto nível para todos.
    Um dos grandes erros em educação é nos basearmos só em impressões ou adotarmos abordagens em escala sem testarmos projetos num número menor de escolas para verificar se causam bons resultados de aprendizagem.
    Isso não quer dizer que as aulas devam ser monótonas ou não engajadoras. Hoje sabemos, graças a boas pesquisas educacionais que contam com dados qualitativos e quantitativos, que aulas em que alunos participam mais, aplicando conhecimentos adquiridos em problemas concretos, com bons professores orientando, tendem a dar mais certo.
(Claudia Costin. Folha de S.Paulo, 03.08.2018. Adaptado)
Assinale a alternativa em que as vírgulas estão corretamente empregadas, de acordo com a norma-padrão da língua.
Alternativas
Q2034661 Português

Julgue os itens abaixo sobre o uso dos sinais e formatação:


I. O travessão pode substituir vírgulas e parênteses.

II. Usa-se hífen no lugar de travessão.

III. Não se usa hífen em compostos, locuções e encadeamentos vocabulares.


Está(ão) correto(s) o(s) item(ns):

Alternativas
Q2034631 Português
TEXTO I

“AS POSSIBILIDADES PERDIDAS”

Janeiro 25, 2016

     Fiquei sabendo que um poeta mineiro que eu não conhecia, chamado Emilio Moura, teria completado 100 anos neste mês de agosto, caso vivo fosse. Era amigo de outro grande poeta, Drummond. Chegaram a mim alguns versos dele, e um em especial me chamou a atenção: “Viver não dói. O que dói é a vida que não se vive”.
      Definitivo, como tudo o que é simples. Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
     Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz. Sofremos por quê?
     Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade interrompida. Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar.
     Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender. Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada. Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
     Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso: se iludindo menos e vivendo mais.

Texto original de Martha Medeiros
Disponível em https://www.revistapazes.com/perdidasmarthamedeiros/. Acesso em 30/04/2019.
Sofremos por quê?”. O ponto de interrogação utilizado na frase em destaque apresenta a função de: 
Alternativas
Q2034626 Português
Analise as orações a seguir e assinale a alternativa em que ocorre ERRO por falta ou uso incorreto da vírgula. 
Alternativas
Q2034150 Português
Leia o texto a seguir para responder à questão.

A VIDA ON-LINE

O home office e a rotina pela internet são tendências sem volta.

Walcyr Carrasco


Uma das vantagens da vida de autor sempre foi trabalhar em casa. Acordo a hora que eu quero, escrevo de meias e pijama, se quiser. É uma vida confortável. Agora, o home office está com tudo. Era uma tendência, mas com a quarentena tornou-se comum. É um caminho sem volta.

As empresas gastam menos com um funcionário remoto. Não precisam investir em escritórios, fornecer cafezinhos… Em home office, trabalha-se todo o tempo, praticamente. Uma conhecida estava no esquema fazia tempo em uma multinacional. Vivia em São Paulo. Certa época, teve uma chefe em Nova York e um funcionário em Singapura. Os três conciliavam o tempo e o fuso. É óbvio que num sistema assim não existe horário para parar. A produtividade é maior.

Em janeiro deste ano, uma pesquisa do Instituto Ipsos mostrou que 49% das pessoas gostariam de trabalhar em casa. Hoje, o número deve ter crescido muito. Quem trabalha on-line não gasta tempo no trânsito, pode morar numa cidade menor, sem se apavorar com congestionamentos. Só como exemplo.

Não se vive absolutamente isolado. A gente vê menos pessoas, mas se diverte com o comércio on-line, por exemplo. Nada mais atraente que entrar em um site e comprar algo que pareça fundamental, como uma máquina de fazer pão. Bem, pelo menos de repente eu achei que não poderia mais viver sem uma. Foi uma saga. As empresas exigem cadastros chatíssimos, que eu demorava séculos para preencher. Pior. No final, diziam que eu já tinha cadastro! No passado, devo ter feito alguns. Não tenho a menor ideia da antiga senha e e-mail — já troquei muitos. E aí não vendem, sou expulso das compras como um vigarista. Já me aconteceu no Magazine Luiza, no Shoptime, no Mercado Livre… Finalmente, um amigo comprou para mim, em seu cartão. A máquina de fazer pão está chegando. Já tenho um saco de farinha e a sensação de que estou livre da devastação. As empresas têm de se adequar à nova demanda. É fato. Mas a compra on-line está se solidificando. Grandes grifes já vendem roupas. Livrarias, nem se fala. No futuro, assim como agora, não irei tanto a lojas físicas.

Muita gente que conheço está tomando aulas. De dança, de voz, de inglês… Pessoalmente, vou voltar ao pilates. E, quem sabe, estudar literatura francesa, que adoro. Tudo por Skype! E haja lives! Todo mundo quer fazer! Já não tenho mais agenda nas próximas duas semanas! Também adoro vê-las! Estou viciado nas lives!

As relações humanas crescem. Velhos amigos e amigas me procuram. Troco receitas de comida. Porque uma das consequências da quarentena é que todo mundo vai engordar! E, se o amigo estiver tossindo, ainda dou bons conselhos para se cuidar. De longe… Talvez venha a atuar como coach (sou formado, sim!), de tanto que dou conselho para ninguém pirar — nem eu mesmo, aliás. Eu me aconselho o tempo todo!

Há menos contato físico, mas voltaremos a tê-lo? A plataforma tecnológica já existia. O coronavírus veio acelerar uma mudança total no comportamento. A vida, de agora em diante, será definitivamente on-line.

Publicado em VEJA de 15 de abril de 2020.
“Em janeiro deste ano, uma pesquisa do Instituto Ipsos mostrou que 49% das pessoas gostariam de trabalhar em casa.” 3º§
A frase acima foi reescrita com a pontuação CORRETA em:
Alternativas
Q2033307 Português
Assinale a alternativa cuja frase está pontuada conforme a norma-padrão da língua no tocante ao emprego da vírgula. 
Alternativas
Q2033016 Português
Em qual das opções a seguir, a vírgula foi usada para separar palavras de mesma função sintática?
Alternativas
Q2032693 Português
Quanto à pontuação, assinalar a alternativa CORRETA:
Alternativas
Q2032369 Português

O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


Conheça o jato de radiação capaz de viajar quase tão rápido quanto a velocidade da luz 



Um jato de radiação de duas estrelas de nêutrons em colisão viaja quase tão rápido quanto a velocidade da luz, de acordo com medições do Telescópio Espacial Hubble.

Embora nada possa viajar mais rápido que a velocidade da luz, a descoberta fornece informações importantes sobre misteriosas explosões de raios gama, que ainda não são totalmente compreendidas.

Os astrônomos do Observatório de Ondas Gravitacionais com Interferômetro a Laser detectaram uma onda produzida a partir da colisão de duas estrelas de nêutrons em 2017. Na ocasião, telescópios terrestres e espaciais capturaram um jato incrivelmente rápido em forma de explosão de raios gama.

As medições iniciais desta rede de telescópios, que usaram uma técnica chamada Interferometria de Linha de Base Muito Longa, descobriram que o jato viajava a pelo menos 95% da velocidade da luz e traçou sua direção aproximada de viagem.

No entanto, dada a distância de 130 milhões de anos-luz entre a Terra e as estrelas de nêutrons, juntamente com a relativa obscuridade da explosão de raios gama, ainda havia muitas incertezas sobre o jato.

Kunal Mooley, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, e seus colegas compararam os dados do Observatório de Ondas Gravitacionais com Interferômetro a Laser com as medições do Telescópio Espacial Hubble feitas entre oito e cento e cinquenta e nove dias após a colisão, para alcançar um nível de precisão muito maior do que as medições anteriores.

Eles descobriram que o jato parece se mover sete vezes mais rápido que a velocidade da luz, mas isso é uma ilusão de ótica causada pelo fato de que a luz está apontada para a Terra e viaja na direção terrestre.

Um efeito semelhante acontece se você apontar um feixe de laser para a lua e movê-lo pela superfície. O ponto do laser parece se mover mais rápido do que a luz, mesmo que nenhum fóton individual o faça.

No entanto, a medição altamente precisa forneceu algumas informações importantes sobre a velocidade real do jato, a 99,97% da velocidade da luz, além de fornecer um controle muito mais preciso sobre sua localização, em uma pequena região da galáxia elíptica, localizada na direção da constelação de Hydra.

"Agora, o que podemos fazer é realmente ampliar entre mil e dez mil vezes mais neste evento e descobrir quais são as propriedades locais do mesmo", explicou Mooley.


Conheça o jato capaz de viajar sete vezes mais rápido que a velocidade da luz (msn.com). Adaptado.

O ponto do laser parece se mover mais rápido do que a luz, mesmo que nenhum fóton individual o faça.
Assinale a opção correta quanto à pontuação, mantendo o sentido original da frase. 
Alternativas
Q2031817 Português
    Fui me aproximando incomparavelmente sem vontade, sentei no chão tomando cuidado em sequer tocar no vestido, puxa! também o vestido dela estava completamente assustado, que dificuldade! Pus a cara no travesseiro sem a menor intenção de. [...]
    Fui afundando o rosto naquela cabeleira e veio a noite, se não os cabelos (mas juro que eram cabelos macios) me machucavam os olhos. Depois que não vi nada, ficou fácil continuar enterrando a cara, a cara toda, a alma, a vida, naqueles cabelos, que maravilha! até que meu nariz tocou num pescocinho roliço. Então fui empurrando os meus lábios, tinha uns bonitos lábios grossos, nem eram lábios, era beiço, minha boca foi ficando encanudada até que encontrou o pescocinho roliço. Será que ela dorme de verdade?... Me ajeitei muito sem-cerimônia, mulherzinha! e então beijei. Quem falou que este mundo é ruim! só recordar... Beijei Maria, rapazes! eu nem sabia beijar, está claro, só beijava mamãe, boca fazendo bulha, contato sem nenhum calor sensual.
     Maria, só um leve entregar-se, uma levíssima inclinação pra trás me fez sentir que Maria estava comigo em nosso amor. Nada mais houve. Não, nada mais houve. Durasse aquilo uma noite grande, nada mais haveria porque é engraçado como a perfeição fixa a gente.

(Fragmento do conto “ Vestida de preto”, de Mário de Andrade)
Observando-se os aspectos do texto, assinale a alternativa incorreta:
Alternativas
Q2031551 Português
TERRA EMPOBRECIDA

Por Maria Guimarães, Revista FAPESP –
Edição 150, ago. 2008

Aumentaram as terras degradadas no planeta. Hoje 24% das superfícies dos continentes estão poluídas, pobres em nutrientes ou erodidas a ponto de serem incapazes de manter ecossistemas naturais ou agricultura. Eram 15% duas décadas atrás, segundo o relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) lançado em julho. Esse resultado indica que áreas antes produtivas foram afetadas. Atualmente 20% das áreas cultivadas, 30% das florestas e 10% dos campos estão degradados. A perda de produtividade dessas áreas afeta 1,5 bilhão de pessoas que dependem da terra para produzir alimento. E suas consequências vão além. A degradação da terra pode aumentar a fome, a migração de populações, reduzir a biodiversidade e a disponibilidade de recursos naturais como a água. “A degradação da terra pode afetar de modo importante a capacidade de reduzir o impacto das mudanças climáticas e de adaptação a elas, uma vez que a perda de biomassa e de matéria orgânica do solo libera carbono para a atmosfera”, disse Parviz Koohafka, diretor da Divisão de Terra e Água da FAO.


Retirado de: https://revistapesquisa.fapesp.br/terra-empobrecida/.
Acesso em: 04 out. 2022 
Sobre os sinais de pontuação empregados no texto, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q2031150 Português
Paisagem com figuras

          Em meados dos anos 60, o poeta João Cabral de Mello Neto jantava na cantina Fiorentina, no Leme, com seus colegas Fernando Pessoa Ferreira e Felix de Athayde, pernambucanos como ele. Em certo momento, ouviu-se um rumor na varanda e João Cabral perguntou o que estava acontecendo. “É o Chacrinha, que acabou de chegar”, informou Fernando. 

        “Chacrinha? Quem é Chacrinha?”, quis saber João Cabral. “É um apresentador de tevê, muito famoso”, disseram. Cônsul do Brasil em Barcelona, com raras vindas ao Rio e famoso por não se interessar por música e tomar dez aspirinas por dia para a dor de cabeça, o poeta estava por fora do que acontecia por aqui.

       E, mesmo que estivesse a par, não podia haver ninguém menos Chacrinha do que João Cabral. Na sua poesia grave e desidratada, altamente cerebral, as palavras eram de pedra; os cães, sem plumas; e as facas, só lâminas. Já Chacrinha, o divino palhaço, era o barroco em Technicolor, embora a tevê ainda fosse em preto e branco. Em seu programa, apresentava os piores cantores do Brasil, atirava bacalhau para a plateia e promovia concursos de comer barata. Os comunicólogos ainda não o tinham descoberto como símbolo do “mau gosto genial”.

       Chacrinha entrou ventando pela Fiorentina, cercado de dez ou quinze aspones. Ao passar pela mesa de João Cabral, estacou e olhou-o fixamente. Então, abriu os braços e exclamou: “Cabral!!!”. O poeta levou um susto, mas não deixou a bola cair: “Abelardo!!!”, respondeu. Levantou-se no ato e os dois se jogaram nos braços um do outro, aos soluços. O poeta João Cabral de Mello Neto e o apresentador Abelardo “Chacrinha” Barbosa, colegas de curso primário no Colégio Marista, do Recife, e que não se viam havia mais de 30 anos, tinham acabado de se reencontrar, reconhecer e abraçar. É o Brasil. (Ruy Castro. A arte de querer bem. Rio de Janeiro, Estação Brasil, 2018) 
Assinale a alternativa em que a passagem do texto fica pontuada corretamente, conforme a norma-padrão da língua, após o acréscimo das vírgulas.
Alternativas
Q2030875 Português
USO DE CIGARRO ELETRÔNICO EQUIVALE A MAIS DE 20 CIGARROS POR DIA  

    De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o fumante brasileiro consome em média 17 cigarros convencionais por dia. Segundo a Diretora do Ambulatório de Tratamento do Tabagismo do Instituto do Coração (InCor), Dra. Jaqueline Scholz, no jovem que consome o cigarro eletrônico a taxa de nicotina do organismo pode ultrapassar essa média, alcançando o equivalente a mais de 20 cigarros tradicionais por dia.
    “Cada vez mais recebo no meu consultório jovens de 16 a 24 anos usam esse produto e têm uma taxa de nicotina no organismo equivalente do consumo de mais de 20 cigarros por dia”, disse a médica em entrevista a BBC News Brasil.
    Ainda de acordo com a reportagem, um estudo apurou que quase um em cada cinco brasileiros de 18 a 24 anos usaram o cigarro eletrônico pelo menos uma vez na vida, mesmo que a comercialização desse produto seja proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
    Para Scholz, isso explica a mudança nos números de iniciação do tabagismo, que antes eram bem baixos em relação aos adolescentes. “Se não cuidarmos desse problema agora, o uso desses dispositivos tem tudo para virar uma epidemia em breve”, alertou.
    O boom do cigarro eletrônico
    Ainda segundo a médica, o surgimento desses aparelhos não é, no entanto, algo tão novo, já que versões anteriores circulam há pelo menos 20 anos. Com base em discursos de que o estilo de dispositivo seria menos danoso à saúde, eles foram se popularizando cada vez mais — principalmente entre aqueles que desejavam parar de fumar. Contudo, ela afirma que não existem estudos que comprovem que o cigarro eletrônico possa auxiliar no tratamento do vício.
    “Vários países, como o próprio Reino Unido, aceitaram esse argumento e liberaram os cigarros eletrônicos. O que aconteceu nesses lugares foi um aumento da prevalência de fumantes”, disse Scholz. “Se o propósito desse produto fosse terapêutico mesmo, ele não poderia ser vendido em qualquer lugar, como acontece agora”, destacou.
    Em resumo, a cardiologista apontou que o cigarro eletrônico, na verdade, segue o caminho contrário à sua propaganda e, além de não cumprir as promessas terapêuticas, ainda pode fazer muito mal à saúde.
    Quais os ingredientes do cigarro eletrônico?
    Segundo a médica, que também é professora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), o. cigarro eletrônico contém propilenoglicol, nicotina e substâncias aromáticas — sendo esta última um dos maiores atrativos do dispositivo. já q nao emite o já conhecido cheiro dos cigarros tradicionais.
    Muitos também acreditam que o uso do propilenoglicol é inofensivo, já que ele é usado na indústria alimentícia. Mas isso pode não ser totalmente verdade.
    “Não temos estudos suficientes sobre isso, até porque esses dispositivos hoje trazem tantos aditivos que não possuímos uma ideia exata das reações químicas que acontecem ali, numa temperatura alta. Já vimos alguns trabalhos que detectaram substâncias cancerígenas na bexiga e na urina de usuários do cigarro eletrônico”, explicou a especialista.
    Sobre a nicotina, Scholz diz que “as novas gerações de cigarro eletrônico trazem sais que são cada vez menores e entregues em alta quantidade, o que aumenta a dependência” e, consequentemente, os danos ação e pulmão. 
    “A nicotina não é uma substância inócua. Ela aumenta a frequência cardíaca, altera a pressão arterial e pode lesar o endotélio, a camada interna dos vasos sanguíneos. Por isso, o risco cardíaco de um usuário de cigarro eletrônico é praticamente o mesmo de alguém que fuma cigarros convencionais. Nos pulmões, as nanopartículas de nicotina podem entrar nos alvéolos, causar espasmos respiratórios e até doenças inflamatórias.”
    Assim como os tratamentos contra o uso de cigarros tradicionais, também há opções que podem ajudar o usuário a abandonar o vício do cigarro eletrônico. |“E possível amenizar o sofrimento das pessoas, que ficam em abstinência, e alcançar bons resultados”, disse a médica, “tembrando que o Sistema Unico de Saúde (SUS) possui recursos terapêuticos para os casos. 

https://olhardigital.com.br/2022/07/25/medicina
-e-saude/uso-de-cigarro-eletronico-equivale-a-mais-de20-cigarros-convencionais-por-dia/ 
"[...] e alcançar bons resultados”, disse a médica,  lembrando que o Sistema Unico de Saúde (SUS) possui recursos terapêuticos para os casos [...].
No trecho sublinhado, o uso das vírgulas é justificado por separar uma oração:  
Alternativas
Q2030693 Português

Coloque ( C ) para correto e ( E ) para errado nas frases abaixo, analisando-as quanto à regência verbal e/ou à pontuação.


( ) Não informaram aos funcionários sobre a reunião.

( ) Custo a acreditar, que tais palavras foram proferidas.

( ) Lembro-me que tais eram suas palavras.

( ) Eu, que vejo a situação no seu todo, gostei da fala a que assisti.

( ) Eu lhes perdoo, amigos; eram muitos os débitos, já os paguei todos.


Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo. 

Alternativas
Q2030688 Português

Leia o conto de Marina Colasanti.

Eu sei, mas não devia.

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez paga mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.
Assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q2030687 Português

Assinale a alternativa que obrigatoriamente exige o uso de vírgula(s).


Alternativas
Q2030257 Português
O texto seguinte servirá de base para responder a questão.

Rússia provoca queda do índice de liberdade global na internet

A liberdade global na internet retrocedeu pelo 12º ano consecutivo, em particular devido à situação na Rússia, afirma um estudo divulgado pelo grupo americano Freedom House.

O relatório da organização de defesa e pesquisa da democracia atribui o retrocesso ao agravamento das liberdades digitais na Rússia, Mianmar, Sudão e Líbia.

Ao mesmo tempo, o estudo destaca que 26 nações, como Gâmbia ou Zimbábue, registraram avanços neste campo, o que representa um recorde.

Allie Funk, coautora do relatório, explica que a sociedade civil começou a observar os frutos das políticas de defesa da liberdade na internet ao redor do mundo.

"Nos últimos três a cinco anos, foi observada uma grande ênfase nos direitos humanos online, de governos democráticos investindo muito dinheiro em programas para a liberdade na internet e em empresas de tecnologia - algumas delas - que começam a prestar atenção nestes temas", afirmou Funk, diretora de pesquisa para Tecnologia e Democracia na Freedom House.

Mas a "invasão da Ucrânia pela Rússia minou a liberdade na internet, não apenas na Rússia e na Ucrânia, mas globalmente", disse, antes de destacar, no entanto, que a perspectiva geral é, "na verdade, muito mais positiva do que o que tínhamos antes".

A Freedom House atribui uma pontuação de 0 a 100 para vários indicadores vinculados à questão, como o acesso à internet, os limites ao conteúdo ou as violações aos direitos dos usuários.

A avaliação da Rússia perdeu sete pontos e atingiu o menor índice depois que Moscou bloqueou sites e redes sociais para eliminar a divulgação de pontos de vistas diferentes aos do governo sobre a guerra.

A China recebeu novamente a pior nota do estudo, que destaca uma grande censura em informações sobre a pandemia, os Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim ou o desaparecimento temporário da tenista Peng Shuai.

O relatório afirma, ainda, que o futuro da internet será decidido por "Estados pendulares": grandes países como Brasil, Índia ou Nigéria com um balanço desigual. "O progresso destes países pode garantir a sobrevivência de uma internet livre e aberta. Ou pode unir forças com poderes autoritários para promover um modelo mais fechado de soberania cibernética", aponta o estudo.

Entre junho e maio de 2021, o estudo registrou controles sobre a internet nos 70 países avaliados, com exceção de Canadá, Costa Rica, Islândia e Japão.

Rússia provoca queda do índice de liberdade global na internet(msn.com). Adaptado
Nos últimos três a cinco anos, foi observada uma grande ênfase nos direitos humanos online.
Assinale a opção correta quanto ao novo uso - ou não - da pontuação.
Alternativas
Respostas
2321: C
2322: E
2323: A
2324: E
2325: A
2326: D
2327: E
2328: E
2329: A
2330: B
2331: A
2332: D
2333: C
2334: E
2335: E
2336: A
2337: E
2338: D
2339: A
2340: B