Questões de Português - Pontuação para Concurso

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Q2505248 Português
Centenário de Zabé da Loca: símbolo de resistência,
rainha do pífano
tem legado mantido em complexo turístico na PB


Há um século, no dia 12 de janeiro de 1924, nascia em Buíque, Pernambuco, Isabel Marques da Silva. Em Monteiro, no Cariri da Paraíba, ela se tornou Zabé da Loca, importante nome da cultura popular do Nordeste. Nesta sexta-feira (12), dia que marca o centenário da artista, o g1 relembra a trajetória e o legado da rainha do pífano.

Zabé da Loca é uma das personagens símbolo da resistência da cultura popular nordestina. Ainda adolescente, ela saiu de Pernambuco para o Cariri paraibano, e por cerca de 25 anos morou em uma gruta.

O nome "Zabé da Loca" se popularizou, justamente, por conta do lugar onde Zabé vivia. Mas, depois de mais de duas décadas morando na gruta, ela ganhou, em um processo de reforma agrária, uma casa no assentamento Santa Catarina, no município de Monteiro.

Em entrevista concedida ao Globo Rural em 2011, Zabé, na época com 86 anos, falou sobre o trabalho árduo como agricultora, com o qual sustentou a família por muitos anos.

"Eu já trabalhei muito. Trabalhei tanto que fiquei velha no tempo. Pai gritava. Nós éramos quatro. Era um em casa mais a mãe e os outros no roçado mais ele. Me criei trabalhando, minha filha", disse Zabé em entrevista ao Globo Rural, em 2011.

Além da agricultura, a vida de Zabé também era embalada pelo som do pífano, instrumento musical tipicamente nordestino, cujo som ecoado no sopro soa como o de outros tipos de flauta. E foi com o pífano e com as histórias do tempo em que viveu na gruta que Zabé ficou conhecida em várias partes do mundo.

Foi somente quando já tinha quase 80 anos que a história de Zabé da Loca ficou nacionalmente conhecida. Ela foi descoberta aos 79 anos, quando ainda morava na gruta, pela equipe do projeto Dom Helder Câmara, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), na época Ministério do Desenvolvimento Agrário.

Na época, ela gravou o seu primeiro CD, "Canto do SemiÁrido", com composições próprias e versões de Luiz Gonzaga e Humberto Texeira.

O som do pífano de Zabé encantou Brasil afora, e no auge de seus 85 anos, em 2009, ela ganhou seu primeiro grande reconhecimento, recebendo o prêmio Revelação da Música Popular Brasileira. Vários outros prêmios, como a Medalha de Ordem ao Mérito Cultural, concedida à Zabé pelo Governo Federal, também foram entregues a artista ainda em vida.

Em 2017, aos 92 anos, Zabé da Loca morreu, em Monteiro. A família informou que Zabé morreu de causas naturais e que, nos últimos anos de vida, ela sofria com o Alzheimer.

https://g1.globo.com/pb, 12/01/2024 
“Me criei trabalhando, minha filha", disse Zabé em entrevista ao Globo Rural...”
O emprego das duas vírgulas é justificado adequadamente em:
Alternativas
Q2504843 Português
Leia o texto abaixo, que trata da virada de posição da empresa Microsoft em relação à Apple, e responda à questão.

JOGADA INTELIGENTE

    Inovações em inteligência artificial e computação em nuvem levam a empresa a se tornar a de maior valor de mercado nos Estados Unidos
    Fundadas com a diferença de apenas um ano, Microsoft (nascida em abril de 1975) e Apple (abril de 1976) seguiram em suas trajetórias caminhos bem distintos. Enquanto a empresa criada por Bill Gates foi, durante muito tempo, sinônimo de software, a companhia da maçã ficou marcada pela genialidade inventiva de Steve Jobs. Em outras palavras: a Microsoft era necessária e a Apple, sexy. No século XXI, a discrepância se intensificou com o lançamento do iPhone, que conquistou a condição de objeto de desejo de consumidores do mundo inteiro. Não à toa, a Apple se tornou, em 2023, a primeira empresa da história a alcançar valor de mercado de 3 trilhões de dólares. Nos últimos meses, contudo, o jogo mudou, e a Microsoft voltou a ocupar o posto de corporação mais valiosa dos Estados Unidos, após três anos fora do topo. Aque se deve a virada?
    Há uma razão principal que explica o movimento: inovação. Depois de muito tempo — pelo menos desde a era da computação pessoal —, a Microsoft voltou a liderar uma transição tecnológica. Desta vez, ela está à frente da chamada inteligência artificial regenerativa, tecnologia que responde perguntas e gera imagens a partir de sugestões feitas por usuários. A mudança foi gestada em 2019, quando, por determinação do chefão global, Satya Nadella, a Microsoft investiu em uma startup desconhecida, a OpenAI, que estava desenvolvendo um novo sistema de inteligência artificial. Em 2022, o ChatGPT chegou ao mercado e o mundo foi tomado por uma revolução. [...]
    A IA não foi a única aposta certeira da Microsoft. Aempresa fez incursões bem-sucedidas no lucrativo negócio de computação em nuvem. [...] Enquanto isso, a Apple vive tempos desafiadores. Aempresa está atrasada na corrida da inteligência artificial e, para piorar, não há projeto consistente na área. [...] Como se não bastasse, as vendas de iPhone também não empolgam como antes. Asituação é tão complexa que, nos últimos dias, a Apple passou a dar descontos — algo inusual em sua história — nos smartphones vendidos na China, na tentativa de enfrentar a concorrência de marcas como Xiaomi e Huawei, que avançam sem parar. No ano passado, as vendas de iPhones no mercado chinês tombaram 30%. Ainda assim, a Apple fechou 2023 como líder do mercado global de smartphones.
    Empresas de tecnologia enfrentam o desafio permanente de se reinventar. Foi assim com a Microsoft, que encontrou na inteligência artificial um novo caminho promissor. A própria Apple sabe o que é isso — a empresa, afinal, deixou de ser só uma fabricante de computadores para revolucionar o mercado de aparelhos de celular. Nesta semana, a estratégia de diversificação foi revigorada com o lançamento dos óculos de realidade virtual Vision Pro. Será suficiente para dar novo fôlego à Apple? Ninguém sabe a resposta, mas não é recomendável duvidar de uma empresa que, assim como a Microsoft, mudou o mundo. (Publicado em VEJA de 19 de janeiro de 2024, edição nº 2876) 

Observe o modo como o fragmento textual abaixo está pontuado:


Imagem associada para resolução da questão


Avalie as justificativas para o uso das vírgulas na sequência


I- As vírgulas (1) e (5) atuam conjuntamente isolando uma oração adjetiva explicativa; a outra oração adjetiva explicativa vem separada pela vírgula (6).

II- As vírgulas (2) e (4) isolam um adjunto adverbial de causa.

III- As vírgulas (3) e (4) atuam conjuntamente, isolando um aposto, o que também ocorre com as vírgulas (5) e (6) IV- A vírgula (3) separa um aposto.


É CORRETO o que se afirma apenas em:

Alternativas
Q2504841 Português
Após a leitura da crônica abaixo, responda à questão.

Um pé de milho

    Os americanos, através do radar, entraram em contato com a Lua, o que não deixa de ser emocionante. Mas o fato mais importante da semana aconteceu com o meu pé de milho.
    Aconteceu que, no meu quintal, em um monte de terra trazida pelo jardineiro, nasceu alguma coisa que podia ser um pé de capim – mas descobri que era um pé de milho. Transplantei-o para o exíguo canteiro da casa. Secaram as pequenas folhas; pensei que fosse morrer. Mas ele reagiu. Quando estava do tamanho de um palmo, veio um amigo e declarou desdenhosamente que aquilo era capim. Quando estava com dois palmos, veio um outro amigo e afirmou que era cana.
    Sou um ignorante, um pobre homem da cidade. Mas eu tinha razão. Ele cresceu, está com dois metros, lança suas folhas além do muro e é um esplêndido pé de milho. Já viu o leitor um pé de milho? Eu nunca tinha visto. Tinha visto centenas de milharais – mas é diferente. Um pé de milho sozinho, em um canteiro espremido, junto do portão, numa esquina de rua – não é um número numa lavoura, é um ser vivo e independente. Suas raízes roxas se agarram no chão e suas folhas longas e verdes nunca estão imóveis. Detesto comparações surrealistas – mas na lógica de seu crescimento, tal como vi numa noite de luar, o pé de milho parecia um cavalo empinado, de crinas ao vento – e em outra madrugada, parecia um galo cantando.
    Anteontem aconteceu o que era inevitável, mas que nos encantou como se fosse inesperado: meu pé de milho pendoou. Há muitas flores lindas no mundo, e a flor de milho não será a mais linda. Mas aquele pendão firme, vertical, beijado pelo vento do mar, veio enriquecer nosso canteirinho vulgar com uma força e uma alegria que me fazem bem. É alguma coisa que se afirma com ímpeto e certeza. Meu pé de milho é um belo gesto da terra. Eu não sou mais um medíocre homem que vive atrás de uma chata máquina de escrever: sou um rico lavrador da rua Júlio de Castilhos.
(BRAGA, Rubem, Melhores crônicas - Seleção Carlos Ribeiro. São Paulo: Global, 2013)
A respeito do emprego do travessão (–) e dos dois pontos (:) nos três fragmentos abaixo, avalie as justificativas apresentadas. 
Imagem associada para resolução da questão

I- Nas três situações o emprego dos dois tipos de pontuação tem motivação semelhante: enfatiza-se a última informação, independentemente de a oração vir introduzida por conectivo ou vir justaposta. II- O uso dos travessões nas estruturas oracionais se justifica igualmente por se tratar de orações coordenadas; ou seja, dois atos de fala independentes em que a segunda parte corresponde a um comentário. III- A motivação do uso dos dois pontos se deve à necessidade de um esclarecimento, o que faz da segunda oração uma oração independente, não sendo, porém, uma estrutura de natureza coordenada, mas substantiva apositiva.
É CORRETO o que se apresenta como justificativa apenas em:
Alternativas
Q2504472 Português

Quanto à estrutura linguística do texto, julgue o item a seguir.


Na linha 12, a substituição do ponto empregado logo após “1,6%” por vírgula, com a alteração concomitante da letra inicial de “Isso” para minúscula, prejudicaria a correção gramatical e o sentido original do texto

Alternativas
Q2503955 Português
Felicidade em excesso pode fazer mal

Não há dúvida de que ser feliz é bom, mas em excesso pode ser um veneno. E, quanto mais procuramos a felicidade, menos somos felizes. Conheça o lado B da felicidade.

        Ser feliz é uma das maiores preocupações de nossa sociedade hoje. Ela se manifesta na cultura popular, em livros de autoajuda, terapias e palestras de motivação. Não é para menos. Há fortes evidências sobre os benefícios de ter mais emoções positivas, menos emoções negativas e de estar satisfeito com a vida – os três pilares da felicidade. No entanto, essa história também tem dois lados. Se for vivida em excesso, na hora errada e no lugar errado, a felicidade pode levar a resultados indesejados. E, inclusive, não ser saudável.
        É o que indicam estudos recentes. Níveis moderados de emoções positivas favorecem a criatividade, mas níveis altos não. Crianças altamente alegres estão associadas com o maior risco de mortalidade na idade adulta por seu envolvimento em comportamentos arriscados. Isso porque uma pessoa muito feliz teria menos probabilidade de discernir as ameaças iminentes. Aqui, na Universidade de Yale, nos Estados Unidos, fizemos uma pesquisa com 20 mil participantes saudáveis de 16 países. E encontramos os maiores níveis de bem-estar naqueles que tinham uma relação moderada entre emoções positivas e negativas em sua vida diária. Também vimos que níveis moderados (não extremos) de sentimentos positivos estão ligados à redução de sintomas de depressão e ansiedade, além do aumento da satisfação pessoal.
       Como você pode perceber, felicidade não é uma só. Ela vem em diferentes sabores. Varia, por exemplo, segundo a dimensão do estímulo (excitação x calma) ou do engajamento social (compaixão x orgulho). Certos tipos de felicidade são muito autofocados e, por isso, acabam sendo mal-adaptados. É o caso do orgulho, geralmente ligado às conquistas e ao status social. O orgulho pode ser bom em certos contextos, mas também tem sido associado à agressividade e ao risco de desenvolver transtornos de humor, como a mania.
       A própria busca por ser feliz também pode ser contraproducente. Muitas vezes, aliás, quanto mais as pessoas procuram a felicidade, menos parecem capazes de obtê-la. A razão é simples: elas concentram tanta energia e expectativa nesse esforço que os eventos felizes, como festas e encontros com amigos, acabam sendo decepcionantes. Em adultos jovens e saudáveis, essa busca incessante pela felicidade tem sido ligada ao maior risco de mania e depressão.
       O que fazer então? É impossível ser feliz o tempo todo ou em todo lugar. Não vale a pena nem tentar. Pense na situação em que você deseja (ou é mais relevante para você) ser feliz. E não se esqueça: não desmereça os sentimentos negativos. A tristeza, por exemplo, é parte da experiência humana e não necessariamente é ruim. Ela até nos ajuda a manter os pés no chão.
     Tentar maximizar emoções positivas e minimizar as negativas, portanto, nem sempre é uma boa. O equilíbrio é fundamental.
(Superinteressante. June Gruber. Em: janeiro de 2012.)
Os sinais de pontuação servem para conferir à linguagem escrita uma maior clareza, coesão e coerência textual, de forma a esclarecer sentidos ambíguos e promover a fácil leitura e compreensão do texto escrito. No excerto “Varia, por exemplo, segundo a dimensão do estímulo (excitação x calma) ou do engajamento social (compaixão x orgulho).” (3º§), as vírgulas foram empregadas para: 
Alternativas
Q2503639 Português
Triunfar na Vida


A história é um extraordinário mostruário onde aparecem, como cristais de cores que variam de tonalidade segundo a luz, as diferentes ideias que configuraram os estilos de vida do homem. Cada período tem seus parâmetros e, no caminho incessante da busca, os humanos regem-se por esses modelos, tratando de segui-los e obedecê-los, tanto quanto não fariam com nenhuma outra ideia que proviesse de outra fonte. O comumente aceito é lei e, de acordo com o transcurso dos tempos, há aceitações que tem mais valor do que leis.

Assim, em todo momento, o êxito foi uma meta, ainda que nem sempre tenha se considerado o êxito de igual maneira. O que assinalava o triunfo há um século, ou algumas décadas atrás, hoje pode bem parecer uma ideia desfocada e fora de moda, considerando que outras ambições tomaram o lugar das anteriores. Uma só coisa permanece: o desejo de sucesso, a necessidade de triunfar, a vontade de sermos aceitos e levados em consideração pelos demais, ajustando-nos à lei que faz do conjunto − nós e os demais − uma massa coerente na qual não se pode sobressair, nem sequer para encontrar esse sucesso por outros caminhos.

(...)

É evidente que não basta sonhar para converter-se em um triunfador. Temos que atuar, temos que saber desenvolver uma sã atividade fundamentada na vontade. Não atuar por atuar, mas sim elegendo as melhores e mais adequadas ações.

Não se deixar esmagar nunca pelos problemas, por mais difíceis que pareçam. Ao contrário, esforçar a imaginação para buscar saídas e soluções. Conceber as dificuldades como provas para a nossa inteligência e nossa vontade. E, na pior das hipóteses, converter os fracassos em novas oportunidades para voltar a começar.

(...)

Delia Steinberg Guzmán. Texto Adaptado.

https://www.acropole.org.br/autores/delia-steinbergguzman/triunfar-na-vida/
Aponte a alternativa que justifica corretamente o emprego das vírgulas na seguinte frase:

"Em tempos de crise, é necessário iniciativa" 
Alternativas
Q2501882 Português
Os pais encolhem com o tempo?


       Olho para o seu olhar. Busco perceber para onde mira. Confiro se sua passada está firme o bastante para não tropeçar na travessia. Não confio nos seus joelhos. Empresto os meus. Dou o braço, finco as solas no asfalto e caminho com ela, que antes era gigante, enorme, com a cabeça sempre nublada no alto das ideias e das preocupações.


          Agora, pequena, frágil, assim como o seu companheiro de décadas – ontem uma tempestade, hoje garoa fina acompanhada pelo som do rádio FM. São ambos estações transitórias; ela primavera, ele outono. Os pais encolhem com o tempo.


        “Cada vez mais eles estão parecendo crianças”, lê-se, ouve-se, vê-se por aí e por aqui tal comentário. Há quem o justifique com relatos concretos; ora, afinal já esquecem, os pais, de apagar a luz, de como manejar alguma ferramenta básica, de algumas palavras e seus significados, de manter o equilíbrio do corpo e a velocidade dos pensamentos, de aprender o novo que a cada dia se faz por meio de tecnologias, linguagem, imagens e afins.


       O comportamento começa a ser sempre infantilizado quando se apontam limitações e falta de preparo para viver com segurança no presente impaciente. Tudo sempre ligado ao corpo – e não à memória, lembrança, história –, como se ele, em absoluto, definisse a identidade social dos mais antigos. São corpos cansados, logo as mentes, os sentimentos e o saber também, pensam as crias, como se a corporalidade emoldurasse a grandeza da obra de uma vida toda, ainda vívida, importante ressaltar. Há quem veja por outra perspectiva menos limitante e mais constante o envelhecer dos seus e suas. O tempo cresce com os pais.


        Quando estudava sobre as concepções de pessoa e bases das identidades sociais de povos africanos pré-coloniais, deparei com a noção de senioridade dos iorubás. Em suma, o respeito às mais velhas não é fruto somente do cuidado com fragilidades físicas, em solidariedade – para não dizer piedade – com o corpo, a partir do corpo, como é frequentemente visto no ocidente. Esse respeito, que pode ser conhecido por meio de leituras não europeizadas a respeito das sociedades iorubanas, vem justamente da noção de que existe ancestralidade, sabedoria, liderança e que tais elementos não se resumem à visão ocidental de “poder, comando, governo, privilégio”.


      Muito pelo contrário, trata-se de responsabilidade com seu povo, um papel fundamental para a sobrevivência das gerações. Por essa razão – e tantas outras ligadas à senioridade – o respeito às antigas e aos antigos reflete a reverência à ancestralidade e à própria comunidade em que se vive. É um respeito que está para além do corpo “debilitado”. Trata-se de um respeito intangível, logo, indestrutível e atemporal.


       Sinto-me, por vezes, pai dos meus pais. Sou cada vez mais responsável por manter sua segurança, garantir que consigam se sustentar. E sinto-me bem, ainda que auto pressionado pela necessidade de renda, moradia, acesso à saúde, qualidade de vida que tanto falta. A realidade de quem é filho cuja herança foi o “Silva Santos” em muito é essa e a felicidade não poderia revelar-se de outra maneira senão quando conseguimos dar aos nossos “velhos” algo de que precisam ou, mais do que isso, algo que eles querem.


      Mãe, vó, pai, vô, se a cada ano se tornam mais “crianças”, o que nós, os ditos adultos – para eles eternos pivetes –, enxergamos diante de tal impressão? Prefiro eu o olhar de aprendizado perante quem do mundo sabe o essencial e não se curva diante das falsas complexidades impostas pela contemporaneidade.


     Se por “infantil” se limita apenas a percepção quanto a funções físicas de um corpo que está constantemente se transformando, perde-se a oportunidade única de compreender a passagem do tempo em seres que encolhem sem perder a grandeza. Seres que fazem do tempo o paradoxo de encolher para crescer definitivamente.

 
       Toda vez que dou meu braço para que mãe se apoie enquanto atravessamos a rua, também sou eu a me sentir seguro. De repente, duas crianças, em tempos diferentes, se arriscando a viver. 



(SANTOS, Veny. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/veny-santos/2024/04/os-pais-encolhem-com-o-tempo.shtml. Acesso em: 22 abr. 2024.)
A realidade de quem é filho cuja herança foi o “Silva Santos” em muito é essa e a felicidade não poderia revelar-se de outra maneira senão quando conseguimos dar aos nossos “velhos” algo de que precisam ou, mais do que isso, algo que eles querem.

Assinale a alternativa em que se tenha feito pontuação igualmente correta para o período acima.
Alternativas
Q2501847 Português
Assinale a alternativa com pontuação correta:  
Alternativas
Q2500555 Português

Quão próximos estamos do cenário ideal em educação?

Gargalos começam a ficar mais evidentes

no ensino fundamental









BACALHAU, P. Quão próximo estamos do cenário ideal em educação? Folha de S. Paulo. Disponível em: https://www1. folha.uol.com.br/colunas/priscilla-bacalhau/2024/02/quaoproximo-estamos-do-cenario-ideal-em-educacao.shtml. Acesso em: 2 abr. 2024. Adaptado.

No que se refere ao emprego da vírgula, a frase que está plenamente de acordo com o padrão formal escrito da língua portuguesa é:
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Q2498956 Português
Amazônia perdeu 500 mil km² da floresta em 37 anos, aponta levantamento
Desmatamento na Amazônia pode estar entrando em nível irreversível, diz especialista


Um levantamento feito pela Rede de Informação Socioambiental Georreferenciada da Amazônia apontou que a Amazônia perdeu 500 mil km² da floresta em 37 anos. O dado observado preocupa, pois o bioma pode estar chegando num ponto irreversível de destruição das florestas, conforme os especialistas.

O novo relatório foi divulgado durante um seminário na embaixada do Brasil no Peru. Ele traz dados de 37 anos de monitoramento e um alerta para o ritmo de perda de floresta e uso do solo.

Em 1985, 500 mil quilômetros quadrados da floresta tinham sido transformados em pastagens, lavouras, garimpos ou áreas urbanas. Em 2021, essa perda atingiu praticamente 15% de toda a floresta - o que equivale a quase 1 milhão, duzentos e cinquenta mil km².

A destruição da vegetação está perto de um ponto irreversível, consideram os cientistas.

"Essa caracterização vai nos mostrando essa perda quase que irreparável da floresta, que é aquilo que mais preocupa os cientistas no sentido da Amazônia atingir o que vem sendo chamado do ponto de não retorno, que é aquele momento em que a perda de floresta foi tão grande que a Amazônia como um todo não cumpre mais o seu papel como uma reguladora climática. Uma floresta que ajuda a produzir chuvas", disse a portavoz da Raisg, Adriana Ramos.

O tamanho dessa destruição varia entre os nove países cobertos pela Floresta Amazônica na América do Sul. Quase 62% de todo o bioma está no Brasil. É aqui onde o ritmo de desmatamento está mais acelerado.

Entre 1985 e 2021, a devastação cresceu 19% no país, segundo o estudo.

O relatório da Rede de Informação Sociambiental Georreferenciada da Amazônia e do Mapbiomas - que formado por universidades, ONGs e empresas de tecnologia - traz outro dado preocupante. A atividade de extração de minério aumentou mais de mil por cento nesses 37 anos.

"A gente sabe hoje que a Amazônia interfere no clima de todo o continente, afeta as chuvas que vão afetar a produção agrícola. Então é muito importante que a gente olhe para esses dados e se debruce sobre eles para compreender essas dinâmicas e possa pensar em soluções que façam com que a Amazônia possa se desenvolver sem haver essa destruição. Até porque muitos estudos já demonstram que a destruição da floresta não está trazendo desenvolvimento para as comunidades locais", afirmou Ramos. 


(Disponível em https://g1.globo.com/am/amazonas/natureza/amazonia/noticia/2022/12/19/. Acesso em 27/02/2024.)
Marque a alternativa em que a alteração da estrutura sintática e da pontuação compromete a construção do sentido.
Alternativas
Q2498879 Português

Texto I


No divã com a IA: os jovens que fazem terapia com bots de inteligência artificial 


    Harry Potter, Elon Musk, Beyoncé, Super Mario e Vladimir Putin. Estas são apenas algumas das milhões de personas de inteligência artificial (IA) com as quais você pode conversar no Character.ai – uma plataforma onde qualquer um pode criar chatbots baseados em personagens reais ou fictícios, popular especialmente entre jovens.


    A tecnologia de IA é a mesma do ChatGPT, mas o supera em termos de tempo gasto pelos usuários na plataforma. E um bot tem sido mais procurado do que os conhecidos nomes citados acima. Chama-se Psychologist (psicólogo, em inglês). Um total de 78 milhões de mensagens, 18 milhões desde novembro, foram compartilhadas com o bot desde que ele foi criado por um usuário chamado Blazeman98, há pouco mais de um ano.


    O bot apresenta-se como “alguém que ajuda nas dificuldades da vida”. A empresa de São Francisco minimiza a popularidade da conta, argumentando que os usuários estão mais interessados em role-playing para entretenimento. Os bots mais populares são personagens de anime ou jogos de computador. No entanto, entre os milhões de personagens existentes na plataforma, poucos são tão populares como o Psicólogo com muitos usuários compartilhando comentários elogiosos no Reddit. “É um salva-vidas”, postou uma pessoa. O usuário por trás do Blazeman98 é Sam Zaia, 30 anos, da Nova Zelândia.


    “A intenção nunca foi que ele se tornasse popular, que outras pessoas o procurassem ou o usassem como uma ferramenta”, diz ele. O estudante de psicologia diz que treinou o bot usando princípios de sua formação, conversando com ele e moldando as respostas a serem dadas aos problemas de saúde mental mais comuns, como depressão e ansiedade.


    Ele criou o bot para uso próprio, quando seus amigos estavam ocupados e ele precisava, em suas palavras, de “alguém ou alguma coisa” com quem conversar, e a terapia com um humano era muito cara. Sam ficou tão surpreso com o sucesso do bot que está trabalhando em um projeto de pesquisa de pós-graduação sobre a tendência emergente de terapia de IA e o porquê de ela atrair os jovens.


   Sam também acha que os jovens se sentem mais confortáveis com o formato de texto. “Falar por mensagem de texto é potencialmente menos assustador do que pegar o telefone ou ter uma conversa cara a cara”, teoriza ele.


    Theresa Plewman é psicoterapeuta profissional e já experimentou conversar com o Psychologist. Ela diz que não está surpresa que esse tipo de terapia seja popular entre os mais jovens, mas questiona a eficácia. “O bot tem muito a dizer e rapidamente faz suposições, como me dar conselhos sobre depressão quando eu disse que estava triste. Não é assim que um humano responderia”, disse ela. Theresa diz que o bot não é capaz de reunir todas as informações que um ser humano seria e não é um terapeuta competente. Mas ela diz que a sua natureza imediata e espontânea pode ser útil para quem precisa de ajuda.


    Ela diz que o número de pessoas que utilizam o bot é preocupante e pode apontar para elevados níveis de problemas de saúde mental e falta de recursos públicos. Mas a Character.ai é um espaço estranho para sediar uma revolução terapêutica. “Estamos felizes de ver que as pessoas estão encontrando grande apoio e conexão através dos personagens que elas e a comunidade criam, mas os usuários devem consultar profissionais certificados na área para obter aconselhamento e orientação legítimos,” disse uma porta-voz da empresa.

   

   É um lembrete de que a tecnologia subjacente, chamada Large Language Model (LLM), não pensa da mesma forma que um ser humano. Os LLMs funcionam como a predição de mensagens de texto, encadeando palavras de maneiras que sejam mais prováveis que apareçam em outros textos nos quais a IA foi treinada.


   Alguns psicólogos alertam que os bots de IA podem estar dando conselhos inadequados aos pacientes ou podem trazer preconceitos de raça ou gênero. Mas em outros lugares o mundo médico começa a provisoriamente aceitar os bots de IA como ferramentas a serem utilizadas para ajudar a lidar com a alta demanda nos serviços públicos. 

  

   No ano passado, um serviço de IA chamado Limbic Access tornou-se o primeiro chatbot de saúde mental a receber do governo, no Reino Unido, uma certificação de dispositivo médico. Agora é usado em muitos postos do serviço público de saúde britânico para classificar e fazer a triagem de pacientes.


Adaptado de:

https://www.bbc.com/portuguese/articles/c8025nkdjd3o



Analise os itens a seguir quanto à pontuação e assinale a única opção INCORRETA acerca deles. 

I - Harry Potter, Elon Musk, Beyoncé, Super Mario e Vladimir Putin (1º parágrafo)

II - Chama-se Psychologist (psicólogo, em inglês). (2º parágrafo)

III - “O bot tem muito a dizer e rapidamente faz suposições [...]” (5º parágrafo)

IV - Character.ai – uma plataforma onde qualquer um pode criar chatbots [...] (1º parágrafo)
Alternativas
Q2498350 Português

TEXTO PARA A QUESTÃO.


Mundial de 2027 é vitória feminina  


O Brasil ganhou o direito de sediar a Copa do Mundo feminina em 2027. A decisão foi comunicada pela Federação Internacional de Futebol (Fifa), em cerimônia solene realizada em Bangcoc, na Tailândia 


    Na última sexta-feira, o esporte brasileiro obteve uma importante conquista. O Brasil ganhou o direito de sediar a Copa do Mundo feminina em 2027. A decisão foi comunicada pela Federação Internacional de Futebol (Fifa), em cerimônia solene realizada em Bangcoc, na Tailândia. O país competia com a candidatura conjunta de Alemanha, Bélgica e Holanda. A proposta brasileira recebeu 119 votos, enquanto a outra finalista amealhou 78 manifestações favoráveis. É a primeira vez que o Mundial feminino será realizada na América do Sul, após dez edições.

  Pesou a favor do Brasil, segundo relatório divulgado pela entidade máxima do futebol, o legado da Copa de 2014, particularmente os estádios erguidos ou reformados para o campeonato masculino. Na avaliação da Fifa, o Brasil superou os europeus em critérios como estádios, acomodação e centros de mídia. Pela proposta vencedora, o Mundial feminino no Brasil ocorrerá em dez capitais, entre as quais Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre — essa última mencionada como um desafio maior na solenidade da Fifa. A abertura e a final do campeonato estão previstas para ocorrer no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro.  

  Com essa vitória, o Brasil confirma a vocação para eventos esportivos de grande porte. Nas últimas décadas, o país sediou competições, como Pan-Americano (2007), Copa das Confederações (2013), Copa do Mundo (2014), Olimpíada (2016) e duas Copas América (2019 e 2021). É certo, pois, que o país reúne expertise na organização desses eventos. Sempre haverá discussão — e é importante manter-se a vigilância nesse quesito — sobre a participação de governos e a aplicação de recursos públicos nessas iniciativas, bem como o legado dessas estruturas. Mas o país tem instrumentos mais do que suficientes para evitar que erros cometidos no passado, como obras mal executadas por governos, se repitam em 2027.

   Um ponto fundamental [à]1se destacar na escolha do Brasil é o reconhecimento do futebol feminino como uma modalidade esportiva de relevância mundial. E isso se deve, em grande medida, [à]2 dedicação obstinada das atletas, que superam barreiras de toda ordem — do preconceito à diferença salarial — para mostrar o talento nos gramados. Esse Mundial é um prêmio [à]3 geração de Marta, de Formiga e de tantas outras e um desafio maior para o Brasil, que tentará conquistar um título inédito para o futebol feminino.

   Convém ressaltar, ainda, que a vitória em Bangcoc se deve ao esforço de uma mulher. A decisão da Fifa veio premiar o trabalho de Valesca Araújo, responsável pelo planejamento técnico e operacional da candidatura brasileira. Ao discursar, ela reiterou ser essencial dar visibilidade [às]4 mulheres. "É essencial levar o futebol feminino para os melhores estádios e centros de treinamento que temos no país. Uma vez que adentre esses espaços, não há mais como voltar atrás", disse.

  Valesca Araújo é outro exemplo da competência das mulheres em um meio predominantemente masculino. Ela se junta a outras profissionais reconhecidas, como Leila Pereira, presidente do Palmeiras e chefe da delegação da Seleção brasileira masculina nos amistosos de março. Que elas tragam mais conquistas e mais igualdade de gênero ao esporte que melhor expressa o valor do Brasil.


MUNDIAL de 2027 é vitória feminina. Correio Braziliense, 19 de maio de 2024. Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/opiniao/2024/05/6859999-mundial-de-2027-e-vitoria-feminina.html. Acesso em: 19 mai. 2024. Adaptado.  


Qual é a função da vírgula utilizada no trecho “A decisão da Fifa veio premiar o trabalho de Valesca Araújo, responsável pelo planejamento técnico e operacional da candidatura brasileira.” (5º parágrafo)?
Alternativas
Q2497694 Português

Leia o texto I abaixo que serve de referência para análise da questão.


Um apólogo


     Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:
    – Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma coisa neste mundo?
    – Deixe-me, senhora.
    – Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.
   – Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.
    – Mas você é orgulhosa.
    – Decerto que sou.
    – Mas por quê?
    – É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?
    – Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu, e muito eu?
    – Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados...
  – Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás, obedecendo ao que eu faço e mando...
    – Também os batedores vão adiante do imperador.
    – Você é imperador?
   – Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto... Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana – para dar a isto uma cor poética.
    E dizia a agulha:
    – Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima...
    A linha não respondia; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e altiva, como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte; continuou ainda nessa e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile. Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava de um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha para mofar da agulha, perguntou-lhe:
   – Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá.
  Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha:
   – Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico.
   Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça:
    – Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária! 

Machado de Assis

Leia as afirmativas abaixo e depois analise o que se pede:


I- Em “Deixe-me, senhora.”, o uso da vírgula se deu de modo incorreto, pois não se separa o verbo do objeto direto.

II- Em “É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?”, enquanto a exclamação expõe uma ideia de surpresa, a interrogação finaliza uma pergunta direta.

III- Em “A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho...”, as vírgulas foram usadas para isolar uma oração de valor explicativo.


A respeito das afirmações acima sobre o uso dos sinais de Pontuação conforme a regra gramatical, pode-se dizer que está correto o que se diz: 

Alternativas
Q2497652 Português

Texto 2

Lembrança colorida


Menino, achava esquisito meu pai sair de casa de pijama. Mercado, feira, venda, até farmácia. Hoje, olhei no vidro da porta quando girei a chave. Quase dava para sentir o cheiro do tecido e algodão seco, ao sol escaldante do quintal. As listas eram um arcoíris em movimento. O mesmo pijama recém-lavado. Sai, saudades.


(mara públio. Https://www.revistabula.com/30836-31-microcontos-paraler-na-quarentena/)

Em qual dos trechos a seguir a vírgula separa termos de mesma função sintática? 
Alternativas
Q2497146 Português

O verbo for


    Vestibular de verdade era no meu tempo. Já estou chegando, ou já cheguei, à altura da vida em que tudo de bom era no meu tempo; meu e dos outros coroas. Acho inadmissível e mesmo chocante (no sentido antigo) um coroa não ser reacionário. Somos uma força histórica de grande valor. Se não agíssemos com o vigor necessário – evidentemente o condizente com a nossa condição provecta –, tudo sairia fora de controle, mais do que já está. O vestibular, é claro, jamais voltará ao que era outrora e talvez até desapareça, mas julgo necessário falar do antigo às novas gerações e lembrá-lo às minhas coevas (ao dicionário outra vez; domingo, dia de exercício).

    O vestibular de Direito a que me submeti, na velha Faculdade de Direito da Bahia, tinha só quatro matérias: português, latim, francês ou inglês e sociologia, sendo que esta não constava dos currículos do curso secundário e a gente tinha que se virar por fora. Nada de cruzinhas, múltipla escolha ou matérias que não interessassem diretamente à carreira. Tudo escrito tão ruybarbosianamente quanto possível, com citações decoradas, preferivelmente. Os textos em latim eram As Catilinárias ou a Eneida, dos quais até hoje sei o comecinho. 

    Havia provas escritas e orais. A escrita já dava nervosismo, da oral muitos nunca se recuperaram inteiramente, pela vida afora. Tirava-se o ponto (sorteava-se o assunto) e partia-se para o martírio, insuperável por qualquer esporte radical desta juventude de hoje. A oral de latim era particularmente espetacular, porque se juntava uma multidão, para assistir à performance do saudoso mestre de Direito Romano Evandro Baltazar de Silveira. Franzino, sempre de colete e olhar vulpino (dicionário, dicionário), o mestre não perdoava.

     – Traduza aí quousque tandem, Catilina, patientia nostra – dizia ele ao entanguido vestibulando.

    – “Catilina, quanta paciência tens?” – retrucava o infeliz.

    Era o bastante para o mestre se levantar, pôr as mãos sobre o estômago, olhar para a plateia como quem pede solidariedade e dar uma carreirinha em direção à portada sala. 

    – Ai, minha barriga! – exclamava ele. – Deus, oh Deus, que fiz eu para ouvir tamanha asnice? Que pecados cometi, que ofensas Vos dirigi? Salvai essa alma de alimária. Senhor meu Pai!

    Pode-se imaginar o resto do exame. Um amigo meu, que por sinal passou, chegou a enfiar, sem sentir, as unhas nas palmas das mãos, quando o mestre sentiu duas dores de barriga seguidas, na sua prova oral. Comigo, a coisa foi um pouco melhor, eu falava um latinzinho e ele me deu seis, nota do mais alto coturno em seu elenco.

    O maior público das provas orais era o que já tinha ouvido falar alguma coisa do candidato e vinha vê-lo “dar um show”. Eu dei      de português e inglês. O de português até que foi moleza, em certo sentido. O professor José Lima, de pé e tomando um cafezinho, me dirigiu as seguintes palavras aladas:

    – Dou-lhe dez, se o senhor me disser qual é o sujeito da primeira oração do Hino Nacional!

    – As margens plácidas – respondi instantaneamente e o mestre quase deixa cair a xícara.

    – Por que não é indeterminado, “ouviram, etc.”?

    – Porque o “as” de “as margens plácidas” não é craseado. Quem ouviu foram as margens plácidas. É uma anástrofe, entre as muitas que existem no hino. “Nem tem quem te adora a própria morte”: sujeito “quem te adora”. Se pusermos na ordem direta...

    – Chega! – berrou ele. – Dez! Vá para a glória! A Bahia será sempre a Bahia!

    Quis o irônico destino, uns anos mais tarde, que eu fosse professor da Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia e me designassem para a banca de português, com prova oral e tudo. Eu tinha fama de professor carrasco, que até hoje considero injustíssima, e ficava muito incomodado com aqueles rapazes e moças pálidos e trêmulos diante de mi. Uma bela vez, chegou um sem o menor sinal de nervosismo, muito elegante, paletó, gravata e abotoaduras vistosas. A prova oral era bestíssima. Mandava-se o candidato ler umas dez linhas em voz alta (sim, porque alguns não sabiam ler) e depois se perguntava o que queria dizer uma palavra trivial ou outra, qual era o plural de outra e assim por diante. Esse mal sabia ler, mas não perdia a pose. Não acertou a responder nada. Então, eu, carrasco fictício, peguei no texto uma frase em que a palavra “for” tanto podia ser do verbo “ser” quanto do verbo “ir”. Pronto, pensei. Se ele distinguir qual é o verbo, considero-o um gênio, dou quatro, ele passa e seja o que Deus quiser.

    – Esse “for” aí, que verbo é esse?

    Ele considerou a frase longamente, como se eu estivesse pedindo que resolvesse a quadratura do circula, depois ajeitou as abotoaduras e me encarou sorridente.

    – Verbo for.

    – Verbo o quê?

    – Verbo for.

     – Conjugue aí o presente do indicativo desse verbo.

    – Eu fonho, tu fões, ele fõe – recitou ele, impávido. – Nós fomos, vós fondes, eles fõem.

    Não, dessa vez ele não passou. Mas, se perseverou, deve ter acabado passando e hoje há de estar num posto qualquer do Ministério da Administração ou na equipe econômica, ou ainda aposentado como marajá, ou as três coisas. Vestibular, no meu tempo, era muito mais divertido do que hoje e, nos dias que correm, devidamente diplomado, ele deve estar fondo para quebrar. Fões tu? Com quase toda a certeza, não. Eu tampouco fonho. Mas ele fõe.


(João Ubaldo Ribeiro. O Globo. Em: 13/09/1998.)

O uso de parênteses insere uma informação a mais ao que está sendo discutido no texto. Considerando esta informação, releia: “Tirava-se o ponto (sorteava-se o assunto) e partia-se para o martírio, insuperável por qualquer esporte radical desta juventude de hoje.” (3º§) e “Franzino, sempre de colete e olhar vulpino (dicionário, dicionário), o mestre não perdoava.” (3º§). Há uso de parênteses nos dois fragmentos anteriores. Assinale a afirmativa que justifica corretamente os dois registros entre parênteses.
Alternativas
Q2497145 Português

O verbo for


    Vestibular de verdade era no meu tempo. Já estou chegando, ou já cheguei, à altura da vida em que tudo de bom era no meu tempo; meu e dos outros coroas. Acho inadmissível e mesmo chocante (no sentido antigo) um coroa não ser reacionário. Somos uma força histórica de grande valor. Se não agíssemos com o vigor necessário – evidentemente o condizente com a nossa condição provecta –, tudo sairia fora de controle, mais do que já está. O vestibular, é claro, jamais voltará ao que era outrora e talvez até desapareça, mas julgo necessário falar do antigo às novas gerações e lembrá-lo às minhas coevas (ao dicionário outra vez; domingo, dia de exercício).

    O vestibular de Direito a que me submeti, na velha Faculdade de Direito da Bahia, tinha só quatro matérias: português, latim, francês ou inglês e sociologia, sendo que esta não constava dos currículos do curso secundário e a gente tinha que se virar por fora. Nada de cruzinhas, múltipla escolha ou matérias que não interessassem diretamente à carreira. Tudo escrito tão ruybarbosianamente quanto possível, com citações decoradas, preferivelmente. Os textos em latim eram As Catilinárias ou a Eneida, dos quais até hoje sei o comecinho. 

    Havia provas escritas e orais. A escrita já dava nervosismo, da oral muitos nunca se recuperaram inteiramente, pela vida afora. Tirava-se o ponto (sorteava-se o assunto) e partia-se para o martírio, insuperável por qualquer esporte radical desta juventude de hoje. A oral de latim era particularmente espetacular, porque se juntava uma multidão, para assistir à performance do saudoso mestre de Direito Romano Evandro Baltazar de Silveira. Franzino, sempre de colete e olhar vulpino (dicionário, dicionário), o mestre não perdoava.

     – Traduza aí quousque tandem, Catilina, patientia nostra – dizia ele ao entanguido vestibulando.

    – “Catilina, quanta paciência tens?” – retrucava o infeliz.

    Era o bastante para o mestre se levantar, pôr as mãos sobre o estômago, olhar para a plateia como quem pede solidariedade e dar uma carreirinha em direção à portada sala. 

    – Ai, minha barriga! – exclamava ele. – Deus, oh Deus, que fiz eu para ouvir tamanha asnice? Que pecados cometi, que ofensas Vos dirigi? Salvai essa alma de alimária. Senhor meu Pai!

    Pode-se imaginar o resto do exame. Um amigo meu, que por sinal passou, chegou a enfiar, sem sentir, as unhas nas palmas das mãos, quando o mestre sentiu duas dores de barriga seguidas, na sua prova oral. Comigo, a coisa foi um pouco melhor, eu falava um latinzinho e ele me deu seis, nota do mais alto coturno em seu elenco.

    O maior público das provas orais era o que já tinha ouvido falar alguma coisa do candidato e vinha vê-lo “dar um show”. Eu dei      de português e inglês. O de português até que foi moleza, em certo sentido. O professor José Lima, de pé e tomando um cafezinho, me dirigiu as seguintes palavras aladas:

    – Dou-lhe dez, se o senhor me disser qual é o sujeito da primeira oração do Hino Nacional!

    – As margens plácidas – respondi instantaneamente e o mestre quase deixa cair a xícara.

    – Por que não é indeterminado, “ouviram, etc.”?

    – Porque o “as” de “as margens plácidas” não é craseado. Quem ouviu foram as margens plácidas. É uma anástrofe, entre as muitas que existem no hino. “Nem tem quem te adora a própria morte”: sujeito “quem te adora”. Se pusermos na ordem direta...

    – Chega! – berrou ele. – Dez! Vá para a glória! A Bahia será sempre a Bahia!

    Quis o irônico destino, uns anos mais tarde, que eu fosse professor da Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia e me designassem para a banca de português, com prova oral e tudo. Eu tinha fama de professor carrasco, que até hoje considero injustíssima, e ficava muito incomodado com aqueles rapazes e moças pálidos e trêmulos diante de mi. Uma bela vez, chegou um sem o menor sinal de nervosismo, muito elegante, paletó, gravata e abotoaduras vistosas. A prova oral era bestíssima. Mandava-se o candidato ler umas dez linhas em voz alta (sim, porque alguns não sabiam ler) e depois se perguntava o que queria dizer uma palavra trivial ou outra, qual era o plural de outra e assim por diante. Esse mal sabia ler, mas não perdia a pose. Não acertou a responder nada. Então, eu, carrasco fictício, peguei no texto uma frase em que a palavra “for” tanto podia ser do verbo “ser” quanto do verbo “ir”. Pronto, pensei. Se ele distinguir qual é o verbo, considero-o um gênio, dou quatro, ele passa e seja o que Deus quiser.

    – Esse “for” aí, que verbo é esse?

    Ele considerou a frase longamente, como se eu estivesse pedindo que resolvesse a quadratura do circula, depois ajeitou as abotoaduras e me encarou sorridente.

    – Verbo for.

    – Verbo o quê?

    – Verbo for.

     – Conjugue aí o presente do indicativo desse verbo.

    – Eu fonho, tu fões, ele fõe – recitou ele, impávido. – Nós fomos, vós fondes, eles fõem.

    Não, dessa vez ele não passou. Mas, se perseverou, deve ter acabado passando e hoje há de estar num posto qualquer do Ministério da Administração ou na equipe econômica, ou ainda aposentado como marajá, ou as três coisas. Vestibular, no meu tempo, era muito mais divertido do que hoje e, nos dias que correm, devidamente diplomado, ele deve estar fondo para quebrar. Fões tu? Com quase toda a certeza, não. Eu tampouco fonho. Mas ele fõe.


(João Ubaldo Ribeiro. O Globo. Em: 13/09/1998.)

“O maior público das provas orais era o que já tinha ouvido falar alguma coisa do candidato e vinha vê-lo ‘dar um show.” (9º§). A expressão em destaque, no texto, aparece entre aspas simples. A justificativa correta para tal uso está na afirmativa:
Alternativas
Q2496667 Português
Bullying e capacitismo: é preciso começar pelo respeito


       O governo federal sancionou a lei que torna crime o bullying e o cyberbullying. A partir de agora, o Código Penal atribui penas de multa e prisão para aqueles que cometerem intimidação sistemática em atos de humilhação e discriminação, com violência física ou psicológica, especialmente contra crianças e adolescentes.

        A nova legislação institui também a Política Nacional de Prevenção e Combate ao Abuso e Exploração Sexual da Criança e Adolescente, com medidas como transformar em crime hediondo o estímulo ao suicídio pela internet, sequestro, cárcere privado ou tráfico de crianças e adolescentes, inclusive responsabilizando aqueles que transmitem ou exibem mensagens que colocam em risco a integridade dessas pessoas.

      Essas medidas são duras, mas necessárias. Em um momento em que a tecnologia promove uma rede social virtual com enorme influência no comportamento humano, onde a emissão de opiniões é facilitada e sem restrições, precisamos estabelecer limites. E o limite precisa ser o da civilidade, do respeito, da tolerância, da convivência fraterna e da construção de uma sociedade mais solidária.

     O bullying é um comportamento perverso e destrutivo. É uma prática insistente que deprecia a relação entre as pessoas, promovendo danos psicológicos que afetam o rendimento escolar, a construção de carreiras profissionais e a própria participação na família e na sociedade. E essa agressão parte geralmente de detalhes maldosos ou diferenças, geralmente de características físicas, emocionais ou intelectuais.

    Chamamos de capacitismo a discriminação e o preconceito direcionados às pessoas com deficiência, atitude que desconsidera a individualidade do ser humano e reproduz comentários opressores que classificam e segregam autoritariamente a sociedade entre os superiores e os inferiores ou subalternos. Isso acontece entre homens e mulheres, entre as etnias e também entre pessoas sem e com algum tipo de deficiência.

       Além do avanço da legislação penal, precisamos internalizar, nas relações sociais, o respeito para com as diferenças. Cada ser humano tem suas características e potencialidades. É essa diferença e a capacidade de se relacionar com elas que caracterizam a nossa caminhada civilizatória, uma organização social cada vez mais comprometida com a felicidade humana.

    Temos grandes exemplos na história de pessoas com deficiência, intelectual ou física, que deixaram heranças culturais gigantescas que dignificam nossas vidas até hoje, como Stephen Hawking, Frida Kahlo, Van Gogh, Herbert Vianna ou nosso supernadador paraolímpico Daniel Dias. A Nona Sinfonia de Beethoven foi produzida quando ele já estava totalmente sem audição. Hoje, com o apoio da ciência, temos pessoas com deficiência atuando na política, nas artes, no cinema, em cargos de gestão pública, desempenhando qualquer atividade profissional.

      Se antes a piada capacitista na escola era motivo de diversão, agora é crime. O constrangimento sistemático contra uma pessoa com deficiência é um comportamento que precisa ser banido, eliminado e culturalmente combatido. A zoação contra a deficiência não é divertida, é cruel e pode causar danos profundos nas pessoas. Se queremos ser pessoas melhores, com uma sociedade melhor e uma vida melhor para viver bem, precisamos começar pelo respeito às diferenças.



(Ana Paula Lima. Disponível em: correiobraziliense.com.br/opiniao/2024/01/6789724-bullying-e-capacitismo-e-preciso-comecar-pelo-respeito.html.Acesso em: 03/02/2024.)

Assinale a afirmativa que justifica adequadamente o uso da vírgula no final do período: “É essa diferença e a capacidade de se relacionar com elas que caracterizam a nossa caminhada civilizatória, uma organização social cada vez mais comprometida com a felicidade humana.” (6º§)
Alternativas
Ano: 2024 Banca: APICE Órgão: Prefeitura de Salgado de São Félix - PB Provas: APICE - 2024 - Prefeitura de Salgado de São Félix - PB - Médico Cardiologista | APICE - 2024 - Prefeitura de Salgado de São Félix - PB - Médico Ginecologista/Obstetra | APICE - 2024 - Prefeitura de Salgado de São Félix - PB - Médico Pediatra | APICE - 2024 - Prefeitura de Salgado de São Félix - PB - Médico Endocrinologista | APICE - 2024 - Prefeitura de Salgado de São Félix - PB - Médico do Trabalho | APICE - 2024 - Prefeitura de Salgado de São Félix - PB - Terapeuta Ocupacional | APICE - 2024 - Prefeitura de Salgado de São Félix - PB - Fonoaudiólogo - NASF | APICE - 2024 - Prefeitura de Salgado de São Félix - PB - Psicólogo | APICE - 2024 - Prefeitura de Salgado de São Félix - PB - Bibliotecário | APICE - 2024 - Prefeitura de Salgado de São Félix - PB - Assistente Social | APICE - 2024 - Prefeitura de Salgado de São Félix - PB - Farmacêutico | APICE - 2024 - Prefeitura de Salgado de São Félix - PB - Fisioterapeuta - NASF | APICE - 2024 - Prefeitura de Salgado de São Félix - PB - Fisioterapeuta Plantonista | APICE - 2024 - Prefeitura de Salgado de São Félix - PB - Procurador | APICE - 2024 - Prefeitura de Salgado de São Félix - PB - Auditor Fiscal | APICE - 2024 - Prefeitura de Salgado de São Félix - PB - Odontólogo - PSF | APICE - 2024 - Prefeitura de Salgado de São Félix - PB - Enfermeiro - PSF | APICE - 2024 - Prefeitura de Salgado de São Félix - PB - Nutricionista - NASF |
Q2496250 Português

Analise o uso da vírgula nos períodos a seguir.



I- Maria Helena Moura Neves, a autora do livro, fez graduação em grego.


II- Eu estudei, professor, toda a aula de ontem.


III- Fui homenageado, ontem à noite, por alguns alunos e amigos.


IV- Devemos observar a simplicidade, a clareza, a objetividade e a concisão na redação oficial.


V- Levantava-me de manhã, entrava no chuveiro, organizava as ideias na cabeça...



Assinale a alternativa que apresenta, na sequência correspondente, a explicação para o uso das vírgulas nas frases.

Alternativas
Q2495827 Português
Leia o texto a seguir:

Colágeno: cinco benefícios inesperados 


Normalmente, o que mais se ouve falar de colágeno são os seus benefícios para a pele, mas saiba que ele também tem papel importante em diversas condições:


Promove saciedade e inibe a fome 

Em um estudo publicado no "Journal Eating and Weight Disorders", os pesquisadores acompanharam 10 pessoas obesas e 12 com peso normal. Observaram que uma simples medida de colágeno aumentava os níveis de “hormônio da fome”, a grelina. Na verdade, a grelina avisa ao seu cérebro quando é o momento que você deve comer. Se esse hormônio está desregulado, haverá constante desejo para se alimentar. E assim, você acaba ganhando peso.

Outro estudo já mostra como o colágeno pode reduzir o sobrepeso em adultos. Foram acompanhados 90 voluntários por 12 semanas, consumindo 2,0 g de colágeno diariamente, ou placebo. A avaliação da gordura foi feita por DEXA corporal, e o índice de massa corpórea inicial era em média 25.6. No final do estudo, os participantes que tomavam o colágeno haviam perdido duas vezes mais gordura corporal do que o grupo controle.


Melhora seus treinos 

O colágeno contém arginina em grandes quantidades. Esse aminoácido induz a formação do óxido nítrico, que dilata os vasos sanguíneos e aumenta o aporte de nutrientes e oxigênio aos músculos durante o exercício. Além disso, a arginina pode aumentar a força física e ajudar na recuperação pós treino.


Protege articulações e reduz dor

O uso regular de colágeno pode reduzir a inflamação nas articulações e aumentar a lubrificação para proteger a cartilagem contra o desgaste e degradação.


Ajuda também na redução da dor articular 

Em um estudo com 73 atletas que consumiram 10 gramas de colágeno por dia por 24 semanas, verificou-se redução significativa da dor articular, enquanto andavam e no repouso, comparado com o grupo que não tomou.


Estanca perda óssea 

Estanca perda de cerca de 1/3 dos seus ossos e colágeno, e adicionar essa proteína à sua dieta inibe a degradação óssea que leva à osteoporose. Uma publicação fala sobre mulheres que tomaram cálcio e colágeno, e outro grupo que tomou somente cálcio diariamente por 1 ano. Depois disso, as que estavam tomando colágeno tiveram redução significante no sangue dos elementos que promovem a degradação óssea.


Aumenta massa muscular 

Mais de 10% da massa muscular é composta de colágeno, e sua suplementação pode estimular a formação de massa muscular em pessoas com sarcopenia. Em um estudo, 27 voluntários frágeis tomaram 15 g de colágeno diariamente por 12 semanas, enquanto participavam de um programa de exercício. No final, comparando com os que se exercitaram sem tomar colágeno, ganharam significativamente mais massa muscular e força.

Colágeno é a proteína mais abundante no corpo humano, representando cerca de 30% de todas as proteínas. Ele fortalece o seu cabelo, dentes, pele, unhas, órgãos, artérias, cartilagem, osso, tendões e ligamentos. O colágeno literalmente é a cola que mantém tudo agrupado. Portanto, tenha a certeza de que você está preservando o seu colágeno, pois é muito importante para reduzir a velocidade de envelhecimento, sendo mais visível em relação às rugas.


Fonte: https://www.jb.com.br/colunistas/saude-e-alimentacao/2024/04/1049640-colageno-cinco-beneficios-inesperados.html. Acesso em 27 abr. 2024. Texto adaptado
Em “Ele fortalece o seu cabelo, dentes, pele, unhas, órgãos, artérias, cartilagem, osso, tendões e ligamentos”, as vírgulas foram empregadas para:
Alternativas
Q2495606 Português
ERRO na utilização da vírgula em:
Alternativas
Respostas
221: C
222: A
223: B
224: C
225: A
226: B
227: C
228: B
229: C
230: C
231: C
232: C
233: D
234: B
235: C
236: C
237: B
238: C
239: B
240: B