Questões de Português - Pontuação para Concurso

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Q1729435 Português
Assinale a alternativa correta, segundo o padrão culto da Língua Portuguesa:
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Q1729376 Português
Assinale o uso correto da virgula:
Alternativas
Q1729372 Português

Leia as afirmações abaixo a respeito do uso da vírgula.


I. Em determinadas situações, usamos a vírgula para separar apostos e vocativos em uma oração.

II. Também usamos a vírgula para indicar a supressão de um verbo subentendido na oração.

III. Usamos a vírgula para separar sujeito do predicado.

IV. Em outras circunstâncias também usamos a vírgula entre a oração subordinada substantiva e a principal.


Estão CORRETAS:

Alternativas
Q1728688 Português
VISÕES DA NOITE
Passai, tristes fantasmas! O que é feito
Das mulheres que amei, gentis e puras,
Umas devoram negras amarguras,
Repousam outras em marmóreo leito!
Outras no encalço de fatal proveito
Buscam à noite as saturnais escuras,
Onde empenhando as murchas formosuras
Ao demônio do ouro rendem preito!
Todas sem mais amor! Sem mais paixões!
Mais uma fibra trêmula e sentida!
Mais um leve calor nos corações!
Pálidas sombras de ilusão perdida,
Minh’alma está deserta de emoções,
Passai, passai, não me poupeis a vida!
(Autor: Fagundes Varella) 
Considerando aspectos ortográficos, semânticos e de acentuação, leia as assertivas: I. O sinal de pontuação empregado em “Minh’alma” é denominado apóstrofo. II. Os vocábulos “trêmula” e “pálida” são proparoxítonos. III. O vocábulo “deserta” poderia ser substituído, sem alterar o sentido expresso no texto, por “vazia”. Pode-se afirmar que:
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Q1728684 Português
Assinale a alternativa em que há ERRO no emprego da vírgula.
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Q1728444 Português
Assinale a alternativa em que a(s) vírgula(s) esteja(m) empregada(s) pela seguinte regra gramatical de pontuação:
“No interior da oração, a vírgula serve para separar elementos que exercem funções sintáticas diversas, geralmente com a finalidade de realça-los. Em particular, a vírgula é usada para isolar os elementos repetidos.”
Alternativas
Q1728203 Português
VISÕES DA NOITE
Passai, tristes fantasmas! O que é feito
Das mulheres que amei, gentis e puras,
Umas devoram negras amarguras,
Repousam outras em marmóreo leito!
Outras no encalço de fatal proveito
Buscam à noite as saturnais escuras,
Onde empenhando as murchas formosuras
Ao demônio do ouro rendem preito!
Todas sem mais amor! Sem mais paixões!
Mais uma fibra trêmula e sentida!
Mais um leve calor nos corações!
Pálidas sombras de ilusão perdida,
Minh’alma está deserta de emoções,
Passai, passai, não me poupeis a vida!
(Autor: Fagundes Varella) 

VISÕES DA NOITE
Passai, tristes fantasmas! O que é feito
Das mulheres que amei, gentis e puras,
Umas devoram negras amarguras,
Repousam outras em marmóreo leito!
Outras no encalço de fatal proveito
Buscam à noite as saturnais escuras,
Onde empenhando as murchas formosuras
Ao demônio do ouro rendem preito!
Todas sem mais amor! Sem mais paixões!
Mais uma fibra trêmula e sentida!
Mais um leve calor nos corações!
Pálidas sombras de ilusão perdida,
Minh’alma está deserta de emoções,
Passai, passai, não me poupeis a vida!
(Autor: Fagundes Varella) 

Considerando aspectos ortográficos, semânticos e de acentuação, leia as assertivas: I. O sinal de pontuação empregado em “Minh’alma” é denominado apóstrofo. II. Os vocábulos “trêmula” e “pálida” são proparoxítonos. III. O vocábulo “deserta” poderia ser substituído, sem alterar o sentido expresso no texto, por “vazia”. Pode-se afirmar que:
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Q1727208 Português
Considerando a norma-padrão, assinale a alternativa em que há erro no uso da pontuação.
Alternativas
Q1727202 Português
Leia o texto a seguir para responder à questão.


O cajueiro

Rubem Braga

O cajueiro já devia ser velho quando nasci. Ele vive nas mais antigas recordações de minha infância: belo, imenso, no alto do morro atrás da casa. Agora vem uma carta dizendo que ele caiu. Eu me lembro do outro cajueiro que era menor e morreu há muito tempo.

Eu me lembro dos pés de pinha, do cajá-manga, da grande touceira de espadas-de-sãojorge (que nós chamávamos simplesmente “tala”) e da alta saboneteira que era nossa alegria e a cobiça de toda a meninada do bairro porque fornecia centenas de bolas pretas para o jogo de gude. Lembro-me da tamareira, e de tantos arbustos e folhagens coloridas, lembro-me da parreira que cobria o caramanchão, e dos canteiros de flores humildes, “beijos”, violetas. Tudo sumira; mas o grande pé de fruta-pão ao lado da casa e o imenso cajueiro lá no alto eram como árvores sagradas protegendo a família. Cada menino que ia crescendo ia aprendendo o jeito de seu tronco, a cica de seu fruto, o lugar melhor para apoiar o pé e subir pelo cajueiro acima, ver de lá o telhado das casas do outro lado e os morros além, sentir o leve balanceio na brisa da tarde.

No último verão ainda o vi; estava como sempre carregado de frutos amarelos, trêmulo de sanhaços. Chovera: mas assim mesmo fiz questão de que Carybé subisse o morro para vê-lo de perto, como quem apresenta a um amigo de outras terras um parente muito querido.

A carta de minha irmã mais moça diz que ele caiu numa tarde de ventania, num fragor tremendo pela ribanceira; e caiu meio de lado, como se não quisesse quebrar o telhado de nossa velha casa.

Diz que passou o dia abatida, pensando em nossa mãe, em nosso pai, em nossos irmãos que já morreram. Diz que seus filhos pequenos se assustaram; mas foram brincar nos galhos tombados.

Foi agora, em fins de setembro. Estava carregado de flores.


Setembro, 1954.
Cem crônicas escolhidas. Rio de Janeiro: José Olímpio, 1956. 
Analise este trecho.
“Ele vive nas mais antigas recordações de minha infância: belo, imenso, no alto do morro atrás da casa.”
Nesse trecho, os dois-pontos foram utilizados para
Alternativas
Q1727160 Português
Leia a crônica de Carlos Drummond de Andrade.


Brasileiro Cem-Milhões


Telefonei para a maternidade indagando se havia nascido o bebê no 100.000.000, e não souberam informar-me:

— De zero hora até este momento nasceram oito, mas nenhum foi etiquetado com esse número.

É uma falha do nosso registro civil: as crianças não recebem números ao nascer. Dão-lhes apenas um nome, às vezes surrealista, que o acompanhará por toda a vida como pesadelo, quando a numeração pura e simples viria garantir identidade insofismável, poupando ainda o vexame de carregar certos antropônimos. Centenas de milhares nascem João ou José, mais o homem ou a mulher 25.786.439 seria uma única pessoa viva, muito mais fácil de cadastrar no Imposto de Renda e nos mil outros fichários com que é policiada a nossa existência.

Passei por baixo do viaduto, onde costumam nascer filhos do vento, e reinava uma paz de latas enferrujadas e grama sem problemas. Ninguém nascera ali depois da meia-noite. O dia 21 de agosto, marcado para o advento do brasileiro cem-milhões, transcorria sem que sinal algum, na terra ou no ar, registrasse o acontecimento.

Costumo acreditar nos bancos, principalmente nos oficiais, e se o Banco Nacional da Habitação, através do Serfhau, garantiu que nessa segunda-feira o Brasil atingiria a cifra redonda de 100 milhões de habitantes, é porque uma parturiente adrede orientada estaria de plantão para perfazer esse número.

Verdade seja que o IBGE, pelo Centro Brasileiro de Estudos Demográficos, julgou prematura a declaração, e só para o trimestre de outubro/dezembro nos promete o brasileiro em questão. Não ponho em dúvida sua autoridade técnica, mas um banco é um banco, ainda mais se agência governamental, e a esta hora deve ter recolhido nosso centésimo milionésimo compatrício em berço especial da casa própria, botando-lhe à cabeceira um cofre de caderneta de poupança.

É que me custa admitir o nascimento desse garoto, ou garota, sem o amparo de nossas leis sociais, condenado a ser menos que número – uma dessas crianças mendicantes, que não conhecerão as almofadas da felicidade. Não queria que a televisão lhe desse um carnê e uma viagem à Grécia, nem era preciso que Manchete lhe dedicasse 10 páginas coloridas, sob o patrocínio do melhor leite em pó. Mas gostaria que viesse ao mundo com um mínimo de garantia contra as compulsões da miséria e da injustiça, e de algum modo representasse situação idêntica de milhões de outras crianças que recebessem – estou pedindo muito? – não somente o dom da vida, mas oportunidades de vivê-la.

Seria vaidade irrisória proclamar-se ele, o 100.000.000o brasileiro, membro eufórico da geração dos 100 milhões, e saber-se apenas mais um marginalizado, que só por artifício de média ganha sua fatia no bolo do Produto Nacional Bruto.

Não desejo o herói do monumento nem mártir anônimo. Prefiro vê-lo como um ser capaz de fazer alguma coisa de normal numa sociedade razoavelmente suportável, em que a vida não seja obrigação estúpida, sem pausa para fruir a graça das coisas naturais e o que lhes acrescentou a imaginação humana.

Olho para esse brasileiro cem-milhões, nascido ontem ou por nascer daqui a algumas semanas, como se ele fosse meu neto… bisneto, talvez. Pois quando me dei conta de mim, isto aí era um país de 20 milhões de pessoas, diluídas num território quase só mistério, que aos poucos se foi desbravando, mantendo ainda bolsões de sombra. Vi crescer a terra e lutarem os homens, entre desajustes e sofrimentos. Os maiorais que dirigiam o processo lá se foram todos. Vieram outros e outros, e encontro nesta geração um novo rosto de vida que se interroga. Há muita ingenuidade, também muita coragem, e os problemas se multiplicam com o crescimento desordenado. Somos mais ricos… e também mais pobres.

Meu querido e desconhecido irmão no 100.000.000, onde quer que estejas nascendo, fica de olho no futuro, presta atenção nas coisas para que não façam de ti subproduto de consumo, e boa viagem pelo século XXI adentro.
Assinale a alternativa com a frase corretamente pontuada.
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Q1726835 Português

TEXTO 1

Direitos humanos são de todos


    [...] Faço um desabafo diante do crescente pensamento que, de forma simplista e perigosa, vem desconsiderando conquistas históricas da humanidade. É comum ouvir que os direitos humanos servem para defender bandidos. Essa falaciosa afirmação, que encontra eco em diversos setores sociais, rasga uma história de luta permanente pela dignidade da pessoa humana, pela proteção dos indivíduos contra regimes autoritários e pela consolidação das liberdades individuais.

    Os direitos humanos estão presentes no nosso cotidiano, algumas vezes de forma quase imperceptível. Estão na liberdade de ir e vir, na liberdade de expressão e manifestação (assegurando, inclusive, o direito de criticar os próprios direitos humanos) e no direito de eleger representantes políticos. Também ocorrem quando exigimos do poder público bons serviços de saúde, educação e segurança. Manifestam-se no direito ao trabalho, bem como na garantia de lutar contra a intervenção excessiva do Estado nas nossas vidas. Revelam-se no combate às formas de preconceito e no direito à acessibilidade [...].

     Eles são amplos, universais e inalienáveis. Os direitos humanos não pertencem a partidos, ideologias ou determinados grupos de pessoas. Portanto não é crível que possamos ser contra essas garantias que foram conquistadas – e continuam sendo! – à custa de muitos esforços individuais e coletivos. A construção de um País mais seguro, livre, justo, tolerante e plural depende da afirmação, e não da negação, dos direitos humanos. Que construamos uma nova sociedade, mas não esqueçamos das barbáries do passado. E que, também, não façamos tábula rasa da história e das conquistas de toda a humanidade.

SANTOS, Luiz Fernando Barbosa dos. Disponível em: https://www.jornaldocomercio. com/_conteudo/2018/03/opiniao/617565-direitos-humanos-sao-de-todos.html Acesso em: 10.08.19.

Em “A construção de um País mais seguro, livre, justo, tolerante e plural depende da afirmação...”, as vírgulas foram usadas para
Alternativas
Q1726578 Português
Para responder a questão, leia o texto apresentado a seguir: 

VISÕES DA NOITE
Passai, tristes fantasmas! O que é feito
Das mulheres que amei, gentis e puras,
Umas devoram negras amarguras,
Repousam outras em marmóreo leito!

Outras no encalço de fatal proveito
Buscam à noite as saturnais escuras,
Onde empenhando as murchas formosuras
Ao demônio do ouro rendem preito!

Todas sem mais amor! Sem mais paixões!
Mais uma fibra trêmula e sentida!
Mais um leve calor nos corações!

Pálidas sombras de ilusão perdida,
Minh’alma está deserta de emoções,
Passai, passai, não me poupeis a vida!

(Autor: Fagundes Varella) 
Considerando aspectos ortográficos, semânticos e de acentuação, leia as assertivas: I. O sinal de pontuação empregado em “Minh’alma” é denominado apóstrofo. II. Os vocábulos “trêmula” e “pálida” são proparoxítonos. III. O vocábulo “deserta” poderia ser substituído, sem alterar o sentido expresso no texto, por “vazia”. Pode-se afirmar que:
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Q1726165 Português

        Zana teve de deixar tudo: o bairro portuário de Manaus, a rua em declive sombreada por mangueiras centenárias, o lugar que para ela era quase tão vital quanto a Biblos de sua infância: a pequena cidade no Líbano que ela recordava em voz alta, vagando pelos aposentos empoeirados até se perder no quintal, onde a copa da velha seringueira sombreava as palmeiras e o pomar cultivados por mais de meio século. Perto do alpendre, o cheiro das açucenas-brancas se misturava com o do filho caçula. Então ela sentava no chão, rezava sozinha e chorava, desejando a volta de Omar. Antes de abandonar a casa, Zana via o vulto do pai e do esposo nos pesadelos das últimas noites, depois sentia a presença de ambos no quarto em que haviam dormido. Durante o dia eu a ouvia repetir as palavras do pesadelo, "Eles andam por aqui, meu pai e Halim vieram me visitar... eles estão nesta casa", e ai de quem duvidasse disso com uma palavra, um gesto, um olhar. Ela imaginava o sofá cinzento na sala onde Halim largava o narguilé para abraçá-la, lembrava a voz do pai conversando com barqueiros e pescadores no Manaus Harbour, e ali no alpendre lembrava a rede vermelha do Caçula, o cheiro dele, o corpo que ela mesma despia na rede onde ele terminava suas noitadas. "Sei que um dia ele vai voltar", Zana me dizia sem olhar para mim, talvez sem sentir a minha presença, o rosto que fora tão belo agora sombrio, abatido. A mesma frase eu ouvi, como uma oração murmurada, no dia em que ela desapareceu na casa deserta. Eu a procurei por todos os cantos e só fui encontrá-la ao anoitecer, deitada sobre folhas e palmas secas, o braço engessado sujo, cheio de titica de pássaros, o rosto inchado, a saia e a anágua molhadas de urina. Eu não a vi morrer, eu não quis vê-la morrer. Mas alguns dias antes de sua morte, ela deitada na cama de uma clínica, soube que ergueu a cabeça e perguntou em árabe para que só a filha e a amiga quase centenária entendessem (e para que ela mesma não se traísse): "Meus filhos já fizeram as pazes?”. Repetiu a pergunta com a força que lhe restava, com a coragem que mãe aflita encontra na hora da morte. Ninguém respondeu. Então o rosto quase sem rugas de Zana desvaneceu; ela ainda virou a cabeça para o lado, à procura da única janelinha na parede cinzenta, onde se apagava um pedaço do céu crepuscular.


(Trecho retirado de: HATOUM, Milton. Dois irmãos. São Paulo: Companhia das Letras, 2006. p. 9-10.)

Marque a alternativa na qual a vírgula deveria ter sido utilizada devido à locução adverbial deslocada na oração.
Alternativas
Q1726162 Português

        Zana teve de deixar tudo: o bairro portuário de Manaus, a rua em declive sombreada por mangueiras centenárias, o lugar que para ela era quase tão vital quanto a Biblos de sua infância: a pequena cidade no Líbano que ela recordava em voz alta, vagando pelos aposentos empoeirados até se perder no quintal, onde a copa da velha seringueira sombreava as palmeiras e o pomar cultivados por mais de meio século. Perto do alpendre, o cheiro das açucenas-brancas se misturava com o do filho caçula. Então ela sentava no chão, rezava sozinha e chorava, desejando a volta de Omar. Antes de abandonar a casa, Zana via o vulto do pai e do esposo nos pesadelos das últimas noites, depois sentia a presença de ambos no quarto em que haviam dormido. Durante o dia eu a ouvia repetir as palavras do pesadelo, "Eles andam por aqui, meu pai e Halim vieram me visitar... eles estão nesta casa", e ai de quem duvidasse disso com uma palavra, um gesto, um olhar. Ela imaginava o sofá cinzento na sala onde Halim largava o narguilé para abraçá-la, lembrava a voz do pai conversando com barqueiros e pescadores no Manaus Harbour, e ali no alpendre lembrava a rede vermelha do Caçula, o cheiro dele, o corpo que ela mesma despia na rede onde ele terminava suas noitadas. "Sei que um dia ele vai voltar", Zana me dizia sem olhar para mim, talvez sem sentir a minha presença, o rosto que fora tão belo agora sombrio, abatido. A mesma frase eu ouvi, como uma oração murmurada, no dia em que ela desapareceu na casa deserta. Eu a procurei por todos os cantos e só fui encontrá-la ao anoitecer, deitada sobre folhas e palmas secas, o braço engessado sujo, cheio de titica de pássaros, o rosto inchado, a saia e a anágua molhadas de urina. Eu não a vi morrer, eu não quis vê-la morrer. Mas alguns dias antes de sua morte, ela deitada na cama de uma clínica, soube que ergueu a cabeça e perguntou em árabe para que só a filha e a amiga quase centenária entendessem (e para que ela mesma não se traísse): "Meus filhos já fizeram as pazes?”. Repetiu a pergunta com a força que lhe restava, com a coragem que mãe aflita encontra na hora da morte. Ninguém respondeu. Então o rosto quase sem rugas de Zana desvaneceu; ela ainda virou a cabeça para o lado, à procura da única janelinha na parede cinzenta, onde se apagava um pedaço do céu crepuscular.


(Trecho retirado de: HATOUM, Milton. Dois irmãos. São Paulo: Companhia das Letras, 2006. p. 9-10.)

“Zana teve de deixar tudo: o bairro portuário de Manaus, a rua em declive sombreada por mangueiras centenárias...” Nesse caso, qual foi a função dos dois pontos?
Alternativas
Q1725928 Português

Leia o texto a seguir para responder à questão.


IA TENTA PREVER MUTAÇÕES DO SARS-COV-2


     Cientistas testaram uma ferramenta incomum para mapear mutações do coronavírus: um algoritmo do MIT criado para analisar a gramática humana.

     A ideia dele é pensar na sequência genética dos vírus como um tipo de linguagem escrita. As informações genéticas que servem como receita de bolo para criar uma nova variante, afinal, podem ser traduzidas como um amontoado de letras.

     Quando aparecem letras estranhas no vocabulário viral, é porque algo está errado. A tentativa do algoritmo é exatamente essa — procurar por “erros” na sequência genética que indiquem potenciais mutações nocivas.

     Em testes feitos no MIT, o modelo acusou corretamente a maioria das sequências mutantes — mas também indicou vários falsos positivos. A expectativa é que, após refinada, a ferramenta possa ser uma técnica acessória para mapear mutações virais. 

Fonte: https://super.abril.com.br (adaptado).

Acerca dos aspectos gramaticais e ortográficos do texto, leia as assertivas:  


I. O vocábulo “dele”, no segundo parágrafo do texto, possui como referência o vocábulo “coronavírus”.

II. Na primeira ocorrência de travessão, este poderia ser substituído por dois pontos.

III. No primeiro parágrafo do texto não há pronomes.

IV. Os vocábulos “ideia” e “acessória” tiveram suas grafias alteradas pelo Novo Acordo Ortográfico. 


Pode-se afirmar que: 

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Q1725879 Português

TEXTO 02

Aos 13 anos, cada criança terá 1.300 fotos e vídeos postados na internet


    Você provavelmente já ouviu a frase “as crianças dessa geração já nasceram conectadas”. É o que as pessoas normalmente dizem quando querem diferenciar os jovens de hoje dos que precisaram aprender na marra como usar a internet e viram em primeira mão o surgimento de coisas como as redes sociais e os smartphones – conceitos incorporados à vida dos pequenos desde as fraldas.

    Mas qual o impacto da entrada no mundo digital durante a infância? Um relatório divulgado este mês pela Children’s Commissioner, um órgão público da Inglaterra responsável ligado aos direitos das crianças, trouxe informações à respeito dos perigos da coleta de dados dos mais jovens.

    Dentre essas informações, está a de que as crianças já estão na internet mesmo que, efetivamente, não estejam navegando: até os 13 anos de idade, os pais terão compartilhado, em média, 1.300 fotos e vídeos de seus filhos.

    E a conta não para por aí. Dos 11 aos 16, quando a criança já está conectada por conta própria, cada uma delas compartilha cerca de 26 posts por dia nas redes sociais. Aos 18 anos, cada indivíduo terá publicado 70 mil vezes.

Coleta de dados

    Aqui no Brasil, pesquisas sobre o tema mostram números expressivos de crianças conectadas. Em 2017, o TIC Kids Online Brasil, levantamento do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), mostrou 80% dos jovens de 9 a 17 anos eram usuários de internet. A porcentagem representa 24,7 milhões de crianças e adolescentes.

    O relatório da Children`s Commissioner chama a atenção para a quantidade de dados coletados sobre crianças – e o desconhecimento que ainda se tem sobre como eles podem influenciar a vida delas. O objetivo da pesquisa é alertar sobre a questão da privacidade infantil e a limitação do uso da internet, defendidos por alguns pediatras e especialistas.

    “Nós precisamos parar e pensar sobre o que isso significa para a vida das crianças agora e como isso pode afetar suas vidas futuras como adultos”, disse Anne Longfield, comissária infantil da Inglaterra na introdução do estudo.

    Para os pesquisadores, apesar dos reconhecidos benefícios que a coleta de grandes volumes de dados para gerar, como a otimização de serviços públicos e privados, existe um risco em compartilhar dados confidencias em uma idade em que a criança ainda está em formação. “As escolas precisam começar a educar seus alunos sobre a importância de guardar informações pessoais”, afirma Longfield.

    Além da escola, para ela, os pais também precisam trabalhar nessa conscientização, e o governo deveria aperfeiçoar o monitoramento e a legislação de proteção de dados. “Devemos agir para entender e controlar quem sabe o quê sobre nossos filhos”.

(Disponível em < https://super.abril.com.br/ciencia/aos-13-anos-cada-crianca-tera-1-300-fotos-e-videos-postados-na-internet/>. Acesso em 09/11/2018)

No trecho “[...]Dentre essas informações, está a de que as crianças já estão na internet mesmo que, efetivamente, não estejam navegando: até os 13 anos de idade, os pais terão compartilhado, em média, 1.300 fotos e vídeos de seus filhos.[...]”, o autor utilizou dois pontos (:). Sobre o uso do sinal de pontuação mencionado no trecho, assinale a alternativa CORRETA.
Alternativas
Q1725878 Português

TEXTO 02

Aos 13 anos, cada criança terá 1.300 fotos e vídeos postados na internet


    Você provavelmente já ouviu a frase “as crianças dessa geração já nasceram conectadas”. É o que as pessoas normalmente dizem quando querem diferenciar os jovens de hoje dos que precisaram aprender na marra como usar a internet e viram em primeira mão o surgimento de coisas como as redes sociais e os smartphones – conceitos incorporados à vida dos pequenos desde as fraldas.

    Mas qual o impacto da entrada no mundo digital durante a infância? Um relatório divulgado este mês pela Children’s Commissioner, um órgão público da Inglaterra responsável ligado aos direitos das crianças, trouxe informações à respeito dos perigos da coleta de dados dos mais jovens.

    Dentre essas informações, está a de que as crianças já estão na internet mesmo que, efetivamente, não estejam navegando: até os 13 anos de idade, os pais terão compartilhado, em média, 1.300 fotos e vídeos de seus filhos.

    E a conta não para por aí. Dos 11 aos 16, quando a criança já está conectada por conta própria, cada uma delas compartilha cerca de 26 posts por dia nas redes sociais. Aos 18 anos, cada indivíduo terá publicado 70 mil vezes.

Coleta de dados

    Aqui no Brasil, pesquisas sobre o tema mostram números expressivos de crianças conectadas. Em 2017, o TIC Kids Online Brasil, levantamento do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), mostrou 80% dos jovens de 9 a 17 anos eram usuários de internet. A porcentagem representa 24,7 milhões de crianças e adolescentes.

    O relatório da Children`s Commissioner chama a atenção para a quantidade de dados coletados sobre crianças – e o desconhecimento que ainda se tem sobre como eles podem influenciar a vida delas. O objetivo da pesquisa é alertar sobre a questão da privacidade infantil e a limitação do uso da internet, defendidos por alguns pediatras e especialistas.

    “Nós precisamos parar e pensar sobre o que isso significa para a vida das crianças agora e como isso pode afetar suas vidas futuras como adultos”, disse Anne Longfield, comissária infantil da Inglaterra na introdução do estudo.

    Para os pesquisadores, apesar dos reconhecidos benefícios que a coleta de grandes volumes de dados para gerar, como a otimização de serviços públicos e privados, existe um risco em compartilhar dados confidencias em uma idade em que a criança ainda está em formação. “As escolas precisam começar a educar seus alunos sobre a importância de guardar informações pessoais”, afirma Longfield.

    Além da escola, para ela, os pais também precisam trabalhar nessa conscientização, e o governo deveria aperfeiçoar o monitoramento e a legislação de proteção de dados. “Devemos agir para entender e controlar quem sabe o quê sobre nossos filhos”.

(Disponível em < https://super.abril.com.br/ciencia/aos-13-anos-cada-crianca-tera-1-300-fotos-e-videos-postados-na-internet/>. Acesso em 09/11/2018)

No trecho “[...]Você provavelmente já ouviu a frase “as crianças dessa geração já nasceram conectadas”. É o que as pessoas normalmente dizem quando querem diferenciar os jovens de hoje dos que precisaram aprender na marra como usar a internet[...]”, o autor fez uso do recurso aspas. Sobre o uso desse recurso no trecho destacado, assinale a alternativa CORRETA:
Alternativas
Q1725876 Português

TEXTO 01

Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo – São Paulo (SP)


    A origem dessa aula de biologia em forma de museu está fortemente ligada ao início de outro museu da USP: o Museu do Ipiranga (ou Museu Paulista). Em 1890, o Conselheiro Francisco Mayrink doou ao Governo do Estado de São Paulo uma enorme coleção de história natural, que havia sido reunida pelo coronel Joaquim Sertório desde 1870. De início, todo esse acervo foi incorporado ao Museu Paulista.

    Foi só em 1941 que todo o material zoológico foi transferido para o edifício que hoje ocupa, atrás do Museu do Ipiranga. Em 1969, o museu de zoologia passou a fazer parte da Universidade de São Paulo e recebeu seu nome atual. Em 2011, fechou as portas para uma grande reforma e reabriu em 2015 totalmente repaginado.

    O local possui mais de 10 milhões de exemplares preservados e guarda testemunhos únicos sobre espécies e ecossistemas – alguns até já extintos. Réplicas de dinossauros, diversas espécies de animais e até a grande teoria de Charles Darwin é explicada por meio de painéis didáticos. Um dos mais interessantes mostra uma seleção de crânios que vão dos primeiros hominídeos até nós, homo sapiens.

    Atualmente, o Museu de Zoologia é detentor de um dos maiores acervos zoológicos da América Latina.

(Disponível em <https://super.abril.com.br/cultura/5-museus-de-ciencia-brasileiros-que-voce-precisa-conhecer/> . Acesso em 11/11/2018). Texto adaptado. 

No trecho “[...]O local possui mais de 10 milhões de exemplares preservados e guarda testemunhos únicos sobre espécies e ecossistemas – alguns até já extintos.[...]” o emprego dos “travessões” indica o (a):
Alternativas
Q1725873 Português

TEXTO 01

Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo – São Paulo (SP)


    A origem dessa aula de biologia em forma de museu está fortemente ligada ao início de outro museu da USP: o Museu do Ipiranga (ou Museu Paulista). Em 1890, o Conselheiro Francisco Mayrink doou ao Governo do Estado de São Paulo uma enorme coleção de história natural, que havia sido reunida pelo coronel Joaquim Sertório desde 1870. De início, todo esse acervo foi incorporado ao Museu Paulista.

    Foi só em 1941 que todo o material zoológico foi transferido para o edifício que hoje ocupa, atrás do Museu do Ipiranga. Em 1969, o museu de zoologia passou a fazer parte da Universidade de São Paulo e recebeu seu nome atual. Em 2011, fechou as portas para uma grande reforma e reabriu em 2015 totalmente repaginado.

    O local possui mais de 10 milhões de exemplares preservados e guarda testemunhos únicos sobre espécies e ecossistemas – alguns até já extintos. Réplicas de dinossauros, diversas espécies de animais e até a grande teoria de Charles Darwin é explicada por meio de painéis didáticos. Um dos mais interessantes mostra uma seleção de crânios que vão dos primeiros hominídeos até nós, homo sapiens.

    Atualmente, o Museu de Zoologia é detentor de um dos maiores acervos zoológicos da América Latina.

(Disponível em <https://super.abril.com.br/cultura/5-museus-de-ciencia-brasileiros-que-voce-precisa-conhecer/> . Acesso em 11/11/2018). Texto adaptado. 

No trecho “A origem dessa aula de biologia em forma de museu está fortemente ligada ao início de outro museu da USP: o Museu do Ipiranga (ou Museu Paulista).[...]”, o autor utilizou dois pontos (:). Sobre o uso do sinal de pontuação mencionado no trecho, assinale a alternativa CORRETA.
Alternativas
Q1725753 Português
Leia o texto a seguir e responda à questão:

Durante as minhas horas de intensa alegria e felizes sucessos, só uma saudade me fazia triste: era a ausência de meu pai. Ele que me dera tão bons conselhos e os meios de realizar o meu sonho, não mais estava neste mundo para ver que eu “me tinha feito um homem”. É costume oriental fazer recair sobre os pais todo o mérito, toda a glória, que um homem conquiste na vida. Esta maneira de ver pode ser criticada ou desaprovada, porém, no meu caso, ela seria muito justa, pois, tudo devo a meu pai: conselhos, exemplos de trabalho, de audácia, de economia, sobriedade e os meios com os quais pude realizar as minhas invenções. Tudo lhe devo, desde os exemplos.

Trecho extraído da obra “O que vi, o que nós veremos”, de Santos Dumont, 1918.
A respeito do uso da vírgula na frase “Durante as minhas horas de intensa alegria e felizes sucessos, só uma saudade me fazia triste”, assinale a alternativa CORRETA.
Alternativas
Respostas
3521: B
3522: A
3523: D
3524: B
3525: D
3526: A
3527: C
3528: B
3529: D
3530: E
3531: D
3532: A
3533: C
3534: A
3535: C
3536: D
3537: A
3538: B
3539: B
3540: D