Questões de Português - Pontuação para Concurso

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Q2026467 Português
A lixeira

     Um dia, quando lhe perguntarem onde é que nasceu, a moça poderá responder, sorrindo: “na lixeira”. Pois realmente foi ali que a jogaram, entre cascas de banana e borra de café, para que não vivesse; e foi dali que a retiraram, viva, para que desse testemunho: até numa lixeira a vida pode começar.
     O suposto nascimento anterior, num quarto, não vale para essa menina da rua Pedro América; ele se consumou na clandestinidade, a contragosto da mãe, talvez sem que o pai tivesse notícia, e mesmo sem que a mãe tivesse notícia do pai. Não era desejado, não veio precedido de amor, mas de vergonha, medo, angústia, recriminação. Quem nasce sob tais condições negativas é como se não nascesse, e a lixeira foi o instrumento providencial que ocorreu à mãe dessa menina errada, para anular, em escala individual, o efeito da explosão demográfica. Enquanto não se decide a construção de crematórios para os que acabam regularmente, aí está, para os que começam irregularmente, o incinerador do lixo doméstico. Nem seria preciso queimar a menina, com os demais detritos da casa. A morte viria logo — necessária, oportuna, benfazeja.
     Mas, naquele dia, a lixeira reagiu de forma imprevista, abstendo-se de cumprir a missão que já tantas mães solteiras, desesperadas ou não, lhe confiaram. Ficou surda aos argumentos sociais, morais e econômicos que demonstram a inconveniência de salvar-se uma vida de origem equívoca e de custeio incerto. Guardou a menina como lixeira pode guardar, sem qualquer cuidado higiênico ou resquício de conforto, mas guardou-a. Não lhe abafou o chorinho com o desmoronamento de um pacote de restos de cozinha, ou a queda de uma lata vazia de pessegada sobre a cabeça. Na verdade, estimulou-a a chorar e bradar, dando-lhe ar pútrido e temperatura de fornalha, para que melhor protestasse e atraísse, pelo sofrimento revoltado, a atenção do faxineiro.
     E chegou o faxineiro e tirou daquelas entranhas estranhas a recém-nascida, como o obstetra faz o parto. Estava nascendo, na porcaria, uma criança; e outro menino não nasceu, faz muito tempo, num cocho de comida de animais, no estábulo, entre o farelo e o milho? A lixeira pode fazer as vezes de maternidade, berçário moderno para a vida que quer manifestar-se de qualquer modo e não encontra outra saída. O obscuro humanitarismo, a piedade e a simpatia dessa lixeira, não salvaram, criaram a vida. Foi lá que a criança verdadeiramente nasceu, quando os seres humanos, a ordem econômica e os últimos preconceitos lhe negaram ou lhe impediram a existência.
     A menina, mais tarde, poderá dizer com alegria reconhecida: “devo a vida a uma lixeira, foi nela que vim ao mundo”. E nós também devemos alguma coisa a essa lixeira: a lição de respeito à vida.

(Carlos Drummond de Andrade. Caminhos de João Brandão. In Poesia e Prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1988. Adaptado.)
Os sinais de pontuação são recursos da linguagem escrita utilizados com o objetivo de demarcar unidades e sinalizar os limites das estruturas sintáticas nos textos. No excerto “A morte viria logo — necessária, oportuna, benfazeja.” (2º§), o travessão tem como finalidade:
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Q2026386 Português

Imagem associada para resolução da questão

CAZO. Disponível em: https://www.ji.com.br/artigo/charge-dodia-2084. Acesso em: 20 ago. 2022.


Nessa charge, as aspas foram empregadas para

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Q2026264 Português
Maior efeito da política de cotas ainda está por vir
Diversos estudos demonstram que a Lei [de Cotas] obteve êxito no processo de inclusão dos mais desfavorecidos sem que houvesse perda de qualidade nas universidades. Em um trabalho recente, pesquisadores da Universidade Stanford mostraram que os ganhos de renda e na qualidade da formação dos alunos cotistas supera a perda daqueles que não foram selecionados no processo seletivo em uma universidade federal (Affirmative Action in Centralized College Admission Systems: Evidence from Brazil, 2021).
FRANÇA, Michael. Maior efeito da política de cotas ainda está por vir. Folha de S. Paulo. Colunas, 29 ago. 2022. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/michaelfranca/2022/08/maior-efeito-da-politica-de-cotas-ainda-estapor-vir.shtml. Acesso em: 29 ago. 2022.
Qual é a função dos parênteses no texto?
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Q2025896 Português
Texto 1

Álcool × Direção:Uma Mistura Fatal

Dez anos após a criação do CTB, em 2008, as penalidades ficaram mais severas para o condutor que dirigisse sob influência de álcool. O motorista estava sujeito a ser multado, em qualquer quantidade de álcool que fosse detectado em seu organismo, e também a ter suspenso seu direito de dirigir. A partir da constatação de 0.30 miligramas de álcool por litro de ar expelido pelos pulmões (mg/L), a conduta tornava-se crime de trânsito.

Além disso, a mesma lei que alterou o CTB trouxe a proibição da venda varejista ou o oferecimento de bebidas alcoólicas para consumo no local na faixa de domínio de rodovia federal ou em terrenos com acesso direto à rodovia. Já em 2012, as possibilidades de verificação de embriaguez foram ampliadas, sendo admitidas provas testemunhais, vídeos ou outros meios para que o condutor seja retirado da direção veicular e punido.

Atualmente, a multa por dirigir sob efeito de álcool teve o valor ampliado de R$ 1.915,40 para R$ 2.934,70. Em caso de reincidência no período de 12 meses, o valor será dobrado para R$ 5.869,40. Continuam a valer as medidas administrativas de recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), retenção do veículo e a penalidade de suspensão do direito de dirigir por 12 meses, inclusive para quem se negar a fazer o teste com o bafômetro.

Muitos alegam desconfiança dos equipamentos destinados à medição do teor alcoólico no ar alveolar, o etilômetro, popularmente conhecido como bafômetro. A PRF enfatiza que seus equipamentos são os mesmos usados pela polícia americana e por várias outras forças policiais. O etilômetro utilizado pela PRF é aferido pela instituição metrológica pelo menos uma vez ao ano.

Os bocais utilizados são descartáveis e inseridos no equipamento diante do condutor. É realizado um teste em branco para eliminar qualquer resíduo no equipamento. Só então é solicitado ao condutor que sopre no equipamento.


Disponível em:<https://www.justica.gov.br/news/alcool-x-direcao-uma-mistura-fata> . Acesso em 02 de nov. 2022. Fragmento adaptado.
Assinale a frase correta quanto à pontuação.
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Q2025894 Português
Texto 1

Álcool × Direção:Uma Mistura Fatal

Dez anos após a criação do CTB, em 2008, as penalidades ficaram mais severas para o condutor que dirigisse sob influência de álcool. O motorista estava sujeito a ser multado, em qualquer quantidade de álcool que fosse detectado em seu organismo, e também a ter suspenso seu direito de dirigir. A partir da constatação de 0.30 miligramas de álcool por litro de ar expelido pelos pulmões (mg/L), a conduta tornava-se crime de trânsito.

Além disso, a mesma lei que alterou o CTB trouxe a proibição da venda varejista ou o oferecimento de bebidas alcoólicas para consumo no local na faixa de domínio de rodovia federal ou em terrenos com acesso direto à rodovia. Já em 2012, as possibilidades de verificação de embriaguez foram ampliadas, sendo admitidas provas testemunhais, vídeos ou outros meios para que o condutor seja retirado da direção veicular e punido.

Atualmente, a multa por dirigir sob efeito de álcool teve o valor ampliado de R$ 1.915,40 para R$ 2.934,70. Em caso de reincidência no período de 12 meses, o valor será dobrado para R$ 5.869,40. Continuam a valer as medidas administrativas de recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), retenção do veículo e a penalidade de suspensão do direito de dirigir por 12 meses, inclusive para quem se negar a fazer o teste com o bafômetro.

Muitos alegam desconfiança dos equipamentos destinados à medição do teor alcoólico no ar alveolar, o etilômetro, popularmente conhecido como bafômetro. A PRF enfatiza que seus equipamentos são os mesmos usados pela polícia americana e por várias outras forças policiais. O etilômetro utilizado pela PRF é aferido pela instituição metrológica pelo menos uma vez ao ano.

Os bocais utilizados são descartáveis e inseridos no equipamento diante do condutor. É realizado um teste em branco para eliminar qualquer resíduo no equipamento. Só então é solicitado ao condutor que sopre no equipamento.


Disponível em:<https://www.justica.gov.br/news/alcool-x-direcao-uma-mistura-fata> . Acesso em 02 de nov. 2022. Fragmento adaptado.
Assinale a alternativa correta de acordo com o texto 1.
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Q2024158 Português
Leia o texto para responder a questão.

O que existe de comum entre os Beatles e Ary Barroso?

            Ary Barroso foi um dos maiores compositores da música popular brasileira. Sempre lembrado pela Aquarela do Brasil, ouvida e executada em escala planetária, e também por Bahia, o nome que o mundo deu à Na Baixa do Sapateiro, Ary deixou como legado um vastíssimo songbook que atravessa o tempo com sua indiscutível qualidade.
            Ary Barroso morreu cedo. Tinha somente 60 anos e estava hospitalizado na fase final da cirrose hepática provocada pelo alcoolismo. Sua morte ocorreu num domingo de carnaval, no momento em que as escolas de samba desfilavam no centro do Rio de Janeiro. A notícia enlutou os foliões.
        Já os Beatles nasceram para o mundo quando conquistaram os Estados Unidos. Antes disso, haviam conquistado o Reino Unido e começavam a fazer sucesso em vários países da Europa.
        Os rapazes estavam em Paris quando receberam a notícia: I Wanna Hold Your Hand estava em primeiro lugar nas paradas dos Estados Unidos. Os Beatles foram a Nova York e se apresentaram no programa de Ed Sullivan. Foram vistos, naquela noite, por uma audiência de mais de 70 milhões de pessoas.
        E o que há de comum entre os Beatles e Ary Barroso? Uma data. O domingo nove de fevereiro de 1964. Na noite daquele domingo de carnaval, enquanto morria Ary Barroso, os Beatles nasciam para o mundo.

(Sílvio Osias, “O que há de comum entre os Beatles e Ary Barroso? O colunista revela”. Em: https://jornaldaparaiba.com.br/cultura, 09.02.2022. Adaptado)
Assinale a alternativa em que o enunciado está de acordo com a norma-padrão de concordância verbal e pontuação. 
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Q2024033 Português
Instrução: Leia atentamente o texto e responda à questão.

Os filhos do sim

[...]
         Os jovens de hoje formam uma geração que pode tudo, com acesso livre a todas as informações, que têm diante de si enorme variedade de ofertas de consumo. Biscoitos, por exemplo, antigamente só havia dois ou três tipos de biscoito doce. Hoje, em qualquer lojinha de posto de gasolina, há prateleiras inteiras de biscoitos de todos os tipos: recheados ou não, com chocolate amargo ou de leite, com nozes ou passas, tudo. Biscoitos demais. Mas, para quê? Inútil paisagem. Não se pode comer. E quem proíbe? São eles mesmos, os jovens.
      Eles mesmos inventaram aquilo que não se pode fazer. Precisaram criar suas próprias impossibilidades – talvez pelo excesso de vezes em que ouviram um sim dos pais. Porque o ser humano precisa do proibido. Então, agora é proibido comer, é proibido não ter músculos, é proibido ser feio, é proibido envelhecer. O padrão de beleza vigente é irreal. Parece ter sido criado apenas para fazer sofrer – pois é inalcançável. Qualquer mocinha que não viva à base de alface e água – a não ser as que, por natureza, tenham a sorte de ser excessivamente magras – vai se olhar no espelho e chorar porque não tem aquele aspecto de campo de concentração que se vê nos anúncios de moda (incluindo os olhares, tão tristes).
       É essa a vida dos jovens hoje. Coitados. São filhos do sim.

(SEIXAS, Heloísa. O amigo do vento. São Paulo: Moderna, 2015. Adaptado.)
Releia o trecho Hoje, em qualquer lojinha de posto de gasolina, há prateleiras inteiras de biscoitos de todos os tipos: recheados ou não, com chocolate amargo ou de leite, com nozes ou passas, tudo. Sobre as vírgulas nele empregadas, assinale a afirmativa correta.
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Q2022841 Português
Brasil passa a Rússia e vira 3º país com mais mulheres presas no mundo

Com o aumento desproporcional, o Brasil bateu a marca das 42 mil presas, ultrapassou a Rússia - 37 mil - e assumiu a terceira posição no ranking dos países com mais mulheres atrás das grades. A lista é encabeçada por EUA - 211 mil - e China - 145 mil.

Os dados são da quinta edição do World Female Imprisonment List, levantamento global sobre mulheres presas realizado pelo ICPR - sigla em inglês para Instituto de Pesquisa em Políticas Criminal e de Justiça de Birkbeck College, Universidade de Londres, no Reino Unido.

Para comparação, considerando homens presos, o Brasil ocupa, desde 2017, a mesma terceira posição no ranking global, também atrás de EUA e China. Desde 2000, essa população aumentou 22% no globo, quase um terço do crescimento entre mulheres.

A taxa de encarceramento feminino no Brasil, que em 2000 era de 6 presas para cada 100 mil mulheres, agora é de 20, o que coloca o país em 15º lugar no ranking proporcional liderado por EUA (64), Tailândia (47), El Salvador (42), Turcomenistão (38), Brunei (36), Macau, na China, (32), Belarus (30), Uruguai (29), Ruanda (28) e Rússia (27).

O documento britânico compila dados prisionais de fontes oficiais e destaca tanto o fornecimento incompleto de dados pelo governo da China quanto a indisponibilidade total de informações de outros cinco países: Cuba, Etiópia, Coreia do Norte, Somália e Uzbequistão.

Os dados consideram tanto presas provisórias, aquelas que ainda não foram julgadas, quanto condenadas. No Brasil, 45% das mulheres encarceradas são presas provisórias.

Para Catherine Heard, diretora do projeto no ICPR, é preocupante o aumento de mulheres presas porque as evidências mostram que a prisão é, particularmente, prejudicial a elas. "Seus impactos adversos continuam por muito mais tempo e podem causar danos irreparáveis, não apenas às mulheres, individualmente, mas também a seus filhos."

Brasil passa a Rússia e vira 3º país com mais mulheres presas no mundo (msn.com). Adaptado
No Brasil, 45% das mulheres encarceradas são presas provisórias.
Assinale a opção correta quanto ao uso ou não da pontuação, sem alteração do sentido original.
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Q2022766 Português
Cientistas alcançam -273ºC em laboratório, a temperatura mais baixa do Universo

Os cientistas utilizaram técnicas de resfriamento evaporativo e raios laser para resfriar átomos de um elemento químico conhecido como itérbio até a temperatura mais próxima já alcançada do zero absoluto da escala Kelvin, registrado em -273,15ºC, quando os átomos e partículas param de se mover por completo. O experimento abre caminho para o desenvolvimento de novos materiais com propriedades inimagináveis.

O frio natural mais extremo já registrado na Terra foi de -89,2ºC, na Antártica, e em alguns pontos da Lua a temperatura cai até -200ºC. Uma pesquisa de 1995 conseguiu medir a temperatura da Nebulosa de Bumerangue, um sistema estelar localizado a 500 anos-luz da Terra, registrando -272ºC como o lugar de temperatura mais baixa já conhecido fora de um laboratório em todo o Universo. O novo experimento chegou ainda mais próximo do zero absoluto, apenas um bilionésimo de grau acima.

Mais do que somente uma conquista experimental, segundo especialistas, o feito poderá abrir as portas para desenvolvimento de novos materiais com propriedades nunca estudadas. Segundo o físico atômico mexicano Eduardo Ibarra García Padilla, pós-doutor pela Universidade da California em Davis e um dos autores do estudo, existem estados da matéria que só podem ser acessados em temperaturas extremamente baixas, e que, em tal ponto, comportam-se de forma radicalmente diferente.

Curiosamente, o zero absoluto dos -273,15ºC jamais foi, efetivamente, alcançado ou registrado, sendo, dessa forma, uma medida do campo teórico. Diversos estudos, porém, já conseguiram prever o comportamento de átomos e moléculas se expostos a essa temperatura. O caso da supercondutividade de óxidos de cobre poderia ser utilizado, por exemplo, para a levitação e a movimentação de trens.

Cientistas alcançam -273ºC em laboratório, a temperatura mais baixa do Universo (msn.com). Adaptado. 
Curiosamente, o zero absoluto dos -273,15ºC jamais foi, efetivamente, alcançado ou registrado.
Assinale a opção correta quanto à nova pontuação sem alteração do sentido original.
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Q2022095 Português
Assinale a frase em que a pontuação está correta.
Alternativas
Q2021581 Português


Brasil passa a Rússia e vira 3º país com mais mulheres presas no mundo


Com o aumento desproporcional, o Brasil bateu a marca das 42 mil presas, ultrapassou a Rússia - 37 mil - e assumiu a terceira posição no ranking dos países com mais mulheres atrás das grades. A lista é encabeçada por EUA - 211 mil - e China - 145 mil.

Os dados são da quinta edição do World Female Imprisonment List, levantamento global sobre mulheres presas realizado pelo ICPR - sigla em inglês para Instituto de Pesquisa em Políticas Criminal e de Justiça de Birkbeck College, Universidade de Londres, no Reino Unido.

Para comparação, considerando homens presos, o Brasil ocupa, desde 2017, a mesma terceira posição no ranking global, também atrás de EUA e China. Desde 2000, essa população aumentou 22% no globo, quase um terço do crescimento entre mulheres.

A taxa de encarceramento feminino no Brasil, que em 2000 era de 6 presas para cada 100 mil mulheres, agora é de 20, o que coloca o país em 15º lugar no ranking proporcional liderado por EUA (64), Tailândia (47), El Salvador (42), Turcomenistão (38), Brunei (36), Macau, na China, (32), Belarus (30), Uruguai (29), Ruanda (28) e Rússia (27).


Brasil passa a Rússia e vira 3º país com mais mulheres presas no mundo (msn.com). Adaptado.

No Brasil, 45% das mulheres encarceradas são presas provisórias.
Assinale a opção correta quanto ao uso ou não da pontuação, sem alteração do sentido original.
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Q2021532 Português
Em relação ao uso da vírgula, assinalar a alternativa CORRETA:
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Q2020784 Português
Texto CG1A1-II

     A crescente adoção do conceito de tecnologias sociais ocorre concomitantemente com o avanço de dois conceitos que lhe são complementares: economia solidária e capital social. As graves consequências do capitalismo e da globalização, refletidas em altos índices de desemprego, aumento de índices de violência e criminalidade, aprofundamento da pobreza e da degradação ambiental, não podem ser abordadas por projetos paternalistas e compensatórios. Ao contrário, requerem estudos aprofundados sobre um novo tipo de desenvolvimento. O professor Henrique Rattner pontua que, entre os cientistas sociais que se debruçam sobre os fracassos do desenvolvimento e suas causas, em todos os debates travados nos últimos anos, o conceito de capital social tem ocupado espaço crescente. O capital social, segundo Rattner, procura trabalhar com a necessidade gregária, o espírito de cooperação e os valores de apoio mútuo e solidariedade, com base na “eficiência social coletiva”.

     Capital social, segundo o estudioso John Durston, é o conjunto de normas, instituições e organizações que promovem a confiança, a ajuda recíproca e a cooperação e que incorporam benefícios como redução dos custos de transação, produção de bens públicos e facilitação da constituição de organizações de gestão de bases efetivas, de atores sociais e de sociedades civis saudáveis. Sua importância está na busca de estratégias de superação da pobreza e de integração de setores sociais excluídos.

     No Brasil, nas últimas décadas, tem havido uma multiplicação de experiências baseadas no conceito de economia solidária. Diferentemente de iniciativas meramente paliativas, como respostas emergenciais a situações de pobreza e miséria, há agora uma interpretação de que essas experiências devam ser uma base para a reconstrução do tecido social. Como diz o pesquisador Luis Inácio Gaiger, elas “constituiriam uma ação geradora de embriões de novas formas de produção e estimuladora de alternativas de vida econômica e social”.


Ivete Rodrigues e José Carlos Barbieri. A emergência da tecnologia social: revisitando o movimento da tecnologia apropriada como estratégia de desenvolvimento sustentável. In: Revista de Administração Pública – FGV, Rio de Janeiro, 42(6):1069-94, nov./dez. 2008 (com alterações).

No que se refere aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto CG1A1-II, julgue o item a seguir. 


Não haveria prejuízo do sentido original do texto caso fosse inserida, entre vírgulas, a conjunção portanto, após “Sua importância” (último período do segundo parágrafo).

Alternativas
Q2020781 Português
Texto CG1A1-II

     A crescente adoção do conceito de tecnologias sociais ocorre concomitantemente com o avanço de dois conceitos que lhe são complementares: economia solidária e capital social. As graves consequências do capitalismo e da globalização, refletidas em altos índices de desemprego, aumento de índices de violência e criminalidade, aprofundamento da pobreza e da degradação ambiental, não podem ser abordadas por projetos paternalistas e compensatórios. Ao contrário, requerem estudos aprofundados sobre um novo tipo de desenvolvimento. O professor Henrique Rattner pontua que, entre os cientistas sociais que se debruçam sobre os fracassos do desenvolvimento e suas causas, em todos os debates travados nos últimos anos, o conceito de capital social tem ocupado espaço crescente. O capital social, segundo Rattner, procura trabalhar com a necessidade gregária, o espírito de cooperação e os valores de apoio mútuo e solidariedade, com base na “eficiência social coletiva”.

     Capital social, segundo o estudioso John Durston, é o conjunto de normas, instituições e organizações que promovem a confiança, a ajuda recíproca e a cooperação e que incorporam benefícios como redução dos custos de transação, produção de bens públicos e facilitação da constituição de organizações de gestão de bases efetivas, de atores sociais e de sociedades civis saudáveis. Sua importância está na busca de estratégias de superação da pobreza e de integração de setores sociais excluídos.

     No Brasil, nas últimas décadas, tem havido uma multiplicação de experiências baseadas no conceito de economia solidária. Diferentemente de iniciativas meramente paliativas, como respostas emergenciais a situações de pobreza e miséria, há agora uma interpretação de que essas experiências devam ser uma base para a reconstrução do tecido social. Como diz o pesquisador Luis Inácio Gaiger, elas “constituiriam uma ação geradora de embriões de novas formas de produção e estimuladora de alternativas de vida econômica e social”.


Ivete Rodrigues e José Carlos Barbieri. A emergência da tecnologia social: revisitando o movimento da tecnologia apropriada como estratégia de desenvolvimento sustentável. In: Revista de Administração Pública – FGV, Rio de Janeiro, 42(6):1069-94, nov./dez. 2008 (com alterações).

A respeito dos aspectos linguísticos e estruturais do texto CG1A1-II, julgue o item subsecutivo.


No quarto período do primeiro parágrafo, o trecho “em todos os debates travados nos últimos anos” encontra-se isolado por vírgulas por constituir uma expressão adverbial deslocada. 

Alternativas
Q2020358 Português
Assinale a alternativa que apresenta ERRO no emprego da vírgula.  
Alternativas
Q2019834 Português
Com relação aos aspectos linguísticos do texto, particularmente quanto à pontuação, assinale a alternativa correta. 
Alternativas
Q2019154 Português
Texto CB2A1

    A estratégia de ensino-aprendizagem da leitura e escrita com base na abordagem da atitude leitora tem sido foco, nas duas últimas décadas, tanto de estudos e pesquisas acadêmicas quanto do interesse de organismos oficiais, materializados, por exemplo, por meio de projetos de formação continuada de professores da rede pública e pelos próprios Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN).

     A experiência com o livro, instrumento da cultura humana a ser apropriado pelas crianças, carrega a possibilidade da apropriação estética na esfera das atividades literárias, o que permitirá o desenvolvimento, desde a primeira infância, de qualidades inerentes ao ato de ler, contribuindo para a constituição do futuro leitor.

     Conceber a humanização na infância por meio da literatura é saber que cada um se torna humano também a partir dessas aprendizagens já que as qualidades próprias do gênero humano estão “encarnadas” nos objetos culturais, materiais ou não materiais, cujas características impulsionam o desenvolvimento sociocultural das crianças e desnudam a elas a função de tais objetos — fator fundamental na experimentação dos pequenos.

     Assim, as crianças podem construir para a leitura um sentimento que as aproxime desse instrumento cultural essencial de apropriação da experiência humana acumulada, fonte do processo de humanização que cada indivíduo precisa vivenciar para formar para si as qualidades humanas em suas máximas possibilidades.

     Para tanto, as crianças precisam reconhecer e usar os livros tal qual o adulto, como leitor autônomo, o faz: ler procurando compreender as informações em textos verbais ou imagéticos. O mediador de leitura pode ler e contar histórias às crianças, o que será muito importante, no entanto será preciso que a criança realize, por ela própria, inicialmente, as ações externas com o objeto livro, tateando-o, experimentando-o; na sequência, imitando o adulto; mais adiante, levantando hipóteses de previsões de/na/pela leitura literária para ir construindo sua identidade como leitor.

     Esse sentido para a leitura — essa atitude leitora — acaba por criar na criança uma nova necessidade, qual seja a de ler para compreender o que se diz nos textos lidos. Por meio de experiências positivas de leitura — experimentadas desde os seus primeiros contatos com a cultura escrita —, as crianças passam a ser afetadas positivamente por elas e estabelecem para a leitura um sentido adequado a sua função. Frente a situações de leitura, com o desenvolvimento de sua atitude leitora, a criança tende a procurar compreender o que alguém lê e, mais tarde, o que ela própria lê.

     Desenvolvida na prática pedagógica, essa atitude leitora pode contribuir de maneira significativa, a um só tempo, para o ensino da leitura literária e para a formação de leitores autônomos.

Cyntia G. G. S. Girotto et al. Metodologias de ensino — Educação literária e o ensino da literatura: a abordagem das estratégias de leitura na formação de professores e crianças. In: Célia Maria David et al. (Orgs). Desafios contemporâneos da educação. 1.ª ed. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2015, p 279–282 (com adaptações).
Estariam mantidos os sentidos e a correção gramatical do texto CB2A1 caso se deslocasse
Alternativas
Q2019150 Português
Texto CB2A1

    A estratégia de ensino-aprendizagem da leitura e escrita com base na abordagem da atitude leitora tem sido foco, nas duas últimas décadas, tanto de estudos e pesquisas acadêmicas quanto do interesse de organismos oficiais, materializados, por exemplo, por meio de projetos de formação continuada de professores da rede pública e pelos próprios Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN).

     A experiência com o livro, instrumento da cultura humana a ser apropriado pelas crianças, carrega a possibilidade da apropriação estética na esfera das atividades literárias, o que permitirá o desenvolvimento, desde a primeira infância, de qualidades inerentes ao ato de ler, contribuindo para a constituição do futuro leitor.

     Conceber a humanização na infância por meio da literatura é saber que cada um se torna humano também a partir dessas aprendizagens já que as qualidades próprias do gênero humano estão “encarnadas” nos objetos culturais, materiais ou não materiais, cujas características impulsionam o desenvolvimento sociocultural das crianças e desnudam a elas a função de tais objetos — fator fundamental na experimentação dos pequenos.

     Assim, as crianças podem construir para a leitura um sentimento que as aproxime desse instrumento cultural essencial de apropriação da experiência humana acumulada, fonte do processo de humanização que cada indivíduo precisa vivenciar para formar para si as qualidades humanas em suas máximas possibilidades.

     Para tanto, as crianças precisam reconhecer e usar os livros tal qual o adulto, como leitor autônomo, o faz: ler procurando compreender as informações em textos verbais ou imagéticos. O mediador de leitura pode ler e contar histórias às crianças, o que será muito importante, no entanto será preciso que a criança realize, por ela própria, inicialmente, as ações externas com o objeto livro, tateando-o, experimentando-o; na sequência, imitando o adulto; mais adiante, levantando hipóteses de previsões de/na/pela leitura literária para ir construindo sua identidade como leitor.

     Esse sentido para a leitura — essa atitude leitora — acaba por criar na criança uma nova necessidade, qual seja a de ler para compreender o que se diz nos textos lidos. Por meio de experiências positivas de leitura — experimentadas desde os seus primeiros contatos com a cultura escrita —, as crianças passam a ser afetadas positivamente por elas e estabelecem para a leitura um sentido adequado a sua função. Frente a situações de leitura, com o desenvolvimento de sua atitude leitora, a criança tende a procurar compreender o que alguém lê e, mais tarde, o que ela própria lê.

     Desenvolvida na prática pedagógica, essa atitude leitora pode contribuir de maneira significativa, a um só tempo, para o ensino da leitura literária e para a formação de leitores autônomos.

Cyntia G. G. S. Girotto et al. Metodologias de ensino — Educação literária e o ensino da literatura: a abordagem das estratégias de leitura na formação de professores e crianças. In: Célia Maria David et al. (Orgs). Desafios contemporâneos da educação. 1.ª ed. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2015, p 279–282 (com adaptações).
No que se refere à pontuação, estaria mantida a correção gramatical do texto CB2A1 caso
Alternativas
Q2018756 Português
Texto CG1A1
  
     Por muitos séculos, pessoas surdas ao redor do mundo eram consideradas incapazes de aprender simplesmente por possuírem uma deficiência. No Brasil, infelizmente, isso não era diferente. Essa visão capacitista só começou a mudar a partir do século XVI, com transformações que ocorreram, num primeiro momento, na Europa, quando educadores, por conta própria, começaram a se preocupar com esse grupo.
       Um dos educadores mais marcantes na luta pela educação dos surdos foi Ernest Huet, ou Eduard Huet, como também era conhecido. Huet, acometido por uma doença, perdeu a audição ainda aos 12 anos; contudo, como era membro de uma família nobre da França, teve, desde cedo, acesso à melhor educação possível de sua época e, assim, aprendeu a língua de sinais francesa no Instituto Nacional de Surdos-Mudos de Paris. No Brasil, tomando-se como inspiração a iniciativa de Huet, fundouse, em 26 de setembro de 1856, o Imperial Instituto de SurdosMudos, instituição de caráter privado. No seu percurso, o instituto recebeu diversos nomes, mas a mudança mais significativa se deu em 1957, quando foi denominado Instituto Nacional de Educação dos Surdos – INES, que está em funcionamento até hoje! Essa mudança refletia o princípio de modernização da década de 1950, pelo qual se guiava o instituto, com suas discussões sobre educação de surdos.
     Dessa forma, Huet e a língua de sinais francesa tiveram grande influência na língua brasileira de sinais, a Libras, que foi ganhando espaço aos poucos e logo passou a ser utilizada pelos surdos brasileiros. Contudo, nesse mesmo período, muitos educadores ainda defendiam a ideia de que a melhor maneira de ensinar era pelo método oralizado, ou seja, pessoas surdas seriam educadas por meio de línguas orais. Nesse caso, a comunicação acontecia nas modalidades de escrita, leitura, leitura labial e também oral. No Congresso de Milão, em 11 de setembro de 1880, muitos educadores votaram pela proibição da utilização da língua de sinais por não acreditarem na efetividade desse método na educação das pessoas surdas.
        Essa decisão prejudicou consideravelmente o ensino da Língua Brasileira de Sinais, mas, mesmo diante dessa proibição, a Libras continuou sendo utilizada devido à persistência dos surdos. Posteriormente, buscou-se a legitimidade da Língua Brasileira de Sinais, e os surdos continuaram lutando pelo seu reconhecimento e regulamentação por meio de um projeto de lei escrito em 1993. Porém, apenas em 2002, foi aprovada a Lei 10.436/2002, que reconhece a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como meio legal de comunicação e expressão no país.

Internet:: <www.ufmg.br>(com adaptações)
Assinale a opção correta a respeito do emprego das formas verbais e dos sinais de pontuação no texto CG1A1. 
Alternativas
Q2018643 Português

Texto CG-1A1


   Em 2016, a Assembleia Geral das Nações Unidas criou o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, celebrado em 11 de fevereiro. Apesar de serem necessárias mais ações de popularização do dia, a criação da data representa um importante passo em direção à promoção da participação igualitária das mulheres na ciência. Em todo o mundo, de acordo com dados da ONU, as mulheres representam 33,3% de todos os pesquisadores, porém apenas 12% dos membros das academias de ciências nacionais são mulheres, e, entre os graduados em engenharia, elas representam 28%.

   A área da saúde segue em outra direção, especialmente entre profissionais dos cuidados básicos. Nessa área, as mulheres representam 70% do total e, apesar das dificuldades de se dedicarem à pesquisa, elas lideraram o ranking dos cientistas que buscaram resposta à pandemia, sendo este o diferencial que queremos valorar e divulgar, inclusive buscando compreender quais são essas dificuldades.

  Em âmbito nacional, um estudo do IBGE apresentou essas dificuldades imputadas às mulheres e evidencia que elas perpassam todas as esferas da vida. O indicador “nível de ocupação” apontou que, em 2019, entre as entrevistadas mulheres com quinze anos de idade ou mais, 54,5% ocupavam postos de trabalho no país, ao passo que, entre o grupo de homens com a mesma faixa etária, 73,7% tinham ocupação. Quando associamos esse indicador ao da maternidade, entre as pessoas de 25 a 49 anos com filhos de até três anos de idade, o nível de ocupação dos homens é superior ao das mulheres em 34,6%. Com relação a gênero e etnia, as mulheres pretas ou pardas com crianças de até três anos de idade no domicílio apresentaram os menores níveis de ocupação — menos de 50% em 2019 —, ao passo que, entre as mulheres brancas, a proporção foi de 62,6%.

   Outro indicador relevante que se coloca como um desafio para que mais mulheres se projetem na ciência é a representação na política. Ainda no que se refere aos dados do IBGE, o Brasil, em 2019, era o país da América do Sul com a menor proporção de mulheres em mandato parlamentar na Câmara dos Deputados, ocupando a 142.ª posição de um ranking com dados para 190 países. Considerando-se que as mulheres são a maioria da população no país, 51,8% do total, a pouca representação na política, sem dúvida, leva à negligência no encaminhamento das pautas femininas.

   Adicionalmente, se considerarmos a ausência de políticas mais expressivas para a primeira infância e para o apoio ao ingresso e à permanência de mulheres mães no ensino superior e na pós-graduação, ou, ainda, o desmonte das políticas de bolsas de pesquisa e das agências de fomento, é válido afirmar que há urgência em promover a inserção das mulheres na política e em posições de liderança nos setores público e privado, sobretudo se o país quiser aumentar a presença das mulheres na ciência.

   Nesse cenário, há duas direções a seguir. Primeiramente, é preciso desmistificar a ciência. Nós, mulheres, temos capacidade para estar em todas as áreas e ocupar todos os espaços, como as cientistas da área da saúde evidenciaram durante a pandemia. Depois, é urgente ampliar a representação nos espaços políticos de poder.


Roberta Kelly França e Thaís Cavalcante Martins. Elas na universidade: os desafios sociais e políticos. Internet: (comciais e políticos. Internet: <www.souciencia.unifesp.br> (com adaptações). 

Acerca do uso da vírgula no primeiro parágrafo do texto CG1A1, assinale a opção correta
Alternativas
Respostas
1341: B
1342: B
1343: D
1344: E
1345: A
1346: D
1347: A
1348: C
1349: D
1350: A
1351: B
1352: B
1353: C
1354: C
1355: E
1356: C
1357: D
1358: E
1359: D
1360: E